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Mario Quintana, o poeta das coisas simples

Em 5 de maio de 1994, há exatos 17 anos, morria Mario Quintana, o poeta das coisas simples. Doce e irônico, sua marca foi a irreverência até nos temas mais tristes como a morte ou a própria tristeza. O poema a seguir faz parte do livro Quintana de Bolso:

Eu escrevi um poema triste

Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza…
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel…
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves…
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!

No livro Ora bolas – O humor de Mario Quintana, o jornalista Juarez Fonseca resgata histórias engraçadas contadas por amigos, familiares e conhecidos. Mais do que o humor e a irreverência de Quintana, as breves anedotas revelam uma personalidade rica, forte e marcante:

Dor de dente

Três dias antes de morrer, no Hospital Moinhos de Vento [em Porto Alegre], ele achou inspiração para escrever uma frase e dá-la de presente às enfermeiras. Ao contrário da letra grande e quase ilegível dos últimos meses, mesmo tremida desta vez ela está miúda e nítida: “A maior dor do mundo é pente com dor de dente”.

Mario Quintana trabalhou como jornalista por quase toda a vida. No jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, onde manteve uma coluna de cultura, de 1953 a 1977, ele conheceu a pequena Maria Claudia, para quem escreveu uns versinhos. Maria Claudia cresceu, virou escritora e passou a assinar Claudia Tajes. Ela conta esta história e recita de cor os tais versinhos no vídeo abaixo:

Relançado em pocket, “A vida sexual da mulher feia”, de Claudia Tajes, é um grande sucesso

A primeira vez que eu ouvi falar em Claudia Tajes foi quando aterrisou na minha mesa um pequeno volume em folhas de papel ofício devidamente encadernado. Eram os originais de seu primeiro livro. Eu tinha mais ou menos uma pilha de uns 80cm ao meu lado. Eram traduções, livros encomendados, originais de autores da casa já programados. Ou seja, livros que eu tinha que ler de qualquer maneira. Pressionado por telefonemas de amigos, resolvi dar uma “trecheada” no livro daquela jovem estreante. O título original era péssimo, nem me lembro mais. Mas quando comecei a ler o livro… só parei na última frase. Genial! Vamos publicar! Mudamos o título para Dez (quase) amores. Como livro de estreia, vendeu muito bem. Depois ela escreveu As pernas de Úrsula, Dores amores e assemelhados e mudou de editora quando lançou Vida Dura, A vida sexual da mulher feia e relançou As pernas de Úrsula. Mas como diz o velho, surrado, milenar e bom ditado, “o bom filho a casa retorna”. Claudia voltou para a L&PM com Só as mulheres e as baratas sobreviverão em formato convencional ao mesmo tempo que, literalmente, “estourou” na coleção L&PM POCKET. Dez (quase) amores (que, diga-se de passagem, nunca saiu da L&PM), foi relançado em livro de bolso e começamos a republicar os outros. No ano passado, foi a vez de Vida dura e agora acaba de chegar às livrarias e demais pontos de vendas, A vida sexual da mulher feia em formato pocket. Breve, chegarão também As pernas de Úrsula e Louca por homem. Todos na Coleção L&PM POCKET. Mas o que eu queria dizer mesmo é que A vida sexual da mulher feia foi recém lançado e já está arrebentando. É um dos livros mais vendidos na “Feira do Livro de Porto Alegre” e nas grandes redes de livrarias em todo o Brasil. Claudia está em intensa atividade. É autora de roteiros para a rede Globo (escreveu dois episódios da série “As Cariocas”) e está no teatro com uma adaptação do seu livro Dez (quase) amores. Resumindo: fique de olho na Claudia Tajes, você está diante de uma grande escritora brasileira.

Ivan Pinheiro Machado

Assista a entrevista de Claudia Tajes na L&PM Web TV e divirta-se com seu Consultório Sentimental.

Claudia Tajes grava mais um Consultório Sentimental

A escritora (e apresentadora) Claudia Tajes gravou nessa sexta-feira mais uma edição do Consultório Sentimental, da L&PM WebTV. Claudia explicou que, durante a pequena parada do programa, aproveitou para fazer cursos e melhorar ainda mais seus sempre… interessantes conselhos amorosos.

Os novos programas começam a ir ao ar a partir da próxima semana. Até lá, aproveitem para rever os antigos.

10 dicas para você não ter apenas “quase” amores

1 – Aumentar a lista de nomes que você jamais namoraria. Se ele se chamar Vanderlei ou Dejair, nem pensar. Mas e Bejair? Melhor incluir na lista outros nomes difíceis. Também é bom considerar o risco de um convite para o cinema. Escolher o filme é uma decisão sábia para não acabar em uma sessão de filmes “adultos”.

2 – Se você acaba de entrar na faculdade, o risco de encontrar um militante/estudante profissional é grande. Ele terá boa lábia, é um político, afinal de contas. Melhor só investir se você tiver vocação política.

3 – Desistiu do revolucionário? Encontrou o amor da sua vida em um pintor? Ele pode ser bacana, te amar e tudo mais. Então, melhor manter distância dos amigos dele. Infidelidade, mesmo que você tente se convencer que tem origem genética, não é legal.

4 – Para evitar a culpa da infidelidade, melhor não assumir o papel de “a outra”, especialmente se o cara fizer parte de uma família típica de comercial de margarina. Ainda que o caso extra-conjugal dele possa funcionar por algum tempo para você. Mas só por algum tempo.

5 – Pessoas bem-sucedidas são legais. Mas se a sogra perguntar o nome de sua família, é hora de bater em retirada.

6 e 7 – Muita atenção quando se deparar com um garçom ou um Papai Noel.

8 – Colegas de trabalho podem ser uma encrenca – ou não.

9 – O que pode ser mais desestimulante do que um cara lindo e charmoso te examinando e não te abraçando? Deixe os médicos de fora da sua lista

10 – Um astro do circo pode ser bem legal. Mas ele sempre vai embora.

As dicas são extraídas da vida de Maria Ana, personagem de Dez (quase) amores, de Claudia Tajes, e servem para ajudar você fugir de prováveis relacionamentos que nunca darão certo. Agora, se você encontrar um homem ‘perfeito’ que não esteja nessa lista, por favor, nos avise. Entraremos na fila também.

O poema roubado

No dia em que se completam 16 anos da morte de Mario Quintana, resolvemos fazer uma homenagem bem descontraída  em nosso blog. Para isso, separamos um trecho do programa Palavra de escritor, com Claudia Tajes. A autora de Dez quase amoresSó as mulheres e as baratas sobreviverão,  entre outros, conta, de um jeito super divertido, que quando era criança, Mario escreveu um poema só para ela. Claudia recita os versos exclusivos e fala que, ao levar o presente do poeta para a escola, a professora o pegou e nunca mais devolveu. “Dona Didia, se vocês estiver  ouvindo, devolva o meu poema” diz a escritora.

Problemas no amor? Claudia Tajes responde

Começaram as gravações do Consultório Sentimental da Claudia Tajes, um dos programas da nossa L&PM Web TV que breve, brevíssimo, entrará no ar. No programa semanal, Claudinha responderá – daquele jeito divertido e espontâneo dela -, as dúvidas amorosas dos nossos internautas. Quando estrear (não se preocupe, avisaremos assim que acontecer), você, caro leitor, poderá enviar suas perguntas para que as mesmas sejam respondidas neste consultório. Garantimos que, se a Claudia não solucionar o seu problema, pelo menos você dará boas risadas.