Peanuts do dia: Lucy

Lucy

Primeira aparição: 3 março de 1952
Conhecida pela vizinhança (e por seu irmão mais novo, Linus) por ser ranzinza e mandona, Lucy pode ser encontrada dando conselhos por 5 centavos na sua cabine de psiquiatra, puxando para longe o cobertor de estimação de Linus ou humilhando Charlie Brown. A única fraqueza de Lucy? Seu amor não correspondido pelo pianista Schroeder.

Você sabia: Lucy frequentemente fala dos direitos das mulheres e tem grandes aspirações de um dia ser presidente e rainha.

Interesses:
Ser chefe: Lucy muitas vezes usa sua voz alta e sua personalidade forte para dar ordens a todos que estão por perto.
Schroeder: Lucy poderá ouvir Beethoven durante o dia inteiro, se isso significar que ela estará mais perto de Schroeder.
Cabine psiquiátrica: Lucy está sempre disposta a dar conselhos por alguns trocados.

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Um segundo enterro para Jango

O enterro de João Goulart, que aconteceu em 1976 na cidade de São Borja, foi acompanhado por 30 mil pessoas. Mas, na época, a despedida do ex-presidente não recebeu honras de chefe de Estado. Agora, 37 anos depois, ele terá a cerimônia oficial que merece. Assim que a exumação do corpo de Jango tiver chegado ao fim, um novo enterro vai acontecer. A data marcada é 6 de dezembro e o prefeito de São Borja, Farelo Almeida, estuda a possibilidade de decretar feriado municipal neste dia. Na data, às 10h, o avião da FAB com o caixão do ex-presidente pousará no aeroporto da cidade e, de lá, será levado, em carro de bombeiros, para uma igreja no centro da cidade. Três pessoas, além do padre, deverão se pronunciar na igreja: o senador Pedro Simon (que discursou no primeiro enterro), o filho de Jango, João Vicente, e o prefeito da cidade. Um novo caixão e uma urna funerária abrigará os restos mortais do ex-presidente. O segundo enterro de Jango deve começar por volta das 14h e não estão previstos discursos no cemitério. As roupas com que o ex-presidente foi enterrado serão repassadas à família, que estuda a possibilidade de doá-las a um museu.

Abaixo, um trecho do livro Jango, a vida e a morte no exílio, de Juremir Machado da Silva, sobre o enterro de 1976:

“No cemitério de São Borja havia tanta gente que foi muito difícil carregar o esquife até o jazigo da família Goulart, distante 50 metros do túmulo onde está enterrado Getúlio Vargas, o pai político de Jango”. A narrativa encadeia, depois que o caixão é depositado sobre a tampa do túmulo, o discurso do deputado emedebista Pedro Simon, sua lembrança de que a Getúlio e Jango o destino determinou o retorno a São Borja em caixões, e fala de Tancredo Neves, primeiro primeiro-ministro, em 1961, que lamentou ter Jango morrido longe do calor de sua gente, e o último ato: às 16h30, “o corpo foi colocado no interior do nicho”. Fim do fim, começo de uma dúvida sinuosa, tristeza: “Maria Thereza, os filhos, João Vicente e Denize, e a nora, Estela, deixaram o local, seguidos pelas irmãs de Jango. Ficou apenas a multidão cercando o jazigo e dificultando os movimentos dos que pretendiam abandonar o cemitério. Estendidas contra o céu nublado de São Borja, duas faixas permaneciam erguidas: “Jango continuará conosco” e “São Borja chora a perda de mais um filho ilustre”.

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Peanuts do dia: Snoopy

Snoopy 

Primeira aparição: 4 de outubro de 1950
O descontroladamente imaginativo, extremamente confiante, mundialmente famoso beagle é um mestre canino do disfarce. Ele é indiferente, imperturbável e está acima da disputa. Ele é o cão requebrante que todos nós gostaríamos de ser. Como um ás voador da I Guerra Mundial, ele se envolve em combates aéreos com o famoso Barão Vermelho. Enquanto pondera sobre a vida, no topo de sua casinha de cachorro, ele escreve o grande romance americano, viaja para a lua e trama planos de vingança para o gato da porta ao lado. Seu dono é Charlie Brown e seu melhor amigo é Woodstock, um passarinho que se comunica em uma linguagem que só o beagle entende.

Você sabia: Snoopy lê “Guerra e Paz” na velocidade de uma palavra por dia.

Interesses:
Hora feliz: Snoopy nunca esquece quando é hora de comer e muitas vezes celebra a ocasião com uma dança feliz.
Escrita: Como o autor mundialmente famoso, Snoopy está sempre tentando escrever o grande romance americano. Ele também escreve cartas de amor para uma namorada que ninguém sabe se existe ou não.
Fantasia: Snoopy gosta de se fantasiar de vários personagens. O mais notável deles é o ás voador da Primeira Guerra Mundial.

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Kennedy depois de Camelot

Argumenta-se que Camelot foi um mito criado por Jackie Kennedy para dar brilho ao legado do marido. Se as comparações com Camelot eram ou não discutidas na Casa Branca dos Kennedy durante a vida do presidente não está claro. Mas as comparações são apropriadas e, como Jackie havia esperado, a história de Camelot definiu o modo como a presidência do marido é lembrada até hoje.

John Fitzgerald Kennedy está enterrado em um declive perto da ex-casa de Robert E. Lee, no Cemitério Nacional de Arlington, o lugar que ele tanto admirou poucas semanas antes de sua morte. Ele é um dos dois únicos presidentes enterrados lá – o outro é William Howard Taft, que morreu em 1930.

Jackie Kennedy insistiu que o funeral do marido fosse o mais parecido possível com o de Abraham Lincoln. O professor James Robertson Jr., diretor da Comissão do Centenário da Guerra Civil Americana, e David Mearns, da Biblioteca do Congresso, foram designados para pesquisar o funeral de Lincoln no breve período entre o assassinato de JFK e seu enterro. O Salão Leste da Casa Branca foi transformado para que ficasse quase exatamente igual ao que era quando recebeu o corpo de Lincoln em 1865. Além disso, a carreta e o cortejo fúnebre por Washington foram copiados da jornada final de Lincoln.

O enterro de John Kennedy em Arlington é iluminado por uma chama eterna, por sugestão de Jackie Kennedy. Queima no centro de uma placa circular de granito de Cape Cod, com um metro e meio de diâmetro. Jackie jaz ao lado dele, bem como seus dois bebês falecidos, Arabella e Patrick. A cobertura televisiva do funeral de John Kennedy transformou Arlington de um lugar de enterro de soldados e marinheiros a um popular destino turístico. Até hoje, nenhum local em Arlington é mais popular do que o túmulo de John Fitzgerald Kennedy. Mesmo uma geração após o seu assassinato, o túmulo atrai mais de quatro milhões de pessoas por ano em Arlington. São pessoas dispostas a prestar homenagem ao presidente morto.

E também ao grande sonho americano que ele representou.

(Trecho do posfácio de Os últimos dias de John F. Kennedy, de Bill O’Reilly e Martin Dugard)

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Peanuts do dia: Charlie Brown

CharlieBrown

Primeira aparição: 2 de Outubro, 1950.
“O bom e velho Charlie Brown” é um adorável perdedor com uma camiseta zigue zague – o garoto não desiste nunca (mesmo que ele quase nunca ganhe). Ele é o capitão da pior equipe de baseball do mundo… que participa de todos os campeonatos. Ele nunca consegue reunir coragem o suficiente para conversar com a Garotinha Ruiva… que continua esperando por isso. Seu apelido é “Minduim”, forma como Patty Pimentinha o chama. Patty, aliás, é apaixonada por Minduim. Compartilhando o sofrimento com seus amigos, sua árvore comedora de pipas e até com seu próprio cão Snoopy, Charlie Brown segue sendo um herói valente.

Você sabia: O pai de Charlie Brown é barbeiro assim como o pai de Charles Schulz.

Interesses:
Baseball: Charlie Brown está sempre de olho na próxima temporada de baseball e é jogador e capitão de seu time.
Pipas: Charlie Brown sempre tenta empinar pipa, mas raramente consegue. Ele tem vários desentendimentos com a “árvore comedora de pipas”.
A Garotinha Ruiva: Charlie Brown tem uma queda pela Garotinha Ruiva. Ela nunca aparece nas tirinhas.

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Raridades de Edgar Allan Poe na Morgan Library

Está em cartaz na Morgan Library, em Nova York, a exposição Terror da Alma, que reúne livros, cartas e manuscritos de Edgar Allan Poe. Entre as preciosidades então algumas edições históricas de  O Corvo, exemplares raros de Tamerlane (o primeiro livro de poemas do escritor, que teve tiragem de apenas 50 cópias) e o manuscrito do conto A Tale of The Ragged Mountains.

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A documentação também revela relíquias trocadas com renomados admiradores, como Charles Baudelaire, Charles Dickens, Arthur Conan Doyle, T.S. Eliot, Vladimir Nabokov e Allen Ginsberg. De Oscar Wilde, por exemplo, pode-se ver o manuscrito de O Retrato de Dorian Gray e ler a carta mandada a Stéphane Mallarmé, na qual agradece pelo envio da segunda edição de O Corvo, traduzido pelo poeta francês. A cultuada edição de 1875, com litografias do pintor Édouard Manet, é um dos “hits” da exposição.

O toque pop fica por conta do cartaz do filme Histórias Extraordinárias, de 1968. São três episódios dirigidos por Federico Fellini, Louis Malle e Roger Vadim, e estrelados por Brigitte Bardot, Alain Delon, Jane Fonda e Terence Stamp.

Historias_fellini

A a exposição “Terror da Alma” segue em cartaz na Morgan Library, em NY, até 26 de janeiro.

A cantora Diana Krall é fã de Charlie Brown

O sexto volume de Peanuts completo (1961-1962) acaba de chegar. Como nos outros livros da série, além de trazer as tirinhas da turma do Charlie Brown escritas diariamente ao longo de um ano, ele vem com uma introdução especial e, dessa vez, ela foi escrita pela cantora e pianista canadense de jazz Diana Krall. Leia o início do texto:

Eu ainda era pequena quando descobri Peanuts. Uma das minhas primeiras lembranças é a de meu pai desenhando o Snoopy em uma camiseta minha. Aos quatro anos de idade, minha roupa preferida era um moletom do Charlie Brown – meu pai deve ter alguma foto minha com ela. Porém, nem tudo era glamour. Acho que sou parente do Charlie Brown em algum grau. Até hoje uso a expressão “Eu ganhei uma pedra”, que ele imortalizou em um especial de Dia das Bruxas, e sem nenhum cinismo. Acho que a primeira vez que ouvi alguém falar em “sarcasmo”, “cinismo” e “depressão” foi no mundo de Charlie Brown, um mundo em que as crianças são inteligentes e os adultos só dizem “blá, blá, blá”. Os “Cinco centavos, por favor” que Lucy pedia quando resolvia os problemas dos demais anda fazem parte das minhas conversas do dia a dia, ainda que o preço tenha aumentado consideravelmente ao longo dos anos.

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Mônica e Garfield carequinhas

23 de novembro é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. E entre os que estão apoiando a causa e participando da campanha “Carequinhas contra o Câncer infantil”, promovida pelo site GRAACC – Combatendo e Vencendo o Câncer Infantil (Oficial), estão a Turma da Mônica e Garfield. No site oficial, é possível participar, trocando o avatar do Facebook por um dos personagens sem cabelo. Dá uma olhada: http://www.carequinhas.com.br/ #carequinhas.

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Os personagens ficaram carequinhas para lembrar que a criança com câncer tem que curtir a infância como qualquer criança.

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Não há chance de ressuscitar John F. Kennedy

O diâmetro da ferida provocada pelo segundo impacto é só um pouco maior que o de um lápis número dois. A alta velocidade faz com que a bala atravesse o cérebro do presidente e saia pela frente do crânio, em vez de se alojar lá dentro como a bala mais lenta que matou Abraham Lincoln.

(…)

Mas a bala de 6,5 milímetros disparada por Lee Harvey Oswald é um pedaço de chumbo muito mais cruel. Uma bala tão fina pode parecer insignificante, mas é capaz de abater um cervo a 180 metros de distância.

Esse míssil revestido de cobre põe fim à vida de John F. Kennedy em um instante. Mal desacelera enquanto atravessa a terna massa cinzenta do cérebro antes de explodir a fina parede óssea ao sair pela frente de seu crânio.

Os braços de Jackie continuam em volta do marido quando a frente de sua cabeça explode. Cérebro, sangue e fragmentos de osso banham o rosto da primeira-dama e seu tailleur rosa da Chanel; salpicam até mesmo os quebra-sóis do para-brisa da limusine.

(…)

Não há nenhuma chance de ressuscitá-lo com uma respiração boca a boca, como se tentou quando Lincoln jazia moribundo no chão do camarote do Teatro Ford. Não haverá vigília noturna, como com Lincoln, para que os amigos e entes queridos possam acompanhar JFK em seus momentos finais.

(…)

Mal sabem os espectadores, horrorizados, mas os historiadores e teóricos da conspiração, e também os cidadãos comuns nascidos anos depois desse dia, questionarão se Lee Harvey Oswald agiu sozinho ou se teve ajuda de outros. As autoridades federais examinarão a balística e usarão um cronômetro para medir com que rapidez um homem é capaz de mirar e carregar um Mannlicher-Carcano 6,5 milímetros. As pessoas mais variadas se autonomearão especialistas em vídeos caseiros do assassinato em baixa resolução, em colinas gramadas, e nos muitos malfeitores que asiavam para ver John F. Kennedy afastado do poder.

Os argumentos conspiratórios se tornarão tão convincentes e tão intrincados que um dia ameaçarão sobrepujar a tragédia de 22 de novembro d 1963.

Então, que fique registrado, de uma vez por todas, que às 12h30 de uma tarde ensolarada de sexta-feira em Dallas, Texas, John Fitzgerald Kennedy é morto a tiros num piscar de olhos. Deixa uma bela viúva. Deixa duas crianças adoráveis. Deixa uma nação que o ama.

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Na tarde de 22 de novembro de 1963, os jornais já traziam a notícia de que JFK fora assassinado às 12h30

Trecho de Os últimos dias de John F. Kennedy, de Bill O’Reilly e Martin Dugard.

A morte está imóvel na janela

22 DE NOVEMBRO DE 1963
DEALEY PLAZA, DALLAS, TEXAS
12h14

Antecipando a chegada do presidente dos Estados Unidos, um estudante de ensino médio chamado Aaron Rowland e sua esposa, Barbara, aguardam na Dealey Plaza. Ao olhar para o Texas School Book Depository, ele vê a silhueta de um homem contra uma janela de esquina no sexto andar. Um caçador aficionado, Rowland precebe que o homem está segurando um fuzil na posição de cruzar armas – em diagonal à frente do corpo, com uma mão na coronha e outra no cano. É assim que um fuzileiro naval seguraria a arma enquanto espera para disparar no polígono de tiro.

Rowland está fascinado, mas pelos motivos errados.

– Quer ver um agente do Serviço Secreto? – ele pergunta à esposa.

– Onde?

– Naquele prédio, ali – ele responde, apontando.

Seis minutos depois, e dez minutos antes de o comboio chegar à Dealey Plaza, Ronald Fischer e Robert Edwards, que trabalham no escritório de auditoria do condado, perto dali, olham para cima e veem um homem parado na janela do sexto andar. “Ele nunca se moveu”, Fischer lembrará mais tarde. “Ele nem piscava os olhos. Estava só olhando, feito uma estátua.”

No mesmo instante, Howard L. Brennan, um encanador da região, usa a manga de sua camisa cáqui para secar o suor da testa. Isso o faz pensar em como o dia está quente. E então ele olha para o painel da Hertz no alto do telhado do Texas School Book Depositary, que mostra a hora e a temperatura. Ao fazer isso, ele identifica um homem misterioso completamente imóvel posicionado na janela superior para atirar.

Mas logo vem o som de euforia à medida que o comboio se aproxima. Na Main Street, as multidões ocupam faixas de três a seis metros de largura, e seu barulho ecoa pelas ruas estreitas ladeadas de janelas do centro centro de Dallas. Em meio a toda a empolgação, a visão de um homem parado em uma janela empunhando um fuzil é esquecida. O presidente está perto. Nada mais importa.

JFK Shadow On Dallas

O prédio do Texas School Book Depositary com o painel da Hertz sobre ele

Trecho de Os últimos dias de John F. Kennedy, de Bill O’Reilly e Martin Dugard.