Arquivo mensais:maio 2013

Pockets de luxo a caminho

Eles estão quase chegando. Os primeiros volumes da Coleção Pocket Premium L&PM darão o ar da graça no início da semana que vem. A Premium terá pockets em capa dura, com títulos especialmente selecionados que certamente vão encantar colecionadores. Todas as capas seguirão o mesmo padrão: fundo preto, nome do autor em branco e título sobre faixa amarela. Um luxo só!

Os primeiros quatro títulos são “On the road”, de Jack Kerouac; “O príncipe”, de Maquiavel, “A arte da guerra”, de Sun Tzu e “Morte na Mesopotâmia”, de Agatha Christie.  

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Os lançamentos serão sempre de quatro em quatro títulos, depois destes primeiros, virão “Mulheres”, de Bukowski; “O coração das trevas”, de Joseph Conrad; “Quintana de bolso”, de Mario Quintana e “Orgulho e preconceito”, de Jane Austen.

Entre panelas

10 de maio é o Dia da Cozinheira. Para homenagear essa alquimista dos sabores, aqui vão algumas fotos de gente famosa junto às panelas.

O que será que tem dentro da panela de Marilyn Monroe?

O que será que tem dentro da panela de Marilyn Monroe?

Os amigos e cozinheiros Allen Ginsberg e Jack Kerouac. Mais amigos do que cozinheiros...

Os amigos e cozinheiros Allen Ginsberg e Jack Kerouac. Mais amigos do que cozinheiros…

Bukowski fazendo pose junto ao fogão

Bukowski fazendo pose junto ao fogão

 musa do jazz Billie Holiday fritando um bife ao lado de seu cão Mister na cozinha do apartamento onde morou no Harlem, em Nova York. A foto é de Herman Leonard

musa do jazz Billie Holiday fritando um bife ao lado de seu cão Mister na cozinha do apartamento onde morou no Harlem, em Nova York. A foto é de Herman Leonard

Picasso em sua cozinha. Talvez esperando a cozinheira lhe servir

Picasso em sua cozinha. Talvez esperando a cozinheira lhe servir

É “Dia do Orgasmo” em Esperantina

Se a jornalista americana Mara Altman soubesse que a cidade de Esperantina, no Piauí, é o único lugar do mundo em que se comemora o “Dia do Orgasmo”, talvez ela tivesse passado por lá. Aos 26 anos, Mara  não sabia o que era um orgasmo na prática e, justamente por isso, deu início a uma jornada para encontrá-lo. O resultado dessa busca virou o livro “Esse tal de orgasmo: uma jovem mulher em busca do prazer“.

O Dia do Orgasmo é comemorado hoje, 9 de maio. E nasceu em 2001, quando o então vereador Arimatéria Dantas Lacerda criou a data que, em 2005, foi sancionada pelo prefeito local. De acordo com o autor do projeto de Lei n° 1.037 de, a ideia é que a comemoração sirva para discutir a questão e quebrar preconceitos, ajudando as pessoas a viver melhor.

Arimatéria conta no site oficial da sua cidade que uma pesquisa de alunos da UFPI (Universidade Federal do Piauí) detectou que 28% das mulheres da região tinham dificuldade de atingir o orgasmo. “Isso é uma questão de saúde pública. Quando as pessoas acumulam frustrações sexuais, acabam extravasando em forma de violência”, diz ele. O lema do Dia do Orgasmo de Esperantina é: “Fome Zero, Orgasmo Dez.”

"Esse tal de orgasmo" parece combinar com a cidade de Esperantina

“Esse tal de orgasmo” parece combinar com a cidade de Esperantina

Liberdade, liberdade

No Dia de Tiradentes, 21 de abril de 1965, em plena ditadura militar brasileira, estreava, no Rio de Janeiro, a peça “Liberdade, liberdade“. Escrita por Millôr Fernandes e Flávio Rangel, a partir de textos históricos, o espetáculo que mesclava protesto, humor e música, era  dirigido por Rangel e tinha no elenco Paulo Autran, Nara Leão, Oduvaldo Vianna Filho e Tereza Rachel. Sucesso total de público e crítica – elogiada inclusive pelo The New York Times -, “Liberdade, liberdade” foi proibida pela censura poucos meses depois de sua estreia.

Publicado na Coleção L&PM Pocket, “Liberdade, liberdade” traz, além do texto integral da peça, a crítica publicada pelo The New York Times em 25 de abril de 1965, mais as introduções “A liberdade de Millôr Fernandes”, “A liberdade de Flávio Rangel” e “A liberdade de Paulo Autran”.

A liberdade de Paulo Autran

Tenho quinze anos de teatro.
Só há pouco tempo atingi uma posição profissional que me permite escolher os textos que vou representar.
Poder interpretar num mesmo espetáculo, farsa, drama, comédia, tragédia, textos íntimos, épicos, românticos, é tarefa com que sonha qualquer ator, principalemnte quando os autores se chamam Shakespeare, Beaumarchais, Büchner, Brecht, Castro Alves, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Sócrates…
A responsabilidade é pesada, o trabalho é árduo; mas o prazer, a satisfação de viver palavras tão oportunamente concatenadas, ou tão certas, ou tão belas, compensa tudo.
Se o público compreendê-las, assimilá-las e amá-las, teremos lucrado nós, eles, e o País também. Se isso não acontecer a culpa será principalmente minha, mas pelo menos guardarei dentro de mim a consoladora ideia de que tentei.
Por isso escolhi a Liberdade…

 

 

Paulo Autran e Tereza Rachel em cena da peça "Liberdade, liberdade"

Paulo Autran e Tereza Rachel em cena da peça “Liberdade, liberdade”

 

 

Lady Warhol está em São Paulo

Por Vitor Hugo Xavier*

Andy Warhol está como uma Lady no Brasil. Isso mesmo, “O” homem da cultura pop foi eternizado com traços femininos por um de seus grandes amigos, o fotógrafo de moda e publicidade Christopher Makos. Sabemos bem que a arte do século XX não seria a mesma sem a contribuição de Warhol. Um dos nomes mais célebres de seu tempo, ele é praticamente sinônimo de arte pop, estilo que revolucionou a história da arte ao mergulhar na cultura de massa e na sociedade do consumo.

Nas fotos que estão expostas no Museu de Arte Moderna de São Paulo até o dia 23 de junho, Warhol não está como artista, mas como modelo. O que enxergamos nestas imagens, na realidade, é uma personagem, Lady Warhol, talvez o lado feminino dele. Aqui, Warhol não seduz com suas famosas latas de sopa, garrafas de refrigerante e fotos de astros do cinema, mas sim com sua própria imagem em uma mistura de elementos masculinos e femininos, que acabam dialogando entre si e discutindo as margens tão tênues entre os gêneros e a sexualidade. O fotógrafo, Christopher Makos, só conseguiria capturar a naturalidade impressa nestas imagens com muita intimidade – o que não foi difícil: os Diários de Andy Warhol, escritos religiosamente até os últimos dias de vida do artista, organizados e editados por Pat Hackett e lançados pela L&PM, mostram essa relação íntima entre os dois.

Quando conheceu Makos, Warhol o achou uma “gracinha”. Depois de alguns encontros já eram grandes amigos e Warhol realmente gostava do trabalho do fotógrafo. Tiveram, então, na década de 80, a ideia de tirar estas fotos. Lembrando que foi nesta mesma década que aconteceu o “boom” das possibilidades de transformação do corpo (cirurgias estéticas, academias, medicamentos etc), difundindo a ideia de que a identidade é algo que se constrói.

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(clique na foto para ver a galeria)

Nas fotos, encaramos o processo de transformação de Warhol em um personagem feminino. Suas características masculinas estão lá, suas “roupas de homem” (camisa, gravata e jeans) também, mas elas dialogam com as perucas em diversas cores e tamanhos, com os cílios grossos, com a maquiagem pesada e, claro, com os trejeitos leves do artista/modelo na hora dos cliques. Essa atitude delicada de Warhol, inclusive, é a maior responsável pelo ar feminino do que os objetos. Makos afirmou que “as fotos falam sobre identidade, sobre mudança de identidade, elas não são exatamente as de uma drag, nem mesmo de Andy Warhol, e sim o registro de uma colaboração entre nós, a colaboração entre modelo e fotógrafo”.

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(clique na foto para ver a galeria)

É importante lembrar que muita gente até conhece e sabe quem é Andy Warhol, mas nunca o viu. Essa é a primeira exposição que chega ao Brasil em que a imagem física dele é a obra exposta. Não poderia ser da melhor maneira esse primeiro contato.

Serviço:
O que: exposição “Lady Warhol” com fotos de Christopher Makos
Onde: MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo
Quando: até 23 de junho

*Vitor Hugo Xavier é jornalista e apresentador do Programa Gay, que vai ao ar todas as terças, na Ipanema FM, da meia-noite às 2h.

Shakespeare no Central Park

O festival Shakespeare in the Park está de volta! Todos os anos, milhares de nova iorquinos e turistas têm o privilégio de participar deste evento que já é uma tradição na cidade: Shakespeare em pleno Delacorte Theater, no Central Park, e com entrada franca. Simplesmente imperdível.

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Este ano as duas peças escolhidas foram A comédia dos erros e Love’s Labour’s Lost, a New Musical (adaptação). Tem mais informações sobre tickets e horários no site oficial do evento.

via estadao

Museu Van Gogh novamente de portas abertas

Depois de uma reforma que durou sete meses, o Museu Van Gogh de Amsterdam foi reaberto no início de maio com a exposição “Van Gogh Trabalhando”. Uma mostra que apresenta aos visitantes, entre pinturas do artista, as ferramentas e os métodos utilizados por ele.

Um dos quadros, por exemplo, traz Van Gogh pintando a si mesmo atrás de uma tela, com seus pincéis e paleta na mão. Próximo à tela, estão a verdadeira paleta e tinta usados pelo artista. As peças foram preservadas pelo psiquiatra Paul-Ferdinand Gachet que atendeu Van Gogh nos meses que antecederam seu suicídio.

Gachet era um médico controverso que foi pintado por Van Gogh e, embora seu paciente tenha vendido apenas duas pinturas durante sua vida, Gachet decidiu conservar alguns dos instrumentos usados por ele. “A estrela de Van Gogh começava a brilhar, e havia sido realizada uma exposição sobre sua obra”, afirma a diretora do Museu Van Gogh Marije Vellekoop. “Dr. Gachet apreciou a qualidade do trabalho do artista, ou talvez tenha tido alguma visão do futuro.”

A premiada biografia Van Gogh, de David Haziot, que faz parte da Série Biografias L&PM, apresenta o Dr. Gachet e o cita muitas vezes:

Gachet era uma figura original. Livre-pensador, republicano convicto, quando a República ainda penava para impor-se a todos na França, socialista mesmo, partidário do darwinismo, do amor livre e da homeopatia, interessava-se também pela grafologia e por “ciências” absurdas como a frenologia, a fisiognomia, a quiromancia. Declarava poder predizer a data da morte de cada um e obviamente se enganava. Num primeiro momento, Vincent foi seduzido por essa figura fascinante e cientificamente duvidosa, por esse espírito livre e um tanto charlatão.

Ao todo, compõem a mostra 145 pinturas e rascunhos, quase o dobro da coleção exibida normalmente no museu.

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“Van Gogh Trabalhando” foi cuidadosamente organizado