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O nascimento de um dos maiores nomes da literatura erótica

No dia 21 de fevereiro de 1903, às 20 horas e 25 minutos, Lucile Anna Marie Mabille, uma parteira francesa de 41 anos, ajudou a colocar no mundo uma menina que receberia o nome de Rose Jeanne Anaïs Edelmira Antolina Nin, segundo sua certidão de nascimento. Lavrada três dias depois, às 11 da manhã, tal certidão traz como pai Joseph Joachim Nin, de 23 anos, e como mãe Rosa Celeste Culmell, de 25 anos. Como endereço da família, Rue du Général Henrion Bertier, Neuilly-sur-Sein (subúrbio de Paris). Curiosamente, a idade da mãe estava incorreta: ela tinha, na verdade, 31 anos quando a filha nasceu. Se isso foi um erro de grafia ou se Joaquin queria manter a diferença de idade em segredo, é pura especulação. Certo é que, naquele dia nasceu aquela que ficaria conhecida com o sonoro nome de Anaïs Nin.

A certidão de nascimento de Anaïs Nin está no blog oficial da escritora, o Sky Blue Press

Quando Anaïs tinha doze anos, o pai abandonou a família e a mãe decidiu mudar-se com os três filhos para os Estados Unidos. E foi justamente a bordo do navio que rumava para a América que, em 1914, a menina deu início aos diários que seriam escritos por toda a vida e publicados na íntegra somente depois de sua morte.  Seus textos, influenciados pela psicanálise e pelo sentimento de abandono do pai são carregados de erotismo e de experiência pessoais. Em “Henry e June”, ela conta sua relação triangular com Henry Miller e com sua mulher June (vivida no cinema por Uma Thurman). Em “Incesto”, ela detalha o conturbado período de sua vida entre os anos 1932 e 1934 quando, entre complexas relações amorosas, ela reencontra o pai e acaba envolvida em um perturbador relacionamento incestuoso.

O primeiro volume de “Incesto” foi publicado em 1966, mas para preservar a família e seus amantes, Anaïs decidiu excluir os trechos mais comprometedores. Somente em 1986, quase dez anos após a sua morte, Rupert Pole, seu segundo marido, começou a realizar o desejo expresso em vida pela escritora: o de que todos os volumes dos Diários fossem editados sem cortes.

O interessante é que, em seus diários, raramente Anaïs refere-se ao seu aniversário. Mas em 20 de fevereiro de 1925, um dia antes de completar 22 anos, ela escreveu: “Na véspera do meu aniversário, curvando-me à tradição, tento considerar com cuidado o significado deste venerável dia em vão. As datas que nunca concordam com as minhas transformações. Meu aniversário real neste ano foi quando eu li os livros de Edith Wharton. Meu ano novo começou quando consegui ter a minha história funcionado sem problemas, quando eu encontrei um  renovado interesse em meu segundo livro… “

Com Poirot na pele

Tem gente que é tão, mas tão fã de Hercule Poirot que é capaz de tatuar o detetive de Agatha Christie na pele. Dê só uma olhada e escolha o seu preferido:

Poirot em três partes

Poirot em três partes

Poirot ultra color

Poirot ultra color

Poirot cafezinho

Poirot em traje esporte

Poirot num bom dia

Poirot num bom dia

Poirot à la Sapucaí

Poirot à la Sapucaí

Poirot hora certa

Poirot hora certa

Poirot pontilhado

Poirot pontilhado

Poirot sou mais eu

Poirot sou mais eu

Poirot geométrico

Poirot geométrico

Poirot Art Deco

Poirot Art Deco

Poirot minimalista (mas de bengala)

Poirot minimalista (mas de bengala)

Poirot queridão

Poirot queridão

Encontro em Porto Alegre reunirá fãs de H.P Lovecraft

Você adora histórias de terror daquelas clássicas, que tiram o sono à noite? Então, se estiver em Porto Alegre no sábado, 24 de fevereiro, não deixe de marcar presença na “2ª Lovecraftcon – Encontro de Fãs de H. P. Lovecraft“, organizado por Loremasters na Livraria Cultura.

Das 15h às 18h, na Cultura do Shopping Bourbon Country, o escritor, professor e editor D vai receber todos os amantes dos mythos de Lovecraft para uma conversa sobre sua influência na Cultura Pop, além de falar da obra em geral do autor.

Lovecraft encontro

Conheça os livros de H. P. Lovecraft publicados na Coleção L&PM Pocket.

Escritores que dão samba

Você faz parte da ala dos que se empolgam com o maior espetáculo da Terra ou do bloco dos que preferem a companhia sossegada de um bom livro durante o carnaval? Não importa… Essa notícia provavelmente vai agradar gregos e baianos, pierrôs e colombinas, pois ela mostra que samba e escritores podem ser um par perfeito no salão.

Em 1968, a cantora Dulce Nunes lançou um disco chamado “Samba do Escritor”, em que apresentava canções com letras que iam de Mario Quintana à Millôr Fernandes. Para quem ficou curioso, alguns poucos LPs podem ser encontrados  à venda no Mercado Livre, um deles com dedicatória de Dulce para ninguém menos do que Gal Costa (será que a Gal não curtiu?).

Além de Millôr e Quintana, há letras de Jorge Amado, Guimarães Rosa, Paulo Mendes Campos, Vinicius de Moraes, Antônio Callado e Carlos Drummond de Andrade.

Na capa do LP, com Dulce, estão Vinicius, Drummond e Millôr. Este último, escreveu a letra que dá nome ao disco: “Samba do escritor”

Meio século da morte de um beat hippie

NEAL CASSADY CERVEJA E CIGARRO

Há 50 anos, em 4 de fevereiro de 1968, morria Neal Cassady. Escritor que, em 1947, acompanhou Jack Kerouac em sua viagem estrada aforaAbaixo, um texto homenagem a Neal escrito por Eduardo Bueno, tradutor de On the Roadpublicado originalmente no jornal Zero Hora em 2 de fevereiro:

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Os jovens Romeu e Julieta de 80 anos

Na peça “Romeu e Julieta 80”, os jovens protagonistas do clássico de Shakespeare são vividos por dois atores na casa dos 80 anos: Renato Borghi (80) e Miriam Mehler (82). Avaliada com quatro estrelas pela Folha de S. Paulo (que significa “muito bom”), a peça fica em cartaz no Teatro do Sesc Ipiranga em São Paulo de 25 de janeiro a 18 de fevereiro. “O aspecto aberto da encenação cria um efeito de distanciamento crítico que faz com que o fascínio pela trama amorosa não se sobreponha à razão viva de quem lhe assiste.” escreveu Paulo Bio Toledo em sua crítica à Folha.

Ficha técnica

Direção, adaptação e iluminação: Marcelo Lazzaratto
Elenco: Renato Borghi, Miriam Mehler, Elcio Nogueira Seixas e Carolina Fabri
Direção de Arte: Simone Mina
Trilha Sonora: Daniel Maia

Serviço: 

Quando: sex. e sáb. às 21h, dom. e dia 25/1 às 18h
Onde: Sesc Ipiranga – Teatro – Rua Bom Pastor, 822 – São Paulo
Quanto: R$ 9 a R$ 30
Classificação: 12 anos

 

Quem tem medo de Virginia Woolf?

Ninguém teve mais medo de Virginia Woolf do que a própria Virginia Woolf. Nascida em 25 de janeiro de 1882, foi uma das maiores figuras da literatura inglesa, autora de Mrs. Dalloway, As ondas, Orlando… Criadora da célebre editora Hogarth Press, foi líder do influente grupo literário de Bloomsbury. Sua vida cultural intensa, no entanto, jamais conseguiu afastar seus fantasmas. Virginia era atormentada por sucessivas crises depressivas e, sentindo-se cansada e impotente na luta contra a demência, aos 59 anos, encheu os bolsos do casaco com pedras e deixou-se levar pelas águas geladas do rio Ouse.

virginia_bela

A vida de Virginia começa com um fascínio. Não a vida real, mas a vida imaginária, à qual a romancista dedicará toda a sua existência. Desde a infância, há, de um lado, a vida e, de outro, os sonhos. Mais tarde, haverá a realidade e os livros. No começo, uma cidadezinha da província inglesa de Cornwall onde Virginia passa suas férias de verão em família. St. Ives: o nome desse lugar é por si só um convite ao sonho. A promessa de partir. ( Trecho de Virginia Woolf, de Alexandra Lemasson, Série Biografias L&PM)

De Virginia Woolf, a L&PM publica Mrs. Dalloway, Ao farolFlush Profissões para mulheres e outros artigos feministas.

Agatha Christie On Demand

Que tal assistir a filmes baseados em obras de Agatha Christie sem sair da poltrona? A Casa Torta, por exemplo, já está disponível no NOW que oferece conteúdo exclusivo aos assinantes da NET.

A adaptação do livro homônimo de Agatha Christie, publicado pela L&PM (em formato convencional, pocket e e-book), foi adaptado para o cinema por Julian Fellowes, o criador da série Downton Abbey. Entre os atores principais estão Glenn Close, Gillian Anderson, Terence Stamp e Christina Hendricks.

Já o Globo Sat Play oferece aos seus assinantes a primeira temporada da série E não sobrou nenhum, baseada em um dos livros mais famosos da Rainha do Crime e também a série Sócios no Crime que traz aventuras dos detetives Tommy e Tuppence.

Lou Andreas-Salomé em livro e filme

Já está em cartaz em todo Brasil o filme “Lou”, cinebiografia de Lou Andreas-Salomé (1861-1937), romancista, e ensaísta que foi, acima de tudo, um espírito livre. Aos vinte anos, ela começa uma amizade filosófica com Nietzsche e brinca com o fogo de seu amor. Aos trinta, companheira do poeta Rainer Maria Rilke, guia-o no caminho da criação e foge de sua paixão. Aos quarenta, é acolhida por Freud como sua discípula mais brilhante. Mulher entre homens, ela sonha com um “mundo de irmãos”, de casamento sem sexualidade, de maternidade sem procriação, de inconsciente sem instintos destrutivos. Filosofia, poesia e psicanálise são os instrumentos da única afirmação que interessa a essa provocante mulher: o laço indissolúvel do indivíduo com a vida como um todo.

O filme “Lou” tem direção da alemã Cordula Kablitz-Post e traz as atrizes Katharina Lorenz e Nicole Heesters nos papéis principais (em duas fases da vida da personagem). Veja o trailer:

A Coleção L&PM Pocket publica a biografia de Lou Andreas-Salomé. Vale a pena conhecer melhor essa mulher.

Lou Salome

A Rainha do Crime e a Rainha da Inglaterra

Agatha Christie faleceu em 12 de janeiro de 1976, aos 85 anos, deixando um legado de histórias que segue fazendo sucesso pelo mundo afora.

Em 1971, a escritora britânica foi condecorada “Dama” (uma honra que equivalente a “Sir”) pela rainha Elizabeth II. Sua Majestade e a Rainha do Crime também se encontraram em novembro de 1974, na premiere do filme Assassinato no Expresso Oriente, aliás a última aparição pública de Agatha Christie antes de sua morte.

Agatha Christie cumprimenta a Rainha da Inglaterra na premiére de "Assassinato no Expresso Oriente"

Agatha Christie cumprimenta a Rainha da Inglaterra na premiére de “Assassinato no Expresso Oriente”

Em sua autobiografia, Christie escreveu sobre seu primeiro encontro com a Rainha da Inglaterra:

Vou confessar aqui e agora que as duas coisas que me empolgaram na vida, a primeira foi meu carro: um Morris Cowley cinza. A segunda foi jantar com a rainha no palácio de Buckingham, cerca de quarenta anos mais tarde. Ambos os acontecimentos pertenciam à categoria dos contos de fadas. Eram coisas que jamais imaginei que me aconteceriam, a mim: ter meu próprio carro e jantar com a rainha da Inglaterra!

(…)

Tão pequena e esbelta em seu vestido simples de veludo vermelho-escuro, com uma única e linda joia — e sua bondade e simplicidade no falar. Lembro-me de que nos contou a história de uma noite em que estavam conversando numa salinha e tiveram que sair às pressas, porque, de repente, desceu pela chaminé uma enorme crista de fuligem. É bem animador saber que desastres domésticos também acontecem nos mais elevados e requintados círculos sociais.

Em sua biografia, Agatha Christie conta outras passagens com membros da realeza, como o fato e ter escrito a peça Os três ratos cegos a pedido da rainha Mary (avó da Rainha Elizabeth II) ou o fato de, aos seis anos de idade, sonhar em casar com o príncipe Edward (a quem ela chama de príncipe Eddy), aquele que abdicou do trono para casar-se com uma mulher divorciada.

Como você pode perceber, não apenas os livros, mas também a vida de Agatha Christie, são recheados de histórias interessantes.