Arquivo mensais:novembro 2013

Mônica e Garfield carequinhas

23 de novembro é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. E entre os que estão apoiando a causa e participando da campanha “Carequinhas contra o Câncer infantil”, promovida pelo site GRAACC – Combatendo e Vencendo o Câncer Infantil (Oficial), estão a Turma da Mônica e Garfield. No site oficial, é possível participar, trocando o avatar do Facebook por um dos personagens sem cabelo. Dá uma olhada: http://www.carequinhas.com.br/ #carequinhas.

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Os personagens ficaram carequinhas para lembrar que a criança com câncer tem que curtir a infância como qualquer criança.

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Não há chance de ressuscitar John F. Kennedy

O diâmetro da ferida provocada pelo segundo impacto é só um pouco maior que o de um lápis número dois. A alta velocidade faz com que a bala atravesse o cérebro do presidente e saia pela frente do crânio, em vez de se alojar lá dentro como a bala mais lenta que matou Abraham Lincoln.

(…)

Mas a bala de 6,5 milímetros disparada por Lee Harvey Oswald é um pedaço de chumbo muito mais cruel. Uma bala tão fina pode parecer insignificante, mas é capaz de abater um cervo a 180 metros de distância.

Esse míssil revestido de cobre põe fim à vida de John F. Kennedy em um instante. Mal desacelera enquanto atravessa a terna massa cinzenta do cérebro antes de explodir a fina parede óssea ao sair pela frente de seu crânio.

Os braços de Jackie continuam em volta do marido quando a frente de sua cabeça explode. Cérebro, sangue e fragmentos de osso banham o rosto da primeira-dama e seu tailleur rosa da Chanel; salpicam até mesmo os quebra-sóis do para-brisa da limusine.

(…)

Não há nenhuma chance de ressuscitá-lo com uma respiração boca a boca, como se tentou quando Lincoln jazia moribundo no chão do camarote do Teatro Ford. Não haverá vigília noturna, como com Lincoln, para que os amigos e entes queridos possam acompanhar JFK em seus momentos finais.

(…)

Mal sabem os espectadores, horrorizados, mas os historiadores e teóricos da conspiração, e também os cidadãos comuns nascidos anos depois desse dia, questionarão se Lee Harvey Oswald agiu sozinho ou se teve ajuda de outros. As autoridades federais examinarão a balística e usarão um cronômetro para medir com que rapidez um homem é capaz de mirar e carregar um Mannlicher-Carcano 6,5 milímetros. As pessoas mais variadas se autonomearão especialistas em vídeos caseiros do assassinato em baixa resolução, em colinas gramadas, e nos muitos malfeitores que asiavam para ver John F. Kennedy afastado do poder.

Os argumentos conspiratórios se tornarão tão convincentes e tão intrincados que um dia ameaçarão sobrepujar a tragédia de 22 de novembro d 1963.

Então, que fique registrado, de uma vez por todas, que às 12h30 de uma tarde ensolarada de sexta-feira em Dallas, Texas, John Fitzgerald Kennedy é morto a tiros num piscar de olhos. Deixa uma bela viúva. Deixa duas crianças adoráveis. Deixa uma nação que o ama.

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Na tarde de 22 de novembro de 1963, os jornais já traziam a notícia de que JFK fora assassinado às 12h30

Trecho de Os últimos dias de John F. Kennedy, de Bill O’Reilly e Martin Dugard.

A morte está imóvel na janela

22 DE NOVEMBRO DE 1963
DEALEY PLAZA, DALLAS, TEXAS
12h14

Antecipando a chegada do presidente dos Estados Unidos, um estudante de ensino médio chamado Aaron Rowland e sua esposa, Barbara, aguardam na Dealey Plaza. Ao olhar para o Texas School Book Depository, ele vê a silhueta de um homem contra uma janela de esquina no sexto andar. Um caçador aficionado, Rowland precebe que o homem está segurando um fuzil na posição de cruzar armas – em diagonal à frente do corpo, com uma mão na coronha e outra no cano. É assim que um fuzileiro naval seguraria a arma enquanto espera para disparar no polígono de tiro.

Rowland está fascinado, mas pelos motivos errados.

– Quer ver um agente do Serviço Secreto? – ele pergunta à esposa.

– Onde?

– Naquele prédio, ali – ele responde, apontando.

Seis minutos depois, e dez minutos antes de o comboio chegar à Dealey Plaza, Ronald Fischer e Robert Edwards, que trabalham no escritório de auditoria do condado, perto dali, olham para cima e veem um homem parado na janela do sexto andar. “Ele nunca se moveu”, Fischer lembrará mais tarde. “Ele nem piscava os olhos. Estava só olhando, feito uma estátua.”

No mesmo instante, Howard L. Brennan, um encanador da região, usa a manga de sua camisa cáqui para secar o suor da testa. Isso o faz pensar em como o dia está quente. E então ele olha para o painel da Hertz no alto do telhado do Texas School Book Depositary, que mostra a hora e a temperatura. Ao fazer isso, ele identifica um homem misterioso completamente imóvel posicionado na janela superior para atirar.

Mas logo vem o som de euforia à medida que o comboio se aproxima. Na Main Street, as multidões ocupam faixas de três a seis metros de largura, e seu barulho ecoa pelas ruas estreitas ladeadas de janelas do centro centro de Dallas. Em meio a toda a empolgação, a visão de um homem parado em uma janela empunhando um fuzil é esquecida. O presidente está perto. Nada mais importa.

JFK Shadow On Dallas

O prédio do Texas School Book Depositary com o painel da Hertz sobre ele

Trecho de Os últimos dias de John F. Kennedy, de Bill O’Reilly e Martin Dugard.

Lee Oswald espreita pela janela

22 DE NOVEMBRO DE 1963
TEXAS SCHOOL BOOK DEPOSITORY, DALLAS
9h45

Em Dallas, a  multidão de ansiosos cidadãos está na beira da calçada em frente ao Texas School Book Depository. O presidente não passará nas próximas três horas, mas eles chegaram cedo para conseguir um bom lugar. O melhor de tudo é que parece que o sol vai sair. Talvez eles consigam ver John F. Kennedy e Jackie, afinal.

Lee Harvey Oswald espreita por uma janela no primeiro andar do edifício do depósito, estudando a rota do presidente onde o público o aguarda. Ele pode ver claramente a esquina da Elm Street com a Houston, onde a limusine de John Kennedy fará uma lenta curva para a esquerda. Isso é importante para Oswald. Ele escolheu um lugar no sexto andar do depósito como seu posto de franco-atirador. O andar é fracamente iluminado por poucas lâmpadas de sessenta watts e está vazio por causa de uma reforma. Pilhas de caixas de livros perto da janela que dá para a Elm e a Houston formarão um esconderijo natural, possibilitando que Oswald coloque o fuzil para fora e aviste o comboio na curva esperada. O atirador que há em Lee Harvey Oswald sabe que terá tempo para dois tiros, talvez até três se for rápido o bastante ao manipular o ferrolho.

Mas um disparo é tudo o que ele precisa.

O depósito onde Lee Oswald esperou pela passagem de Kennedy

O depósito onde Lee Oswald esperou pela passagem de Kennedy

* * *

O Air Force One encara o vento cruzado quando o coronel Jim Swindal o acomoda na pista de aterrissagem de Love Field, em Dallas. John Kennedy está em êxtase. Observando das janelas do avião, ele vê que o tempo ficou ensolarado e quente e que outra grande multidão texana espera para recebê-lo. “Esta viagem está se revelando extraordinária”, ele confidencia alegremente para Kenny O’Donnell, “Aqui estamos, em Dallas, e parece que tudo no Texas estará a nosso favor!”

O desembarque do canal Kannedy em Dallas na manhã do dia 22 de novembro de 1963

O desembarque do casal Kannedy em Dallas na manhã do dia 22 de novembro de 1963

Trechos de Os últimos dias de John F. Kennedy, de Bill O’Reilly e Martin Dugard, lançado recentemente pela L&PM Editores.

Após 49 anos, Congresso anula sessão que afastou Jango da Presidência

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Folha de S. Paulo – 21/11/2013 – Por Márcio Falcão, de Brasília

O Congresso Nacional aprovou na madrugada desta quinta-feira (21) um projeto que anula a sessão realizada pela Casa no dia 2 de abril de 1964, que declarou vaga a Presidência da República exercida na época pelo presidente João Goulart, o Jango (1919-1976), viabilizando o reconhecimento do novo governo militar (1964-1985).

Deputados e senadores vão fazer uma cerimônia para proclamar a nulidade da sessão. A proposta foi apresentada pelos senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AL).

A sessão do Congresso de 1964 foi realizada de madrugada e, por decisão do então presidente do Congresso, Auro de Moura Andrade, a vacância foi declarada. No pedido, os dois senadores afirmam que a anulação faz um “resgate histórico” porque a vacância permitiu o golpe militar de 1964, embora Jango estivesse em Porto Alegre (RS) em solo brasileiro. A ideia, de acordo com os parlamentares, seria retirar qualquer “ar de legalidade” do golpe militar de 1964.

“Fica claro que o ato do Presidente do Congresso Nacional, além de sabidamente inconstitucional, serviu para dar ao golpe ares de legitimidade”, afirmam os senadores na justificativa do projeto. Simon e Randolfe afirmaram que, depois de 49 anos da sessão, o Congresso “repudia de forma veemente a importante contribuição ao golpe dada pelo então presidente do Legislativo”.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o Congresso estava reparando essa mancha na história do Brasil. “É uma desculpa histórica”.

Em discurso, Simon disse que a proposta não pretende reescrever os fastos. “Não vamos reconstituir os fatos. A história apenas vai dizer que, naquele dia, o presidente do Congresso usurpou a vontade popular de maneira estúpida e ridícula, depondo o presidente da República”, disse.

Um dos principais defensores da ditadura militar, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi voz praticamente isolada contra a medida e disse que a proposta era irregular pois estavam querendo”tocar fogo” no Diário do Congresso Nacional. “Querem apagar um fato histórico de modo infantil. Isso é mais do que stalinismo, quando se apagavam fotografias, querem apagar o Diário do Congresso”.

A votação foi acompanhada por João Vicente Goulart, filho do ex-presidente. O texto foi aprovado aos gritos de “Viva o Brasil”, “Viva democracia” e “Viva Jango”.

Com o objetivo de verificar as causas da morte de Jango, o corpo do ex-presidente foi exumado, na semana passada, no cemitério da cidade gaúcha de São Borja, na fronteira com a Argentina. A família e o governo suspeitam que Jango teria sido envenenado durante seu exílio na Argentina. Na época, não houve autópsia. De São Borja, os restos mortais foram trazidos a Brasília e recebido com honras de chefe de Estado pela presidente Dilma Rousseff.

A perícia será feita no DF e amostras serão enviadas para análise em laboratórios no exterior. A intenção é voltar a homenageá-lo novamente em 6 de dezembro, dia em que a morte completará 37 anos e o corpo deverá voltar a São Borja (a 581 km de Porto Alegre), na fronteira com a Argentina.

Para saber o que aconteceu com Jango depois que ele foi afastado da presidência, em 1964, leia Jango, a vida e a morte no exílio, de Juremir Machado da Silva.

As últimas horas de vida de John F. Kennedy

21 DE NOVEMBRO DE 1963
A BORDO DO AIR FORCE ONE
14h

Em suas últimas horas de vida, o presidente John F. Kennedy está voando com estilo a bordo do Air Force One. Ele examina os documentos confidenciais da inteligência que transbordam de sua velha pasta executiva preta de pele de crocodilo. JFK faz leitura dinâmica à velocidade habitual de 1.200 palavras por minuto, os óculos equilibrados na ponta do nariz, concentrado em seu estudo. No sofá encostado na parede oposta ao escritório de bordo de JFK, Jackie Kennedy fala suavemente em espanhol, praticando um discurso que fará esta noite em Houston para um grupo de mulheres latino-americanas.

O rom-rom em castelhano da primeira-dama é um acréscimo bem-vindo ao santuário particular do presidente a bordo do avião. John Kennedy está tão feliz que Jackie esteja viajando ao Texas com ele que até teve o gesto pouco usual de ajudá-la a escolher as roupas que vestirá em suas muitas aparições públicas. Um dos trajes, um tailleur de lã rosa da Chanel combinando com um pequeno chapéu redondo sem aba, é o favorito da primeira dama.

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(…)

Às onze horas da manhã, o presidente deu um último abraço em John Jr. e pisou na pista de decolagem antes de subir as escadas rumo ao Air Force One. A primeira-dama estava ao lado dele. Cinco minutos depois, o avião decolou de Andrews para o voo de três horas e meia até o Texas. John Kennedy Jr. observou o grande jato subir ao céu e desaparecer na distância.

(…)

No solo, em Dallas, Lee Harvey Oswald enche caixas de papelão com livros enquanto preenche pedidos no Texas School Book Depository. Mas hoje ele está distraído, e  um mapa do itinerário do comboio presidencial impresso na primeira página da edição vespertina do Dallas Times Herald chama sua atenção. Oswald só precisa olhar pela janela mais próxima para ver precisamente onde a limusine do presidente fará uma lenta curva para a direita, da Main Street para a Houston, e então uma curva ainda mais lenta pra a esquerda para entrar na Elm Street, onde passará quase debaixo das janelas do depósito. Dar uma boa olhada no presidente será tão simples quanto olhar para a rua logo abaixo. Mas Lee Harvey Oswald está planejando fazer muito mais do que dar uma olhada.

Trechos de Os últimos dias de John F. Kennedy, de Bill O’Reilly e Martin Dugard, L&PM Editores.

Dostoiévski por Visconti

Numa iluminada noite de primavera, à beira do rio Fontanka, um jovem sonhador se depara com uma linda mulher que chora. São Petesburgo está mergulhada em mais uma de suas noites brancas, fenômeno que as faz parecerem tão claras quanto os dias e que confere à cidade a atmosfera onírica ideal para o encontro entre essas duas almas perdidas. Em apenas quatro noites, o tímido rapaz e a misteriosa Nástienhka passam a se conhecer como velhos amigos, mas algo vem atrapalhar o desenrolar romântico desse fugaz encontro…

Esta é a sinopse de “Noites Brancas“, história de Fiodor Dostoiévski que faz parte do ciclo de obras que ele criou após amargar uma forte desilusão amorosa e que foi a última escrita antes da prisão e do período de exílio na Sibéria.

Em 1957, “Noites Brancas” foi adaptada para o cinema pelo diretor italiano Luchino Visconti com Marcello Mastroianni e Maria Schell. O filme, com trilha sonora de Nino Rota, levou o Leão de Prata no festival de Veneza daquele ano. 


 
A TV brasileira também assistiu a uma adaptação da obra de Dostoiévski. “Noites Brancas” virou especial da Globo em 1973 com Francisco Cuoco e Dina Sfat nos papéis principais e a direção de Oduvaldo Viana Filho.

Romeu e Julieta no balé

O grupo São Paulo Companhia de Dança vai comemorar seus 5 anos de vida com a estreia do balé “Romeu e Julieta“, musicado pelo compositor russo Serguei Prokofiev (1891-1953). Criada para ser um núcleo de dança de base clássica que abarca também a produção contemporânea, a companhia da diretora Inês Bogéa já produziu 27 obras, mas ainda não tinha montado esse tipo de coreografia, que narra uma história. Além de marcar o aniversário do grupo, a montagem se junta às comemorações dos 450 anos de William Shakespeare em abril do ano que vem.

Para o desafio de montar no balé um espetáculo com narrativa, foram incluídas aulas de dramaturgia e interpretação nas seis horas diárias de treinos e ensaios. O coreógrafo e bailarino italiano Giovanni Di Palma, professor do ArchiTanz Ballet Studio, de Tóquio, que já interpretou vários balés baseados em Shakespeare, afirma que os textos do autor são perfeitos para a dança. “Quando ele cria protagonistas que têm que expressar continuamente: ‘Eu te amo, não posso te amar’, isso já é um movimento”, disse ele em entrevista à Folha de S. Paulo.

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O espetáculo “Romeu e Julieta” da São Paulo Companhia de Dança estreia nesta quinta, dia 21 de novembro, e vai até 1º de dezembro (quintas e sábados, às 21h; sextas, às 21h30; domingos, às 18h) no Teatro Sérgio Cardoso (Rua Rui Barbosa, 153).

via Folha Ilustrada

Cineasta filma exumação de Jango para mostrar a história da Operação Condor

Diário de Pernambuco – Por Andrea Cantarelli

O novo longa-metragem do cineasta Cleonildo Cruz, Operação Condor, verdade inconclusa, começou a ser filmado na última quarta-feira (13) durante a exumação do corpo do ex-presidente João Goulart (Jango) na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul. A equipe vai percorrer, além do Brasil, mais cinco países para desvendar as entrelinhas da história da Operação Condor, uma aliança político militar entre os vários regimes militares da América do Sul: Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai.

Depois de 18 horas filmando o processo da exumação, Cleonildo disse que o caso de Jango é o ponto de partida do longa e também referência para os outros casos que serão investigados. “Existem três processos que envolvem a morte de João Goulart: o da Comissão da Verdade, um criminal (na justiça argentina) e um cível, no Ministério Público Federal; e todos serão abordados no filme”, explicou o cineasta. “Foi um momento emocionante que a gente sente participando da história”, completou, lembrando que conversou com peritos e amigos pessoais do ex-presidente.

O próximo destino da equipe é a Argentina, onde vai ficar cerca de um mês, para vasculhar as conexões de vários países na Operação Condor, criada com o objetivo de coordenar a repressão a opositores das ditaduras e eliminar líderes de esquerda instalados nos seis países do Cone Sul.

A ideia da obra, que terá 70 minutos de duração, é esclarecer os casos que envolvem esses países. “Nosso roteiro é percorrer o Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia, entrevistando especialistas, familiares das vítimas do Condor, historiadores e vamos refazer as trilhas do que foi a operação para que deixe de ser uma história inconclusa”, explicou Cleonildo.

O historiador lembra que a Operação Condor, de acordo com pesquisas histórias, foi criada no Chile, em 1975, numa reunião convocada pela Diretora de Inteligência Nacional do Chile (DINA). O Brasil não assinou a ata de fundação mas participou ativamente da sua articulação. A partir dessa espécie de acordo da cooperação, os serviços de inteligência dos países do Cone Sul – Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai – trocavam informações entre os aparatos repressivos dos regimes militares, faziam intercâmbio de informações pelas embaixadas, realizavam operações de prisão, tortura e troca de prisioneiros. “A Comissão Nacional da Verdade já tem documentos que revelam que essa relação já existia muito antes, e no filme essa verdade será descortinada”, destaca.

A previsão para o lançamento do filme é dezembro de 2014. O cineasta e historiador já realizou outras obras como diretor, roteirista e produtor, todas com o intuito de desvendar os bastidores da história. Suas últimas produções, em 2012, foram Constituinte 1987-1988 e Haiti, 12 de janeiro.

Quer saber mais sobre os fatos que levaram às suspeitas de que o ex-presidente João Goulart foi assassinado? Leia Jango – a vida e a morte no exílio, de Juremir Machado da Silva:

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Quer saber mais sobre a Operação Condor? Leia Operação condor: o sequestro dos uruguaios, de Luiz Cláudio Cunha:

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Uma viagem à Noite Beat

A Noite Beat, que aconteceu no dia 7 de novembro no Cemitério dos Automóveis em São Paulo,  teve a participação de Eduardo Bueno e Claudio Willer, tradutores e autores de obras beats. Confira abaixo o vídeo do evento, produzido pelo Portal Cronópios:

Eduardo Bueno é tradutor de On the road e Claudio Willer do recém lançado Livro de Haicais . Ambas são obras de Jack Kerouac.