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Quem dá mais?

Quanto vale uma assinatura? A resposta, claro, depende de quem assinou. Mas dando uma olhadinha no catálogo do leilão que a famosa Sotheby´s promoverá no dia 13 de dezembro às 10 da manhã em Nova York, já para ter uma ideia. Batizado de “Fine Books and Manuscripts”, o leilão oferece um catálogo com 352 itens. Demos uma boa pesquisada nele e fizemos a nossa seleção de desejos.

Uma carta em alemão que traz a assinatura “Kafka”, provavelmente de 1920 e endereçada ao poeta Albert Ehrenstein. Estima-se que sairá por um preço que pode variar entre 12.000 e 18.000 dólares.

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Se pudéssemos, levaríamos esta edição de “The Big Sleep” (que publicamos na Coleção L&PM Pocket) de 1939 só porque ela traz uma dedicatória dupla na folha de rosto. As assinaturas de Raymond Chandler fazem o livro valer a “bagatela” de 80.000 a 120.000 dólares.

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Já que em 2012 vamos lançar mais quatro publicações com o nome de Andy Warhol, não seria nada mal arrecadar estas 18 litogravuras assinadas por ele, com desenhos fofos de gatos com o nome de “Sam”. Provavelmente sairão por um preço que vai variar entre 25.000 e 35.000 dólares.

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Pra combinar com um dos nossos livros da Série Encyclopaedia, “Lincoln”, não seria má ideia adquirir pelo menos um dos cheques que levam a assinatura do presidente americano. Este aqui, por exemplo, de 6 dólares, hoje está estimado em um valor que varia entre 5.000 e 7.000 dólares.

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Gostou? Veja aqui o catálogo completo. Se você for do tipo que “está podendo”, é possível dar lances pela internet.

Sabe aquele escritor… Aquele…

– Como é mesmo o nome daquele escritor?Aquele… Acho que começa com J, ou G. Que escreveu o livro chamado… com aquele personagem… o… como é mesmo o nome?

Isso já aconteceu com você? Pois pode ficar tranquilo porque acontece nas melhores famílias. Em Memória, que acaba de sair pela Série Encyclopaedia, há um texto que se refere justamente a isso: à nossa dificuldade de lembrar nomes.

“É comum as pessoas que acreditam ter uma memória ruim reclamarem da dificuldade de lembrar de nomes. Na verdade, as pessoas em geral têm dificuldades em lidar com um nome novo. Quando somos apresentados a alguém, geralmente nossa mente está ocupada com outros assuntos (por exemplo, com uma conversa paralela) e muitas vezes não prestamos atenção ao nome do novo indivíduo. É provável que só usemos ou tentemos lembrar tal nome muito mais tarde, no momento em que normalmente a memória falha. Podemos aprimorar nossa memória para o nome de pessoas prestando muita atenção e repetindo o nome assim que somos apresentados.”

Jonathan K. Foster, autor do livro, apresenta algumas dicas que ajudam a não esquecer de nomes quando somos apresentados a alguém: “Se podemos criar uma associação entre a aparência de alguém e seu nome, então podemos melhorar nossa memória para o nome daquela pessoa – principalmente se conseguirmos formar uma imagem chamativa. Assim, se somos apresentados a alguém chamado João que se parece com um ator que conhecemos e que tem o mesmo nome, ou a alguém chamado Jardim que gosta de flores, poderíamos usar tais associações para melhorar nossa memória para aqueles nomes”.

Você também pode tentar associar o nome a algum escritor ou personagem de livro. Que tal?

Alexandre, o Grande no Museu do Louvre

A história é viva e nem mesmo o nosso passado – tal qual o conhecemos, pelo menos – pára de se modificar. Uma prova disso é a exposição No reino de Alexandre, o Grande – Macedônia Antiga que foi inaugurada esta semana no Museu do Louvre, na França. São 500 objetos encontrados ao longo das últimas três décadas (em sua maior parte inéditos para o grande público) que ajudam a recontar a história da Macedônia do século 15 até o império romano.

As novas descobertas ajudam também a entender melhor, e de forma mais precisa, as origens de um dos maiores líderes que o mundo já conheceu – pois antes de ser “o Grande”, Alexandre era macedônio. Mas não só isso. Tudo o que conhecemos hoje sobre a produção artística, a educação, o cotidiano e a religião de homens e mulheres que viveram naquela região está sendo revisitado.

A máscara de ouro que sorri

Entre os objetos encontrados, esculturas, vasos e cerâmicas atestam a extraordinária e refinada produção artística da época. Máscaras  e capacetes de bronze sublinham a presença e a importância da guerra no cotidiano e no imaginário daquele povo. Mas ao mesmo tempo, alguns achados supreendem, como uma máscara de guerra inteiramente esculpida em ouro que retrata os contornos e relevos de um rosto que sorri. É aí que entra em cena o desafio de interpretar estes sinais aparentemente paradoxais deixados para a posteridade.

Entre centenas de outros objetos, foram encontrados também duas estátuas. Uma delas está segurando uma lança e acredita-se que seja uma representação do deus Pan caçando leões. A outra retrata um jovem rapaz de traços delicados, mas com o olhar seguro, mirando ao longe. Aí ficou fácil: segundo os pesquisadores, seria a imagem do próprio Alexandre, o Grande.

A exposição No reino de Alexandre, o Grande – Macedônia Antiga vai até o dia 16 de janeiro de 2012 no Museu do Louvre. Mas se você não tem planos de ir a Paris nos próximos meses e quer conhecer um pouco mais sobre a história de um dos maiores líderes que o mundo já conheceu, vale ler o volume sobre Alexandre, o Grande da Série Encyclopaedia.

Filme sobre Freud e Jung tem pré-estreia no “The New York Film Festival”

Começou há pouco menos de uma semana, na Big Apple, o The New York Film Festival que vai até o dia 16 de outubro. E é lá que, hoje, às 18 horas (19 horas no Brasil), será exibido o novo filme de David Cronemberg: A Dangerous Method. A obra do diretor canadense narra a relação entre Carl Jung (vivido por Michael Fassbender) e Sigmund Freud (na pele de Viggo Mortensen). Com estreia oficial prevista para este ano, A Dangerous Method conta como a relação entre Jung e Freud é alterada quando entra em cena uma nova paciente, Sabina Spielrein, interpretada por Keira Knightley.

E por falar em Freud e Jung, a Coleção L&PM POCKET está preparando novos livros com eles. No início do ano que vem, chega A interpretação dos Sonhos, de Freud. Pra completar, a Série Encyclopaedia terá um volume dedicado a Jung.

O pai da psicanálise já tem seu espaço na L&PM. Já Jung está chegando por aqui.

O primeiro vôo de Santos Dumont

Sete horas da manhã do dia 13 de setembro de 1906. Dividido em duas partes, o 14-Bis é levado pelas ruas até o campo de Bagatelle. Mais uma vez, a imprensa encarregou-se de tomar “instantâneos fotográficos” de cada detalhe da operação. Uma das partes, composta pelas asas, o motor e a barquinha, desliza sobre rodas de bicicleta. A fuselagem, com sua extremidade em forma de uma grande caixa oca, segue carregada por operários. Alguns curiosos acompanham o estranho cortejo. No meio deles, vestindo um terno escuro impecável, com o grande chapéu branco puxado sobre as sobrancelhas, caminha Alberto Santos Dumont. Poderia ter ido de automóvel, mas preferira, como era do seu feitio. Participar de todos os momentos da grande prova. Chegando ao campo de Bagattelle, vem a seu encontro um grande automóvel fumacento, o Mors de Ernest Archdeacon. (…) Archdeacon, embora tivesse oferecido três mil francos do seu bolso para o vencedor daquela façanha, não acreditava, como depois confessou à imprensa, que um aparelho pesado se erguesse no ar. E essa era a opinião da maioria das pessoas que olhavam para o estranho “bicho” já reunido em um único corpo. No outro extremo do campo, Santos Dumont subiu na barquinha, ligou o motor e consultou seu relógio de pulso: 7h50. Com um gesto imperativo, fez com que todos se afastassem. O 14-Bis começou a rodar, daquela maneira estranha, com a fuselagem voltada para frente, e ganhou velocidade. Mas não ergueu vôo. Sentindo que o motor falhava, Alberto teve que parar no extremo sul da clareira, limitada por algumas árvores. (…) Às 8h40, a estranha aeronave corre novamente pelo gramado a uns trinta quilômetros por hora. Todos os olhos, principalmente os dos jurados, estão fixos nas rodas, para ver se conseguem erguer-se e girar no vazio. E isso acontece, por alguns segundos, antes que o 14-Bis perca as forças e caia pesadamente no chão. O chassi afunda e a hélice rompe-se em pedaços, sem parar de girar. Os jurados cercam Santos Dumont e o felicitam. E Archdeacon pronuncia uma frase de efeito, que seria transcrita pelos jornais:
– Você voou! Uns poucos centímetros acima do solo, mas voou! (Trecho de “Santos Dumont“, de Alcy Cheuiche*, Série Encyclopaedia)

Há 105 anos, Santos Dumont voou baixo, mas voou

No mês seguinte, em 23 de outubro daquele mesmo ano, o 14-Bis finalmente conseguiria voar de verdade.

*Alcy Cheuiche acaba de lançar “Com sabor de terra” que terá sessão de autógrafos no próximo final de semana.

Ebadi e sua incansável luta pelos direitos humanos

Por Balala Campos*

A palestra da Nobel da Paz, a iraniana Shirin Ebadi, ontem (13 de junho), dentro do Ciclo Fronteiras do Pensamento no Salão de Atos da UFRGS, foi uma continuação do trabalho desta corajosa juíza exilada que ganhou o mundo pelo seu grito a favor dos Direitos Humanos em seu país e no mundo. Com voz pausada e muita clareza, sua fala foi relatando o que acontece com as mulheres no Irã “onde valem metade do que vale um homem”. Assim, afirmou, num depoimento em juízo, a palavra de um homem vale o mesmo que a de duas mulheres. Quanto a indenizações por morte, acidentes, a vida das mulheres vale a metade em dinheiro do que a vida dos homens, para as companhias de seguro. Lembrando a ditadura política e religiosa do governo de Ahmadinejad, Ebadie relatou o que o mundo ocidental indignado já sabe, ou seja, que casais de namorados que mantiverem relações sexuais antes do casamento recebem 100 chibatadas e que o homossexualismo leva à pena de morte, entre tantos outros horrores como penas de apedrejamento, forca, amputação das mãos para os ladrões, prisões de artistas, jornalistas, advogados, todos os que se posicionam contra o governo iraniano.

Sem ter sido recebida pela presidenta Dilma Roussef “por incompatibilidade de agendas”, Ebadi teve sua palestra precedida de pronunciamento da Ministra Maria do Rosário que ressaltou a luta pelos Direitos Humanos do governo petista. Entretanto, diante da fala prolongada da Ministra (9 minutos), a plateia que lotou o Salão de Atos da UFRGS começou a manifestar-se pelo término do pronunciamento, ocasionando algum constrangimento.

A parte final da conferência de Ebadi destinada à resposta de perguntas do auditório foi dinâmica, controvertida, sutil e permeada de alguns recados para os Estados Unidos “que não são o grande modelo de Direitos Humanos para o mundo” e para Israel “que não dá o direito de expressão aos palestinos”.

No encerramento, a Prêmio Nobel da Paz Shirin Ebadi deixou claro que este tipo de ditadura não vai continuar prevalecendo e que o povo iraniano tem se manifestado claramente a favor da mudança de regime. “É uma questão de tempo e de luta”, concluiu a conferencista desta noite inesquecível.

*Balala Campos é jornalista e escreveu este texto especialmente para o blog da L&PM.

Para saber mais sobre a cultura iraniana, fortemente marcada pelo islamismo, leia o volume Islã da Série Encyclopaedia.

Adriana Calcanhoto canta Alexandre, o Grande

“Alexandre nasceu em julho de 356 a.C., em Pella, capital do reino macedônio, da união entre a princesa Olímpia, filha do rei dos molossos, e de Felipe II, rei da Macedônia após a morte do rei Pérdicas, em 359 a.C. Muito foi escrito sobre a herança psicológica de Alexandre, mas quem pode dizer o que no seu temperamento ele deve aos pais?” 

Assim tem início a introdução de Alexandre, o Grande, livro que faz parte da Série Encyclopaedia. A obra não é uma biografia do maior de todos os conquistadores, mas um livro que tenta “apresentar os principais aspectos de um fenômeno histórico que não pode ser reduzido apenas à pessoa de Alexandre”, segundo consta no prólogo.

Alexandre não apenas virou filme com Richard Burton no papel principal (e, anos depois, com Colin Farrell no papel título e Angelina Jolie como sua mãe Olímpia), como também inspirou Caetano Veloso a criar uma canção sobre ele. Música que foi gravada por Adriana Calcanhoto para o CD e DVD Adriana Partimpim 2. A letra é uma verdadeira aula de história como você poderá escutar abaixo:

Freud e a interpretação dos sonhos

Retrato feito pelo artista Ferdinand Schmutzer (fonte: Freud Museum)

Há exatos 155 anos, nascia em Freiberg, na Áustria, Sigmund Freud. Os fãs do pai da psicanálise podem aproveitar o aniversário do mestre para comemorar também uma boa notícia: chega em julho na Coleção L&PM Pocket o livro A interpretação dos sonhos, traduzido diretamente do alemão.

Freud revelou a existência de um mundo novo – o inconsciente – até então desconhecido. Livre-pensador, exímio estilista, pai de seis filhos, mentor intelectual de dezenas de discípulos, seus livros chegaram a ser queimados na fogueira. A vida de um dos homens mais influentes do século 20 está contada no volume Freud, da Série Biografias, e suas interfaces com a ciência, a arte e a política estão exploradas no volume Sigmund Freud, da Série Encyclopaedia.

Enquanto julho não chega, você pode ir se especializando no universo freudiano: a necessidade do sentimento religioso na vida do homem é o que Freud explica no livro O mal-estar na cultura, e na obra O futuro de uma ilusão ele aborda a questão “qual o futuro da humanidade”.

No dia de hoje, morria o General Napoleão Bonaparte

Em 15 de outubro de 1815, Napoleão Bonaparte, derrotado em Waterloo, traído pelos franceses e pelos ingleses chegou à ilha de Santa Helena para morrer. Esta pequena possessão inglesa fora escolhida para ser o castigo e a prisão do grande Imperador. A volta do primeiro exílio em Elba fora uma lição sobre a capacidade de retornar do General. Ele então foi condenado ao desterro em um lugar improvável, uma ilha infernalmente tórrida, perdida no meio do Oceano Atlântico. O carcereiro, Sir Hudson Lowe, foi o homem encarregado de policiar, vigiar e humilhar Napoleão Bonaparte até sua morte. Foram seis anos deste martírio. Há 190 anos, em 5 de maio de 1821, o Imperador (como era chamado pelos franceses) morria naquele inferno úmido e quente, corroído pela amargura e pelo câncer (embora haja a versão não oficial de que foi envenenado com arsênico lentamente pelos ingleses).

Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, capital da Córcega, em 15 de agosto de 1869. Desenvolveu sua carreira militar justamente no período da Revolução Francesa. Aos 19 anos já era tenente de artilharia do Grande Exército francês. Aos 27 anos, em 1896 , tornou-se general de exército, quando iniciou sua fulminante ascensão. A luminosa inteligência, a vasta cultura e o enorme carisma fizeram do modesto e pequeno corso um dos personagens mais importantes, intrigantes e impressionantes da história. Muito jovem, atingiu a celebridade comandando as tropas francesas em triunfos lendários como as batalhas de Rivoli e Arcole, na Itália, Austerlitz e Marengo contra o exército austríaco. Com o golpe de 18 Brumário, ano 10, segundo o calendário da Revolução Francesa (9 de novembro de 1799, segundo o calendário tradicional), tornou-se o principal cônsul de um triunvirato que governaria a França. Sua chegada ao poder é favorecida pelos enormes problemas da época. De um lado, a França abalada pela corrupção e a desordem, por outro lado a opinião pública indignada com os políticos. Eficiente, estabilizou politicamente o país, acabou com a corrupção, deu melhores condições de vida ao povo e, em 1804, foi proclamado Imperador. Tinha 35 anos. Contraditório, brilhante, ambicioso, a verdade é que Napoleão Bonaparte deixou a sua marca na França, na Europa e no mundo. Modernizou a administração estatal, acabou com a excessiva influência da igreja, com o feudalismo, impedindo o retorno das velhas práticas anteriores à Revolução Francesa. Resumindo, Napoleão tornou-se Imperador, mas não abdicou dos princípios básicos da revolução.

Na sua agonia, lamentava: “Porque não morri antes? Tantas e tantas vezes desafiei de peito aberto as balas dos mosquetões e dos canhões”. Compreensível este amargo desabafo. O homem que se tornara lenda em vida, admirado pela bravura temerária, amado pelos seus soldados e pelo seu povo, acabou seus dias sob a tutela de um mesquinho carcereiro inglês, num cruel desterro, no meio do nada, distante dois mil quilômetros da civilização. (Ivan Pinheiro Machado)

Leia mais no livro Revolução Francesa, de Max Gallo, ou no volume da Série Encyclopaedia sobre o assunto.

Londres: terra de princípes e de dinossauros

Se você está em Londres, mas não teve a honra de ser convidado para o Casamento Real, tem a opção de conhecer o Dinossaurs Unleashed, um parque temático com réplicas em tamanho real de algumas das maiores e mais antigas criaturas da Terra. O passeio é ideal para toda a família, mas os mais entusiasmados são sempre os pequenos, que nutrem verdadeiro fascínio pelos gigantes pré-históricos.

No vídeo a seguir, um apresentador de TV (que também adora dinossauros) conduz um grupo de crianças em um passeio pelo parque:

No canal do parque no Youtube, há vários outros vídeos que dão uma amostra do clima do lugar. Mas se você não está em Londres e não tem planos de ir até lá nos próximos dias, poderá entrar nesse mundo com Dinossauros, o recém lançado livro da Série Encyclopaedia.