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“O grande Gatsby” vai abrir o Festival de Cannes 2013

É oficial: o filme “O grande Gatsby”, do diretor Baz Luhrmann, baseado na obra homônima de F. Scott Fitzgerald, é o escolhido para a abrir o Festival de Cannes 2013. Ele será exibido fora da mostra competitiva, no dia 15 de maio, no Teatro Lumière.

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O longa tem no elenco Leonardo Di Caprio no papel do magnata Jay Gatsby e Carey Mulligan como Daisy. Outros nomes compõem o time de estrelas, como Tobey Maguire, Joel Edgerton, Amitabh Bachchan e o rapper americano Jay-Z.

Assista ao trailer:

Mais cartazes do filme “O grande Gatsby”

No ano passado, a produção do filme O grande Gatsby, baseado no clássico homônimo de F. Scott Fitzgerald, divulgou quatro cartazes para divulgação do longa, cada um com um dos atores do núcleo principal da história, mas manteve o suspense sobre os cartazes com Leonardo Di Caprio, que vive Jay Gatsby, e Carey Mulligan que interpreta a belíssima Daisy. Agora, a coleção de posters está completa:

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Além dos cartazes individuais, o filme já tem um poster oficial com todos eles juntos:

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O grande Gatsby tem a direção de Baz Luhrmann, o mesmo diretor de Romeu e Julieta e Moulin Rouge, e estreia em maio nos Estados Unidos e em junho no Brasil.

Casa que F. Scott Fitzgerald morou em Baltimore está à venda

Está à venda a casa onde o escritor F. Scott Fitzgerald morou em Baltimore, de 1933 a 1935, com sua esposa Zelda – depois que ela ateou fogo na casa onde eles moravam antes. O anúncio descreve a propriedade como uma “uma residência agradável e elegante” com “varandas e um jardim privado”. São 3.600 m² no total pela bagatela de 450 mil dólares!

Ainda segundo o anúncio, vários detalhes da construção original datada de 1900 estão preservados, como as lareiras ornamentadas, as janelas enormes e as portas em estilo francês. Enquanto morou na casa de Baltimore, Fitzgerald publicou seu último romance, Suave é a Noite, e algumas partes de Crack-up.

Veja mais fotos.

O grande Fitzgerald

Hoje, 21 de dezembro, marca a morte daquele que é considerado um dos maiores romancistas norteamericanos: F. Scott Fitzgerald. 

Seu primeiro manuscrito foi rejeitado pelo editor e, depois disso, Fitzgerald abandonou a universidade de Princeton e alistou-se no exército. Mas não desistiu de escrever e, em 1919, conseguiu publicar “Este lado do paraíso”, seu primeiro romance.

Em 1921, Fitzgerald casou-se com Zelda Sayre e tiveram sua primeira filha, Frances. Foi nessa época que seu romance tornou-se um bestseller e ele ficou famoso. Vale dizer que o casamento com Zelda foi bastante conturbado, pois ambos bebiam muito e levavam uma vida de  excessos, inclusive financeiros. Zelda, no entanto, era uma ótima fonte de inspiração para os livros do marido e Daisy Buchanan, personagem de “O Grande Gatsby” (publicado em 1925), tinha muito dela. A citação de Daisy de que ela esperava que sua filha fosse uma “tola linda” foi exatamente o que Zelda disse depois do nascimento de sua filha.

Quando Zelda passou a sofrer de esquizofrenia e foi internada, Fitzgerald foi para Hollywood viver com sua amante, a atriz Sheilah Graham. No final de 1940, ele sofreu um sério ataque cardíaco e seu médico aconselhou-o a evitar esforços. Mesmo assim, em 21 de dezembro daquele ano, ele sofreu um novo ataque no apartamento de Sheilah e, antes que o socorro conseguisse chegar, ele já estava morto.

O funeral foi pequeno e discreto, acompanhado apenas de 30 pessoas. Seu amigo Edmund Wilson terminou e publicou o romance no qual Fitzgerald estava trabalhando na época. “O último magnata” foi lançado em 1941 e está na Coleção L&PM Pocket, assim, como “O Grande Gatsby” e mais “Os belos e malditos”, “Crack-up” e “O diamante do tamanho do Ritz e outras histórias“.

Cancãn natalino: Fitzgerald, Zelda e a filha

Fitzgerald e Sheilah no México

Os belos e malditos Fitzgeralds

Antes de publicar O grande Gatsby, seu romance mais famoso e uma das obras de língua inglesa mais aclamadas do mundo, F. Scott Fitzgerald escreveu Os belos e malditos, uma espécie de história de amor autobiográfica.  No livro, Anthony Patch, um herdeiro milionário formado pela Universidade de Harvard, e Gloria, sua mulher, formam um glamuroso e irresponsável casal que vive em Manhattan e assiste, impotente, a seu espetacular e trágico declínio. Muito mais do que um romance que retrata as loucuras e extravagâncias da chamada Era do Jazz por alguém que a viveu intensamente, esta é a história do próprio casal Fitzgerald.

Os toques autobiográficos estão presentes em boa parte da obra de F. Scott Fitzgerald, tanto que chegou um momento em que ficção e realidade passaram a se confundir, como se ele previsse em seus livros as desventuras que aconteceriam na vida do casal. Em 1930, quando Zelda sofreu um colapso nervoso total após sucessivas crises, Francis confessou: “às vezes, não sei se Zelda e eu somos de verdade ou personagens de um dos meus romances”.

Mais tarde, em 1934, lutando contra uma montanha de dívidas, escreveu Tender is the night, antes de proclamar sua própria “falência emocional” em uma série de ensaios confessionais publicados na revista Esquire e reunidos junto com outros escritos no livro Crack-up da Coleção L&PM Pocket.

Gertrude Stein, a amiga de Picasso

Gertrude Stein, por Pablo Picasso

Em 3 de fevereiro de 1874, nascia Gertrude Stein, uma das figuras mais importantes da história da arte moderna no mundo. Nascida em Pittsburgh, nos Estados Unidos, ela foi morar em Paris com seus irmãos Léo e Michael. A casa da família Stein na Rua de Fleurus nº27 vivia cheia de artistas e escritores, entre eles Pablo Picasso, Ernest Hemingway, o casal Zelda e F. Scott Fitzgerald, Henri Matisse, Paul Gauguin e outros grandes nomes que devem muito ao apoio financeiro e intelectual dos irmãos Stein.

As paredes da mansão eram “decoradas” com cerca de 600 quadros de alguns dos artistas que frequentavam a casa, entre eles um retrato de Gertrude Stein (reproduzido acima) feito por Picasso. Para retribuir a homenagem do amigo, ela fez o poema “If I told him”, que você pode ouvir na voz da própria autora no vídeo abaixo.

Para saber mais sobre a vida de Gertrude Stein e dos visitantes que frequentavam sua casa em Paris, vale ler A autobiografia de Alice B. Toklas da Coleção L&PM Pocket.

iPad com cara de livro

Os livros digitais já são mais do que realidade e têm adeptos pelo mundo todo. Os e-readers estão se popularizando e chegando ao mercado com preços cada vez mais acessíveis e o número de títulos disponíveis em formato digital cresce rapidamente. Só a L&PM já tem mais de 300 títulos!

Mas se você é do tipo que ainda não consegue se imaginar lendo um livro digital num iPad, por exemplo, os criativos da loja Out of print encontraram uma solução que pode ajudar a enganar os sentidos de quem não quer trair o velho companheiro de papel.  E quem sabe também convencer os mais ortodoxos. São as ” iPad Covers”, estampadas com as capas de grandes clássicos da literatura mundial. Além de cults, elas são lindas!

Capa da edição original de "O grande Gatsby" de 1925

"Walden", de Thoreau, também virou capa para iPad

Já fez as contas de quantos livros de Conan Doyle caberiam neste iPad?

Neste iPad com a capa de "Orgulho e preconceito" você pode guardar também "Persuasão" e "Abadia de Northanger"

As edições de centenas de páginas do livro "O morro dos ventos uivantes" já podem ser substituídas pela leveza de um pocket ou de um iPad

A coleção Stein: o maior acontecimento cultural do ano em Paris

Por Ivan Pinheiro Machado*

“Matisse, Cézanne, Picasso: l’aventure des Stein” – Grand Palais, Paris 8º. De sextas às segundas das 9h às 22h; de terças às quintas das 10h às 22h. Entrada: 12 euros. De 5 de outubro à 15 de janeiro

“Uma rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa…” (“a rose is a rose is a rose is a rose”), poema escrito em 1914, tornou célebre a escritora Gertrude Stein (1874-1946). Esta genuína vocação para a vanguarda ela provaria uma década antes. Seu endereço parisiense, na rua Fleuris, 27, onde morava com seu irmão Leo e sua companheira da vida inteira, Alice B. Toklas, mais o grande apartamento  de seu irmão Michael e sua mulher Sarah, também em Paris, na rue Madame, 8, abrigaram nos primeiros 20 anos do século XX a maior coleção privada de arte moderna jamais reunida.

Em torno dos anos 1900 os franceses detestavam a arte moderna. O máximo que toleravam em matéria de modernismo eram os impressionistas, e apenas alguns, justamente os mais conservadores. Cubismos estranhos e sombrios de Picasso e cores feéricas e selvagens de Matisse eram motivos de risos e escândalo. Já os americanos e os russos entenderam que ali tinha alguma coisa. E foi graças a eles que Picasso, Matisse, Juan Gris, Cézanne, Marie Laurencin, Renoir, entre muitos outros conseguiram muitos pratos de comida.

Retrato de Gertrude Stein

Em 1903, Leo Stein comprou seu primeiro Cézanne. Um ano depois, Gertrude começaria a comprar Picassos (compraria 180 no total), enquanto seu outro irmão Michael e sua mulher Sarah comprariam praticamente toda a produção da época de Matisse (em torno de 200). Ao todo, entre desenhos, pinturas e esculturas, teriam sido cerca de 600 obras de arte acumuladas pela família Stein em 15 anos de compras. A coleção só não foi mais além, porque em poucos anos os quadros custariam 1000 vezes mais do que os Stein pagaram, inviabilizando a continuação da coleção. Foi então que eles começaram a vendê-la lentamente.

Sarah e Michel Stein retratados por Matisse

Os recursos que mantinham os irmãos Stein numa vida tão confortável em Paris vinham da venda da Omnibus Railway and Cable Company de San Francisco, empresa da família, e de muitos imóveis alugados na Califórnia. Um dos quadros emblemáticos da arte moderna e – junto com “Demoiselles d’Avignon” – precursor do Cubismo é, não por acaso, “Retrato de Gertrude Stein”, uma homenagem de Pablo Picasso que acabou colocando-a como uma das protagonistas (mesmo sem ser pintora) da grande revolução da arte moderna.

Nos anos 20, na euforia pós-guerra, depois de vender boa parte de sua coleção, Gertrude Stein voltaria a cena, treinando seus dotes de visionária. Desta vez, na literatura. Ainda em Paris, descobriria dois jovens escritores americanos: Ernest Hemingway e Francis Scott Fitzgerald.

Pois toda esta história está exposta agora em Paris nas paredes das Galeries nationales du Grand Palais, um fantástico palácio situado entre a avenida Champs Elisées e o Sena. A megaexposição foi inaugurada em 5 de outubro e deverá prosseguir até 15 de janeiro de 2012. É uma viagem fascinante que reúne o melhor da coleção Stein em cerca de 350 obras.

Uma exposição realizada nos melhores moldes das grandes exibições francesas: tudo muito bem explicado, perfeitamente iluminado, muito bem exposto e com a utilização de todos os recursos áudio-visuais disponíveis. Um trabalho impressionante da equipe do Grand Palais. Principalmente se levarmos em conta que a coleção deixou de existir dentro da família Stein nos anos 50 do século passado e que – pior ainda – desde os anos 20 foi sendo paulatinamente vendida. Foram anos de trabalho tentando localizar quadro por quadro nos lugares mais remotos do planeta. Mas o resultado é extraordinário e faz  de Matisse, Cézanne, Picasso: l’aventure dês Stein o maior acontecimento cultural do ano em Paris. E isso não é pouca coisa.

As imensas filas acabaram sendo turbinadas por uma incrível coincidência. Não bastasse a grande importância do conjunto exposto nas paredes do Grand Palais, a exibição passou a ter um poderoso reforço de marketing: o megasucesso cinematográfico de 2011, “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, tem como centro de suas ações Gertrude Stein, sua casa e sua turma.

*Ivan Pinheiro Machado é editor e visitou a exposição em Paris quando estava a caminho da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha. A L&PM publica A autobiografia de Alice B. Toklas na Coleção L&PM Pocket.

A mansão que inspirou “O grande Gatsby”

Uma casa de 25 quartos construída em 1902 em Long Island, nos Estados Unidos, teria servido de inspiração para F. Scott Fitzgerald escrever O grande Gatsby, considerado um dos maiores romances da literatura mundial. A suntuosa propriedade de 50 mil m² abrigou grandes festas nos anos 20 e 30 com a presença de personalidades famosas como o duque de Windsor, Dorothy Parker, Groucho Marx, o presidente Winston Churchil e mesmo os Fitzgeralds, que viviam em uma mansão ali perto.

A mansão que teria inspirado Fitzgerald a escrever "O grande Gatsby"

A mansão de Long Island antes da demolição

Avaliada em 30 milhões de dólares, a mansão estava à venda até o início deste ano. Mas devido ao mau estado de conservação (imagine quanto custaria uma reforma!) e ao alto custo de manutenção, que beirava os 4.500 dólares por dia (!),  não houve proposta de compra. Com o tempo, o terreno passou a valer mais do que a casa e a propriedade foi negociada com uma construtora que decidiu derrubar a mansão e construir outras cinco casas de luxo, que estarão à venda em breve pela bagatela de 10 milhões de dólares cada.

Demolição realizada em abril deste ano

Demolição realizada em abril deste ano

O custo diário de manutenção beirava os 4.500 dólares!

Se tiver um tempinho e quiser saber mais sobre o caso, vale assistir à matéria a seguir sobre o assunto:

O grande Gatsby um perfeito retrato dos loucos anos 20, nos quais o choque da “nova” modernidade se refletia numa juventude impactada pela guerra e pela revolução industrial. O romance relata a história do enigmático Jay Gatsby, proprietário de uma luxuosa mansão na zona mais rica das praias de Long Island, onde ele promove suntuosas festas, frequentadas por escritores, produtores de cinema, stars, esportistas, gângsteres e garotas bonitas em busca de ascensão social. O romance faz parte da Coleção L&PM Pocket, com tradução de  William Lagos.