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“O último romance de Balzac” no 38º Festival de Cinema de Gramado

Em 1965, Waldo Vieira, médico e médium espírita, que trabalhava com Chico Xavier, recebeu o espírito de ninguém menos do que Honoré de Balzac. Ouvindo a voz do célebre escritor, o doutor Vieira psicografou um romance de Balzac. Anos depois, o livro post mortem foi parar nas mãos do psicólogo Osmar Ramos Filho, recém chegado da Bélgica, que lhe dedicou 10 anos de estudos. De tudo isso, resultou não apenas um livro contando toda essa história, como também um documentário que, nesse final de semana, será exibido no 38º Festival e Cinema de Gramado que começa hoje. No longa-metragem “O último romance de Balzac”, dirigido pelo baiano Geraldo Sarno, há ainda a dramatização do romance balzaquiano A pele de Onagro (La peau de Chagrin), além da análise do processo de criação de Balzac sob um ponto de vista, no mínimo, incomum. Para quem puder ir à serra gaúcha assistir, ele será exibido no domingo, dia 08 de agosto, às 21:30 no Palácio dos Festivais.

Uma das cenas do filme, fotografada por Anita Dominoni

Veja mais fotos das filmagens aqui.

Divulgado pôster de Uivo, o filme

Foi liberado o pôster do filme Howl (Uivo), baseado no livro homônimo de Allen Ginsberg. No longa, Ginsberg é interpretado por James Franco (de Homem-Aranha e Milk). O elenco conta ainda com Jon Hamm Jeff Daniels, Mary-Louise Parker e Paul Rudd, entre outros.

Na L&PM WebTV, é possível assistir alguns trechos legendados do filme, que estreia nos Estados Unidos no dia 24 de setembro.

Woody Allen e Carla Bruni juntos em Paris

Depois de modelo, cantora e primeira-dama, Carla Bruni agora é atriz. E não de qualquer diretor. Escalada para o próximo filme de Woody Allen, “Midnight in Paris”, mademoiselle Sarkozy reservou cinco dias de agosto próximo para filmar sob a câmera de Allen. Na nova comédia romântica do diretor, Carla será a diretora de um museu e suas cenas serão filmadas no espetacular hotel Le Bristol de Paris. No elenco, estão ainda Kathy Bates, Michael Sheen, Owen Wilson e a também francesa Marion Cotillard.

Mas enquanto o novo filme não chega, você pode ir se divertindo com um dos livros de Woody Allen publicados pela L&PM. Que loucura!, por exemplo, mistura humor, filosofia, psicanálise e, claro, boas histórias. E o melhor é que custa menos do que um ingresso de cinema…

Diretor de 2012 vai levar às telas teoria de que Shakespeare não teria escrito suas peças

Já não é de hoje que, vez por outra, alguém surge com a teoria (que a maioria considera absurda) de que William Shakespeare não teria escrito suas peças. Tem até quem diga que ele nem existiu. Pois a controversa história será levada às telas por Roland Emmerich, diretor de 2012, Stargate, Godzilla, Independence Day e outros filmes catástrofes. Com esse currículo nas costas, parece um pouco difícil acreditar que Anonymous, nome do filme, faça jus à obra de Shakespeare. Mas provavelmente nem seja esse o objetivo de Emmerich. O roteiro, cercado de suspense, é centrado na ideia de que o verdadeiro autor de Romeu e Julieta, Hamlet, Macbeth, Otelo e todos os clássicos shakespearianos teria sido o 17º Conde de Oxford, Edward de Vere, sucessor da Rainha Elizabeth I. Filmado em Berlim, Anonymus tem estreia prevista para 2011 e traz Vanessa Redgrave como Rainha Elizabeth. Abaixo, uma das fotos já divulgadas.

Roland Emmerich durante gravações de Anonymous / Divulgação

Astro de Harry Potter deve protagonizar remake de Nada de novo no front

Daniel Radcliffe, vulgo “Harry Potter”, assinou para protagonizar o remake de Nada de novo no front, filme de 1930 dirigido por Lewis Milestone e baseado no clássico de Erich Maria Remarque publicado na Coleção L&PM Pocket.

Radcliffe ficou encantado com o roteiro do remake / Divulgação

O novo longa tem o roteiro assinado por Ian Stokell e Lesley Paterson, mas ainda está sem diretor e, portanto, não tem qualquer definição com relação a datas. Se o projeto realmente sair do papel, Radcliffe interpretará Paul Baumer, um estudante idealista que é levado a se alistar no exército alemão por um professor ultranacionalista. A ideia é mostrar a desilusão dos soldados alemães durante a Primeira Guerra e o estranhamento na volta para casa, alguns anos depois. Stokell disse à revista Variety que Radcliffe traz vulnerabilidade e inocência ao personagem: “Quando nos demos conta de o quanto ele gostou do script ficamos muito felizes, porque sabemos que ele pode encontrar o equilíbrio entre intensidade e credibilidade que é essencial para esse papel.”

No primeiro filme, Paul Baumer foi interpretado pelo ator Lew Aires e recebeu indicações para o Oscar nas categorias de melhor fotografia e diretor. Assista ao trailer:

Com informações do The Guardian

Mais Hunter Thompson na coleção de bolso e no cinema

A L&PM acaba de lançar Medo e delírio em Las Vegas, e, ainda para esse ano, estão previstos mais dois títulos do gonzo jornalista Hunter Thompson. Primeiro, Hell’s Angels, que deve chegar à Coleção POCKET em setembro, e Rum: diário de um jornalista bêbado, em dezembro.
Rum… irá também ao cinema. O lançamento está previsto ainda para 2010, nos Estados Unidos. No elenco está Johnny Depp, que volta às telas em mais uma adaptação de Thompson (ele foi o protagonista da versão cinematográfica de Medo e delírio) .
Os trailers ainda não estão disponíveis, mas já algumas fotos já estão por aí, como essa aí embaixo:


Via Trabalho Sujo

Curta de Jorge Furtado relembra Copa de 50

Às vésperas do início da Copa e da estreia de Jorge Furtado na L&PM WebTV (o Palavra de Escritor com o autor de Meu tio matou um cara vai ao ar na próxima semana), o blog resolveu recuperar aquele que Jorge considera seu único filme sem qualquer dose de humor: Barbosa, de 1988. O curta é baseado no livro Anatomia de uma derrota, de Paulo Perdigão, publicado pela L&PM em 1985. Nele, um homem volta no tempo para tentar evitar a falha do goleiro Barbosa na final da Copa de 50.
Se bem que  a história é dramática apenas no Brasil. Na entrevista, o diretor contou que quando Barbosa foi exibido no Uruguai, a plateia “morria de rir”.

Mas enquanto a Copa não começa e o Palavra de Escritor com Jorge Furtado não está disponível, você pode esperar assistindo a um trecho do filme e vendo o roteiro original, que está disponível no site da Casa de Cinema.

David Goodis: tão bom quanto Chandler e Hammett

Eddie experimentou os tapete macios do legendário Carneggie Hall. Seus dedos deslizaram sob as alvas teclas de um piano Steinway de 200 mil dólares. E após o último acorde da “Polonaise em lá bemol maior Opus 53”, ele foi aplaudido de pé.
Muita coisa aconteceu até ele chegar àquela espelunca onde tocava praticamente em troca de comida, num piano vagabundo, para gente pior ainda. A história de Eddie e seu irmão está contada no maravilhoso livro Atire no pianista (L&PM POCKET) de David Goodis.

Menos conhecido e incensado que Raymond Chandler e Dashiell Hammett, Goodis foi tão bom quanto eles no gênero que ficou consagrado como “policial noir”. Na verdade, o complemento “noir” foi criado para diferenciar do policial tradicional. Eram obras que iam além da trama policial, do “quem matou quem”. Livros com notável reflexão psicológica e estereótipos clássicos, como o “cara durão”, as mulheres fatais e cínicas , o detetive sentimental e cético que ganhava a vida por 25 dólares por dia, mais despesas. E sempre enfrentando problemas com os tiras. Quase que invariavelmente as tramas se passam nos anos 30, 40 e 50 na Califórnia, ou na Filadélfia, no caso de Goodis. Seja na época da Grande Depressão ou já no pós-guerra, os heróis (ou anti-heróis) dos escritores “noir” estavam sempre na contramão do “sonho americano”.

Os franceses adoram este gênero, tanto é que “noir” vem do francês “negro”. E François Truffaut filmou Atire no pianista, estrelado por Charles Aznavour (trailer abaixo). Tal foi o sucesso do filme que o livro mudou de nome; era Down There e tornou-se Shoot the piano player. Os outros livros do autor, A lua na sarjeta, A garota de Cassidy (que vendeu um milhão de cópias nos Estados Unidos) e Sexta-feira negra, todos publicados pela coleção POCKET, são verdadeiras obras-primas.

Goodis foi também roteirista em Hollywood, onde adaptou A Dama do Lago, de Raymond Chandler (trecho abaixo), entre muitos outros.

Além de Atire no pianista, outros de seus livros tiveram grande sucesso no cinema, como Lua na Sarjeta (La lune dans le caniveau) de Jean-Jacques Beinex, com Gerard Depardieu e Nastassja Kinski, e Dark Passage com Humphrey Bogart e Lauren Bacall. Dark Passage, por sinal, foi objeto de uma disputa judicial que se arrastou até após a morte de Goodis. Ele denunciou a United Artists e a rede de TV ABC por terem se apropriado da ideia do livro para criar o célebre seriado e o filme O Fugitivo (trecho abaixo). Em decisão histórica para o direito à propriedade intelectual, a Suprema Corte dos Estados Unidos deu ganho de causa a Goodis.

Depois de sua morte em 1957 num acidente mal explicado, sua obra caiu no esquecimento nos Estados Unidos. Só na década de 70 seus livros voltaram a fazer sucesso, mas na França, onde todos foram traduzidos e são reeditados até hoje. Para tentar recuperar o prestígio de Goodis junto aos americanos , em fevereiro desse ano foi lançado o documentário David Goodis… To a pulp (trailer abaixo) produzido e dirigido por Larry Withers, enteado do escritor.

Parabéns ao Drácula

Como todos vocês certamente leram nosso site hoje,  já sabem que há exatos 113 anos era publicada a primeira edição de Drácula, clássico de Bram Stoker. E desde aquele longínquo 26 de maio de 1897, o “vampiro original” ganhou pelo menos dez adaptações para o cinema. Separamos três delas para que vocês se divirtam comparando a evolução do primeiro Drácula cinematográfico, de 1931,  ao último, do ano 2000. Entre eles está o de 1992, dirigido por Francis Ford Coppola.

Drácula (1931)

Drácula de Bram Stoker (1992)

Drácula 2000 (2000)

Filme mostrará relacionamento extraconjugal de Dickens

A BBC está começando a produzir um filme sobre o caso que Charles Dickens manteve por 15 anos com uma jovem atriz chamada Nelly Ternan. O roteiro é baseado em “The Invisible Woman” (A mulher invisível), de Claire Tomalin. No livro, publicado em 1991, Tomalin dá detalhes do relacionamento do casal. Quando eles se conheceram Dickens tinha 45 anos e Nelly, 18. A esposa do escritor, Catherine, descobriu o caso do marido quando um bracelete que ele havia encomendado para a amante foi entregue por engano no endereço de sua casa. O produtor Stewart Mackinnon disse que “o filme fará com que as pessoas vejam Dickens de uma maneira diferente. Vai mostrá-lo como um ser humano com todas as suas fragilidades”.