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Resultado do concurso “Miniconto para Dickens”

O concurso Miniconto para Dickens lançado pela L&PM na semana passada para comemorar o aniversário do autor de Um conto de Natal foi um sucesso! Recebemos mais de 450 minicontos e passamos trabalho para escolher apenas um para chamar de “o melhor”. Se pudéssemos, premiaríamos vários. Tanto que, fugindo um pouco do que tínhamos previsto no regulamento, resolvemos publicar aqui não apenas três, mas sim os cinco melhores. O 1º lugar leva o super prêmio prometido: uma ecobag exclusiva cheia de livros de Charles Dickens, e o 2º e o 3º lugares vão ganhar de presente Um conto de Natal da Coleção L&PM Pocket.

Prêmio do 1º lugar do concurso "Miniconto para Dickens"

Preparados? Aí vai o resultado do concurso do concurso Miniconto para Dickens:

1º lugar – Edweine Loureiro

PREÇOS
Gritava à janela da amada, que o havia deixado por um homem mais rico:
― E o Amor, Julieta? Vale quanto?
E uma voz, vinda da esquina:
― Duzentos reais, uma noite.

2º lugar – Pedro Gustavo Faria Nunes

200 Contos de Réis
Estava ele sentado na varanda quando lhe chega o mensageiro. Lê e deixa escapar uma única lágrima de todo pranto contido. Responde de pronto: – não haverá mais casamento, não tenho 200 contos de réis.

3º lugar – Clarissa Damasceno Melo

Eles estavam lá. Coagulados na dor da carne. Ela ia embora pra longe dele. Haviam conversado sobre isso. Doído, ele perguntou se longe ela o trocaria por outros meninos. Ela disse: Nem por duzentos.

4º lugar – Rodrigo Domit

Os soldados perdidos de Napoleão
Marcharam para o leste, em meio aos campos incendiados e cidades fantasmas. Ainda hoje, passados duzentos anos, alguns soldados fatigados batem à porta dos camponeses – perguntam a direção de Moscou.

5º lugar – Guilherme Sandi

Entrelinhas da paternidade
“Esse filho não é meu”. A esposa protestou. “Arre, se o sobrenome da família há mais de duzentos anos é Sousa! Espia a certidão: está Souza.” Foram olhar, cara do pai: era filho do Souza, o tabelião.

Parabéns a todos que participaram!

Exposição em Londres marca o bicentenário de Charles Dickens

Com a virada do ano, as comemorações do bicentenário do escritor Charles Dickens ganharam força total. Nascido em 7 de fevereiro de 1812, em Portsmouth, no condado de Hampshire na Inglaterra, Dickens viveu a maior parte da vida em Londres e deixou um legado tão importante e expressivo para a literatura mundial que, mais de um ano antes da data oficial de seu bicentenário, leitores e entidades de todo o mundo já começavam as homenagens.

O Museum Of London aproveitou a oportunidade para explorar a influência da vida na metrópole na obra do escritor e inaugurou em dezembro a exposição Dickens and London, que recria a atmosfera da Londres vitoriana do século 19 através de sons, projeções e objetos. Quem visita a exposição é conduzido por uma jornada fascinante pela cidade que inspirou alguns dos maiores clássicos da literatura mundial.

Passagens da vida do escritor também foram reconstruidas, como a época em que, ainda menino, trabalhou numa fábrica de graxa para ajudar a família que vivia encarcerada numa prisão especial para devedores. A influência desta experiência na crítica social presente em suas novelas é inegável. Dickens usou seus romances escritos ao longo do século 19 para retratar as mudanças e as contradições da sociedade inglesa durante a revolução industrial.

Pinturas, fotografias, trajes e objetos também fazem parte da ambientação, com destaque para os originais escritos a próprio punho do livro Great Expectations, de 1860, considerada uma das principais obras do autor. A exposição fica no Museum of London até 10 de junho de 2012.

Detalhe do manuscrito de "Great Expectations" em exibição na mostra

E pra quem não está em Londres e nem tem planos de ir à Europa, o Museu criou um applicativo gratuito da exposição para iPad, que permite conhecer “the dark side of Charles Dickens’ London” e seguir o escritor em seus costumeiros passeios noturnos, quando ele conhecia lugares e pessoas que lhe inspiravam cenas e personagens.

Tela inicial do aplicativo

Um mapa da Londres de 1868 sobreposto por um mapa de satélite dos dias de hoje (Google Maps) ajuda o visitante a se localizar no passeio, que é ambientado por meio de uma graphic novel interativa, com sons, narração e efeitos pensados especialmente para reconstruir o clima da época.

O mapa de Londres em 1862 e a opção de visualizar o mapa de hoje

Poesia para vestir

Em parceria com uma empresa especializada em produtos de papel, a estilista Sylvia Heisel desenvolveu um vestido que é pura poesia. Totalmente feito de papelão reaproveitado, cada parte do vestido tem gravado um trecho da obra de grandes escritores como Oscar Wilde, Virginia Woolf, Charles Dickens, Andy Warhol, Lewis Carrol, entre outros.

Conforme o uso, o papel vai se desgastando e o texto vai aparecendo. Falando assim, parece uma roupa frágil, mas a estilista garante que a peça pode até ser lavada e tem a mesma durabilidade de um vestido de tecido delicado, como a seda, por exemplo. O papel é tratado para se tornar mais resistente e não rasgar e é aquecido para ficar mais maleável, como se fosse mesmo um tecido com a textura de um couro mais fino e aveludado. Olha só o resultado:

O espírito de Natal está entre nós

Quando Charles Dickens escreveu Um conto de Natal, no final de 1843 (e que seria publicado em 1844), seu maior estímulo foi o dinheiro que iria ganhar com o texto. Dickens criou a história às pressas para que pudesse receber logo o dinheiro e nem imaginou o sucesso que teria com ele. Um conto de Natal nasceu como uma canção de cinco estrofes e mostra o personagem Ebenezer Scrooge, um homem avarento e egoísta, sendo visitado por quatro espíritos. Na véspera de Natal, Scrooge recebe o espírito de seu sócio, recém falecido, mais os espíritos dos Natais do passado, do presente e do futuro.

A obra teve um papel fundamental na reabilitação das tradições e valores natalinos em uma época em que se encontravam em declínio. A história é baseada em dois dos temas preferidos de Dickens: a injustiça social e a pobreza. Ao longo de todo o livro, ele descreve a combinação desses dois elementos, bem como suas causas e efeitos. Um conto de Natal já teve várias adaptações para o cinema e teatro, inspirou Walt Disney a criar o Tio Patinhas (cujo nome original é Uncle Scrooge) e agora, além do volume da Coleção L&PM POCKET, chega à Série Clássicos da Literatura em Quadrinhos. É mais um volume em capa dura, todo colorido e com um caderno especial que traz um rico painel sobre o autor e sua obra. Não poderia existir melhor época para ele chegar.

A história dos bestsellers

Quem nunca leu um Bestseller? Velho conhecido do público leitor, ele significa, literalmente, “Melhor vendido” ou, num português mais sonoro, o livro “Mais vendido”. O termo foi registrado pela primeira vez em 1889 pelo jornal norteamericano “The Kansas Times & Star”, mas o fenômeno da popularidade imediata de um livro é bem anterior a isso.

Os primeiros Bestsellers que se têm notícia eram, em sua maioria, religiosos. E não estamos falando da Bíblia que, quando começou a ser vendida, era considerada uma publicação “cara”. Para figurar no topo da lista, era fundamental que um livro fosse pequeno e, portanto, barato. Versões em pocket do Apocalipse, por exemplo, eram muito populares e vendidas em larga escala num formato que era chamado de “block-book”.

Na lista dos maiores bestsellers da história estão A Tale of Two Cities (Um conto de duas cidades) de Charles Dickens, publicado originalmente em 1859 e que vendeu mais de 200 milhões de cópias. Também está lá O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien que, lançado em 1954, teve venda superior a 150 milhões de livros. O sonho da câmera vermelha, de Cao Xueqin, originalmente lançado em chinês, vendeu mais de 100 milhões. Nesta faixa, aparece também Agatha Christie cujo maior sucesso, O caso dos dez negrinhos (que a L&PM publica em quadrinhos) também chegou aos 100 milhões de livros vendidos. Claro que aqui não estamos contando a Bíblia, o Alcorão e outros do gênero que já venderam bilhões pelo mundo afora.

E por falar em Bestseller, Feliz por nada, de Martha Medeiros, está mais uma vez no topo da lista dos mais vendidos da Revista Veja desta semana. Uma notícia que é… “the best” pra nós.

Cara a cara com os maiores escritores do mundo

Por Paula Taitelbaum*

Sou um gênio. Tive uma ideia de roteiro para um filme. Vou vender para Hollywood. Não, pensando bem, vou oferecer a Woody Allen. De graça. O storyline é o seguinte: a moça vai visitar a National Portrait Gallery, em Londres, e, de repente, todos os escritores que estão nas telas, pintados em diferentes épocas, ganham vida e se misturam. Como assim isso não passa de um misto de “Uma noite no museu” com “Meia noite em Paris”? Ok, você venceu, sou um fracasso como roteirista…

Brincadeiras à parte, esta ideia é meio inevitável quando se visita a National Portrait Gallery, um museu único e exclusivamente dedicado a retratos. Lá, estão os originais de muitas das imagens que conhecemos – e outras que não são tão populares assim. Telas com imagens de Shakespeare, das irmãs Brontë, de Robert Louis Stevenson, de Jane Austen, de Charles Dickens, de Lord Byron, de Jonathan Swift. As fotos (e não as reproduções) de Oscar Wilde, Edgar Allan Poe, Virginia Woolf, James Joyce, Beatrix Potter… Imagina se eles se descolassem dali!

Só os escritores entrariam no meu filme, mas claro que não são apenas eles que estão pelas paredes. Há reis, rainhas, nobres, pintores, músicos, políticos, celebridades, cientistas (o portrait de Darwin é impressionante!), inventores, roqueiros e ricos das mais variadas espécies. Há pinceladas de todos os famosos que o Reino Unido já viu e produziu.

Vá a Londres, visite a National Portrait Gallery. E depois me diga se o meu roteiro, mesmo que óbvio, não seria um sucesso…

Eu e Shakespeare, feitos um para o outro

Eduardo Bueno e Robert Louis Stevenson

Eu e as irmãs Brontë, na tela sozinha está Emily Brontë, autora do "O morro dos ventos uivantes"

Jane Austen, desenhada por sua irmã (e eu no reflexo)

Charles Dickens era lindo!

Mas Lord Byron era mais lindo ainda!

 *Paula Taitelbaum e Eduardo Bueno visitaram a National Portrait Gallery no final de junho.

Autor de hoje: Emily Brontë

Thornton, Inglaterra, 1818 – † Haworth, Inglaterra, 1848

Filha do reverendo de Haworth, em uma pequena e isolada vila de Yorkshire, cedo se tornou órfã de mãe, vivendo sob os cuidados de uma tia materna. O isolamento da província agreste de Yorkhire e a severidade paterna marcaram sua infância e adolescência. Desde cedo, com suas irmãs, Charlotte e Anne, exercitou a vocação literária, modo de fugir à atmosfera opressiva da casa paterna. Juntas, escreveram histórias sobre o reino imaginário de Gondal e Angria e também publicaram um livro de poemas. O morro dos ventos uivantes, que Emily publicou em 1847 sob o pseudônimo de Ellis Bell, é seu único romance. Sob aparente reconstrução da realidade, sobrepõem-se na obra visões fantasmagóricas e imaginadas. Mesmo sem obter o sucesso imediato que tivera sua irmã Charlotte, autora de Jane Eyre (1847), O morro dos ventos uivantes fez com que Emily Brontë fosse reconhecida como uma das principais escritoras da literatura inglesa.

Obra principal: O Morro dos Ventos Uivantes, 1847

EMILY BRONTË por Ricardo A. Barberena

Em sua sublimidade cintilante, Emily Brontë tece um locus historiográfico, marcado por uma veemência poética e imagética que desestabiliza o equilíbrio narrativo de autores como Charles Dickens e Jane Austen. A pujante evocação sombria na sua obra máxima O morro dos ventos uivantes certamente torna-se um clássico da literatura inglesa devido a sua estrutura de enredo que intercambia insinuações sobrenaturais, arquétipos trágicos, paisagens psicológicas, intensidades de paixão/fúria. Ao apontar para a inconstância no arcabouço das máscaras sociais, o romance de Brontë instaura a representação de personagens perdidas num indomável vácuo da fantasia e da subjetivação niilista, emoldurando-se uma relação amorosa que remete à completa destruição num byronismo demoníaco: Catherine e Heathcliff deflagram a primeira pulsão vida-morte.

Numa terrível e endemoniada sucessão de casamentos e mortes precoces, O morro dos ventos uivantes desvela as tensões sociais que impedem a tradicional união romanesca, alijada dos fortes sopros dos ventos da anima e da sombra junguiana. A história é narrada por um personagem nomeado Lockwood, que está alugando uma casa de Heathcliff. Cabe lembrar que a casa, Thrushcross Grange, situa-se muito próxima da Wuthering Heights [casa que dá título ao livro]. Quanto à sua força literária, Brontë diferencia-se dos demais escritores do século XIX devido a uma impactante qualidade imaginativa traduzida em uma poética mediatizada por uma ferocidade mórbida (própria do relato policial) e uma pureza essencial (passível da magnitude dos acordes de Tristão e Isolda, de Richard Wagner, na belíssima adaptação de O morro dos ventos uivantes para o Cinema [1939]).

Em termos resumidos, diríamos inequivocadamente que O morro dos ventos uivantes integra um seletíssimo grupo de obras na literatura inglesa, tratando-se de uma paisagem narrativa sinistra e singular que aponta para uma condição de amar que mutila a própria vida num dilaceramento da castidade da alteridade. Enquanto transtornada chama de luz e escuridão, a escrita de Brontë descortina uma horripilante e incomensurável identificação feminina alinhada à criatividade anárquica do amor de Catherine por Heathcliff. Esteticamente impactante, Brontë rejeita a tradição do Alto Romantismo através do questionamento da exaltação do desejo masculino como persona lírica monolítica e dominante.

Guia de Leitura – 100 autores que você precisa ler é um livro organizado por Léa Masina que faz parte da Coleção L&PM POCKET. Todo domingo,você conhecerá um desses 100 autores. Para melhor configurar a proposta de apresentar uma leitura nova de textos clássicos, Léa convidou intelectuais para escreverem uma lauda sobre cada um dos autores.

A verdadeira “história de fantasma” de Charles Dickens

Quando Charles Dickens morreu,  em 9 de junho de 1870, tinha 58 anos e um livro inacabado: The Mystery of Edwin Drood (O mistério de Edwin Drood). Como um livro de Dickens seria sucesso de vendas na certa, não tardaram a aparecer candidatos a terminar a obra deixada por ele. A primeira tentativa veio naquele mesmo ano de 1870, feita pelo americano Robert Henry Newell, que publicou sob o pseudônico de Orfeu C. Kerr. O segundo final foi escrito por Henry Morford, um jornalista de Nova York. A terceira versão, no entanto, não apenas foi a mais inusitada, como considerada por alguns como sendo uma obra póstuma do próprio Dickens. Entre o Natal de 1872 e julho de 1873, um mecânico americano de nome Thomas James, de parca formação cultural, escreveu mais uma conclusão da novela inacabada. Segundo ele, durante este período, o espírito de Charles Dickens teria sido o autor do texto. Além de ser muito mais longa do que as outras versões, o texto de James foi considerado por alguns (inclusive por Sir Arthur Conan Doyle) como aquele que apresentava surpreendente continuidade “na maneira de pensar, no estilo e nas peculiaridades ortográficas de Dickens”. Para os espiritualistas mais afoitos este final do livro foi visto, inclusive, como “a mais convincente prova da sobrevivência do espírito”. Ou seja: um mistério ainda maior do que o do próprio Edwin Drood…

A primeira versão de “O mistério de Edwin Drood” foi publicada poucos meses depois da morte de Dickens

De Charles Dickens, a L&PM publica Histórias de Fantasmas e Um conto de Natal.

O que eles pensam antes de sair pra balada?

Só uma inquietação profunda e existencial como esta para inspirar a criação de um site colaborativo dedicado a reunir fotos de grandes escritores com cara de “Tô gato?“, simulando aquele momento derradeiro de cumplicidade com o espelho antes de sair de casa para arrasar numa balada.

A legenda das fotos é inspirada nas orelhas dos livros dos próprios escritores, entre eles H. G. Wells, Franz Kafka, Mark Twain, Julio Verne, Charles Dickens, Jack Kerouac, Hunter Thompson, Charles Bukowski, Jane Austen e Virginia Woolf.

H.G. Wells: "E eu, tô gato? Tô mostrando a verdade através do fantástico, fazendo uma reflexão sobre os valores de nossa sociedade e sobre o mundo que construímos hoje?"

Mark Twain: "Tô gato? Haha… Tô sendo o maior humorista da literatura americana, satirizando acidentalmente a sociedade do meu país, pondo a nu as hipocrisias e a retórica oficial?"

William S. Burroughs: "Tô gato? Tô mesclando o realismo exasperado a experiências estilísticas, apresentando imagens e situações a princípio enigmáticas, mas que aos poucos se tornam familiares?"

Jack Kerouac

Jack Kerouac: "Fala sério: tô gato? Tô fundindo ação, emoção, sonho, reflexão e ambiente numa nova literatura que procura captar a sonoridade das ruas, das planícies e das estradas americanas?"

Virgina Woolf: "Tô gata? Tô sendo uma escritora modernista por excelência, reinventando a narrativa de forma a quase sempre fugir da descrição de uma ação linear?"

Se quiser descobrir o que pensam vários outros autores antes de sair para a balada, dê uma olhada no site “Tô gato?”. Divirta-se!

O papel das cartas

Se nos permitem o saudosismo, queremos lembrar o papel das cartas e o que elas significaram para várias gerações de escritores, artistas, filósofos, amantes e pensadores. Preparar uma carta com esmero, colocar dentro do envelope um pedaço de si, do dia, do mundo, da imaginação, dividir uma experiência no calor do momento e com a caligrafia que denuncia, fechar o “embrulho” e enviar. O perigo de extraviar, de se perder, de alguém abrir antes do destinatário… um hiato de emoção e expectativa.

Independente do conteúdo, os papéis também falam sobre as cartas. No site colaborativo Letterheady, há um verdadeiro acervo deles. Descubra onde e como viajaram as ideias de Andy Warhol, Charles Dickens, Sigmund Freud e Charles M. Schulz e até Marilyn Monroe.

Andy Warhol

Charles Dickens

Charles M. Schulz

Sigmund Freud

Marilyn Monroe