Arquivo mensais:novembro 2011

Onde está o Wilde?

Ontem, no seriado A Grande Família da Globo, Marco Nanini levou um dos nossos para a cama. Não sabemos se foi uma escolha dele ou da produção, mas adoramos ver o nosso Oscar Wilde da Série Biografias nas mãos do grande Nanini. Veja alguns frames que pegamos no episódio chamado “Vide Bula” e clique aqui para assistir à cena completa que já está disponível no Youtube:

A Ilha do Tesouro para todos os públicos

A Ilha do Tesouro acaba de ser lançado em uma bela edição com capa dura na série Clássicos da Literatura em Quadrinhos. Escrito em 1883 por Robert Louis Stevenson, o livro conta a história do jovem Jim Hawkins que, ao encontrar o mapa do Capitão Flint, sai à caça do tesouro dos piratas. Uma história que já foi adaptada para o cinema e para a televisão pelo menos 25 vezes. A primeira produção que se tem notícia na TV é uma série de 26 episódios, produzida em 1955 com o nome de “The Adventures of Long John Silver” (o pirata Long John Silver é um dos personagens principais da história). Na grande tela, a obra de Robert Louis Stevenson foi adaptada pela primeira vez em 1918 para o cinema mudo. Em 1934, veio a primeira versão para o cinema falado. Entre as produções seguintes, o destaque é o filme de 1972 que apresentava Orson Welles no papel de Long John Silver.

Orson Welles na versão pirata da perna de pau

Este ano, mais dois filmes de A Ilha do Tesouro começaram a ser produzidos e uma nova minissérie estreia na TV,  no canal inglês Sky1, em 25 de dezembro. A minissérie “Treasure Island” é uma superprodução que traz no elenco nomes como Elijah Wood (o Frodo de O Senhor dos Anéis) e Donald Sutherland na pele do Capitão Flint. Ela tem dois episódios de 120 minutos que provavelmente serão exibidos pelo mercado internacional com quatro episódios de uma hora de duração.

O elenco da nova minissérie de "A Ilha do Tesouro" que estreia no dia de Natal na Inglaterra (clique para ampliar)

Infelizmente, “Treasure Island” ainda não tem previsão de quando será exibida no Brasil. Mas os livros da L&PM estão aí, em pocket e agora em quadrinhos, para você ir conhecendo esta incrível história que foi a primeira da literatura a mostrar um mapa do tesouro (marcado com um X) e um pirata com a perna de pau e um papagaio no ombro.

O espírito de Will Eisner em São Paulo

Depois de passar pelo festival Rio Comicon em outubro, a exposição O espírito vivo de Will Eisner acaba de chegar na capital paulista e fica até o dia 18 de dezembro no Centro Cultural São Paulo. A mostra traz 106 desenhos originais do artista, além de uma estátua de 38cm do Spirit, o personagem mais famoso de Will Eisner, fundida em bronze a partir de um molde em cera do artista Peter Poplaski.

Exposição O ESPÍRITO VIVO DE WILL EISNER

Spirit forjado em bronze

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Parte dos originais de "Um contrato com Deus"

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O espírito vivo de Will Eisner em São Paulo

Quer ver mais fotos da exposição? No Flickr tem várias 🙂

Nascido no Brooklyn, em Nova York, Will Eisner começou a publicar as primeiras histórias na revista WOW What a Magazine! em 1936 e, em 1940, criou o Spirit, uma série de tiras de quadrinhos que era publicada como suplemento de um jornal dominical. Os enquadramentos inovadores e os efeitos de luz e sombra davam um quê de film noir para as aventuras do detetive mascarado Denny Colt.

Além da qualidade do roteiro e da arte, a presença de belas mulheres, cenas hilariantes, melodramáticas, mas que enfatizavam sobretudo o aspecto humano dos personagens fizeram da série Spirit um ícone na história das graphic novels no mundo. A L&PM publicou cinco álbuns da série em meados dos anos 80.

Marvel procura desenhistas de HQs no Brasil

Você se considera um bambambãn dos quadrinhos no Brasil? Um ilustrador nato? Um desenhista talentosíssimo que ainda não foi reconhecido? Então trate de tentar encontrar C. B. Cebulski, o vice-presidente e caça-talentos da Marvel mundial que está em terra brasilis pela primeira vez.

Em entrevista ao caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo de 15 de novembro, ele disse que “Entrar no mercado de quadrinhos é como sair da cadeia. Uma vez que você descobre como, o caminho está livre”. Na semana passada, Cebulski participou da 7ª edição do FIQ (Festival Internacional de Quadrinhos), em Belo Horizonte. Mas antes passou por São Paulo e avaliou portfólios na escola Impacto Quadrinhos.

O Brasil, ele avalia, está enfim no ponto certo. Nos anos 90, era comum encontrar “mulheres hiperssexualizadas e homens másculos”, dois grandes clichês da HQ nacional. Hoje, no entanto, a pluralidade é bem maior e prova disso é a diversidade encontrada nos traços de Fábio Moon e Gabriel Bá, Rafael Grampá e Luke Ross.

Mas Cebulski avisa: não adianta achar que vai ser contratado de cara para desenhar a prata da casa, como Homem-Aranha e Wolverine. “É como os grandes times de futebol. Sendo realista, tem de começar nos times de base.”

O vice-presidente e caça-talentos da Marvel está no Brasil, alguém se habilita?

E por falar nisso, você já deu uma olhada na nova Enciclopédia dos Quadrinhos?

Jane Austen envenenada por arsênico?

A morte prematura da escritora Jane Austen, com apenas 41 anos, já foi atribuída a muitas coisas: doença de Addison, câncer, linfoma de Hodgkin, tuberculose bovina e doença de Brill-Zinsser. Mas agora, quase 200 anos depois de sua morte, ocorrida em 1817, uma nova e inquetante tese surgiu. A escritora britânica de novelas policiais Lindsay Ashford defende que a causa mortis de Austen foi a ingestão prolongada de arsênico. Os passos que levaram Ashford a esta conclusão começaram em 2008, quando seu companheiro arranjou em um emprego em Chawton House, uma bela mansão rural na região de Hampshire que, coincidência ou não, pertenceu a um irmão de Jane Austen, Edward. Em 1809, quando o pai de Jane morreu, a romancista, sua irmã Cassandra e sua mãe foram viver no pequeno solar que Edward possuía no parque de sua propriedade. E foi justamente esta casa, que hoje pertence a um descendente dos Austen, que Ashford alugou.

O projeto inicial da novelista era apenas o de escrever mais uma história policial, eventualmente protagonizada pela sua habitual heroína, a psicóloga Megan Rhys. Mas ninguém  habita impunemente a casa onde morou e trabalhou Jane Austen e certa manhã, quando lia um dos volumes da correspondência de Jane Austen, Ashford deparou-se com uma carta que ela escrevera, poucos meses antes de morrer, à sua sobrinha Fanny Knight, explicando que se sentia melhor e que estava recuperando o seu aspecto habitual. Parecendo referir-se ao seu rosto – já que usa a expressão my looks –, Austen escreve na carta que tivera a pele manchada de “negro, branco e de todas as cores erradas”.

Como Ashford pesquisa modernas técnicas forenses e os efeitos de certos venenos no corpo para escrever seus livros, ela logo percebeu que os sintomas citados na carta de Jane Austen pareciam muito com a pigmentação causada pelo consumo de arsênico, onde aparecem manchas na pele que variam de marrom a preto, passando pelo branco.

Pouco depois, a novelista conheceu o ex-presidente da Jane Austen Society of North America, que lhe disse que havia uma mecha de cabelo de Jane Austen em exibição num museu nas proximidades. A mecha, que fora comprada em 1948 por um casal já falecido, tinha sido testada por eles para arsênico com resultado positivo.  Mas é bom lembrar, no entanto, que o arsênio era um dos ingredientes da solução de Fowler que, na época, usava-se como tratamento para tudo, desde o reumatismo – algo que se queixaram de Austen em suas cartas – até sífilis.

“Depois de todas as minhas pesquisas eu acho que é muito provável que ela recebeu um medicamento que contém arsênico. Quando você olha para sua lista de sintomas e os compara à lista de sintomas de arsênico, há uma correlação surpreendente”, disse Ashford ao jornal britânico The Guardian. “Eu não acho que o assassinato está fora de questão”, disse ela. “Muita coisa não foi revelada e poderia ter havido um motivo para o homicídio.”

Este, aliás, é o tema do novo romance de Lindsay Ashford, “The Mysterious Death of Miss Austen” (A misteriosa morte de Miss Austen), lançado há poucas semanas em Londres.

A professora Janet Todd, de Cambridge, e especialista em Jane Austen, disse que assassinato é pouco provável. “Eu duvido muito que ela tenha sido envenenada intencionalmente. Mas a possibilidade que tenha sido tratada com arsênico para o reumatismo, por exemplo, é bastante provável”, disse a professora.

Embora Ashford esteja interessada em ver ossos da autora de Orgulho e Preconceito, Persuasão e A abadia de Northanger analisados pela medicina forense moderna, ela sabe que isso dificilmente vai acontecer. Talvez certas coisas não precisem ser desenterradas…

54. Andy Warhol, o retorno

Por Ivan Pinheiro Machado*

No post numero 22 destes relatos memorialísticos sobre a história da L&PM Editores, contei a história de um grande fracasso de vendas, os “Diários de Andy Wahrol”, edição de Pat Hackett, lançado em 1989. O investimento foi de, na moeda de hoje, cerca de 70 mil dólares. Era um livro enorme, 1.000 páginas no formato 23 cm x 16 cm. Só a tradução custou 30 mil dólares (1.500 laudas)… E o preço para o público, convertido para o dinheiro de hoje, ficou em R$ 120,00. Mais da metade da tiragem encalhou e os livros remanescentes  acabaram, meses depois, fazendo a festa dos leitores nos balaios de saldos das principais feiras de livro do país. Tudo isto, em 1989.

Pois em setembro de 2011, a L&PM decidiu recomprar os direitos e FAZER DE NOVO os diários de Andy Warhol. O leitor, agora ciente dos prejuízos que este livro causou no passado, perguntará perplexo: “Vocês enlouqueceram?!”

Pode ser. Tudo começou neste ano, quando decidimos lançar a excelente biografia de Andy Warhol em nossa “Série Biografias” (com previsão para chegar em dezembro), que publicaremos em colaboração com a respeitadíssima editora francesa Gallimard. No embalo da biografia, surgiu a possibilidade de editarmos o livro “America” de Andy Warhol. Foi aí que começamos a discutir a questão dos “Diários”. Que tal republicá-los?

Inclusive me propus a fazer uma “edição” dos livros, “limando” as passagens sem importância e deixando só o substancial. Para que ficasse mais barato e prático. Propusemos ao agente literário encarregado do espólio, reeditar o livro com a metade das páginas. Depois de muitas idas e vindas, os agentes americanos toparam. Foi então que eu iniciei a tarefa de cortar 50% dos diários. Nas primeiras 10 páginas, eu havia deletado no máximo metade de… UMA página. Prossegui, li, li de novo e lá pela página 300 eu cheguei à conclusão de que seria um crime cortar um dia sequer, uma linha que fosse daquele diário.

Como editor, eu deveria publicar na íntegra ou não publicar. O livro não ficara “melhor” do que em 1989, mas me dei conta de que havia uma razão maior que trazia uma nova dimensão aos “Diários”: o passar do tempo. Passados 22 anos da publicação e 25 anos da morte de Andy Warhol, aumentou radicalmente a importância dele e de muitos personagens que frequentam os suas páginas. Por exemplo, o grande cult da chamada “arte de rua” Jean Michel Basquiat, morto em 1988, aos 28 anos, um ano após a morte de Andy Warhol, é mencionado inúmeras vezes, pois foi uma descoberta do criador do Pop. Ele diz em 4 de outubro de 1982: “O Basquiat é o garoto que usava o nome de ‘Samo’ quando sentava na calçada do Greenwich Village e pintava camisetas, e de vez em quando eu dava 10 dólares para ele e mandava ao Serendipity para tentar vendê-las. Era apenas um daqueles garotos que me enlouqueciam. É negro, mas algumas pessoas dizem que é porto-riquenho, aí sei lá. (…)” Enfim, são centenas de pessoas do show business, das artes, da realeza européia, do rock and roll, do punk rock, da literatura, moda, imprensa, teatro, cultura underground, jet set em geral, milionários, drogados famosos, enfim, gente que superou a sua previsão de que “um dia todos vão ter pelo menos 15 minutos de fama”.

25 anos depois, este livro se tornou história. Uma fonte de referência para se entender as décadas do fim do século XX, a cultura da celebridade, a contra-cultura novaiorquina da época, a estética do Pop, o cinema underground e conhecer os registros praticamente diários desta grande aventura da última jornada verdadeiramente de vanguarda da arte moderna. Até as frivolidades que permeiam em abundância este livro adquirem agora um significado histórico. É Nova York pré-11 de setembro. A grande Meca da modernidade, cujos sonhos transgressores e vanguardistas derreteram junto com as torres gêmeas.

Por isso e muito mais nós decidimos encarar o desafio. Mas desta vez “Os diários de Andy Warhol” serão editados na coleção L&PM POCKET em dois volumes de 600 páginas cada um. O primeiro vai de 1976 até 1981 e o segundo, de 1982 até 1987.

O preço dos dois volumes juntos será, pelo menos, a metade do que custava a fracassada versão de 22 anos atrás. Assim, eu considero respondida a pergunta do leitor perplexo. Acho que ainda não enlouquecemos. Pelo menos não por enquanto.

* Toda terça-feira, o editor Ivan Pinheiro Machado resgata histórias que aconteceram em mais de três décadas de L&PM. Este é o quinquagésimo quarto post da Série “Era uma vez… uma editora“.

A autobiografia de Alice B. Toklas: Paris, Picasso, Matisse e a “Geração Perdida”

Gertrude Stein voltou com tudo em 2011. Primeiro, no mega sucesso internacional de Woody Allen, o filme “Meia noite em Paris”, onde ela e sua famosa casa na rue Fleurus 27,  em Paris, são protagonistas. E depois pela maravilhosa exposição “Matisse, Cézanne, Picasso: l’aventure des Stein”  no Grand Palais, em Paris, inaugurada dia 5 de outubro e que vai até 15 de janeiro de 2012.

Esta “A autobiografia de Alice B. Toklas” explica tudo. Alice foi a companheira de Gertrude pela vida inteira. E juntas foram testemunhas oculares do nascimento da arte moderna. Ela conta a sua história pela boca de Alice; no tempo em que Paris era uma festa e Picasso, Matisse, Cézanne e toda a arte moderna pintavam, amavam, se divertiam, sofriam e passavam fome na capital de todas as revoluções. Mais tarde nos anos 20, Gertrude trocou os pintores pelos escritores. Inventou a célebre expressão “Geração Perdida” para os jovens autores americanos que ela havia descoberto pelas ruas de Paris; Ernest Hemingway e Francis Scott Fitizgerald.

Enfim. “A autobiografia de Alice B. Toklas” é uma reedição importantíssima (foi lançado pela L&PM pela primeira vez no Brasil em 1984). Um livro imperdível, onde o você, leitor, através do talento de Gertrude Stein conhecerá a intimidade, os fatos, as histórias e as lendas de um período fundamental na história da arte e da literatura. (Ivan Pinheiro Machado)  

Alice e Gertrude, em 1944, no interior da França

Gertrude e Alice foram companheiras até o fim da vida

Gertrude e Alice foram companheiras até o fim da vida

Gertrude ajudou muitos artistas a alçarem vôos maiores

Alice e Gertrude na sua casa em Paris (clique para aumentar)

Coleção L&PM Pocket é uma das 115 razões para amar Porto Alegre

Uma edição especial encartada na Revista Veja desta semana, 14 de novembro, apresenta uma lista com as 115 razões para amar a cidade de Porto Alegre. Há parques, personalidades, recantos, refúgios, restaurantes, centros culturais, museus e até escritores nascidos na capital gaúcha como Moacyr Scliar, Caio Fernando Abreu, Martha Medeiros e Luiz Antonio de Assis Brasil. E, para nossa surpresa, entre os adoráveis motivos, estão também os pockets da L&PM:

Nas páginas da edição especial de Veja: nascida em Porto Alegre, a Coleção L&PM Pocket está no Brasil inteiro

Verbete de hoje: Peyo

Com o lançamento da nova Enciclopédia dos Quadrinhos“, de Goida e André Kleinert, o Blog L&PM publicará, nos domingos, um verbete do livro. O verbete de hoje é PEYO:

Asterix, Lucky Luke e os Smurfs. Sem dúvida, e nessa ordem, eis os personagens de humor mais conhecidos da escola franco-belga. Enquanto os dois primeiros destinam-se também ao público adulto, os Schtroumpfs (como se chamam no original) fazem a alegria principalmente da garotada. Estão em muitos outros meios também: ajudam a vender os mais variados produtos e viraram inclusive desenhos para o cinema e a TV. Os Smurfs é a criação mais conhecida do desenhista Pierre Culliford, que sempre assinava seus trabalhos como Peyo. Nos quadrinhos desde 1945, foi companheiro de Jijé, Franquin, Morris e Paape (todos citados nesta obra). Desenhando para o jornal La Derniére Heure, Peyo criou um personagem chamado Johan, que vivia suas aventuras marcadas pelo humor na Idade Média. Quando “Johan” foi para a revista Spirou, a série enriqueceu-se com outras figuras, e nela surgiram os pequenos duendes chamados Schtroumpfs. Fizeram tanto sucesso que Johan desapareceu e eles tomaram conta de tudo. Mudaram inclusive a vida de seu ilustrador, que criou uma empresa para cuidar dos múltiplos caminhos por onde passaram a caminhar seus pequenos duendes. Peyo foi igualmente o criador de “Benoit Brisefer”, um garoto de força sobre-humana (1960), série depois continuada por Will e Walthéry.

Qualquer azeite de oliva faz bem para a saúde?

Nos sábados, este blog publica algumas das dúvidas que são esclarecidas em “Fatos & Mitos sobre sua alimentação“, o novo livro do Dr. Fernando Lucchese. O Dr. Lucchese é autor também do bestseller Pílulas para viver melhor, entre outros livros.

Qualquer azeite de oliva faz bem para a saúde?

Aí está a pegadinha. O azeite de oliva extravirgem, que é o que reúne as qualidades mais saudáveis, apresenta no máximo 1% de acidez. Sua produção é muito pequena em todo o mundo, mas a venda com esse título é absurdamente alta. Por isso, temos de ficar de olho nas melhores marcas e na acidez declarada pelos fabricantes sérios. Quanto menor for a acidez do azeite, melhor ele será.