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Filme sobre os beats terá pré-estreia com comentários de Claudio Willer

Nesta terça-feira, 10 de junho, em São Paulo, vai acontecer uma Sessão Especial de pré-estreia do filme “Versos de um crime”. E vai ser especial mesmo porque além de ser gratuita, após a exibição acontecerá um bate-papo com Claudio Willer, escritor, tradutor e especialista no movimento beat.

Willer é tradutor de “Uivo” de Allen Ginsberg, de “Livro de haicais” de Jack Kerouac e acaba de lançar “Os rebeldes“, obra que revela a geração beat e seu anarquismo místico.

“Versos de um crime” chega oficialmente aos cinemas de todo o Brasil nesta quinta-feira, 12 de junho. Ele narra um episódio conturbado da vida de três autores do movimento beat: em 1944, Allen Ginsberg (Daniel Radcliffe), Jack Kerouac (Jack Huston) e Lucien Carr (Dane DeHaan) foram acusados de matar David Kammerer (C. Hall), um professor apaixonado por Carr.

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Imperdível!

Os ingressos devem ser retirados na bilheteria 01 hora antes da sessão que acontece às 20h no Cine Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, na Av. Paulista.

A orelha de Van Gogh voltou à vida

Em dezembro de 1888, num surto de loucura, Vincent Van Gogh cortou uma de suas orelhas. Seu amigo e também pintor Paul Gauguin estava presente neste momento. Mas isso a maioria de nós já sabe. A novidade é que agora, mais de um século depois, a dita orelha ressuscitou. Na verdade, virou ela mesma uma obra de arte.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (4 de junho), pelo “The Centre for Art and Media” de Karlsruhe (oeste da Alemanha), que está expondo a réplica da orelha cortada de Van Gogh feita, entre outras coisas, com células da cartilagem de um tetraneto de Théo, irmão do célebre pintor.

A obra leva a assinatura de Diemut Strebe, artista que trabalha principalmente com matérias vivas. “A orelha foi criada com tecidos de cartilagem e tem a mesma forma que a de Van Gogh” declarou Dominika Szope, porta voz do Centro alemão.

A orelha renascida de Van Gogh ficará exposta em Karlsruhe até 6 de Julho e, em 2015, irá para Nova Iorque.

A orelha de Van Gogh feita a partir da cartilagem de um tetraneto de The Van Gogh.

A orelha de Van Gogh feita a partir da cartilagem de um tetraneto de The Van Gogh.

A orelha de Van Gogh é um dos grandes ícones da cultura moderna e até Allen Gisnberg lhe dedicou um poema chamado “Morte à orelha de Van Gogh!”. No filme “Lust for Life” (Sede de Viver), de 1956, Kirk Douglas encena a angustiante remoção da orelha. Este gesto artístico de auto-mutilação, aliás, tornou-se um clichê do comportamento criativo extremo.

Em seu Auto-Retrato com a orelha enfaixada, pintado em janeiro de 1889, Van Gogh contempla a si mesmo e vira o rosto em direção a nós para mostrar o curativo. Seus olhos são cristalinos e sua carne tem a aparência de uma escultura talhada em madeira medieval.

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No segundo semestre de 2014, a L&PM Editores vai lançar um grande livro que reunirá Cartas a Théo (edição ampliada e anotada);  Biografia de Vincent Van Gogh por sua cunhada (de Jo van Gogh-Bonger, esposa de Théo) e As cartas enviadas a Émile Bernard (prefaciadas pelo sobrinhoVincent Willen van Gogh). Aguardem!

Tatuagens literárias

Tem gente que ama tanto os livros que é capaz de gravar seu autor preferido na pele. Conheça aqui algumas tatuagens deste tipo que o pessoal exibe com o maior orgulho na Web:

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Agatha Christie

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De “Hamlet”, de Shakespeare

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De “O grande Gatsby”, de F. Scott Fitzgerald

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Jack Kerouac e um trecho de “On the road”

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Ilustração de “Alice”, de Lewis Carroll

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Trecho de “Uivo”, de Allen Ginsberg

Peter Pan, de J. M. Barrie

Peter Pan, de J. M. Barrie

Essa é fã de "Orgulho e preconceito", de Jane Austen

Essa é fã de “Orgulho e preconceito”, de Jane Austen

Filme que narra um episódio real com Ginsberg e Kerouac estreia em junho no Brasil

12 de junho será um dia intenso. Além de ser o dia em que os enamorados celebram sua paixão e a abertura da Copa do Mundo no Brasil, ainda tem estreia de filme beat. Chega às salas de cinemas nacionais o filme “Versos de um crime” (Kill your darlings) que conta uma história real envolvendo os amigos Allen Ginsberg, Jack Kerouac, William Burroughs e Lucien Carr.

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“Versos de um crime” narra um episódio conturbado da vida de três autores do movimento beat: em 1944, Allen Ginsberg (Daniel Radcliffe), Jack Kerouac (Jack Huston) e Lucien Carr (Dane DeHaan) foram acusados de matar David Kammerer (C. Hall), um professor apaixonado por Carr.

Conheça a Série Beat L&PM com livros de Allen Ginsberg e Jack Kerouac.

Faça como…

Charles Bukowski: leia um livro no chão da sala.

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Marilyn Monroe: leia um livro para uma criança.

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Charles Dickens: leia um livro no jardim.

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Conan Doyle: leia um livro na sua cadeira preferida.

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Agatha Christie: leia um livro durante o chá da tarde.

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… Jack Kerouac e Allen Ginsberg: leia um livro com um amigo.

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Charles M. Schulz: leia um livro de quadrinhos para relaxar.

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O poeta que comeu Allen Ginsberg

O poeta paulista Fernando Calixto – fã confesso de Allen Ginsberg desde que leu A queda da América (que chega em breve à Coleção L&PM Pocket) e Uivo – traduziu e publicou na revista Modo De Usar & Co. alguns dos poemas do escritor beat. Uma tradução nada ortodoxa, mas a seu modo, como que se apropriando das palavras de Ginsberg para tornar líricas as suas próprias vivências e, para isso, adaptando nomes, lugares e referências.

De Beijing para São Paulo, de Walt Whitman e Ezra Pound para Sousândrade e Haroldo de Campos. De Frank O’Hara para Cazuza. Total antropofagia.

O poema “Improvisation in Beijing” de Allen Ginsberg…

I write poetry because the English word Inspiration comes from Latin Spiritus, breath, I want to breathe freely.
I write poetry because Walt Whitman gave world permission to speak with candor.
I write poetry because Walt Whitman opened up poetry’s verse-line for unobstructed breath.
I write poetry because Ezra Pound saw an ivory tower, bet on one wrong horse, gave poets permission to write spoken vernacular idiom.
I write poetry because Pound pointed young Western poets to look at Chinese writing word pictures.
I write poetry because W. C. Williams living in Rutherford wrote New Jerseyesque “I kick yuh eye,” asking, how measure that in iambic pentameter?
I write poetry because my father was poet my mother from Russia spoke Communist, died in a mad house.
I write poetry because young friend Gary Snyder sat to look at his thoughts as part of external phenomenal world just like a 1984 conference table.
I write poetry because I suffer, born to die, kidneystones and high blood pressure, everybody suffers.
I write poetry because I suffer confusion not knowing what other people think.
I write because poetry can reveal my thoughts, cure my paranoia also other people’s paranoia.
I write poetry because my mind wanders subject to sex politics Budhadharma meditation.
I write poetry to make accurate picture my own mind.
I write poetry because I took Bodhisattva’s Four Vows: Sentient creatures to liberate are numberless in the universe, my own greed ignorance to cut thru’s infinite, situations I
find myself in are countless as the sky okay, while awakened mind path’s endless.
I write poetry because this morning I woke trembling with fear what could I say in China?
I write poetry because Russian poets Mayakovsky and Yesenin committed suicide, somebody else has to talk.
I write poetry because my father reciting Shelley English poet & Vachel Lindsay American poet out loud gave example–big wind inspiration breath.
I write poetry because writing sexual matters was censored in United States.
I write poetry because millionaires East and West ride Rolls-Royce limousines, poor people don’t have enough money to fix their teeth.
I write poetry because my genes and chromosomes fall in love with young men not young women.
I write poetry because I have no dogmatic responsibility one day to the next.
I write poetry because I want to be alone and want to talk to people.
I write poetry to talk back to Whitman, young people in ten years, talk to old aunts and uncles still living near Newark, New Jersey.
I write poetry because I listened to black Blues on 1939 radio, Leadbelly and Ma Rainey.
I write poetry inspired by youthful cheerful Beatles’ songs grown old.
I write poetry because Chuang-tzu couldn’t tell whether he was butterfly or man, Lao-tzu said water flows downhill, Confucius said honor elders, I wanted to honor Whitman.
I write poetry because overgrazing sheep and cattle Mongolia to U.S. Wild West destroys new grass & erosion creates deserts.
I write poetry wearing animal shoes.
I write poetry “First thought, best thought” always.
I write poetry because no ideas are comprehensible except as manifested in minute particulars: “No ideas but in things.”
I write poetry because the Tibetan Lama guru says, “Things are symbols of themselves.”
I write poetry because newspapers headline a black hole at our galaxy-center, we’re free to notice it.
I write poetry because World War I, World War II, nuclear bomb, and World War III if we want it, I don’t need it.
I write poetry because first poem Howl not meant to be published was prosecuted by the police.
I write poetry because my second long poem Kaddish honored my mother’s parinirvana in a mental hospital.
I write poetry because Hitler killed six million Jews, I’m Jewish.
I write poetry because Moscow said Stalin exiled 20 million Jews and intellectuals to Siberia, 15 million never came back to the Stray Dog Café, St. Petersburg.
I write poetry because I sing when I’m lonesome.
I write poetry because Walt Whitman said, “Do I contradict myself? Very well then I contradict myself (I am large, I contain multitudes.)”
I write poetry because my mind contradicts itself, one minute in New York, next minute the Dinaric Alps.
I write poetry because my head contains 10,000 thoughts.
I write poetry because no reason no because.
I write poetry because it’s the best way to say everything in mind within 6 minutes or a lifetime.

… virou “Improviso em São Paulo”:

Eu escrevo poesia porque a palavra portuguesa inspiração vem do latim inspiratio, sopro, e eu quero respirar livremente.
Escrevo poesia porque Sousândrade deu ao mundo a permissão de falar com ternura.
Escrevo poesia porque Sousândrade deu ao verso a regência da respiração.
Escrevo poesia porque Haroldo de Campos mirou uma torre de marfim e apostou no cavalo errado e deu aos poetas a autorização de escrever a língua lácio-falada.
Escrevo poesia porque Haroldo indicou aos jovens poetas sul- americanos que observassem os chineses desenhando a
semântica.
Escrevo poesia porque Mário de Andrade, da Lopes Chaves, escreveu semanadeartemodernamente “Bofetadas líricas no Trianon… Algodoal!…”, para logo se perguntar: como posso medi-
lo em alexandrino?
Escrevo poesia porque meu pai era poeta e minha mãe, anarquista, vive no mundo da lua.
Escrevo poesia porque meu jovem amigo Ricardo Domeneck sentou-se para examinar seus pensamentos como parte de um fenômeno ético/estético/histórico – numa leitura de 2006.
Escrevo poesia porque eu sofro pra caralho: natimorto, pedras nos rins, spleen, pressão alta, amor em falta – todo mundo se fode.
Escrevo poesia porque, não sabendo o plano alheio, eu me despenteio.
Escrevo poesia porque ela pode revelar meus pensamentos e curar minha neurose – assim como a dos outros.
Escrevo poesia porque minha mente vadia à toa meditando sobre sexo, estética e São Francisco de Assis.
Escrevo poesia para juntar, com toda precisão, os cacos da minha cuca.
Escrevo poesia porque entendi as parábolas de Cristo: chegará o filho de seu par e ele colherá tudo que seja escândalo e sândalo, e lançará à cama de ouro, e ali haverá lágrima e ternura; então haverá um humano. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça: a luz da mente é infinita.
Escrevo poesia porque nesta manhã acordei tremendo de pavor. Que mais eu poderia sentir em São Paulo?
Escrevo poesia porque os poetas Torquato Neto e Ana Cristina Cesar se mataram e alguém tem que falar.
Escrevo poesia porque meu pai um dia recitou uma coleção de poemas populares e deu um caminho – do vento só herdamos o carinho.
Escrevo poesia porque putaria é prato do dia nos Estados Unidos do Brasil.
Escrevo poesia porque os milionários cruzam o país em seus Hyundai, e os fodidos deixam seus dentes nas sopas filantrópicas.
Escrevo poesia porque meus genes e cromossomos só sentem tesão por ninfas e dríades.
Escrevo poesia porque hoje, graças ao acaso, não tenho mais nada a ver com isso.
Escrevo poesia porque sou habitante da solidão e, de repente, falar com as pessoas pode ser divertido.
Escrevo poesia para papear com Bolaño; para que pobres-diabos,
daqui a cem anos, fofoquem com suas velhas tias e patéticos tios que ainda vivam em São Paulo.
Escrevo poesia porque em 1979 escutava Luiz Gonzaga e Roberto Carlos nas rádios de São Paulo.
Escrevo poesia porque ouvi The Long and Winding Road dos Beatles – os que nunca acabam, pois estão longe. E longe é uma geografia
repleta de saudades intransponíveis.
Escrevo poesia porque uma noite, em meu sonho, Chuang-tzu não sabia se havia sonhado que era uma borboleta ou se era uma borboleta que havia sonhado que era Chuang-tzu. Outro chinês, o tal Lao-tzu, disse que a água flui como uma estrutura que rui; e Confúcio disse honre os mestres. E eu desejo honrar a Sousândrade.
Escrevo poesia porque o excesso de tirania, coronelismo e dinheirolatria
consome o mundo e cria desertos na carne e na mente.
Escrevo poesia usando um Mad Rats vermelho.
Escrevo poesia porque “o simples é o certo”, sempre.
Escrevo poesia porque as idéias não são compreensíveis a não ser quando expressas com as mínimas minúcias: “Isto não é um cachimbo”.
Escrevo poesia porque um fauno de calça Lee escreveu: “A vida é curta pra ser pequena.”
Escrevo poesia porque os jornais dizem que um buraco negro nos engolirá – e somos livres para não estar nem aí.
Escrevo poesia porque as duas Grandes Guerras não nos ensinaram nada, nem uma linha sequer, e a Terceira, que tanto almejamos, que venha fatal e corrija o erro da Criação.
Escrevo poesia porque meu poema, “A falta que ela me faz” foi apreendido e torturado pela polícia-piada-pronta das letras nacionais.
Escrevo poesia porque meu primeiro poema extenso, At Infernum – Livro de Gravuras, honra minha sobrevivência, da minha Garota e da minha Velha, neste mundo babaca.
Escrevo poesia porque os EUA patrocinaram todas as ditaduras na América Latina, assassinando milhares de sul-americanos. E eu sou sul-americano!
Escrevo poesia porque, de Moscou, sabemos que Stálin mandou 20 milhões de judeus e intelectuais para a Sibéria. 15 milhões jamais tiveram a oportunidade de tomar um café no inverno de São Petersburgo.
Escrevo poesia porque canto quando estou sozinho.
Escrevo poesia porque Sousândrade disse:
“– O Lord! God! Almighty Policeman!
O mundo é ladrão, beberrão,
Burglar e o vil vândalo
Escândalo
Freelove… e ‘í vem tudo ao sermão!”
Escrevo poesia porque sou contraditório; agora estou em São
Paulo e daqui a pouco em Guadalajara.
Escrevo poesia porque em meu pensamento habitam infinitos perfumes.
Escrevo poesia sem razão nem por quê.
Escrevo poesia porque é a melhor maneira de dizer tudo em seis minutos.
Ou numa vida.

Neste post tem mais poemas e suas respectivas “traduções”. E em breve, mais um livro de poemas de Allen Ginsberg na Coleção L&PM Pocket: A queda da América.

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Allen Ginsberg, fotógrafo

Além de poeta, autor do Uivo e ícone da geração beat, Allen Ginsberg era um exímio fotógrafo, que registrou como ninguém a vida urbana e cultural de Nova York e também de outros lugares por onde passou. Suas fotos retratam cenas de sua própria vida e do convívio com outros escritores e artistas, entre eles Bob Dylan, Jack Kerouac, John Cage, William de Kooning, Paul McCartney, Patti Smith, William Burroughs e Iggy Pop.

Boa parte deste material (cerca de 8 mil fotos feitas entre 1944 e 1997) foi reunido pela Larry & Cookie Rossy Family Foundation e está sendo doado para a biblioteca de “special collections” do Centro de Artes da Universidade de Toronto (UTAC), famoso por seu grande acervo de manuscritos, fotos e outros materiais e por ser a maior biblioteca de livros raros do Canadá e uma das maiores do mundo. Várias imagens já foram digitalizadas e estão no Flickr da Thomas Fisher Rare Book Library do UTAC, veja algumas:

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Linda e Paul McCartney

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Patti Smith

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Auto-retrato

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Iggy Pop

Raridades de Edgar Allan Poe na Morgan Library

Está em cartaz na Morgan Library, em Nova York, a exposição Terror da Alma, que reúne livros, cartas e manuscritos de Edgar Allan Poe. Entre as preciosidades então algumas edições históricas de  O Corvo, exemplares raros de Tamerlane (o primeiro livro de poemas do escritor, que teve tiragem de apenas 50 cópias) e o manuscrito do conto A Tale of The Ragged Mountains.

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A documentação também revela relíquias trocadas com renomados admiradores, como Charles Baudelaire, Charles Dickens, Arthur Conan Doyle, T.S. Eliot, Vladimir Nabokov e Allen Ginsberg. De Oscar Wilde, por exemplo, pode-se ver o manuscrito de O Retrato de Dorian Gray e ler a carta mandada a Stéphane Mallarmé, na qual agradece pelo envio da segunda edição de O Corvo, traduzido pelo poeta francês. A cultuada edição de 1875, com litografias do pintor Édouard Manet, é um dos “hits” da exposição.

O toque pop fica por conta do cartaz do filme Histórias Extraordinárias, de 1968. São três episódios dirigidos por Federico Fellini, Louis Malle e Roger Vadim, e estrelados por Brigitte Bardot, Alain Delon, Jane Fonda e Terence Stamp.

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A a exposição “Terror da Alma” segue em cartaz na Morgan Library, em NY, até 26 de janeiro.

Mais beats no cinema

O filme “Kill your darlings”, com Daniel Radcliffe no papel de Allen Ginsberg, estreia hoje, 16 de outubro, na Holanda, com exibição limitada a algumas salas, e nesta sexta-feira, 18 de outubro, em circuito comercial nos Estados Unidos.

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A história de “Kill Your Darlings” narra um episódio conturbado da vida de três autores do movimento beat: em 1944, Allen Ginsberg, Jack Kerouac (Jack Huston) e Lucien Carr (Dane DeHaan) foram acusados de matar David Kammerer (C. Hall), um professor apaixonado por Carr. A estreia no Brasil está prevista para o dia 14 de fevereiro de 2014. Assista ao trailer:

Conheça a Série Beats L&PM, que reúne obras seminais do movimento beat na literatura como o Uivo, de Allen Ginsberg, o célebre On the road, de Jack Kerouac, entre outros.

Em Paris, um mergulho no universo beat

Está programando uma viagem à Paris? Não deixe de colocar no roteiro uma visita à exposição Beat Generation/Allen Ginsberg que seguirá em exibição até 6 de janeiro de 2014 no Centre Pompidou-Metz.

Segundo o curador, Jean-Jacques Lebel, esta não é uma exposição onde os trabalhos estão pendurados na paredes, mas “uma antologia visual e acústica, uma experiência sensorial, uma selva repleta de imagens projetadas e um passeio virtual através de um grande movimento multicultural que surgiu durante a Segunda Guerra Mundial em Nova York, e que se espalhou por todo o mundo a partir de 1955. O poeta Allen Ginsberg, figura tutelar e catalisadora da Geração Beat, vai nos servir como um cartógrafo e um guia. Ele vai nos apresentar a seus amigos – que muitas vezes ele fotografou em diferentes momentos – e , acima de tudo, às suas obras; lançando luz sobre as personalidades únicas de cada um deles.”

A exposição apresenta filmes conhecidos e desconhecidos, leituras públicas, gravações, reportagens inéditas, textos, artes plásticas, entrevistas, fotografias e documentos de todos os tipos, pela primeira vez compilados para oferecer “uma perspectiva internacional, labiríntica e multimídia que transcende às limitações da apresentação linear e didática” segundo Lebel.

Entre as fotos da exposição, esta esta em que Allen  (1926-1997) aparece na frente de Rimbaud, no quarto 25 do Beat Hotel em Paris. A foto foi feita por Harold Chapman em dezembro de 1956.

Entre as fotos da exposição, esta esta em que Allen (1926-1997) aparece na frente de Rimbaud, no quarto 25 do Beat Hotel em Paris. A foto foi feita por Harold Chapman em dezembro de 1956.

A L&PM tem uma série inteirinha dedicada aos beats. Clique aqui para conhecer os títulos.