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Stefan Zweig, o criador da expressão “Brasil, um país do futuro”

Em 28 de novembro de 1881, nascia Stefan Zweig. Vienense, herdeiro de uma família da alta burguesia austríaca, sua trajetória se cruzaria com a do Brasil em 1936 quando, ao ser convidado para um congresso em Buenos Aires, o já famoso escritor Zweig aproveitou para visitar também o Brasil. Chegou esperando encontrar “uma daquelas repúblicas sul-americanas que não distinguimos bem umas das outras, com clima quente e insalubre, situação política instável e finanças em desordem…”, como depois escreveria. Mas ao desembarcar no Rio de Janeiro, a sensação foi outra: “Fiquei fascinado e, ao mesmo tempo, estremeci. Pois não apenas me defrontei com uma das paisagens mais belas do mundo, esta combinação ímpar de mar e montanha, cidade e natureza tropical, mas ainda com um tipo completamente diferente de civilização”. A partir de então, Zweig envolveu-se tão intensamente com o Brasil que, em 1941, junto com a mulher, mudou-se para Petrópolis, virou biógrafo de Américo Vespúcio e escreveu o apaixonado ensaio histórico Brasil, um país do futuro.

O pequeno Zweig no colo de seu pai

Foi em Petrópolis que, em 1942, o escritor e sua mulher foram encontrados abraçados e sem vida. Desiludidos com a II Guerra, eles se suicidaram ingerindo uma quantidade elevada de barbitúricos.

Além de seus livros mais conhecidos, entre eles Medo e outras histórias e 24 horas na vida de uma mulher (Coleção L&PM Pocket), Zweig deixou um legado que inclui traduções, ficções, teatro, poemas e ensaios biográficos de gente como Paul Verlaine, Rimbaud, Romain Rolland, Freud, Casanova, Stendhal, Tolstói, Américo Vespúcio e Maria Antonieta.

Brasil do futuro do passado: Stefan Zweig ao lado de Getúlio Vargas