Bertrand Russell e seu cachimbo

Bertrand Russell é considerado o filósofio mais expressivo e engajado do século XX, ao lado de Sartre. Fumante incansável, sempre segurando seu cachimbo, Russell estava em um avião que, em 1948 caiu sobre o mar da Noruega. Em sua autobiografia, ele descreveu o acidente: “Quando nosso avião pousou sobre a água, tornou-se óbvio que algo estava errado. Nós estávamos sentados no avião enquanto ele lentamente afundava. Vi botes reunidos em volta dele e logo fomos informados que devíamos pular no mar e nadar até um destes barco – o que todas as pessoas perto de mim fizeram. Soubemos posteriormente que os dezenove passageiros da área de não-fumantes tinham morrido quando o avião atingiu a água. Eu havia dito a um amigo em Oslo, que foi quem reservou meu lugar no avião, que ele devia escolher uma poltrona onde eu pudesse fumar e comentei jocosamente: “Se eu não puder fumar, vou morrer”. Inesperadamente, esta acabou sendo uma verdade.”

Bertrand Arthur Wiliam Russell, terceiro conde de Russell, nasceu no País de Gales, em uma família tradicional. Tornou-se filósofo, lógico, matemático, além de inveterado humanista. Foi pacifista, posicionou-se a favor da emancipação feminina e do controle da natalidade, combateu o imperialismo e foi um dos primeiros defensores do desarmamento nuclear. Agnóstico declarado, criticava qualquer forma de autoridade que tolhesse a liberdade de pensamento e de expressão e acusava instituições religiosas e seus fieis por dificultarem a vida do ser humano. Seus leitores e admiradores viam nele um profeta da vida criativa, moderna e racional. Em 1950, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. Na década de 1960, denunciou os Estados Unidos pela invasão do Vietnã. Foi casado quatro vezes e, apesar de nunca ter largado seu cachimbo, morreu com quase cem anos.

De Bertrand Russel, a L&PM publica Por que não sou cristão; Ensaios céticos e No que acredito, livro da Série Pocket Plus em que o filósofo começa dizendo que “O homem é uma parte da natureza, não algo que contraste com ela. Seus pensamentos e movimentos corporais seguem as mesmas leis que descrevem os deslocamentos de estrelas e átomos…”

2 ideias sobre “Bertrand Russell e seu cachimbo

  1. Rafael Núñez

    Olá! Sou Suspeito Para falar de Bertrand Russel, Pois desde que foi lançado seu livro “Por que não sou cristão” Tenho ele como uma biblia, que volta e meia abro em uma página aleatória para saber mais sobre seus pensamentos e suas convicções!

    Responder
  2. Michel Domenech

    Ótimo post, adoro Russell e julgo demasiado interessante ler sobre ele. Eu o conheci por meio da L&PM e gostaria de ver mais de suas obras publicadas na editora =]

    Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *