Arquivo mensais:abril 2013

Andy Warhol for sale!

Abre no dia 26 de abril mais um leilão virtual das obras de Andy Warhol na Christie’s: são 125 peças a preços relativamente acessíveis (a partir de US$ 1.500) e o valor obtido será usado pela The Andy Warhol Foundation for the Visual Arts para financiar bolsas de estudo para jovens artistas. Não custa dar uma olhadinha, né? -> http://warhol.christies.com/ 😉

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Um dos auto-retratos de Andy Warhol que estão à venda no leilão virtual

Um poema (sem rimas) de Fernando Pessoa

Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo
                            [de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior

Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água que corre quando
                             [o chão é inclinado,
E minha poesia é natural como
                             [o levantar-se vento…

(De Poemas de Alberto Caeiro, Fernando Pessoa – Coleção L&PM Pocket)

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Exposição “Lady Warhol” estreia no MAM-SP

Estreia nesta terça, dia 16 de abril, no MAM-SP a exposição “Lady Warhol” com 50 fotos do criador da pop art caracterizado como mulher. Quem assina as fotos é o norte-americano Christopher Makos, amigo pessoal de Andy Warhol, e a inspiração para a série de retratos veio da personagem Man Ray de Rrose Selavy de Marcel Duchamp.

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É a primeira vez que a série batizada de “Imagem alterada” vem ao Brasil e segue em cartaz no Museu de Arte Moderna de São Paulo até o dia 23 de junho.A amizade entre Andy Warhol e Christopher Makos foi intensa e está registrada em detalhes nos Diários de Andy Warhol (Coleção L&PM Pocket), como nesta passagem:

13 de abril de 1981 – Chris é a companhia perfeita pra mim. É tudo que eu sempre quis. É ativo, mas não é ativo. E é uma criança. Vai a festas de sexo e volta satisfeito, de alma lavada, e está bem apaixonado por seu amante, Peter, é muito atencioso, e quando vai aos lugares fica só esperando a hora de ir embora – exatamente como eu – e me faz correr por todos os lugares, embora agora ele é que me faça carregar a sua mochila. Não me importo porque tudo é excitante e ele me faz sentir jovem.

A trilha sonora do filme “O grande Gatsby”

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Para ter um gostinho do que vai ser o filme “O grande Gatsby”, de Baz Luhrmann, baseado na obra homônima de F. Scott Fitzgerald, aí vai um trechinho das músicas da trilha sonora, que traz will.i.am, Fergie, Lana Del Rey, Florence and the Machine, The xx, Gotye, Jack White e mais!

Todas as tirinhas de Rango em e-book

Rango está voltando por inteiro. A L&PM já começou a lançar os e-books que vão trazer todas as tiras do célebre personagem criado nos anos 70 pelo cartunista Edgar Vasques. Os quatro primeiros volumes desta série que somará sete livros digitais já está disponível para compra (R$ 10 cada) e, breve, chegarão os outros números que, juntos, reúnem cerca de 600 tiras.

Rango foi o primeiro livro lançado pela L&PM Editores em agosto de 1974 (clique aqui e leia mais sobre a história de seu nascimento) e logo ganhou popularidade. Em esquetes inteligentes e tragicômicas, Rango resumia a miséria física e cultural do povo brasileiro na época da ditadura militar.  

Abaixo, algumas tiras para o caro leitor ver que, apesar de ter nascido há 40 anos, Rango continua totalmente atual:

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Todos queriam se despedir de Sartre

Jean-Paul Sartre saiu da vida para entrar definitivamente na história em 15 de abril de 1980. “Eu não penso na morte” dissera ele dois anos antes. “Ela não entra nos meus planos, fica de fora. Um dia minha vida vai acabar, mas não quero, de modo algum, que até lá sofra com o peso da morte. O que eu quero é que  minha morte não se intrometa na minha vida, que não a defina, para que seja sempre um apelo para viver.”

Sartre jamais foi esquecido. Segue no topo da nata da intelectualidade moderna. Em Sartre – Uma biografia, da escritora francesa Annie Cohen-Solal, publicada pela L&PM, pode-se entender o fenômeno da popularidade sartriana. Nas 600 páginas dessa biografia belíssima, a autora conta, com detalhes, como o pensamento – e comportamento – de Sartre atraía e fascinava, por exemplo, os jovens.

A última obra de Sartre, para a qual ele dedicou anos da sua vida, foi O idiota da família, a biografia definitiva de Flaubert. São 3.000 páginas divididas em três tomos que serão lançados pela primeira vez em português pela L&PM. O primeiro volume de O idiota da família já está em revisão e será lançado no segundo semestre de 2013.

O funeral de Sartre atraiu uma multidão de 50 mil pessoas e causou algumas confusões como Annie Cohen-Solal descreve em seu livro (leia abaixo).

50 mil pessoas compareceram ao funeral de Sartre em 19 abril de 1980

50 mil pessoas compareceram ao funeral de Sartre em 19 abril de 1980 / © Guy Le Querrec/Magnum Photos

A multidão acorre em massa, com os filhos nos ombros, para que assistam a tudo. É uma aglomeração imensa, confusa, inesperada, um vagalhão humano que ondula. Empurrões, gritos, brigas. Um homem cai no buraco em cima do caixão. É sábado de tarde, e mais de cinquenta mil pessoas insistem, simbolicamente, em estar presentes. Acontece nesse dia, sob um céu cizento, de chumbo, a longa caminhada desordenada do “povo de Sartre”, num percurso sartriano de três quilômetros, no meio da espontaneidade e dos empurrões. Há quem afirme, ao passar na frente do célebre restaurante La Coupole, ter visto os garçons, do lado de fora, curvando-se diante do cortejo. “Entra-se no túmulo de um morto como se fosse a casa da sogra”, escreve Sartre, um dia, no prefácio de Flaubert. Sem sombra de dúvida, nas cenas desse enterro, nas brigas e nas confusões, tudo confirma isso: e esse povo de Sartre, variado, movediço, heterogêneo, tumultoso e solidário talvez corresponda à descrição. É modesto e, ao mesmo tempo, digno; sóbrio e descontrolado. Sartre se vai, causando com sua partida uma das manifestações mais desconcertantes do poder intelectual nesse final do século XX. O homenzinho solitário, o isolado, o anarquista, o pai sem filhos, ingressa nesse dia numa espécie de lenda. Colocado à força no pináculo oficial. Nômade forçado a arrastar consigo todos os filhos do século e a usar roupas fulgurantes. O escritor refratário às honrarias recebe, impotente, seu tributo de homenagens e glória. (…) Milhões de palavras de louvor para saudar sua partida, milhares de telex das agências de notícias – “Biografia longa”, “Biografia curta” – que se cruzam pelo mundo inteiro e em todas as línguas, análises, sínteses, fotos, citações, histórias pitorescas, tentativas infrutíferas para defini-lo em cada campo de criação, quilos e mais quilos de arquivos, de palavras, papeis, discursos, num inacreditável acúmulo verbal. (Trecho de Sartre – Uma biografia)

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O genial e misterioso Leonardo da Vinci

Leonardo_da_Vinci_altaPode-se dizer que Leonardo da Vinci teve uma infância feliz? Pelos critérios do século XXI, seguramente não. Uma infância sem pai e com pouquíssima presença da mãe, quase sem autoridade e sem verdadeira escola, sem limites, sem imposições… Sem muito amor, mas, com certeza, uma infância livre, uma infância selvagem, uma infância imensa. Numa paisagem que tece o pano de fundo dos sonhos de todo europeu do Sul, em meio a oliveiras plantadas desde a Bíblia, vagando sob a árvore da civilização, acompanhado do canto das cigarras, do ruído do vento nas folhas de figueira e amendoeiras perfumadas, dos regatos que correm entre uma colina e outra, ele é o filho selvagem do campo da Toscana. Entre Siena, Pisa e Florença, Vinci e Anchiano, entre vinhedos e ciprestes, charnecas e matagais, ele percorre esse lugar como quem respira. Diante dele, a perder de vista, colinas onduladas, casas e esplanadas, os troncos nítidos e negros dos pinheiros recortados sobre arcadas brancas, das oliveiras de folhas descoradas, dos carvalhos de folhagens estranhamente azuladas, dos loureiros, dos ciprestes em forma de lança… (Trecho de Leonardo da Vinci, de Sophie Chauveau, Série Biografias L&PM).

O genial Leonardo da Vinci nasceu em 1452, supõe-se que no dia 15 de abril. “Supõe-se” porque, na verdade, muita coisa ainda é mistério e dúvida na vida do criador da Mona Lisa. Inclusive seu verdadeiro rosto. Em 2009, dentro da programação do TED, o artista plástico e ilustrador Siegfried Woldhek apresentou, em uma palestra de apenas 4 minutos, o verdadeiro rosto de Leonardo da Vinci. Vale a pena assistir e depois ler a biografia escrita por Sophie Chauveau:

Quer ir à estreia do filme “O grande Gatsby” em Nova York?

A produção do filme “O grande Gatsby” está promovendo um concurso que vai levar uma pessoa para a premiére do filme em Nova York! Para participar do “The great Gatsby Fan Art Challenge” é preciso criar uma peça artística original inspirada no filme de acordo com as especificações listadas no Tumblr do concurso. É só colocar o talento e a criatividade para funcionar e boa sorte!

Estes são alguns dos trabalhos que já estão concorrendo:

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As menores bibliotecas do mundo

Se os celulares fizeram cair o movimento dentro das cabines telefônicas, talvez os livros possam aumentá-lo novamente. Na cidade portuguesa de Barcelinhos, próxima aos Caminhos de Santiago, uma antiga cabine telefônica instalada às margens do rio Cávado acaba de ser transformada na menor biblioteca de Portugal. A cabine em estilo inglês veio de Lisboa e as obras disponíveis são periodicamente renovadas para que os leitores possam encontrar desde poesia a publicações científicas nos mais diferentes idiomas. Para completar, há revistas e jornais do dia.

A menor biblioteca de Portugal, e uma das menores do mundo, fica dentro de uma cabine telefônica

A menor biblioteca de Portugal, e uma das menores do mundo, fica dentro de uma cabine telefônica

O local da biblioteca é bastante inspirador

O local da biblioteca é bastante inspirador

Mas é bom dizer que não é a primeira vez que isso acontece. Em 2010, moradores do pequeno vilarejo de Westbury-sub-Mendip, em Somserset, Inglaterra, criaram uma mini-biblioteca 24h dentro de uma cabine telefônica abandonada quando o serviço de biblioteca móvel parou de visitar o local.

Parece que a Inglaterra foi a primeira a ter essa ideia. E foi um sucesso!

Parece que a Inglaterra foi a primeira a ter essa ideia. E foi um sucesso!

Em 2011, inspirada nos ingleses, norteamericanos da cidade de Clinton Corners também fizeram o mesmo e passaram a oferecer 150 livros em uma cabine/biblioteca aberta dia e noite.

Numa pequena cidade dos EUA, a cabine também virou mini-biblioteca

Numa pequena cidade dos EUA, a cabine também virou mini-biblioteca