Marilyn, quem diria, virou escritora!

Na quinta-feira passada, as livrarias parisienses amanheceram com enormes pilhas nas vitrines, exibindo a grande novidade do dia e, quem sabe, da “reentrée” (os meses de outono onde se concentram os grandes lançamentos do ano): “Fragments”, uma antologia de fotos, textos manuscritos, bilhetes e poemas de ninguém menos do que Marilyn Monroe, o maior ícone do cinema mundial. Segundo Jean Marc Parisis, crítico do jornal Le Fígaro, que leu com exclusividade o livro, “Marilyn não é uma bela e deslumbrante idiota! Muito pelo contrário. Os poemas, notas e cartas deixados por Marilyn mostram que a atriz também sabia escrever (…)”. A obra, quase toda “facsimilizada”, tem como objetivo, segundo o editor, “passar para o leitor a dramaticidade do material”. Curiosamente, o editor que recebeu a incumbência de selecionar e publicar o conteúdo é um francês, Bernard Comment, que capitaneia o projeto de edição mundial do livro. A edição francesa, que saiu pela “maison” Seuil, tem 269 páginas e traz o prefácio de Antonio Tabucchi. Antes dos resultados das vendas dos direitos em Frankfurt, quando provocou encarniçados leilões, 11 países já haviam fechado contratos de edição. Os direitos pertencem à sucessão de Marilyn, cuja principal representante é Anna Strasberg, viúva de Lee Strasberg, agente de Marilyn.

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