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Pinturas de Van Gogh roubadas voltam para “casa” depois de 14 anos

Duas pinturas de Van Gogh que haviam sido roubadas há 14 anos, acabam de voltar ao seu lugar de origem. Elas retornaram ao museu Van Gogh, em Amsterdã, nesta terça-feira, 21 de março.

Já contamos a história aqui no blog: em 7 de dezembro de 2002, as obras “A igreja protestante de Noenen” e “A praia de Scheveningen ao começar a tempestade” sumiram do museu Van Gogh. Em setembro de 2016, a Guarda di Finanza italiana (Polícia financeira) recuperou as pinturas graças a uma operação contra a máfia. As duas obras de Van Gogh foram localizadas em Castellammare di Stabia (perto de Nápoles, no sul da Itália).

O primeiro dos quadros representa os fiéis saindo do templo onde o pai de Van Gogh era pastor e foi pintado pelo artista em 1884 para sua mãe, que acabava de quebrar uma perna.

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“A praia de Scheveningen ao começar a tempestade” é uma tela de pequenas dimensões (34,5 por 51 centímetros) que representa uma cena do litoral próximo a Haia, com um mar bravio e um céu tenebroso. O artista teve que lutar contra os elementos para pintar esta obra e alguns dos grãos de areia que o vendaval jogava sobre a tela úmida ainda estão incrustados nela.

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“Elas voltaram” disse o diretor do museu, Alex Rueger. “Nunca pensei que eu poderia dizer estas palavras. (…) As crianças estão de volta em segurança agora e estão realmente seguras. (…) Elas irão permanecer aqui por muitas gerações futuras.”

Rugel ainda completou que foi um milagre as obras não terem sofrido grandes danos durante estes 14 anos. Cada pintura é avaliada em 50 milhões de euros.

A L&PM publica a biografia de Van Gogh, Cartas a Theo Vincent (em quadrinhos).

Museu Van Gogh comemora o milésimo visitante do ano

O Museu Van Gogh tem muito do que se orgulhar. A instituição cultural com sede em Amsterdã lançou um comunicado oficial em que divulgou que o milionésimo visitante do ano já colocou seus pés no museu. Um fato estimulante porque aconteceu mais cedo do que em anos anteriores.

O sucesso do museu, que abriga os famosos girassóis, e possui a maior coleção de obras do pintor holandês, também se deve às exposições temporárias que recebe. A mostra de Felix Vallotton, por exemplo, se encarregou de levar 500 mil visitantes ao local, disse o diretor financeiro do museu, Adriaan Donszelmann.

O Museu Van Gogh encontra-se em fase de renovação e, atualmente, está com projeto de uma exposição permanente que contará a história de Van Gogh de uma forma “inovadora” a partir de novembro deste ano.

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No segundo semestre de 2014, a L&PM Editores vai lançar um grande livro que reunirá Cartas a Théo (edição ampliada e anotada);  Biografia de Vincent Van Gogh por sua cunhada (de Jo van Gogh-Bonger, esposa de Théo) e As cartas enviadas a Émile Bernard (prefaciadas pelo sobrinhoVincent Willen van Gogh).

Museu Van Gogh novamente de portas abertas

Depois de uma reforma que durou sete meses, o Museu Van Gogh de Amsterdam foi reaberto no início de maio com a exposição “Van Gogh Trabalhando”. Uma mostra que apresenta aos visitantes, entre pinturas do artista, as ferramentas e os métodos utilizados por ele.

Um dos quadros, por exemplo, traz Van Gogh pintando a si mesmo atrás de uma tela, com seus pincéis e paleta na mão. Próximo à tela, estão a verdadeira paleta e tinta usados pelo artista. As peças foram preservadas pelo psiquiatra Paul-Ferdinand Gachet que atendeu Van Gogh nos meses que antecederam seu suicídio.

Gachet era um médico controverso que foi pintado por Van Gogh e, embora seu paciente tenha vendido apenas duas pinturas durante sua vida, Gachet decidiu conservar alguns dos instrumentos usados por ele. “A estrela de Van Gogh começava a brilhar, e havia sido realizada uma exposição sobre sua obra”, afirma a diretora do Museu Van Gogh Marije Vellekoop. “Dr. Gachet apreciou a qualidade do trabalho do artista, ou talvez tenha tido alguma visão do futuro.”

A premiada biografia Van Gogh, de David Haziot, que faz parte da Série Biografias L&PM, apresenta o Dr. Gachet e o cita muitas vezes:

Gachet era uma figura original. Livre-pensador, republicano convicto, quando a República ainda penava para impor-se a todos na França, socialista mesmo, partidário do darwinismo, do amor livre e da homeopatia, interessava-se também pela grafologia e por “ciências” absurdas como a frenologia, a fisiognomia, a quiromancia. Declarava poder predizer a data da morte de cada um e obviamente se enganava. Num primeiro momento, Vincent foi seduzido por essa figura fascinante e cientificamente duvidosa, por esse espírito livre e um tanto charlatão.

Ao todo, compõem a mostra 145 pinturas e rascunhos, quase o dobro da coleção exibida normalmente no museu.

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“Van Gogh Trabalhando” foi cuidadosamente organizado

Van Gogh assassinado?

Como morreu Van Gogh? A resposta está na ponta da língua de quem conhece pelo menos um pouco da biografia do grande pintor: deu-se um tiro cuja bala foi parar na virilha e que acabou virando uma hemorragia fatal. O doutor Gachet chegou a ser chamado, mas não conseguiu remover e bala. Van Gogh deixou este mundo dois dias depois do incidente, em 29 de julho de 1890.

Van Gogh pode não ter morrido como conta a história

Eis que, 121 anos depois, uma nova versão do fato contesta o suicídio e joga luz sobre uma possibilidade de assassinato. Steven Naifeh e Gregory White Smith, que estudam a vida do pintor holandês há mais de 10 anos, vasculharam cartas inéditas, charfurdaram documentos desconhecidos e chegaram a uma nova hipótese: há indícios de que Van Gogh teria sido vítima de um homicídio culposo.

Naifeh e Smith são biógrafos de Van Gogh e também de Jackson Pollock

Segundo a investigação empreedida pela dupla de pesquisadores, há estudos realizados na década de 30 que afirmam que Van Gogh teria saído para beber na companhia de dois adolescentes. Um dos jovens brincava de cowboy e portava uma arma que – acreditava ele – estava com defeito. O tiro disparado pelo jovem teria sido acidental, mas a consequência foi fatal. A bala perfurou o abdomem do pintor e se alojou na virilha, como na história que conhecemos. Outro indício que reforça a nova versão é de que a bala teria entrado num ângulo oblíquo e não reto, como costuma acontecer em suicídios.

Questionado sobre os novos fatos, o curador do Museu Van Gogh, Leo Jansen, disse que esta nova versão é “dramática” e “intrigante”, mas como “muitas questões permanecem sem resposta”, seria “prematuro descartar o suicídio”.

Vamos aguardar novidades. Enquanto isso, vale conhecer a história completa do grande pintor em Van Gogh na Série Biografias, Cartas a Théo e Biografia de Vincent Van Gogh por sua cunhada, todos da Coleção L&PM POCKET.