
São quase 4O mil metros quadrados ocupados inteiramente por livros. Não há nos estandes nenhuma pirotecnia arquitetônica, tão comum nas bienais brasileiras. Por mais poderoso que seja o editor, as estandes são projetadas para expor livros. E este é o fascínio deste Salão: a diversidade. Tudo o que se publica no momento e se publicou nos últimos anos está aqui. Enfim, como disse o conceituado “Le Monde”, Porte de Versailles abriga por cinco dias a maior livraria da França.
Adultos e crianças compartilham igualmente deste ambiente. Os grandes olhos azuis de Dominique, uma das encarregadas do atendimento às crianças e escolas do Salão, brilham ao falar sobre a estratégia do Salão de misturar crianças e adultos. “As crianças tem acesso a todos os livros e os editores de livros infantis estão ao lado dos outros editores, sem se estabelecer guetos onde as crianças ficam longe dos livros que lerão em poucos anos”. Sábia lição.
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Rompendo com a tradição de homenagear um país todos os anos, este 30° Salão decidiu se focar na literatura e no negócio do livro, convidando ao debate sobre o futuro da literatura e especialmente o futuro do romance francês, um tema que aflige críticos e autores, conforme está estampado nos jornais e nas inúmeras revistas especializadas que são publicadas aqui.
Para o público é uma grande viagem que compensa os 9€ (tarifa cheia sujeita a descontos para estudante e aposentados, que chegam apagar apenas 2€). Tudo o que se faz por aqui está exposto. Um conjunto imenso de livros tão diferentes entre si que faz deste Salão um verdadeiro banquete para quem gosta de ler.
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Realmente um belíssimo evento dedicado à literatura. Quem dera se tivéssemos eventos desta magnitude aqui no Brasil…