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O dia em que Van Gogh cortou sua orelha

Na noite de 23 de dezembro de 1888, o pintor Van Gogh realizou o ato que simbolizaria para sempre seu desequilíbrio: cortou parte de sua orelha esquerda. Abaixo, um trecho da biografia escrita por David Haziot e publicada pela Coleção L&PM Pocket:

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A biografia de Van Gogh

Depois de trocar palavras com Gauguin na praça, ele voltou à Casa Amarela, pegou uma navalha e, numa hora difícil de determinar, cortou um pedaço da orelha esquerda, seguramente o lóbulo, talvez um pouco mais. Correram muitos boatos sobre esse ponto e Gauguin escreveu que ele havia cortado a orelha rente à cabeça. Mas o registro do hospital fala de “mutilação voluntária de uma orelha”, as conclusões do médico-chefe do hospital de Arles dizem “que ele cortou sua orelha”, o relatório do dr. Peyron em Saint-Rémy declara também que Vincent mutilou-se “cortando a orelha”, e os testemunhos de Johanna Bonger, de Paul Signac, do dr. Gachet e do seu filho, que o viram posteriormente, vão no sentido de um a mutilação da orelha pela supressão do lóbulo. Mas os boatos tendem a exagerar os fatos. Para muitos, Vincent cortou a orelha inteira, não deixando mais que um buraco rente à cabeça, o que o tornava irremediavelmente “outro”, não humano, como o homem que perdeu sua sombra no conto de Chamisso.

Vincent sangrou muito e procurou estancar a hemorragia com toalhas e lençóis. Pôs o pedaço da orelha numa folha de jornal, dobrou-a com cuidado, enfiou um gorro na cabeça e foi levá-la como um presente, às 23h30, a uma prostituta chamada Rachel, num prostíbulo. Ele teria dito a ela: “Guarde esse objeto com cuidado”. A mulher abriu o embrulho e desmaiou. A polícia foi alertada, mas Vincent já havia voltado para casa e dormia. Não conservou nenhuma lembrança de sua conduta e, exceto uma visita posterior a Rachel, nunca falou dessa história em cartas.

Vincent, a história de Vincent Van Gogh em quadrinhos, também mostra essa passagem:

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Era uma vez muitos livros que viraram lindas árvores de Natal

Veja aqui algumas árvores de Natal feitas com livros:

Uma árvore feita com aqueles antigos volumes de enciclopédia

Uma árvore feita com aqueles antigos volumes de enciclopédia

Árvore-livro de mesa

Árvore-livro de mesa

Olha que criativo!

Olha que criativo!

Basta empilhar livros verdes de diferentes tamanhos e eles viram uma bela árvore

Basta empilhar livros verdes de diferentes tamanhos e eles viram uma bela árvore

Esse exige uma prateleira especial

Esse exige uma prateleira especial

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Árvores de “Peanuts completo” montada na Livraria Cultura de São Paulo

Via Blog do Galeno.

A primeira entrevista de Fidel a um jornalista brasileiro foi publicada pela L&PM

Com a reaproximação de EUA e Cuba, lembramos de um livro publicado pela L&PM na primavera de 1986. “Fidel em Pessoa” traz na íntegra a primeira entrevista do presidente cubano à televisão brasileira, concedida ao jornalista Roberto D’Ávila em dezembro de 1985 para o programa “Conexão Nacional”, da Rede Manchete.

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Abaixo, o texto da orelha do livro:

Fidel em Pessoa

No começo de dezembro, “La Habana” tem um clima mais ameno que no resto do ano. A temperatura é geralmente inferior a 30 graus, chove mais do que de costume e ao entardecer os ventos do Caribe empurram ondas enormes sobre o belo Malecón, a avenida beira-mar. Nesta época, no ano de 1985, realizaram-se dois importantes eventos: o “Encontro dos Intelectuais pela Soberania dos Povos da América Latina” e o importante “Festival de Cinema Latino-americano”. Estava em Havana um grande grupo de intelectuais, artistas, jornalistas e cineastas brasileiros, entre os quais Antonio Cândido, Hélio Pelegrino, Chico Buarque, Nélida Piñon, Chico Caruso, Joaquim Pedro de Andrade, Roberto D´Ávila e muitos outros. A este grupo juntavam-se inúmeras personalidades da cultura latino americana, como Gabriel García Márquez e o lendário padre nicaraguense Ernesto Cardenal. Enquanto este grupo dividia seu tempo entre as sessões de planetário do “Encontro dos Intelectuais”, o Festival de Cinema, as festas com rumba e o impecável rum “Havana Club” no Hotel Nacional, os cruzeiros no mar profundamente azul do Caribe, lagostas frescas, o Floridita, bar frequentado por Ernest Hemingway, o jornalista brasileiro Roberto D’Ávila, dedicava-se à difícil e obstinada tarefa de conseguir uma entrevista com “el Comandante” Fidel.

Na festa de encerramento do “Encontro de Intelectuais” no Palácio Presidencial, Roberto D’Ávila abordou diretamente Fidel, com o apoio logístico de Gabriel García Márquez, Chico Buarque e Frei Betto. Depois de um rápido e difícil diálogo, onde o “Comandante” ouviu o convite e a insistência dos seus amigos, Fidel concordou em falar pela primeira vez a um repórter da televisão brasileira. A entrevista ocorreu nos dias subsequentes e dos projetados quarenta e cinco minutos, resultaram quase seis horas de precioso material jornalístico. A entrevista foi ao ar pela TV Manchete editada em quase duas horas.

Esta primeira aproximação de Fidel, numa grande entrevista nacional para todo o país, certamente colaborou para o reatamento das relações diplomáticas entre Brasil e Cuba, o que ocorreria poucos meses depois.

Aqui em FIDEL EM PESSOA está a íntegra da conversa entre Roberto D’Ávila e Fidel. Um espetacular furo jornalístico, onde, questionado com habilidade por Roberto, Fidel conta a história da sua vida, sua infância, suas ideias e dá preciosos detalhes a respeito da revolução cubana.

Clique sobre a imagem para assistir a entrevista

Clique sobre a imagem para assistir a entrevista

A primeira edição de “Um conto de Natal” de Charles Dickens

Em 19 de dezembro de 1843, Charles Dickens publicou Um conto de Natal (A Christmas Carol) com ilustrações de John Leech.

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Ilustração de John Leech para a primeira publicação de “Um conto de Natal”, de Charles Dickens

Outra ilustração de John Leech para "Um conto de Natal"

Outra ilustração de John Leech para “Um conto de Natal”

Um conto de Natal narra a história do avarento Scrooge e foi adaptada várias vezes para o cinema e televisão, além de ter inspirado Walt Disney a criar o Tio Patinhas. O conto fez muito sucesso e teve papel fundamental na reabilitação das tradições natalinas em uma época em que se encontravam em declínio. A história se baseia em dois dos temas preferidos de Dickens: a injustiça social e a pobreza.

A L&PM publica Um conto de Natal em formato pocket e quadrinhos:

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Carta de Jane Austen à irmã deverá ser vendida no Museu de Torquay

Uma carta escrita por Jane Austen para a irmã Cassandra provavelmente será colocada à venda pelo Museu de Torquay. O precioso texto faz uma referência ao romance “Orgulho e Preconceito” que, na época, ainda não tinha sido publicado.

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A carta é parte de uma coleção do museu que inclui também cartas de Charlotte Brontë, John Keats e Abraham Lincoln, doadas em 1930. O diretor da instituição, Basil Greenwood, prevê que o valor levantado na venda da carta de Jane Austen possa chegar a 200.000 libras. “É um objeto fantástico e é muito emocionante tê-lo aqui”.

Mesmo sendo tão valiosa, ela ficou sumida durante anos e ninguém sabia onde se encontrava. “Então, em 1989, alguém encontrou oito álbuns de cartas em um armário do museu”. Greenwood disse que a coleção soma 3.500 itens.  Segundo ele, a venda será para garantir o futuro do museu. “O museu tem contado com legados e doações de pessoas físicas que vem nos mantendo por 170 anos, mas temos que encontrar outras formas de que permaneça aberto.”

A L&PM publica vários títulos de Jane Austen.

 

Famosa história de Agatha Christie vai estrear nos palcos brasileiros

“O caso dos dez negrinhos” – que agora é chamada em livro de “E não sobrou nenhum” -, uma das mais famosas histórias de Agatha Christie, vai estrear em São Paulo no dia 9 de janeiro. A direção geral é de Rafael Mallagutti, que também assina a tradução do texto, e a temporada vai até 22 de fevereiro às sextas, sábados e domingos às 20h no Teatro Brigadeiro.

Segundo o diretor, esta não é simplesmente uma adaptação, mas a tradução fiel da peça que a própria Agatha Christie criou para a Broadway a partir de sua história. Na peça, a escritora alterou o final de “O caso dos dez negrinhos”.

Quem estiver em São Paulo nesse período e quiser conferir a peça, a dica é comprar o ingresso antecipado que está com mais de 50% de desconto.

“E não sobrou nenhum” será lançado na Coleção L&PM Pocket em meados de 2015.

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Snoopy sempre na moda

O cãozinho mais simpático dos quadrinhos adora uma passarela. Já contamos aqui no blog sobre a exposição “Snoopy & Belle In Fashion” que está rodando o mundo – e que tem previsão de chegar ao Brasil em janeiro de 2016.

E agora ficamos sabendo de mais produtos com Snoopy que estão fazendo muita gente suspirar de desejo mundo afora. Na loja Colette, de Paris, por exemplo, é possível encontrar bolsas, camisetas, vestidos, tênis Vans e até um Rolex com Snoopy que sai por quase U$ 30.000 (!!!).

Como diria Charlie Brown em Peanuts Completo 1:

CharlieBrown

Modelitos que levam a assinatura assinatura de Tommaso Aquilano e Roberto Rimondi, da marca Fay:

snoopy roupas

Os vestidos em estilo “jogadora de tênis” foram lançados na primavera de 2014

A desejada marca “Vans”, de tênis para adolescentes, também tem estampa de Snoopy:

Além do cano baixo, também tem cano alto

Além do cano baixo, também tem cano alto

Assista ao vídeo promocional do inacessível Rolex Snoopy em edição limitada, numerado e customizado pela Bamford:

E vale sempre lembrar: em 2015 se comemora os 65 anos da criação de Peanuts e será lançado o filme em 3D do Snoopy. 😉

Carta de amor de Joe DiMaggio para Marilyn Monroe foi vendida por 78.125 dólares

Existem palavras que, literalmente, valem ouro. Como por exemplo: “Eu não sei o que você está pensando, mas eu posso te dizer que, sinceramente, eu te amo do fundo do meu coração e nada mais importa”, que faz parte de uma carta escrita por Joe DiMaggio e enviada a Marilyn Monroe. A carta de três páginas, escrita à mão, foi postada no dia 9 de outubro de 1954, três dias após o anúncio oficial da estrela de que iria se divorciar do jogador de futebol americano. Os dois se casaram em 14 de janeiro de 1954 e ficaram pouquíssimo tempo juntos. Mas como bem mostra a biografia Marilyn, de Anne Plantagenet (Coleção L&PM Pocket), os dois seguiriam em contato até o final da vida da atriz.

DiMaggio e Marilyn logo após o casamento em janeiro de 1954

DiMaggio e Marilyn logo após o casamento em janeiro de 1954

A comovente carta de DiMaggio foi arrematada por 78.125 dólares no leilão que colocou à venda “Os arquivos perdidos de Marilyn Monroe”, organizada pela casa de leilões Julien, no sábado, 6 de dezembro, em Beverly Hills.

Outra carta manuscrita que Marilyn enviou a seu terceiro e último marido, Arthur Miller, foi vendida por 43.750 dólares. Ao todo, o leilão ofereceu 200 lotes de objetos pessoais da atriz, incluindo um casaco de seda que foi levado por 175.000 dólares e um colar de pérolas que saiu por 37.500 dólares. Como se vê, ter algo que pertenceu à Marilyn, não tem preço. Ou melhor, tem…

Todo mundo quer tirar uma casquinha da carta perdida de Neal Cassady a Jack Kerouac

O assunto está rendendo. A carta escrita em 17 de dezembro de 1950 por Neal Cassady e enviada para o amigo Jack Kerouac ficou perdida por mais de 40 anos e acaba de desencadear um conflito entre herdeiros. A carta está com Jean Spinosa que a encontrou entre os pertences de seu falecido pai. Jean havia agendado o leilão para o dia 17 de dezembro deste ano.

Mas eis que os herdeiros de Jack Kerouac conseguiram bloquear o leilão com a alegação de que essa carta não pertence a Spinosa. “A carta pertence ao espólio de Kerouac” disse John Sampas, irmão da terceira mulher de Kerouac, Stella, e executor literário do espólio de Kerouac. O pai de Jean encontrou a carta entre os papéis de uma editora que estava sendo fechada e da qual ele era vizinho.

Pra completar, os herdeiros de Neal Cassady reivindicam os direitos autorais da carta. “Nós nunca chamamos de ‘carta’. É um ‘manuscrito’ passível de publicação”, disse Jami Cassady, filho do meio de Neal e Carolyn Cassady.

Um monte de dinheiro pode estar em jogo, já que essa carta teria inspirado o estilo de escrita do manuscrito original de On the Road que, em 2001, foi vendido por U$ 2,4 milhões.

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Jean Spinosa na segunda-feira, 01 de dezembro, no único dia em que a carta foi exibida aos jornalistas. Foto: Brant Ward / The Chronicle