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Continuação de Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, não será dirigida por ele

E vem mais filme por aí. Dessa vez, a notícia é o início das filmagens da segunda parte de Alice no País das Maravilhas, dirigido de Tim Burton. Mas atenção fãs: apesar de contar com o mesmo elenco principal e a mesma estética, desta vez Burton será apenas um dos produtores. Ele cedeu a cadeira de diretor para James Bobin (de Os Muppets).

As filmagens começaram nesta segunda-feira, 4 de agosto, e o filme vai se chamar Alice In Wonderland: Through the Looking Glass (Alice no País das Maravilhas: Através do Espelho). Mia Wasikowska segue sendo Alice e Johnny Depp se mantém no papel de Chapeleiro Louco, assim como Helena Bonham Carter continua como a Rainha Vermelha e Anne Hathaway como a Rainha Branca. Já entre os atores que chegam está Sacha Baron Cohen no papel de “O Tempo”.

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A Alice de Burton arrecadou 1,02 bilhão de dólares e é a 16ª maior bilheteria de todos os tempos. Provavelmente os produtores esperam repetir o sucesso neste segundo filme que será rodado em diferentes locações e no Estúdio Shepperton na Inglaterra e que tem previsão de estreia em 2016. Sim, quase dois anos… Mas não adianta chorar, pois como diria Lewis Carroll em Alice no País das Maravilhas: “nada se conquista com lágrimas.”

A Coleção L&PM Pocket publica Alice no País das Maravilhas e Alice através do espelho, de Lewis Carroll.

 

A Alice de Salvador Dalí é sucesso no Rio

Mais de 150 mil pessoas já visitaram a exposição Salvador Dalí no Rio de Janeiro. Aberta desde 30 de maio no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, esta é a maior mostra já realizada sobre Dalí no Brasil e apresenta sua criação desde os anos 1920 até os últimos trabalhos. A exposição traz ao todo 150 obras, entre 29 pinturas, 80 desenhos e gravuras, filmes, fotografias e documentos do artista catalão. A ideia é a de que o visitante reconheça a evolução artística de Dalí e perceba as diferentes influências, os recursos técnicos, as referências ideológicas e os simbolismos usados em cada fase.

O universo onírico e provocante de Salvador Dalí ocupa 1000 m² do primeiro andar do CCBB-RJ. Entre as obras, há desenhos feitos por Dalí para ilustrar os livros Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, e Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.

Você tem até 22 de setembro para conferir de perto.

Alice na toca do coelho, uma das doze ilustrações que Dalí fez para a obra de Lewis Carroll

“Para baixo na toca do coelho”: uma das doze ilustrações que Dalí fez para a obra de Lewis Carroll

Clique aqui para ver todas as ilustrações de Dalí para Alice no País das Maravilhas.

SERVIÇO

O que: Exposição Salvador Dalí
Quando:
até 22 de setembro, de quarta a segunda, das 9h às 21h
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Quanto: grátis
Mais informações: (21) 3808-2020

 

Alice no país dos bonecos

O grupo Giramundo de teatro de bonecos montou o clássico Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll, com técnicas de stop motion e manipulação em tempo real. São 55 bonecos que dividem o palco com o ator Beto Militani, que faz as vezes do escritor no papel de narrador da história. Fiel à tradição de incorporar novas linguagens cênicas, a companhia investiu nas tecnologias que valorizam a presença do marionetista no palco, além de dialogar com as artes plásticas, com o vídeo e com a música.

A trilha sonora com 27 músicas é assinada por John Ulhoa e Fernanda Takai, do Pato Fu – e Takai ainda empresta sua voz para Alice. Outra participação especial no espetáculo é de Arnaldo Baptista, que dubla o chapeleiro maluco.

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Neste fim de semana, o espetáculo será apresentado em Sorocaba/SP e nos dias 1, 2, 7, 8 e 9 de março segue para Santana/SP. Em maio, o grupo vem ao Rio Grande do Sul com apresentações em Novo Hamburgo no dia 1º e em Porto Alegre nos dias 2, 3 e 4.

John Lennon e sua viagem ao País das Maravilhas

Lewis Carroll já influenciou muita gente com seu texto nonsense e suas metáforas inteligentes. A música “I am the Walrus” (Eu sou a Morsa), por exemplo, foi criada pelos Beatles a partir do longo poema “A Morsa e o Carpinteiro” que aparece em “Alice no País do Espelho”, a segunda parte de “Alice no País das Maravilhas”.

Em uma entrevista que para a Revista Playboy em 1980, John Lennon foi indagado pelo repórter: “E quanto a você ser a Morsa?” ao que ele respondeu:

“A música surgiu a partir de ‘A Morsa e o Carpinteiro’ de ‘Alice no País das Maravilhas’. Para mim, é um belo poema. Jamais me ocorreu que Lewis Carroll estava falando sobre o sistema capitalista e social. Nunca fiquei me perguntando o que ele realmente quis dizer como as pessoas fazem com a obra dos Beatles. Mais tarde, olhando para o poema com atenção, percebi que a Morsa era o vilão da história e o Carpinteiro era o mocinho. Então eu pensei: Oh, merda, eu peguei o cara errado. Eu deveria ter dito: ‘Eu sou o carpinteiro’. Mas isso não teria dado o mesmo resultado, não é? [Cantando] ‘I am the Carpenter…’”

A letra de “I am the Walrus” ainda faz referência a um eggman, um homem ovo. Tudo a ver com o livro, pois quem declama o poema para Alice é Tweedledum.

(…)

A Morsa avançou, junto ao Carpinteiro:
Quilômetros e meio marcharam;
Juntaram um monte de pedras primeiro
E uma espécie de mesa depois prepararam –
Ao redor as Ostrinhas também se assentaram
Esperando uma história!

A Morsa exclamou: “A hora é chegada!
Temos mil coisas para conversar:
Sapatos, veleiros e cera encarnada
E lacre e repolhos e Reis proclamar! –
Porque esta noite fervente está o mar
E os porcos criaram asas!”

“Espere um momento!” – as Ostras gritaram –
“Depois iniciamos a conversação:
Estamos sem fôlego, nossos pés se cansaram,
Nós somos gordinhas – tenham compaixão!”
Falou o Carpinteiro: “Esperamos, pois não!?”
E as Ostras agradeceram!

“Precisamos agora de uma bisnaga de pão” –
Disse a Morsa, contente.
“Pimenta e vinagre na palma da mão
E um pouco de sal, que se espalha frequentemente –
E agora, se está pronta a assembleia presente,
Começamos a comer!”

As Ostras gritaram: “Vão nos devorar?
Não façam! Piedade!
Nós somos amigas! Não podem matar
Depois da conversa e passeio: é maldade! –
E a Morsa responde, com sinceridade:
“Gostaram  da vista, não foi?”

(…)

Trecho do poema “A Morsa e o Carpinteiro”, de Alice no País do Espelho (L&PM Pocket), tradução William Lagos.

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Ilustração original de John Tenniel que está no volume de “Alice no País do Espelho” da Coleção L&PM Pocket

 

Alice in Waterland

Elena Kalis é uma fotógrafa russa que vive nas Bahamas. É especialista em fotografia de moda embaixo d´água e criou um projeto baseado na mais famosa obra de Lewis Carroll para a qual deu o nome de “Alice in Waterland”. Elena fotografou sua filha Alexandra, quando ela estava com 12 anos, vestida de Alice e em cenas subaquáticas. As belas imagens viraram livro. Para ver mais, clique aqui e dê uma espiada no site da fotógrafa.

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Alice na TV

Estreia nesta quarta, dia 8 de janeiro, às 22h no canal Sony, o seriado Once upon a time in Wonderland com a personagem Alice, de Lewis Carroll, no papel principal. Na adaptação, Alice é uma adolescente tida pela própria família como louca: a trama começa com Alice (Sophie Lowe) internada em uma instituição psiquiátrica, onde ela renega, diante dos médicos, tudo o que vinha dizendo sobre o mundo mágico que visitou e acaba aceitando fazer uma cirurgia para apagar suas memórias. Mas o coelho branco (voz de John Lithgow) e o Valete de Copas (Michael Socha) vão tirar Alice de lá, porque seu amor, o gênio da lâmpada Cyrus (Peter Gadiot) está vivo – ao contrário do que se imaginava – à espera dela no País das Maravilhas.

Assista ao trailer legendado:

E se você AINDA não leu as aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice no País do Espelho, sempre é tempo: a L&PM publica ambos na Coleção L&PM Pocket.

Dez sugestões para crianças

Contos da Mamãe Ganso Recém lançado na Coleção L&PM Pocket, este livro traz os chamados “tesouros da cultura francesa”. São histórias clássicas criadas por Charles Perrault como Chapeuzinho Vermelho, Gata Borralheira e o Pequeno Polegar. Aqui, estes contos são narrados como no original. Por isso, atenção: como o final das histórias nem sempre é feliz, ele é mais indicado para crianças a partir de 10 anos.

Alice no País das Maravilhas – Clássico dos clássicos infantis, Alice no País das Maravilhas é pura fantasia, poesia e metáforas. Divertido e instigante, é um livro encantador para todas as idades que, nesta edição, com tradução de Rosaura Eichenberg, mantém de forma primorosa o espírito da obra máxima de Lewis Carroll.

Peter Pan – “Todas as crianças crescem, exceto uma.” Assim começa este outro clássico imperdível. A verdadeira história do menino que não queria crescer está narrada aqui, em Peter e Wendy seguido de Peter Pan em Kensington Gardens. Além de Peter e Wendy o livro reune todos os personagens que habitam o imaginário infantil, como Sininho e Capitão Gancho.

Peanuts completo – A série Peanuts Completo, que tem como objetivo publicar todas as tiras criadas por Charles Schulz, já chegou ao seu quinto volume. A edição de luxo, em capa dura, é um presente lindo que impressiona pela sua forma e, claro, seu conteúdo. O volume 5, com tiras de 1969-1960, traz a favorita de Schulz: “Observando as nuvens”.

Simon´s Cat – Para crianças que gostam de gatos, este livro é imperdível. Simon’s Cat apareceu pela primeira vez na internet e logo virou o maior sucesso no Youtube. Suas aventuras estão aqui neste livro que não precisa de palavras para mostrar que os gatos sabem se fazer entender. Além do formato convencional, ele também é encontrado em dois volumes pocket.

Poesia de bicicleta – Um raio de sol, uma fruta, uma brincadeira, um ditado popular. Para Sérgio Capparelli, o cotidiano é um poema em si, que se desdobra por entre as páginas de Poesia de bicicleta com a singeleza de um autor que sabe se comunicar com as crianças como ninguém. Um livro perfeito para ser lido antes de dormir.

100 melhores lendas do folclore brasileiro – Em suas 200 páginas, este livro reúne histórias transmitidas oralmente por séculos a fio, recontadas à sua maneira por cada narrador. O autor, A.S. Franchini, conta sua versão de algumas das mais emocionantes histórias do folclore nativo, nas quais o fantástico e o popular se unem para recriar relatos sobre a formação dos povos e do território brasileiro.

Deuses, heróis e monstros Deuses, heróis & monstros – As asas de Ícaro e outras histórias da mitologia para crianças oferece aos pequenos leitores dez das mais conhecidas histórias da mitologia greco-romana como As asas de Ícaro, O toque de Midas, A caixa de Pandora e Teseu e o Minotauro. Ilustrados, estes textos despertam o interesse da criança ou do adolescente pela mitologia.

Clássicos da Literatura em Quadrinhos – Uma série que já soma 10 títulos e que encanta crianças de todas as idades. Essa coleção é um grande sucesso na França e Bélgica e reúne títulos que fazem parte do patrimônio literário mundial, adaptadas para o universo dos quadrinhos por uma equipe de renomados roteiristas e ilustradores.

Contos sobrenaturais chineses – 25 contos de várias épocas da cultura chinesa, histórias muitas vezes fantásticas, ilustradas com bonecos de teatro de sombra chinês. O livro tem organização de Sérgio Capparelli e Márcia Schmaltz e oferece um mergulho em uma cultura milenar. Lindo, colorido e encantador.

E por falar em silêncio…

Abaixe o som, não grite, tire a mão da buzina, evite até mesmo ler em voz alta. Hoje, 7 de maio, é Dia do Silêncio no Brasil. Não conseguimos descobrir quando e como ele começou a ser comemorado, mas para marcar esta data separamos alguns trechos de livros que homenageiam a ausência de som:

Você já amou uma mulher silenciosa / Que não levanta a voz por raiva / Nem má educação / Que anda com seus pés de seda / Num mundo de algodão / Que não bate / fecha a porta / Como quem fecha o casaco de um filho / Ou abre um coração? (De Poemas, Millôr Fernandes)

O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas… / Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso… / E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas / Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer paraíso… (De Poesias, Fernando Pessoa)

Pior do que uma voz que cala é um silêncio que fala. (De Ménage à Trois, Paula Taitelbaum)

O resto é silêncio. (De Hamlet, Shakespeare)

E de repente o silêncio, / Com os passos da ilusão / perseguem a criança-sonho / Pelas terras da invenção, / Falando a seres bizarros… / Uma verdade, outra não. (De Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll

O manuscrito original de Alice

Como Lewis Carroll, só Lewis Carroll. A riqueza de seus personagens, de seus cenários e de seu texto – recheado de charadas, trocadilhos e referências de época – revela uma mente matematicamente criativa que o mundo jamais viu igual. Nascido em 27 de janeiro de 1832, Carroll criou a mais famosa e engenhosa história infantil de todos os tempos: Alice no País das Maravilhas. Para homenageá-lo no dia de seu aniversário, e presentear os fãs desta incrível história, apresentamos o manuscrito original que hoje encontra-se na British Library (Biblioteca Britânica). As páginas estão disponíveis no site da biblioteca e nós montamos um “flip” para que ele possa ser folheado como a menina Alice fez ao recebê-lo das mãos do escritor.

Este manuscrito, um dos melhores da British Library – tesouro querido, é a versão original de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, o pseudônimo de Charles Dodgson, um matemático de Oxford. Dodgson gostava de crianças e fez amizade com Lorina, Alice e Edith Liddell, jovens filhas do vice-reitor de sua faculdade, Christ Church.

Em um dia de verão de 1862, para entretê-las durante um passeio de barco, ele contou uma história de aventuras vivida por Alice em um mundo mágico ao entrar numa toca de coelho. A Alice de dez anos de idade ficou tão extasiada que pediu que ele anotasse a história para ela. Levou algum tempo, mas ele escreveu o conto – à mão, numa caligrafia minúscula – que foi completada com 37 ilustrações. Então, em novembro de 1864, Alice finalmente recebeu o livro de 90 páginas, dedicado a “uma criança querida, em memória de um dia de verão”.

Incitado por amigos a publicar a história, Dodgson reescreveu e aumentou o texto, removendo algumas das referências familiares privadas e acrescentando dois novos capítulos. A versão publicada foi ilustrada pelo artista John Tenniel.

Muitos anos depois, Alice foi forçada a vender seu precioso manuscrito em um leilão. Ele foi comprado por um colecionador americano, mas retornou à Inglaterra em 1948 quando um grupo de benfeitores americanos doou-o à British Library em reconhecimento ao papel do povo britânico na Segunda Guerra Mundial.

(Texto de apresentação do manuscrito que está no site da British Library)