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O primeiro e último livro de Jack Kerouac

Em 1942, Jean-Louis Lebris de Kerouac alistou-se na Marinha Mercante dos EUA. O jovem marinheiro Jack foi parar na cozinha do navio SS Dorchester e lá, entre uma batata descascada e outra, ele filosofava com o cozinheiro afro-americano “Old Glory” e registrava em seu diário as impressões da vida no mar. Foram oito dias no navio, até que um telegrama enviado pelo treinador Lou Little solicitou que ele retornasse à Universidade de Columbia para participar do campeonato de futebol.

As lembranças daquela viagem ficaram engavetadas por quase 60 anos e somente em 2011 The sea is my brother: the lost novel foi publicado na íntegra nos EUA. O manuscrito de 158 páginas, que nunca foi editado enquanto Kerouac estava vivo, conta a história de Wesley Martin, um homem que “amava o mar com um amor estranho e solitário… O mar é meu irmão começou a ser escrito logo após a incursão de Kerouac no Dorchester, a partir do seu diário e das cartas trocadas entre ele e seu amigo poeta Sebastian Sampas. Ou seja: este é, oficialmente, o primeiro livro escrito por Jack Kerouac. Mas foi o último a chegar aos leitores.

Lançado no início de outubro de 2014 no Brasil pela L&PM Editores, o livro O mar é meu irmão & outros escritostraz não apenas esta história inédita do autor de On the roadmas também uma seleção de cartas e poemas trocados entre Kerouac e seu grande amigo de adolescência Sebastian Sampas. Há também fotos, manuscritos e desenhos feitos pelo escritor. Uma obra rara, portanto.

"Autoretrato esquisito no mar", dos diários de Jack Kerouac

“Autorretrato esquisito no mar”, dos diários de Jack Kerouac

Jack com uniforme da Marinha Mercante, ao ldo de sua irmã Nin (Carolyn) num uniforme do Corpo de Exército Feminino, 1942

Jack com uniforme da Marinha Mercante, ao lado de sua irmã Nin (Carolyn) num uniforme do Corpo de Exército Feminino, 1942

A Série Kerouac, da L&PM, já tem 26 livros.

Dylan e Ginsberg visitam Kerouac

Foi em 1975, durante uma parada da lendária turnê Rolling Thunder Revue que Bob Dylan visitou a última morada de Jack Kerouac, no Edson Cemetery, em Lowell. Foi acompanhado de Allen Ginsberg. Lá, em frente à sepultura do autor de On the Road, – que morreu em 21 de outubro de 1969 – Ginsberg leu, Dylan tocou, ambos meditaram e um vídeo foi gravado.

Allen (gesticulando em direção ao túmulo): “Então é isso que vai acontecer com você?”
Dylan: “Não, eu quero uma cova sem identificação.”

No prefácio de Pé na estrada (On the Road), o escritor Eduardo Bueno, tradutor da obra, sinaliza a importância de Kerouac para Bob Dylan:

(…) Bob Dylan fugiu de casa depois de ler On the Road. Chrissie Hynde, dos Pretenders, e Hector Babenco, de Pixote, também. Jim Morrison fundou The Doors. No alvorecer dos anos 90, o livro levou o jovem Beck a tornar-se cantor, fundindo rap e poesia beat. Jakob Dylan, filho de Bob, deixou-se fotografar ao lado da tumba de Jack em Lowell, Massachusets, como o próprio pai o fizera, vinte anos antes. Em 1992, Francis Coppola (o produtor), Gus van Sant (o diretor) e Johnny Depp (o ator) envolveram-se numa filmagem nunca concretizada do livro – e, apesar da diferença de idade, os três compartilharam o mesmo fervor reverencial pela obra. Cerca de vinte anos mais tarde, em 2011, Walter Salles e o roteirista Jose Rivera enfim conseguiram, com produção da American Zoetrope de Coppola, levar On the Road para as telas, com Garrett Hedlund, Sam Riley e Kristen Stewart, todos ainda na casa dos vinte anos de idade, nos papéis principais. (…)

Bob Dylan e Allen Ginsberg em frete à sepultura de Kerouac

Bob Dylan e Allen Ginsberg em frete à sepultura de Kerouac – © Ken Regan, 1975

Slim Gaillard, mais do que um personagem de Kerouac

Em seu blog, Claudio Willer escreveu um post onde centrava suas atenções sobre Slim Gaillard, músico que ocupa algumas páginas de On the Road, de Jack Kerouac (219 a 221 na edição da L&PM). No recentemente lançado Os rebeldes: Geração Beat e anarquismo místico, de sua autoria, Willer também dedica alguns parágrafos para o jazzista. E conta que, quando preparou o livro, não achou quase nada sobre Gaillard no meio digital. “Mas, nesse manancial infinito, aparecem agora bons registros; inclusive um documentário extenso da BBC, descoberto pelo músico Pita Araujo, que colaborou em dois dos meus cursos sobre Geração Beat.” escreve ele.  A seguir, dois vídeos com Gaillard.

Um trecho dos comentários de Os rebeldes, incluindo citação de Kerouac.

Um dos trechos exaltados da louvação a jazzistas em On the Road é sobre um dos mais originais dentre aqueles músicos. É quando Kerouac e Cassady se encontram com Slim Gaillard, o excêntrico guitarrista negro que, ao falar, se expressa através de glossolalias, fonemas não-semantizados. Cassady o proclama “Deus”; Kerouac o retrata como iluminado, xamã: “Slim Gaillard é um negro alto e magro com grandes olhos melancólicos que tá sempre dizendo “Legal-oruni” e “que tal um bourbon-oruni?” […] E então [depois de interpretar seu jazz] ele se levanta lentamente, pega o microfone e diz, com muita calma: “Grande-oruni…. belo-ovauti… olá-oruni…. bourbon-oruni… tudo-oruni…. como estão os garotos da primeira fila, fazendo a cabeça com suas garotas-oruni…. oruni…. vauti…. orunirumi….” (Kerouac 2004, pgs. 219-221)

Ele ainda “grita coisas malucas em espanhol, em árabe, em dialetos peruanos e egípcios, e em cada língua que conhece, e ele conhece inúmeras línguas”. Sim, “inúmeras línguas” – mais a língua pessoal, equivalente ao “falar em línguas” pentecostal: às glossolalias, os fonemas não-semantizados dos rituais em doutrinas iniciáticas. Conforme a antropóloga Felicitas Goodman, há padrões em comum nessas manifestações em contextos tão distintos: cultos pentecostais, tribais e outras práticas religiosas nas quais ocorrem transes ou possessões (Goodman, em Eliade 1985, vol. VI, pgs. 563-566). Correspondem à “outra língua” aprendida pelos xamãs em seu trajeto iniciático, segundo Eliade.

Octavio Paz mostrou que a mesma manifestação reaparecia em poetas modernos: Huidobro, Khlébnikov, Artaud, Schwitters. Interpretou-a como tentativa de recuperar a linguagem adâmica ou divina; aquela do tempo que precedeu a Queda (Paz 1991, no ensaio “Leitura e contemplação”). A fala sagrada, mágica, é não-significativa, puramente sonora, como também expõe Gershom Scholem:”O fato de que a atuação da palavra vai muito além de todo “entendimento” é algo que não precisa apoiar-se na especulação religiosa, pois tal é a experiência do poeta, do místico e de todo falante que se delicia com o elemento sensível da palavra.” (Scholem 1999, p. 15)

Slim Gaillard foi, sem dúvida, um personagem sob medida para corresponder à preferência de Kerouac por excêntricos e marginais. Mestiço, teria nascido em Cuba, filho de uma afro-cubana e de um grego. Segundo outra versão, era norte-americano, de Detroit; levou uma vida errante, morou na África e de fato sabia oito línguas, além de haver criado um dicionário para seu vocabulário particular. Como músico, foi ao mesmo tempo um intérprete típico de blues, da mesma estirpe do exuberante Cab Calloway, e um precursor e improvisador. Seu “Tutti Frutti”, dos anos de 1930, antecipou, de modo evidente, o rock que se imporia duas décadas mais tarde. E seu ecletismo o aproxima das modernas correntes ‘fusion’. Por haver misturado repertórios e ter sido provocador e performático (chegou a apresentar-se tocando piano com as palmas para cima e guitarra com a mão esquerda, um comportamento ofensivo para profissionais), foi um marginal até no mundo jazzístico, embora se houvesse apresentado com Parker, Gillespie e outros expoentes.
O trecho sobre Gaillard, em especial, e os relatos de encontros com vagabundos, em geral, permitem uma interpretação da devoção de Kerouac por tais personagens, tanto à luz do misticismo, quanto literária: eles falam. São oraculares, sibilinos: a frase cifrada, enigmática, é, assim como na Antiguidade, uma profecia. Representam a língua falada em sua expressão mais genuína. A intenção de Kerouac – realizada especialmente em Visões de Cody, com suas páginas de transcrição de fita gravada – era trazer tais sons para a escrita.

“Os Rebeldes”, de Claudio Willer, na Folha

CRÍTICA: ESTUDO CONSISTENTE REAFIRMA IMPORTÂNCIA DA GERAÇÃO BEAT 

Por Ciro Pessoa – Caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo – 23/08/2014

Perguntado certa vez sobre o que achava da literatura beat, o escritor americano Truman Capote respondeu com uma frase contundente: Isso não escrita, é datilografia”.

O “Slogan”, uma crítica à prolixidade da prosa beat, tornou-se munição nas hostes daqueles que a detrataram e tentaram minimizar sua importância.

Os_rebeldesEm “Os Rebeldes – Geração Beat e Anarquismo Místico”, o poeta, tradutor e escritor Claudio Willer retoma a polêmica e afirma que a influência beat contribuiu para a abertura em sociedades contemporâneas “vencendo o descrédito promovido por críticos burocráticos e sumidades acadêmicas”.

O livro é um estudo consistente sobre o movimento iniciado nos anos 1940 e definido por um de seus principais mentores, Allen Ginsberg (1926-19997), como “um grupo de amigos que trabalharam juntos em poesia, prosa e consciência cultural”.

E não deixa dúvidas de que seus integrantes tinham um embasamento intelectual bastante apurado e sabiam muito bem o que faziam e onde queriam chegar.

Dentre as diversas abordagens que Willer faz sobre os beats – influências poéticas, origens sociológicas, loucuras, opções políticas – chama atenção aquela que tira o budismo do principal foco de religiosidade do grupo.

Segundo ele, comentaristas tendem a se fixar na relação deles com o budismo e “são deixadas de lado outras correntes, antecedentes e influências do grupo, desde os antigos gnósticos dos primeiros séculos d.C., passando pelos adeptos do Espírito Livre (seita medieval que tinha como um de seus postulados ‘nada é pecado exceto aquilo que é pensado como pecado’) até os contemporâneos”.

E é exatamente essa mescla heterogênea de culturas religiosas que recebe o nome de anarquismo místico.

Os protagonistas da narrativa de Willer são os poetas e escritores Jack Kerouac (1922 – 1969) e Ginsberg. Numa espécie de dupla biografia que corre paralela ao livro, a história da relação entre os dois é contada desde o momento que Ginsberg levou os originais do primeiro livro de Kerouac a editores que conhecia até o fim dos anos 1960.

Em seu último pronunciamento, o artigo “Depois de Mim, o Dilúvio”, de 1969, Kerouac disparou sua metralhadora giratória em direção a Ginsberg e à contracultura e negou ser “o grande pai branco e precursor intelectual que desovou um dilúvio de radicais alienados, manifestantes contra a guerra, vencidos na vida, hippies e até beats”.

É datilografia ou escrita?

Claudio Willer no pátio da PUC-SP, depois de uma palestra

Claudio Willer no pátio da PUC-SP, depois de uma palestra

OS REBELDES – GERAÇÃO BEAT E ANARQUISMO MÍSTICO
AUTOR Claudio Willer
EDITORA L&PM
QUANTO R$ 34.90 (296 págs.)
AVALIAÇÃO ótimo

No blog de Claudio Willer você pode ler mais matérias sobre “Os Rebeldes”.

Galeria de escritores

Parece que já não se fazem mais escritores como antigamente. Ou pelo menos não escritores que desenhem e pintem como antes. O belo livro The Writer’s brush – Painting, Drawings, and Sculpture by Writers, de Donald Frieman, traz uma extensa mostra de pinturas, desenhos e esculturas de famosos literatos do mundo inteiro, produzidas ao longo de várias épocas. Selecionamos algumas delas, todas de autores publicados pela L&PM.

Desenho de Franz Kafka

Desenho de Franz Kafka

Pintura de Jack Kerouac

Pintura de Jack Kerouac

De William Faulkner

De William Faulkner

Charles Bukowski também tinha talento para pintura

Charles Bukowski também tinha talento para pintura

Joseph Conrad também desenhava primorosamente

Joseph Conrad também desenhava primorosamente

A pintura de William Blake impressiona

A pintura de William Blake impressiona

Allen Ginsberg também desenhava

Allen Ginsberg também desenhava

Este é de Edgar Allan Poe

Este é de Edgar Allan Poe

O sucesso de Claudio Willer em São Paulo

O lançamento de Os Rebeldes – Geração Beat e anarquismo místico, novo livro de Claudio Willer,  reuniu dezenas de pessoas na noite da quinta-feira, 3 de julho, na livraria Martins Fontes em São Paulo. A sessão de autógrafos estava marcada para começar às 19h, mas às 18h30 a fila já se estendia pelos corredores da livraria e se estendeu até às 23h.

Claudio Willer

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Em seu novo livro, Willer revela a história de personagens-personalidades que transcenderam os próprios limites e os de sua época. Inspirados nos escritos de William Blake, Arthur Rimbaud e W.B. Yeats, os beats fundamentaram sua ideologia em tradições religiosas, as mais variadas, e assim constituíram a base para uma nova filosofia de vida e de arte, além de abrir mil e uma estradas que não cessam de ser percorridas, uma geração após a outra. Familiarizado há décadas com a geração beat, o autor dedica maior parte de seu trabalho a Kerouac. Explora, entre outros, o anarquismo místico, as religiões beat, as viagens e o tempo.

O livro já disponível nas principais livrarias por R$ 34,90.

Esta semana tem Claudio Willer em ritmo beat

3 de julho vai ser um dia beat. Nessa data, Claudio Willer autografa seu novo livro em São Paulo.

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Leia um trecho de Os rebeldes – Geração beat e anarquismo místico:

A Geração Beat foi associada, com razão, ao jazz bop em sua formação. E ao pós-rock como legado. Mas, assim como na política e na religião, a diversidade e heterodoxia também caracterizaram aquele movimento no campo da expressão musical. Ginsberg começa um de seus diários da década de 1940 informando que aquela noite iria à ópera, ao Metropolitan. Outro concerto no Metropolitan, mas com Duke Ellington: é quando ocorre a separação de Kerouac e Cassady ao final de On the Road. Corso, em Anjos da desolação, declara que não quer mais saber de jazz e que gosta mesmo de Wagner, além de não suportar a pobreza mexicana. A discografia de Ginsberg abrange desde suas apresentações com Orlowsky utilizando o estilo country, folk, para musicar poemas, até a ópera Hydrogen Jukebox, baseada em Uivo, do erudito Philip Glass.

Allen Ginsberg e Philip Glass se encontraram em 1988 na St. Mark’s Bookshop em Nova York. Nesse encontro, Glass perguntou o que eles fariam juntos e, como estavam na sessão de poesia, Ginsberg pegou um de seus livros da estante  e apontou para o poema Wichita Vortex Sutra, escrito em 1966. Glass escreveu então uma peça para piano para acompanhar a leitura de Ginsberg deste poema que foi apresentada na Broadway.

Philip Glass e Allen Ginsberg

Philip Glass e Allen Ginsberg

Depois veio Hidrogen Jukebox:

Filme sobre os beats terá pré-estreia com comentários de Claudio Willer

Nesta terça-feira, 10 de junho, em São Paulo, vai acontecer uma Sessão Especial de pré-estreia do filme “Versos de um crime”. E vai ser especial mesmo porque além de ser gratuita, após a exibição acontecerá um bate-papo com Claudio Willer, escritor, tradutor e especialista no movimento beat.

Willer é tradutor de “Uivo” de Allen Ginsberg, de “Livro de haicais” de Jack Kerouac e acaba de lançar “Os rebeldes“, obra que revela a geração beat e seu anarquismo místico.

“Versos de um crime” chega oficialmente aos cinemas de todo o Brasil nesta quinta-feira, 12 de junho. Ele narra um episódio conturbado da vida de três autores do movimento beat: em 1944, Allen Ginsberg (Daniel Radcliffe), Jack Kerouac (Jack Huston) e Lucien Carr (Dane DeHaan) foram acusados de matar David Kammerer (C. Hall), um professor apaixonado por Carr.

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Imperdível!

Os ingressos devem ser retirados na bilheteria 01 hora antes da sessão que acontece às 20h no Cine Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, na Av. Paulista.

Filme que narra um episódio real com Ginsberg e Kerouac estreia em junho no Brasil

12 de junho será um dia intenso. Além de ser o dia em que os enamorados celebram sua paixão e a abertura da Copa do Mundo no Brasil, ainda tem estreia de filme beat. Chega às salas de cinemas nacionais o filme “Versos de um crime” (Kill your darlings) que conta uma história real envolvendo os amigos Allen Ginsberg, Jack Kerouac, William Burroughs e Lucien Carr.

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“Versos de um crime” narra um episódio conturbado da vida de três autores do movimento beat: em 1944, Allen Ginsberg (Daniel Radcliffe), Jack Kerouac (Jack Huston) e Lucien Carr (Dane DeHaan) foram acusados de matar David Kammerer (C. Hall), um professor apaixonado por Carr.

Conheça a Série Beat L&PM com livros de Allen Ginsberg e Jack Kerouac.

Uma viagem ao México de Kerouac

O Caderno de Viagem do Jornal Zero Hora de terça-feira, 7 de janeiro, traz uma matéria sobre o México de Jack Kerouac. No texto, reproduzido do The New York Times, o jornalista Damien Cave escreve em primeira pessoa, imaginando o que o autor de Pé na Estrada (On the road) pensaria de certos lugares turísticos: “Depois de comer no restaurante, eu tentei imaginar o que Kerouac teria achado dele. Talvez depende de qual Kerouac nós imaginemos. Ele tinha 30 anos quando fez aquela viagem de ônibus e estava em grande medida autocentrado demais para ver além do “frenesi e do sonho” que definiria sua visita em Pé na Estrada. Mas e o Kerouac idoso? Se não tivesse morrido de alcoolismo em 1969, aos 47 anos, talvez tivesse se mudado para o México e tentado compreendê-lo e explicá-lo melhor.”

Leia a matéria na íntegra:

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