Frida Kahlo no novo livro de Galeano

Julho
7

Fridamania

Em 1954, uma manifestação comunista percorreu as ruas da Cidade do México. Frida Kahlo estava lá, de cadeira de rodas. Foi a última vez em que foi vista viva. Morreu, sem ruído, pouco depois. E se passaram uns quantos anos até que a fridamania, tremendo alvoroço, a despertou. Ressurreição ou negócio? É isso o que merecia uma artista alheia a qualquer exitismo e ao lindismo, autora impiedosa de autorretratos que a mostravam sobrancelhuda e bigoduda, crivada de agulhas e alfinetes, apunhalada por trinta e duas operações? E se tudo isso fosse muito mais que manipulação mercantilista? Uma homenagem do tempo, que celebra uma mulher capaz de transformar sua dor em cor?

Trecho de “Os filhos dos dias”, novo livro de Eduardo Galeano que será lançado no Brasil pela L&PM Editores em julho com tradução de Eric Nepomuceno. “Os filhos dos dias” traz uma pequena história para cada dia do ano, sempre centrada em um fato real que aconteceu naquela data.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *