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Rousseau descansa no Panthéon

No dia 2 de julho de 1778, Jean-Jacques Rousseau acordou indisposto. E o que parecia ser apenas um mal estar, acabou o levando à morte às 11 horas da manhã daquele dia. Sepultado dois dias depois na Ile des Peupliers, no coração do parque de Ermenonville. Em 1794, suas cinzas foram transferidas para o Panthéon, onde estão até hoje. Um dos mais profundos pensadores da história moderna, Rousseau foi a figura central do iluminismo. Ao morrer, deixou o que é considerado um “grande testamento inacabado” de suas ideias, publicado postumamente em 1782: Os devaneios do caminhante solitário (Coleção L&PM Pocket).

Rousseau pintado por Allan Ramsay

 A imagem acima é uma das que estão no livro Rousseau, Série Encyclopaedia, livro em que Robert Wokler mostra como sua  filosofia, suas teorias sobre música e política, sua ficção, seus escritos sobre religião, educação e botânica foram todos inspirados por ideais revolucionários, sob uma premissa de irrestrita liberdade pessoal.

O “vinho” antes do vinho

No princípio era o verbo. E o nome do vinho precedeu a cultura da vinha. A pré-história do vinho remonta a vários milênios antes do início da era cristã, com o Soma, bebida sacrificial fermentada da Índia védica, que além de uma mistura mágica era um deus poderoso. Essa “poção da imortalidade” não era um vinho de uvas, mas o suco de uma planta sacrificial (ao que tudo indica, a Asclepias acida) que provavelmente tinha propriedades psicotrópicas ou psicodélicas. E o licor do Soma tinha o nome de Vena. Do Vena (amado, em sânscrito) se originaram  os nomes que designam o vinho em quase todas as línguas e povos da Europa: é o caso do russo (vino), do grego (woinos, depois oinos), do latim (vinum), do italiano e do espanhol (vino), do português (vinho), do alemão (wein), do inglês (wine) e do francês (vin). De origem mítica, de essência mística, de natureza santificada, de consumo francês, europeu e mundial, o vinho sempre foi uma bebida civilizatória. O vinho é muito mais do que “vinho”: é um patrimônio da humanidade. (Introdução do livro Vinho, de Jean-François Gautier, Série Encyclopaedia)

Vinho combina com um bom livro. E, como mostram as fotos abaixo, também com bons escritores:

O poeta português Fernando Pessoa em uma adega

Pablo Neruda e Vinicius de Moraes entre garrafas de vinho

Charles Bukowski bem agarrado em uma garrafa de vinho

Jung: o encontro da natureza com o espírito

Jung decidiu se tornar psiquiatra no final dos seus estudos médicos, quando folheava o Manual de Psiquiatria, de Krafft-Ebing. Já o prefácio teve tamanho impacto sobre Jung que seu coração acelerou e ele teve de se levantar para tomar fôlego. O que o deixou mais interessado foi a descrição feita por Krafft-Ebing sobre as psicoses (transtornos mentais de grande magnitude, como a esquizofrenia e a psicose maníaco-depressiva severa, nos quais os indivíduos são privados da razão) como “transtornos de personalidade”, e sua declaração de que os livros de psiquiatria deveriam, inevitavelmente, ser impressos com um caráter subjetivo. Jung nos conta que, “num relance, como que através de uma iluminação”, viu a psiquiatria como a única profissão possível. “Somente nela poderiam confluir os dois rios do meu interesse, cavando o leito num único percurso. Lá estava o campo da experiência dos dados biológicos e dos dados espirituais, que até então eu buscara inutilmente. Tratava-se, enfim, do lugar em que o encontro da natureza e do espírito se torna realidade. (Trecho de Jung, Série Encyclopaedia)

Jung, o fundador da psicologia analítica, morreu em 06 de maio de 1961

Você sabia que… répteis, aves e mamíferos têm um ancestral comum?

Répteis, aves e mamíferos são chamados coletivamente de amniotas, porque todos eles têm um ancestral comum, um animal próximo ao Hylonomus. Os pássaros evoluíram dos dinossauros no Jurássico e os mamíferos evoluíram de outro grupo de répteis no Triássico. Mas os mamíferos põem ovos, como acabo de afirmar? Bem, os mamíferos atuais mais primitivos – o ornitorrinco e a equidna da Austrália – de fato põem ovos com uma casca calcária dura. Os detalhes da anatomia dos ovos de répteis, de aves e de mamíferos são todos iguais, e portanto todos eles evoluíram de um mesmo ancestral. Se recuarmos ainda mais na árvore evolutiva, chegaremos ao Hylonomus; sendo assim, o Hylonomus deve ter botado o mesmo tipo de ovo.

Trecho do livro História da vida da Série Encyclopaedia.

Exposição sobre Roma em São Paulo

Os fascinados por história antiga, aventuras de guerra e imperadores não podem perder a exposição Roma – A Vida e os Impereradores, que fica em cartaz no Masp, em São Paulo, até o dia 1º de abril. O visitante é convidado a embarcar numa viagem por mais de três séculos, do período tardio da República e primeiros séculos do Império Romano, de Júlio César e Augusto até Septímio Severo e seu filho Caracala, que reinaram entre 193 e 217.

Cabeça Colossal de Júlio César

Composta de 370 relíquias de instituições como o Museu Nacional Romano e a Galeria Uffizi, de Florença, a mostra fornece um painel abrangente sobre os imperadores, seus feitos militares, os deuses clássicos, além de desvendar a vida cotidiana, hábitos e costumes do povo romano. Entre os destaques estão três paredes com afrescos da Vila de Pompeia, as estátuas de Júpiter, de Lívia (esposa de Augusto) e da deusa Isis, a Cabeça Colossal de Júlio César em mármore, máscaras teatrais, escultura de Calígula, Armadura de Gladiador, desenhos do Coliseu, a Lamparina de Ouro e cerca de 60 joias. Imperdível, não?

Império Romano na Série Encyclopaedia

Para aproveitar melhor a exposição, a nossa dica é ler o volume Império Romano da Série Encyclopaedia. De forma suscinta, em pouco mais de 100 páginas, o professor da Universidade Paris 13, Patrick Le Roux, mostra os paradoxos da Roma Antiga, as condições em que viviam seus habitantes e discute de que forma a grande expansão da cidadania romana e o florescimento da cultura latina também se caracterizaram pelos sangrentos combates de gladiadores e pela perpetuação da escravatura. Com certeza, é um belo complemento para quem pretende visitar a exposição.

A mostra Roma – A Vida e os Impereradores faz parte do Momento Itália/Brasil e é promovida pela Embaixada da Itália no Brasil e pelo Instituto Italiano de Cultura de São Paulo.

Pinturas tão “ridículas” que arrancavam gargalhadas da multidão

Acostumados ao padrão acadêmico e suas rigorosas regras técnicas, os parisienses achavam que aqueles “borrões” feéricos e multicoloridos, sem a precisão de um desenho real, fossem apenas uma brincadeira. Era 1874. Os quadros que se apresentavam no “Salão dos Recusados” tinham sido renegados pela academia. Logo, os risos cessariam. Daí para frente, tudo seria permitido. Não haveria mais limites para a imaginação humana.

Para entender melhor a impressão que aqueles quadros causaram – e como eles acabaram dando início a uma grande revolução – leia Impressionismo, de Dominique Lobstei, título da série Encyclopaedia, Coleção L&PM Pocket.

Clássica e moderna, avançada e estagnada. A velha China é o futuro?

Sem liberdade política e com toda a liberdade econômica. Onde comunistas e milionários se cruzam pelas ruas abarrotadas por um bilhão e trezentos milhões de chineses. Uma economia hiper hightech, mas que ainda utiliza trabalho escravo. Confúcio, Marx, Apple e McDonalds são apenas alguns dos ingredientes que compõem este caldeirão complexo do país que mais cresce no mundo. Ninguém escapa dos chineses… da camisa Ralph Lauren à TV de alta definição, passando pela bolsa Louis Vuitton, o sapato, o jeans, o amortecedor do seu carro…

Para entender melhor este mundo tão distante e ao mesmo tempo tão próximo – e descobrir como foi criado este “monstro”, leia China moderna, de Rana Mitter, título que é uma parceria da Oxford University Press com a série Encyclopaedia, Coleção L&PM Pocket.

Terça-feira negra: quando a maior economia do mundo virou pó

O crash foi sentido em 29 de outubro de 1929. Uma terça-feira que ficaria para sempre conhecida como “Black Tuesday”. Neste dia, a bolsa de Nova York quebrou, afundando fortunas e levando muitos ao fundo do poço. Foi o maior desastre financeiro jamais visto no mundo capitalista. O sinistro fantasma da Grande Depressão que veio em seguida, serviu de exemplo para que a pesada crise financeira de 2008 não repetisse a catástrofe e acabasse com a economia mundial.

Para entender melhor como tudo isso aconteceu, leia A crise de 1929, de Bernard Gazier e entenda o verso de La Fontaine que se encaixa com perfeição para definir aqueles dias negros: “Nem todos morriam, mas estavam todos contaminados”. Título que faz parte da série Encyclopaedia, Coleção L&PM POCKET.

Tudo é relativo

Todos nós crescemos com algumas ideias básicas referentes a espaço, tempo e matéria. Eis algumas delas: 

– Todos habitamos o mesmo espaço tridimensional;
– O tempo passa com a mesma velocidade para todos;
– Dois eventos ocorrem simultaneamente ou um após o outro;
– Desde que haja potência suficiente, não há limite para a velocidade em que se pode viajar;
– A matéria não pode ser criada nem destruída;
– Os ângulos de um triângulo somam 180º;
– A circunferência de um círculo é 2 π x o raio;
– No vácuo, a luz sempre se propaga em linhas retas. 

Essas noções parecem ser pouco mais do que o senso comum. Porém, como diria Albert Einstein: “Senso comum é o conjunto de preconceitos adquiridos até os dezoito anos.” O livro Relatividade, do reconhecido professor de física Russell Stannard, mostra como a teoria da relatividade de Einstein desafia todas estas afirmações e, às vezes, consegue demonstrar que algumas são falsas. Ele faz parte da Série Encyclopaedia, cujos títulos vêm do catálogo da Oxford University Press. Com um texto fácil de ler, de compreender e de gostar, Relatividade vai deixar muita gente com a pulga atrás da orelha. Ou não… Afinal, tudo é relativo.

"Relatividade" e "Teoria Quântica" são os mais recentes títulos da Série Encyclopaedia

A Série Encyclopaedia também lançou recentemente o livro Teoria Quântica.

Encontro marcado com a teoria quântica

Foi há um século que o maior encontro de gênios da física começou. O Congresso de Solvay é uma série de conferências científicas que acontece em Bruxelas desde 1911. Já no começo do século XX, estas conferências reuniam os mais consagrados cientistas, responsáveis por proporcionar os avanços fundamentais da Física Quântica. Realizado no Instituto Internacional de Solvay de Física e Química, o congresso foi uma ideia do químico industrial belga Ernest Solvay e acontece de três em três anos.

Em 1927, a 5ª edição deste encontro foi um tanto quanto especial. Com o tema “Elétrons e Fótons”, ela reuniu um time de cientistas que pode ser chamado de “Dream Team of Science”. Dos 29 participantes, 17 já tinham recebido ou viriam a receber o Prêmio Nobel. Entre eles, estavam Einstein, Schrödinger, Heisenberg, Dirac, De Broglie, Bohr, Planck e Madame Curie.

O time dos sonhos da física no Congresso de Solvay de 1927 - Clique para ampliar

Neste que foi provavelmente o mais famoso dos Congressos de Solvay, a teoria quântica foi discutida por Albert Einstein e Niels Bohr em um debate que, para os que puderam assistir, foi inesquecível.

A teoria quântica também foi o ponto principal da 23ª edição do Solvay, em 2005, com o tema “A estrutura quântica do espaço e do tempo”. Em 2008, foi a vez de “Teoria quântica da matéria condensada” e, em outubro deste ano, quando o encontro científico completou 100 anos, os gênios da física moderna discutiram “O mundo da teoria quântica”.

A teoria quântica é a bola da vez na física. Sorte é que nós, os leigos, vamos poder entender um pouco mais sobre ela em breve, assim que o novo volume da Série Encyclopaedia chegar.