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A história dos especiais de Natal

Ontem, 25 de dezembro, o assunto em quase todos os canais de TV foi… o Natal.  Um documentário do History Channel contava sobre a origem dos especiais de Natal na televisão norteamericana. Segundo ele, tudo começou nos anos 50 quando um canal resolveu transmitir, na noite do dia 24, o filme “A felicidade não se compra” de Frank Capra. O célebre filme, de 1946, conta a história de um homem que, sem dinheiro, resolve se suicidar na véspera de Natal e é impedido por um anjo que, para fazer com que o sujeito mude de ideia, mostra como seria o mundo sem ele. O sucesso foi tanto que, a partir daí, os canais decidiram exibir filmes com temas natalinos todos os dias 24 de dezembro. Nenhum deles, no entanto, era especialmente produzido para a data. Foi só em 1962 que alguém teve a luminosa ideia de criar o primeiro especial de Natal. Nasceu assim a adaptação de Mr. Magoo para “Um conto de Natal” de Dickens.

Em 1965, a agência de publicidade da Coca-Cola, junto com o canal CBS, propôs a Charles Schulz que ele escrevesse um especial natalino com Peanuts. Aceito o desafio, mas com orçamento apertado, Bill Melendez dirigiu o primeiro Charlie Brown de Natal e propôs a inédita opção de usar crianças para dublar os personagens. O desenho animado (quadro a quadro!) levou seis meses para ser feito e só foi finalizado uma semana antes de ir ao ar. Schulz tinha exigido que, em alguma cena, a Bíblia fosse citada, mas quando viram Linus recitando a história do nascimento de Cristo segundo o Evangelho de Lucas, três executivos da CBS quase não deixaram o especial ser exibido. Mas Schulz insistiu, a Bíblia ficou e o resultado foi uma nevasca de americanos emocionados – cujos filhos e netos até hoje acompanham Charlie Brown e sua turma quando chega o Natal. (Paula Taitelbaum)

O livro "O Natal de Charlie Brown" é baseado nos especiais de Natal que acontecem desde 1965

Peanuts de presente pra você

Prepare-se. Vem aí A vida segundo Peanuts, um presente para os fãs de Charlie Brown e sua turma. O livro, que traz as máximas dos personagens criados por Charles Schulz, é considerado “o melhor dos melhores” de Peanuts. Isso porque, para criar este giftbook, os editores passaram um pente fino nas tirinhas originais até encontrarem os mais perfeitos aforismos, as mais impactantes frases de sabedoria e as observações mais expressivas dos personagens como “Babysitters are like used cars. You never know what you’re going to get” (em uma livre tradução: “Babás são como carros usados. Você nunca sabe o que está levando”).

O livro terá cerca de 128 páginas e é organizado em capítulos curtos como, por exemplo, “Amor”. Alexandre Boide (o tradutor de Peanuts Completo) ainda está trabalhando na tradução e a previsão de lançamento é outubro.  

A capa da edição original americana

“Se todo mundo concordou comigo, todos eles estão certos”

“Este livro tem uma abordagem diferente daquela presente na maioria dos títulos que reúnem a obra de Charles M. Schulz. Em vez de trazer ‘historinhas’ na forma de tiras, este Guia é um compêndio de lições sobre como ser bem-sucedido nas esferas emocional e social da vida, e de como usar o bom e velho bom senso. Tenho certeza de que você vai gostar de ver como o humor característico de Schulz vai acompanhá-lo em suas obrigações diárias. Sua filosofia de caráter prático e pé-no-chão, ilustrada de forma caprichada e colorida, vai falar diretamente a você sobre coisas como confiança, autoafirmação, determinação, amor e outros temas da vida real. Apesar de, como todas as tiras de quadrinhos, este livro ser bastante compacto, ele é repleto de um senso de humor bastante abrangente e de grandes ideias.” escreveu o comediante Bill Cosby (lembra do Bill Cosby Show?) na introdução de A vida segundo Peanuts.

Para os milhões de fãs fiéis de Peanuts esta é uma coleção de “greatest hits” imperdível.

Pais da literatura

Nem todos foram como Machado de Assis que, sem filhos, “não transmitiu a nenhuma criatura o legado de nossa miséria”. Houve escritores que formaram grandes famílias, os que deixaram apenas um herdeiro e também alguns que nem tiveram muito contato com a prole – como Jack Kerouac, por exemplo, que nunca se relacionou com a filha Jan. 

E é pra mostrar diferentes tipos de pais “das palavras” que separamos aqui algumas fotos:

O pai de todos: Mark Twain teve quatro filhos, três meninas e um menino que morreu ainda bebê

O pai amoroso: Georges Simenon fazendo pose com os filhos Jean e Marie

O pai safado: Charles Bukowski teve uma única filha, Marina

O pai desenhista: Charles Schulz, criador de Peanuts, aqui com a filha Amy

O pai gonzo: Hunter S. Thompson mostra seu alvo para o filho Juan

O pai de criação: Robert Louis Stevenson adotou o enteado Lloyd Osbourne (em primeiro plano, abaixado) e para ele escreveu "A ilha do tesouro"

Beijos em quadrinhos

Dia do Beijo é tão bom que tem duas datas: 13 de abril e 6 de julho (este último chamado de “Kissing Day” no mundo). E vale tudo: “beijoca”, “bitoca”, “selinho”, “beijo de esquimó”, “ósculo santo”… Pra comemorar, separamos algumas tirinhas. Divirta-se e… Feliz Dia do Beijo!

Beijo de amigo em Snoopy 9 – Pausa para uma soneca, de Charles Schulz:

Beijo de amante italiano em Rê Bordosa – Do começo ao fim, de Angeli:

Beijo exagerado em Aline 5 – Numas de colegial, de Adão Iturrusgarai:

Beijo de língua em Garfield 9 – Um gato em apuros, de Jim Davis: