Arquivo mensais:janeiro 2014

Terry Gilliam segue tentando filmar Dom Quixote

Via Omelete – Por Thiago Romariz

The Man Who Killed Don Quixote | Terry Gilliam revela arte conceitual do filme

Financiamento do épico ainda não foi conseguido

Terry Gilliam revelou uma arte conceitual de The Man Who Killed Don Quixoteprojeto de longa data que ele tenta tirar do papel há anos. Confira a imagem abaixo:

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Ano passado, o filme parecia ter ganhado uma sobrevida, mas ainda não há nada confirmado sobre sua produção. No texto que publicou junto com a imagem, Gilliam fala sobre a sua vontade de fazer o filme. “Será que conseguimos colocar esse bastardo [Don] em cima do cavalo ainda esse ano? Sacrifícios humanos são bem-vindos”, escreveu em seu perfil no Facebook. A arte é da autoria de Dave Warren.

Da última vez que perdeu o financiamento, em 2010, Gilliam tinha Robert Duvall para o papel de Don Quixote e Ewan McGregor para o papel de Toby Grossini, publicitário lançado ao universo de Cervantes que seria interpretado por Johnny Depp na primeira tentativa da produção.

drama  do diretor em levar a sua versão de Don Quixote ao cinema foi retratado em 2002 no documentário Lost in La Mancha, que mostra como caças F16, um Quixote doente e uma tempestade destruíram o projeto que Gilliam desenvolvia há mais de uma década. Assista ao trailer:

Alice in Waterland

Elena Kalis é uma fotógrafa russa que vive nas Bahamas. É especialista em fotografia de moda embaixo d´água e criou um projeto baseado na mais famosa obra de Lewis Carroll para a qual deu o nome de “Alice in Waterland”. Elena fotografou sua filha Alexandra, quando ela estava com 12 anos, vestida de Alice e em cenas subaquáticas. As belas imagens viraram livro. Para ver mais, clique aqui e dê uma espiada no site da fotógrafa.

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Adaptação do livro “A vida sexual da mulher feia”, de Claudia Tajes, estreia no teatro

Estreou na última sexta-feira (10), no Teatro Folha (SP), a comédia baseada no livro homônimo de Claudia Tajes, “A Vida Sexual da Mulher Feia”.

No palco, o ator Otávio Müller – o Djalma de “Tapas & Beijos” (Globo), se transforma em Maricleide, a feia, e conta a sua sofrida história de vida.

Maricleide já nasce feia. Os parentes, que vão conhecê-la no berçário, não conseguem disfarçar o susto que levam ao ver o seu rostinho. “Todo o bebê nasce com cara de joelho”, argumenta a mãe. “Mas essa nasceu com cara de bunda!”, retruca um tio mais grosseiro.

Assista a um trecho da peça e uma entrevista com o Müller onde ele conta como teve a ideia de transformar o livro de Claudia Tajes em peça:

O ator usa poucos recursos visuais, como alguns vestidos e perucas, que troca em cena aberta mesmo, sem nenhuma maquiagem, e interpreta todos os personagens que envolvem o universo de Maricleide.

Com muita agilidade e ritmo, ele próprio faz a mãe, o pai, o tio, o filho do porteiro, o trocador de ônibus e a divertida e desbocada amiga com quem a protagonista divide apartamento. Com algumas projeções ao fundo do palco e intervenções oportunas da sonoplastia, Otávio narra e vive ao mesmo tempo toda a saga de Maricleide.

Com adaptação de Julia Spadaccini e direção do próprio Otávio Müller, “A Vida Sexual da Mulher Feia” tem temporada programada no Teatro Folha (Shopping Pátio Higienópolis – SP) até 02 de março.

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Claudia Tajes na estreia da peça baseada em seu livro

 

Che Guevara na novela

Ao longo de seus capítulos, a novela “Amor à Vida” mostrou várias cenas de personagens lendo livros. São obras escolhidos pelo próprio autor, Walcyr Carrasco, a partir da sua biblioteca pessoal. Ou seja: muito mais do que meros objetos de cenas, os livros exibidos em horário nobre são uma indicação de quem os leu.

Para nossa surpresa, no capítulo de ontem, 9 de janeiro, a personagem Natasha apareceu lendo um livro publicado pela L&PM:  “Meus 13 dias com Che Guevara”, de Flávio Tavares.

“Eu tava lendo esse livro incrível do jornalista Flávio Tavares: Meus 13 dias com Che Guevara. Ele conheceu o Che, conviveram…” diz Natasha. Clique na imagem para assistir à cena:

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Flávio Tavares acaba de entregar os originais de seu próximo livro: “1964 – O Golpe”.  Previsto para ser lançado em março, no mês que completa 50 anos do golpe, o escritor narra, em seu novo livro, o que viu e testemunhou sobre o movimento militar, sobre a derrubada de João Goulart e sobre os fatos políticos da década de 1960 que acompanhou como jornalista político em Brasília. “A queda foi rápida, mas a conspiração foi longa”, escreve Flávio Tavares na frase inicial do 1º capítulo. O livro penetra na documentação da CIA e da Casa Branca que desembocam na mobilização da frota dos EUA rumo ao Brasil, na Operação Brother Sam, em abril de 1964.

Sobre o Golpe e 1964, Flávio já escreveu Memórias do esquecimento (Coleção L&PM Pocket), onde oferece um relato cru e desencarnado sobre sua prisão e tortura. Este livro recebeu o Prêmio Jabuti 2000 na categoria Reportagem.

Pablo Neruda e o mar

Pablo Neruda amava o mar. Tanto que, em seus últimos poemas, é com o mar que Neruda conversa. São versos cheios de melancolia e nostalgia que nos fazem viajar nas ondas da emoção.

INICIAL

O dia não é hora por hora,
é dor por dor,
o tempo não se dobra,
não se gasta,
mar, diz o mar,
sem trégua,
terra, diz a terra,
o homem espera.
E só
seu sino
está ali entre os outros
guardando em seu vazio
um silêncio implacável
que se repartirá
quando levante sua língua de metal
onda após onda.

De tantas coisas que tive,
andando de joelhos pelo mundo,
aqui, despido,
não tenho mais que o duro meio-dia
do mar, e um sino.

Eles me dão sua voz para sofrer
e sua advertência para deter-me.

Isto acontece para todo o mundo,
continua o espaço.

E vive o mar.

Existem os sinos.

(De Últimos poemas, de Pablo Neruda, publicado em edição bilíngue na Coleção L&PM Pocket)

Pablo Neruda e sua mulher Matilde e o mar do Chile

Pablo Neruda e sua mulher Matilde contemplam o mar no Chile

Alice na TV

Estreia nesta quarta, dia 8 de janeiro, às 22h no canal Sony, o seriado Once upon a time in Wonderland com a personagem Alice, de Lewis Carroll, no papel principal. Na adaptação, Alice é uma adolescente tida pela própria família como louca: a trama começa com Alice (Sophie Lowe) internada em uma instituição psiquiátrica, onde ela renega, diante dos médicos, tudo o que vinha dizendo sobre o mundo mágico que visitou e acaba aceitando fazer uma cirurgia para apagar suas memórias. Mas o coelho branco (voz de John Lithgow) e o Valete de Copas (Michael Socha) vão tirar Alice de lá, porque seu amor, o gênio da lâmpada Cyrus (Peter Gadiot) está vivo – ao contrário do que se imaginava – à espera dela no País das Maravilhas.

Assista ao trailer legendado:

E se você AINDA não leu as aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice no País do Espelho, sempre é tempo: a L&PM publica ambos na Coleção L&PM Pocket.

Félix e “Os Miseráveis”

O capítulo de segunda-feira, 6 de janeiro, da novela “Amor à Vida”, começou com o popular “ex-vilão” Félix prestes a contar todas as suas maldades para a irmã Paloma e o cunhado Bruno. Pressionado para que revelasse tudo o que havia feito com Paulinha, sua sobrinha, o personagem de Mateus Solano resolve apelar para “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, a fim de mostrar que, assim como Jean Valjean, ele também havia mudado:

Félix: Já já eu vou contar sobre as coisas que eu fiz, mas primeiro eu quero que você ouça uma história: quando eu estive morando com a Márcia, vendendo Hot Dog na 25 de março, o Jonathan [filho de Félix] me falou sobre um livro, “Os Miseráveis”.

Bruno: Eu vi o filme…

Paloma: Eu vi o filme, o musical, pode continuar?

Félix: O Jonathan me falou sobre esse personagem, cheio de angústias, cheio de desejo de vingança, o Jean Valjean, um personagem conturbado, mas que muda através de um gesto de generosidade.

E assim Félix segue usando o personagem de Victor Hugo como exemplo para mostrar que, assim como Jean Valjean, ele também se regenerou a partir da bondade alheia.

Clique na imagem para assistir à cena em que Félix cita "Os Miseráveis"

Clique na imagem para assistir à cena em que Félix cita “Os Miseráveis”

A questão é que, pelo menos nessa cena, ninguém foi capaz de dizer que a obra citada é do grande escritor francês, autor também de “O Corcunda de Notre Dame”. Normalmente, em outros momentos dessa novela das nove da Globo, os personagens que aparecem em cena lendo um livro sempre mostram o nome do escritor após revelar o título da obra que têm nas mãos (o que muitas vezes soa até falso). Por que não citar também Victor Hugo? Independente disso, ver um  livro em ação durante uma novela sempre nos dá um fio de esperança de que alguém será estimulado com isso. E, claro, citar um clássico como “Os Miseráveis” tem um grande mérito.

Se você ficou curioso com a história de Jean Valjean, a L&PM Editores publica uma ótima e fiel adaptação dessa extensa obra na Série Clássicos da Literatura em QuadrinhosClique aqui para saber mais

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“O idiota da família” entre os principais destaques do ano

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O primeiro volume de “O idiota da família”

O Caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo de sábado, 5 de janeiro, apontou os principais destaques literários do início de 2014. No topo da lista está o primeiro volume de “O idiota da família”, a biografia de 3.000 páginas de Flaubert (autor de Madame Bovary) escrita por Jean Paul Sartre e até agora inédita em português. O volume 1, com tradução de Júlia da Rosa Simões, chega às livrarias nas próximas semanas. Obra definitiva de Sartre, “O idiota da família” é fundamental para quem quer mergulhar no pensamento e nas ideias do grande mestre da filosofia contemporânea.

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Uma viagem ao México de Kerouac

O Caderno de Viagem do Jornal Zero Hora de terça-feira, 7 de janeiro, traz uma matéria sobre o México de Jack Kerouac. No texto, reproduzido do The New York Times, o jornalista Damien Cave escreve em primeira pessoa, imaginando o que o autor de Pé na Estrada (On the road) pensaria de certos lugares turísticos: “Depois de comer no restaurante, eu tentei imaginar o que Kerouac teria achado dele. Talvez depende de qual Kerouac nós imaginemos. Ele tinha 30 anos quando fez aquela viagem de ônibus e estava em grande medida autocentrado demais para ver além do “frenesi e do sonho” que definiria sua visita em Pé na Estrada. Mas e o Kerouac idoso? Se não tivesse morrido de alcoolismo em 1969, aos 47 anos, talvez tivesse se mudado para o México e tentado compreendê-lo e explicá-lo melhor.”

Leia a matéria na íntegra:

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