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E o Oscar foi para… Woody Allen

Como era esperado, Woody Allen ganhou, mas não compareceu à cerimônia de entrega do Oscar. Se tivesse ido, poderia ter abraçado Angelina Jolie na hora de receber mais uma estatueta de melhor roteiro original. Mas ter uma das mais belas atrizes do mundo nos braços não foi motivo suficiente para ele quebrar a tradição. Allen nunca foi receber os prêmios que ganhou da “Academia” e só pisou no palco do Oscar uma única vez, em 2002, pós 11 de setembro, para prestar uma homenagem à sua amada Nova York.

Em 1978, seu filme Annie Hall (Noivo Neurótico, Noiva Nervosa) levou quatro Oscar (melhor filme, roteiro e direção para Allen e melhor atriz para Diane Keaton). E Hannah e suas irmãs recebeu três estatuetas em 1987 (melhor roteiro novamente para Allen, melhor ator coadjuvante para Michael Caine e melhor atriz coadjuvante para Dianne Wiest).

Este ano, a irmã de Woody Allen, a produtora de Meia noite em Paris, Letty Aronson, já tinha avisado que ele não abriria nenhuma exceção e não compareceria a entrega do Oscar 2012, mesmo sabendo que seu roteiro era o favorito na disputa. “Os prêmios não o agradam nada, portanto ele não virá. Como a Academia não permite receber o Oscar em nome de outra pessoa, eu não vou subir ao palco para recebê-lo. Suponho que aquele que apresentar o prêmio dirá que Woody Allen não está presente.” disse Letty.  No fim, quem acabou agradecendo por ele foi a própria Angelina Jolie.

Meia noite em Paris é considerado o maior sucesso comercial da carreira de Allen. Um filme que foi inspirado nas memórias de Getrude Stein e que estão no livro A autobiografia de Alice B. Toklas.

Woody Allen ganhou o Oscar. Mas vejam quem ele perdeu...

A L&PM publica quatro livros de Woody Allen na Coleção L&PM Pocket e na L&PM WebTV você pode assistir a uma entrevista sua legendada.

“Adultérios” novamente em cartaz

A cortina sobe num dia cinzento em Nova York. Pode haver até um pouco de nevoeiro. O ambiente sugere um ponto isolado próximo das margens do rio Hudson, onde as pessoas podem se apoiar sobre o parapeito, observar os barcos e ver a praia de New Jersey. Provavelmente entre as ruas 70 e 80 Oeste. Jim Swain, escritor, com idade entre quarenta e cinquenta anos, está esperando nervoso, conferindo o relógio, andando de um lado para outro, tentando ligar para um número no celular, sem resposta. Está claramente esperando por alguém. Esfrega as mãos, confere se está chovendo e talvez puxe a gola do casaco um pouco para cima ao sentir ao menos uma névoa úmida. Em seguida, um homem grande, sem-teto, com barba por fazer, um morador de rua mais ou menos da idade de Jim, passa meio que de olho nele. Seu nome é Fred. Fred acaba se aproximando de Jim, que está cada vez mais consciente da presença dele e que, embora não esteja exatamente com medo, fica desconfiado por estar numa região erma com um sujeito grande e mal-encarado. Acrescente-se a isso o fato de Jim querer que seu encontro com quem quer que ele esteja esperando seja muito em particular. Afinal, Fred puxa conversa.

Assim começa a primeira peça de Adultérios (Coleção L&PM Pocket), livro de Woody Allen que apresenta três deliciosas e divertidas histórias que se passam em Nova York e seus arredores e trazem os mais legítimos personagens de Allen. Em julho de 2011, pela primeira vez no Brasil, Adultérios foi encenada no Brasil e marcou a volta do ator Fabio Assunção ao teatro. No elenco, estão também Norival Rizzo e Carol Mariottini e a direção e adaptação é de Alexandre Reinecke. Depois da temporada, a peça volta em cartaz a partir de 20 de janeiro no Teatro Tuca em São Paulo(www.teatrotuca.com.br) e fica até 25 de março. O Tuca tem parceria com a PUC SP e, por isso, professores, alunos e funcionários da instituição pagam apenas R$ 10,00 pelo ingresso.

Fabio Assunção em mais uma temporada de "Adultérios", de Woody Allen

O diretor Alexandre Reinecke optou por alternar Fábio Assunção e Norival Rizzo nos papéis do mendigo Fred e do escritor Jim Swain que, no início da peça, espera sua amante com a intenção de terminar o relacionamento com ela. Fred, esquizofrênico e inteligente, puxa conversa com ele e, lá pelas tantas, acusa Jim de ter roubado sua história para escrever o roteiro de seu filme (que é sucesso de bilheteria). Como essa história termina? Bom, nesse caso, só lendo o livro e assistindo à peça. Ou melhor: fazendo os dois.

Woody Allen, quem diria, já foi garoto-propaganda da Smirnoff

Em meados de 1966, uma campanha chamava a atenção nas páginas da Playboy norteamericana. Lá estava ele com sua cara… de pau, vendendo nada menos do que vodka. Nosso querido Woody Allen: 

Woody Allen ao lado da bela Monique van Vooren (clique sobre a imagem para aumentar)

"Para sair da concha... tente Smirnoff" diz o título deste anúncio

Não parece o garoto da Bombril?

Tinha até página dupla

Woody Allen aproveitou a deixa e fez piada de si mesmo. Usou o fato de ter sido garoto-propaganda em um de seus Standup Comics. No texto chamado Vodka Ad ele supostamente contava como tinha ido parar nestes anúncios. “Deixe-me começar pelo início. Eu fiz um anúncio de vodka, que é a primeira coisa importante. (…) Eu vou dizer pra você como eles conseguiram meu nome, ele estava em uma lista no bolso de Eichmann [oficial nazista], quando ele foi pego. Eu estou sentado em casa, assistindo televisão. (…) E o telefone toca e uma voz do outro lado diz: ‘Então, este ano você gostaria de ser o homem vodka?’, e eu digo ‘Não. Eu sou um artista, eu não faço comerciais. Eu não quero agradar ninguém. Eu não bebo vodka e se eu o fizesse, eu não iria beber o seu produto.’ Ele diz: “Que pena. Eles pagam 50 mil dólares.’ E eu digo: “Espere. Vou colocar o Sr. Allen na linha.'”

Deu vontade de rir com Woody Allen? Cuca fundida, Sem plumas, Que loucura! e Adultérios trazem textos impagáveis daquele que um dia, quem diria, já foi o “homem vodka do ano”.

A velha companheira de Woody

Hoje, 01 de dezembro, Woody Allen está completando 76 anos. E para comemorar compartilhamos aqui um trecho especial de  Woody Allen: A Documentary, que mostra de que modo Woody Allen escreve o que escreve. No lugar de um computador, ele continua com sua máquina de escrever “da vida inteira”, onde certamente escreveu Sem Plumas, Cuca Fundida e Que loucura!, livros da Coleção L&PM POCKET.

Mas o melhor é a maneira como Woody edita seus escritos… Nem o Word tem um jeito de colar tão moderno!

Woody Allen: um documentário

Woody Allen é mais do que diretor, roteirista e ator. Woddy Allen é… Woody Allen. E é justamente para contar a história de como ele virou o que virou que Woody Allen: A Documentary foi concebido. O documentário, do premiado diretor de TV Robert Weide, será exibido pela primeira vez em 20 e 21 de novembro, dividido em duas partes, pelo canal norteamericano PBS.

Weide teve um acesso sem precedentes ao trabalho de Woody Allen e acompanhou o diretor durante um ano e meio, das filmagens de “Você vai conhecer o homem dos seus sonhos” até a estreia de “Meia-noite em Paris” no Festival de Cannes. Em seu documentário, Weide apresenta a infância de Woody Allen no Brooklyn, fala de seus primeiros shows profissionais na adolescência, analisa desde os filmes mais antigos até os mais recentes, observa os hábitos do “cineasta independente” e seu relacionamento com seus atores, aborda as peças escritas por Allen e mostra os shows de jazz clandestinos em que ele toca seu clarinete. Entre os que deram seus depoimentos, estão Diane Keaton, Martin Scorsese, Scarlett Johansson, Sean Penn, Antonio Banderas e Penélope Cruz.

Segundo o produtor Brett Ratner, o plano é exibir o documentário também nos cinemas, em versão reduzida, mas nenhuma data foi definida ainda. Ficamos torcendo para que Woody Allen: A Documentary chegue logo por aqui, pois pelo trailer, parece ser imperdível:

Conheça os livros de Woody Allen publicados na Coleção L&PM Pocket.

Picasso, Matisse e Cézanne juntos em Paris

No início do século 20, anos antes de estourar a 2ª Guerra Mundial na Europa, circulavam por Paris os artistas da chamada “geração perdida”. Em meio a festas e noitadas em bares, eles produziram romances, quadros e esculturas que seriam reconhecidas mais tarde como verdadeiras obras-primas da história da arte e da literatura mundial.

Uma das festas mais badaladas e “bem frequentadas” da época acontecia na casa da família Stein, que tinha se mudado de São Francisco, nos Estados Unidos, para a capital francesa. O famoso sobrado da Rue de Fleurus ocupado por Gertrude Stein e seus irmãos tinha as paredes “forradas” com mais de 200 quadros de alguns dos maiores gênios da pintura mundial como Picasso, Matisse, CézanneGauguin e Toulouse-Lautrec – só para citar alguns que frequentavam o local e deixavam por lá suas marcas.

É a própria Gertrude Stein quem conta as histórias desta época no livro Autobiografia de Alice B. Toklas (Coleção L&PM Pocket), que certamente serviu de inspiração para Woody Allen no filme Meia-noite em Paris. Aliás, quem assistiu ao filme, sabe bem do que estamos falando! E a boa notícia é que a partir de hoje (5/10), as obras do acervo de Gertrude Stein farão parte de uma exposição na galeria Grand Palais, em Paris.

Visitantes observam pinturas de Picasso e Cezanne, durante pré-estreia de exposição da coleção dos Stein

Quem estiver pela Cidade Luz não pode deixar de conferir! A exposição começa hoje e vai até o dia 16 de janeiro de 2012.

Diferentes estilos de ser feliz por nada

Aqui na redação deste blog, a expressão “feliz por nada” está tão presente no nosso dia-a-dia (é o nome do mais recente livro de Martha Medeiros) que acabamos fazendo uma brincadeira. Uma espécie de exercício de criatividade que agora compartilhamos com os leitores. É o seguinte: o que alguns dos nossos autores preferidos teriam a dizer sobre ser “feliz por nada”? Aquela sensação de estar alegre sem ter motivo e de ficar rindo à toa sem saber porquê… Pensando nisso – e inspirados nas palavras e nos estilos literários de Allen Ginsberg, Woody Allen, Charles Bukowski e Jack Kerouac – criamos algumas frases que juntamos com as fotos mais felizes que encontramos de cada um deles (parece que Jack Kerouac não gostava muito de mostrar os dentes…). Veja aqui o resultado:

Allen Ginsberg: “Feliz por nada, flutuando sobre os tetos das cidades contemplando jazz…”:

Woody Allen: “A genialidade está nos cromossomos. Você sabia que meu DNA brilha no escuro? É por isso que de vez em quando me sinto feliz por nada. E não me diga que isso é efeito do Prozac…”

Charles Bukowski: “Um dos caras me alcançou um cigarro. Dei uma tragada, exalei fumaça pelo nariz e bebi todo o copo num gole só. Não conseguia entender aquela sensação de estar feliz por nada. Ainda nem tinha bebido o suficiente pra isso…”

Jack Kerouac: “Cambaleamos para dentro do bar. Na junkebox, ressoava a voz rouca que repetia com seu sotaque latinamente triste: ‘Estou feliz por nada… Feliz por nada…'” (Kerouac é o da direita, aqui ao lado de Neal Cassady):

E por falar nisso, hoje Martha Medeiros autografa seu livroFeliz por nada“, às 19h, na Livraria Saraiva do Leblon. E amanhã, sábado, ela vai estar na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, às 16h no Espaço Degustação Digital e às 17h no Mulher e ponto.

Quem disse que ser Woody Allen não cansa?

O que você pensa? Que rodar um filme não cansa? As fotos abaixo não só mostram, como provam que filmar dá uma canseira. E mais: pode dar sono. Eis Woody Allen tirando um cochilo no set de filmagem de seu próximo filme, Bop Decameron, que tem como cenário as ruas de Roma. Quem serão aqueles ali no maior tricô, enquanto nosso diretor preferido sonha com suas cenas?

E não basta cochilar, também é preciso esticar as pernas (para cima)… Será que deu cãimbra no bom e velho Woody? 

E já que o clima deste post é italiano, separamos aqui um trecho de “Uma espiada no crime organizado”, um dos contos que está em Cuca Fundida, um dos livro de Woody Allen que faz parte da Coleção L&PM POCKET. Ainda não sabemos se a Máfia vai estar em Bop Decameron, mas como você verá no texto abaixo, Allen tem lá suas teorias sobre ela:

“A Cosa Nostra é estruturada como qualquer governo ou grande empresa – ou como qualquer quadrilha, o que dá na mesma. À testa de tudo, está o capo di tutti capi, ou chefe de todos os chefes. As reuniões são feitas na sua casa, e ele é responsável pelo gelo e pelos salgadinhos. A falta de uma coisa ou de outra implica em morte instantânea. (A morte, por sinal, é uma das piores coisas que podem acontecer a um membro da Cosa Nostra. Talvez por isso, muitos prefiram pagar uma multa.) Abaixo do chefe de todos os chefes, estão naturalmente os chefes, cada qual comandando uma zona da cidade com sua “família”. As famílias da Máfia não consistem de mulher e filhos que costumam ir a circos ou piqueniques. São formadas por homens de cara fechada, cujo maior prazer na vida é ver quanto tempo certas pessoas conseguiam sobreviver no fundo de um rio antes de começarem a engolir água.”

Woody Allen na terra dos paparazzi

Imagine a quantidade de paparazzi que acompanham de perto o dia-a-dia de Woody Allen nas filmagens de seu novo filme Bop Decameron, em Roma. Mas Woody, que não é bobo nem nada, colocou-os para trabalhar em outra posição: na frente das câmeras! Para gravar as cenas em que Leopoldo Pisanello (Roberto Benigni) – um homem de meia idade que, da noite para o dia, vira celebridade e passa a ser perseguido por jornalistas e fotógrafos – o diretor/roteirista chamou paparazzi de verdade. As cenas abaixo se passam na Piaza di Campo dei Fiori.

E é claro que os paparazzi aproveitaram a oportunidade de chegar bem perto do aclamado diretor para tirar uma casquinha. Vai dizer que você não faria o mesmo?

Bop Decameron estreia só em 2012, mas enquanto isso você pode se divertir com os textos e roteiros divertidíssimos de Woody Allen na Coleção L&PM Pocket.

Vem aí “O Grande Gatsby” na Coleção L&PM Pocket

Todo mundo sabe que Paris é uma festa! Ernest Hemingway e os demais americanos que escolheram a capital francesa para morar que o digam. Agora, imagine você de férias na Cidade Luz, aproveitando a brisa inspiradora da noite parisiense, quando é abordado por um carro com pessoas que parecem ter vindo direto do passado. Um homem sai do carro, abre a porta e insiste para que você entre. Então você entende que, na verdade, o carro não está vindo, mas indo – e levando você junto! – direto para os anos 20, quando Paris foi palco da “Geração Perdida” e o cenário que inspirou grandes escritores a criar algumas da maiores obras da literatura universal.

Bom… até aí, nada de original, pois se você assistiu ao filme Meia-noite em Paris, de Woody Allen, deve ter reconhecido o enredo. Foi imerso nesta Paris, em meados do anos 1920, que F. Scott Fitzgerald escreveu O grande Gatsby, uma verdadeira obra-prima que vai chegar à Coleção L&PM Pocket ainda este mês. A capa do livro já está pronta e aí vai ela, em primeira mão pra vocês!

O Grande Gatsby foi lançado originalmente em 10 de abril de 1925 como uma crítica ao “Sonho Americano”. Fitzgerald usou como pano de fundo a prosperidade e o glamour dos milionários de Nova York que enriqueceram a partir da Lei Seca, através do crime organizado. O livro não virou sucesso na sua primeira edição e vendeu apenas 25 mil cópias nos 15 anos restantes de vida de seu autor. Foi só depois da morte de Fitzgerald que ele caiu nas graças dos leitores e virou bestseller, sendo adaptado para uma peça da Broadway e um filme de Hollywood (em 1974, com Robert Redford no papel principal).

Atualmente, o livro é considerado O Grande romance americano e está sendo refilmado com Leonardo Di Caprio no papel de Gatsby. Aguardaremos.