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“A volta do parafuso” em ópera

Terminou no sábado, 22 de junho, a curtíssima temporada da ópera “A volta do parafuso” (The Turn of the Screw), escrita pelo compositor britânico Benjamin Britten (1913-1976) a partir do livro homônimo de Henry James. Com produção da Companhia de Ópera da Filadélfia, direção cênica da brasileira Lívia Sabag e direção musical do maestro nova-iorquino Steven Mercurio, a temporada paulista – que ocorreu no Theatro São Pedro – foi a estreia dessa montagem na América Latina.  

Ficamos torcendo para que outras cidades do Brasil também recebam “A volta do parafuso” de Benjamin Britten que comemora o centenário do nascimento do compositor. Enquanto isso, quem ainda não conhece “A volta do parafuso“, pode ler o livro de Henry James que faz parte da Coleção L&PM Pocket. Assim vai ficar mais fácil entender a história de suspense da governanta que vive numa mansão com dois órfãos e que de repente começa a ver coisas.

Assista abaixo a alguns trechos da ópera:

A aterrorizante volta do parafuso

Se você é do tipo que gosta de histórias de terror, daquelas que faz a gente dormir de luz acesa à noite, não pode deixar de ler A volta do parafuso, de Heny James. Escritor, dramaturgo, ensaísta e crítico, James figura entre os mais influentes autores da virada do século XIX. Nascido em Nova York em 1843, mudou-se para a Europa aos 26 anos e, atraído pelo clima intelectual de Paris, passou um ano na Cidade Luz, onde conheceu Flaubert e Turguêniev.

Depois de uma fase de obras literárias marcadas pelo realismo, Henry James aprofundou-se na literatura de caráter psicológico. A volta do parafuso foi escrita em 1898 e trata-se de uma sinistra história de terror psicológico que se tornou um clássico da literatura. A história se passa em uma mansão no interior da Inglaterra, onde uma governante é encarregada de cuidar de duas crianças órfãs. Apesar de Miles e Flora se comportarem bem, serem inteligente e afetuosos, há um desconforto crescente no ar. Sobretudo depois que um misterioso e assustador estranho é visto nas redondezas, aparentemente procurando algo – ou alguém. A governanta terá então de lutar por seus pupilos, numa aterrorizante batalha contra o mal.

Em 1961, este livro de Henry James foi levado aos cinemas com o título de “The innocents”, com direção de Jack Clayton e tendo Deborah Kerr no papel principal. Assista aqui uma cena e sinta o clima:

Henry James adotou a Inglaterra como sua terra e, em 1915, naturalizou-se cidadão britânico. Faleceu há exatos 97 anos em 28 de fevereiro de 1916.