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Dicas de Bill Gates para uma boa leitura

Bill Gates é um dos gênios dos nossos tempos. O criador do Windows e responsável pela democratização do uso do computador pelo mundo informou ao canal Quartz, no Youtube, que lê cerca de 50 livros por ano, e deu algumas dicas para realizarmos uma boa leitura.

Quanto mais livros surgem nas estantes das livrarias, mais a gente quer ler, certo? Às vezes dá até vontade de se multiplicar para poder acompanhar todas as obras adquiridas (e até as boas e velhas leituras de criado-mudo). Para isso, foram reunidas essas quatro dicas de Bill Gates, um assíduo leitor.

BILL GATES LENDO

1. “Faça notas nas margens”.

Segundo Gates, quando você está lendo, deve ter cuidado com o que está prestando atenção. Principalmente em um livro de não-ficção (como Sapiens: uma breve história da humanidade, por exemplo). Logo, fazer notas nas margens o ajuda o leitor a se concentrar ainda mais nas informações.

2. “Termine o que você começou”.

Bill Gates explica que ele nunca começa um livro se sabe que irá largá-lo. Isso porque, quando você abandona uma leitura, você pode ter pensamentos inacabados sobre algo, e deixar sua compreensão sobre ele incompleta.

3. “Livros impressos ou digitais? Qual é a melhor opção?”

O empresário admite que com o tempo fará a troca do impresso para o digital, porém ainda está acostumado a ler uma revista ou livro, à noite. Aqui, a gente aproveita para deixar a nossa dica: Leia da forma como se sentir bem e confortável, certo?

4. “Fique ausente por pelo menos 1 hora”

Bill Gates sugere que o leitor concentre seu tempo de leitura em pelo menos uma hora, para livros que requerem mais atenção.  “Esse não é o tipo de coisa que você pode fazer 5 minutos aqui, 10 minutos lá. Alguns artigos de revistas ou vídeos curtos de Youtube podem se encaixar nesses pequenos tempos.” Isso porque, para Gates, é importante que você pense enquanto lê, não apenas absorva as palavras.

Você pode conferir as dicas de leitura aqui no vídeo original.

Anotou tudo nas margens do seu livro e está pronto para colocar em prática? Bem, a nossa única dica é: leia!

Bill Gates já indicou o livro “Sapiens: uma breve história da humanidade” da Coleção L&PM Editores e L&PM Pocket.

 

47. Ideias e aventuras: o primeiro site de editora do Brasil

Por Ivan Pinheiro Machado*

Você consegue imaginar a cidade de Porto Alegre com apenas 450 pessoas conectadas à internet? Pois um dia foi assim. Você, jovem leitor, tente imaginar um mundo com pouco mais de 400 internautas, sem Facebook, Twitter, MSN, Orkut, Youtube, Google e sem iPhone, iTunes, iPad e outras invenções correlatas. Era um tempo onde Steve Jobs tinha problemas sérios de grana e nem ele, nem Bill Gates mandavam na Internet. Aliás, eles nem sequer estavam na Internet.

O “cara” era o velho “Netscape” que, durante uns poucos anos, foi soberano: o único programa de acesso a web e e-mails. Até ser atropelado pela turma do Bill e pela trupe do Steve que, por sua vez, atropelou todo o mundo. Tudo isso aconteceu no período paleolítico, 1995 para ser mais preciso. Alguém leu sobre as possibilidades remotas e futuras da internet aqui na L&PM. Ficamos maravilhados com a oportunidade de sermos lidos em computadores de qualquer lugar do mundo. Uma mágica que, naquela época, poucos acreditavam ser possível. O Renato Kling, nosso consultor de informática, trabalhava também para a PROCERGS, empresa pertecente ao Estado do RS que cuidava de toda a parte técnica dos sistemas de informática do Governo gaúcho. Fizemos contato com diretora da estatal, Marli Nunes Vieira, e depois de muitas reuniões foi estabelecida uma parceria com a empresa para colocar no ar o site inaugural da L&PM. Que seria o primeiro site de uma empresa no Rio Grande do Sul e o primeiro site de uma editora no Brasil.

Cabe, como curiosidade, contar rapidamente como eram feitas as coisas na internet, no tempo em que os bichos falavam. Já foi dito que seria a primeira página feita pela PROCERGS. Havia a teoria e nenhuma prática. A ideia era colocar todo o catálogo da L&PM Editores na Internet, com capa, sinopse e preço. Eram 2.000 títulos. E haveria uma busca simples, por título e por autor, a única disponível naquela época. O processo de trabalho: escanearíamos as 2.000 capas e faríamos 2.000 sinopses.

Para transportar dados só havia o velho disquete, lembram dele? Eles suportavam 1,44 mb, ou seja, duas capas escaneadas em média resolução ou 50 sinopses de 2 laudas cada. Foram seis meses de trabalho. Lembro do dia em que levamos o material para a PROCERGS. A Jó Saldanha, que havia operado toda a logística de escaneamento de capas e sinopses, o Renato Kling e eu, fizemos duas viagens de carro até o local de entrega, para transportar as seis enormes caixas de papelão com mais de mil disquetes… E assim, no final do ano de 1995, a página pioneira da L&PM foi lançada. A esta altura, vale dizer, o número de internautas já tinha quadriplicado. Em 2011 já não são 450 internautas. São milhões de pessoas conectadas, dependentes, interligadas, transformando a internet no mais corriqueiro meio de comunicação e informação. De lá para cá, assim como a web mudou, a L&PM cresceu. Tornou-se protagonista da única grande revolução que aconteceu no mercado editorial brasileiros nos últimos 20 anos: a implantação do livro de bolso como um hábito do brasileiro. Foram 20 milhões de livros de bolso vendidos nos últimos 14 anos. E aprofundou a sua participação na Web. Hoje temos todos os recursos de interatividade e mais uma WEB TV exclusivamente para prestar serviço aos nossos leitores. Um dia, há muito tempo, quando fizemos 10 anos, no final da ditadura militar, nós inventamos um slogam que dizia assim: “L&PM Editores: 10 anos de idéias e aventuras.” E é isso que nos move até hoje. Idéias novas e a aventura de colocá-las em prática. E sempre a mesma emoção, o mesmo risco e a esperança de que, no fim, tudo vai dar certo.

* Toda terça-feira, o editor Ivan Pinheiro Machado resgata histórias que aconteceram em mais de três décadas de L&PM. Este é o quadragésimo sétimo post da Série “Era uma vez… uma editora“.