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Verbete de hoje: Glauco

Com o lançamento da nova Enciclopédia dos Quadrinhos“, de Goida e André Kleinert, este Blog publicará, nos domingos, um verbete deste livro. O de hoje é  o brasileiro Glauco (1957-2010).

Glauco Vilas Boas, paranaense de Jandaia do Sul, nasceu em 10 de março. Junto com Angeli e Laerte, formou a trinca dos melhores e mais ativos quadrinistas da contracultura brasileira. Seus primeiros bonecos (ou abobrinhas, como ele gostava de chamar) foram publicados em 1976, no Diário da Manhã, de Ribeirão Preto. Colaborou para as seções de humor Vila Lata e Gol, da Folha de S. Paulo, onde manteve igualmente uma tira diária com o personagem Geraldão. O sucesso da figura – um “Edipão” em estado crônico, cuja frase chave é “amar é espiar a mãe tomando banho” – incentivou Glauco a criar sua revista própria (exatamente Geraldão), que começou trimestral. Com a participação cada vez maior de outros ótimos desenhistas e criadores, Geraldão atingiu um público tão entusiasta quanto o de Chiclete com Banana, de Angeli. Em Geraldão, além das tiras do conhecido personagem, aparecem O casal neuras, Zé do apocalipse, Doy Jorge e Dona Marta. Junto com Laerte e Angeli, Glauco fez seguidamente histórias a seis mãos. Em Geraldão colaboraram Claudio Paiva, Pelicano e Jaca. Glauco, como cartunista, foi premiado no Salão Internacional de Humor de Piracicaba (1977/1978) e na 2a Bienal de Humorismo y Grafica Militante de Cuba, 1980. Teve três livros publicados, Abobrinhas da brasilonia, As minorias do Glauco e Geraldão. Depois de 1990: em revistas, as histórias de Glauco saíram em Bundas (Los Três Amigos, com Angeli e Laerte), Mil Perigos, Interquadrinhos, Geraldinho e Glauco Geraldão. Álbuns e livros: As espocadas de Geraldão (Ensaio/Circo, 1995); Abobrinhas da brasilônia – reedição pela L&PM, em 2006; Geraldão 1: edipão, surfistão, gravidão (L&PM, 2007); Geraldão 2: a genitália desnuda (L&PM, 2007); e Geraldão 3: ligadão, taradão na televisão (L&PM, 2008). Álbuns coletivos: Los Três Amigos (Ed. Ensaio, 1992/1994), com Laerte e Angeli; Os filhos da dinda (Scritta Ed., 1992); e Seis mãos bobas (Jacarandá/Devir, 2006), com Laerte e Angeli. Morreu assassinato, em 2010, junto com o filho Raoni.

Glauco está na Coleção L&PM Pocket

12 de março de 2012 marca os 2 anos da morte trágica e precoce de Glauco.

E o Oscar dos quadrinhos vai para…

Palmas para Peanuts Completo. O quarto álbum com as tiras originais de Charlie Brown e sua turma foi mais uma vez responsável pela L&PM Editores levar o Troféu HQMix, o Oscar dos quadrinhos no Brasil na categoria “Publicação de Clássico”. 

A 23ª edição do evento aconteceu na sexta-feira, 16 de setembro, tendo Serginho Groisman como mestre de cerimônias. Foram 45 categorias e cada vencedor recebeu como troféu uma escultura de Geraldão, personagem do saudoso Glauco, falecido em 2010. A criação da peça foi de Olintho Tahara que, além de tridimensionalizar Geraldão, ainda deu movimento a suas pernas e braços.

O premiado e seu prêmio

A entrega dos troféus, que aconteceu no Sesc Pompeia em São Paulo, reuniu muita gente do meio cultural brasileiro que foi receber seus prêmios e aplaudir os vencedores. Os premiados que não puderam estar presentes enviaram vídeos de agradecimento. Veja o nosso:

Saudades de Glauco, o pai do Geraldão

Hoje, 10 de março, seria o dia de celebrar o aniversário de um dos maiores cartunistas que o Brasil já conheceu. Glauco Villas Boas nasceu em Jandaia do Sul, no Paraná, há exatos 54 anos. Mas no início de 2010, um trágico incidente tirou a vida do criador dos personagens Geraldão, Dona Marta, Zé do Apocalipse, Zé Malária e Ozetês.

Pela L&PM, Glauco publicou três livros com as tirinhas do Geraldão – sempre pelado e politicamente incorreto – e o célebre “Abobrinhas da Brasilônia“, com prefácio do Angeli – que junto com Laerte e Glauco forma a chamada “santíssima trindade dos quadrinhos brasileiros”.

Glauco era uma figura muito querida entre os artistas, a imprensa e o público em geral.  Há um ano, quando a notícia de sua morte violenta chocou o país, dezenas de cartunistas prestaram a sua homenagem. No que depender da gente, o Geraldão vai continuar por aí, nas bancas e livrarias do país, divertindo e provocando como o Glauco gostava de fazer. Veja algumas: