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Picasso e Capote pelas lentes de Robert Capa

Famoso por suas coberturas de guerra, Robert Capa se tornou um ícone na história mundial da fotografia. Mas nem só de fotos impressionantes em preto e branco de conflitos pelo mundo se fez o talento de Capa: ele também fotografou escritores, pintores, modelos e atrizes utilizando filme colorido, compondo um acervo de imagens (até então quase desconhecido) que finalmente vem a público numa exposição no International Center of Photography de Nova York. Entre os modelos de suas fotos estão Pablo Picasso e Truman Capote:

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A mostra será aberta ao público no dia 31 de janeiro e segue até 4 de maio, no International Center of Photography de Nova York, e inclui também inclui suas últimas fotografias feitas na Indochina em 1954.

Há 77 anos, começava a Guerra Civil Espanhola

A Guerra Civil Espanhola começou com um golpe militar em 17 de julho de 1936. Mas quando as tropas lideradas pelo general Francisco Franco rebelaram-se contra o governo republicano, o impacto foi muito além de um choque entre diferentes ideologias. O conflito resultante influenciou o curso da política, da sociedade e da cultura, dentro e fora da Espanha. A ascensão do fotojornalismo na década de 30 permitiu que a guerra fosse a primeira a ser documentada através de imagens. Porém, mesmo com estes registros, várias questões sobre o conflito permanecem controversas. Em Guerra Civil Espanhola, o mais novo título da Série Encyclopaedia, a professora de História Espanhola na Universidade de Londres, Helen Graham, esclarece suas causas e consequências, examinando as cicatrizes que a guerra deixou na vida de centenas de pessoas e na história de toda a Europa.

A Guernica, de Picasso, é a imagem mais marcante da Guerra Civil Espanhola

A Guernica, de Picasso, é a imagem mais marcante da Guerra Civil Espanhola (clique para ampliar)

As mulheres tiveram intensa participação na Guerra Civil Espanhola

As mulheres tiveram intensa participação na Guerra Civil Espanhola

Foto de Robert Capa de 1939 mostra republicanos exilados marcha

Foto de Robert Capa de 1939 mostra republicanos exilados em marcha

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O golpe militar contra a República começou no dia 17 de julho de 1936 entre oficiais do exército colonial sediado no Marrocos, no Norte da África. Um dia depois, a rebelião espalhou-se para a Espanha continental na forma de sublevações de tropas das províncias. O golpe foi ao mesmo tempo um fracasso e um sucesso; fracassou na tentativa de tomar o país inteiro de maneira repentina e certeira, o que, aliás, era a intenção inicial dos rebeldes, mas foi bem-sucedido na paralisação do regime republicano e, fundamentalmente, privou-o dos meios para organizar uma resistência rápida e eficaz. A rebelião destroçou a estrutura de comando do exército, deixando o governo de Madri sem tropas e sem saber em quais oficiais podia confiar. O colapso simultâneo da polícia completou o quadro de graves problemas, criando um vácuo de autoridade na maioria das áreas republicanas que não teve paralelo na zona rebelde, onde os militares assumiram o controle desde o princípio. (Trecho de Guerra Civil Espanhola, de Helen Graham)