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Um dia que tem a cor do arco-íris

28 de junho é o Dia Internacional do Orgulho LGBT+. Para marcar o dia, postamos aqui alguns trechos de livros de escritores que tinham muito orgulho de ser o que eram:

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O cheiro abafado e ligeiramente doce de seu perfume atingiu Therese de novo, um cheiro que lembrava seda verde-escura, que era só dela, como o perfume de alguma flor especial. Therese inclinou-se mais em sua direção, olhando para seu copo. Ela queria empurrar a mesa para um lado e pular nos braços dela, enterrar seu nariz no cachecol verde e dourado que estava bem atado em volta do pescoço dela.  (Patricia Highsmith, do livro Carol)

* * *

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Estou feliz, Kerouac, seu louco Allen
finalmente conseguiu: achou um cara novo
e minha imagem de um garoto eterno
passeia pelas ruas de San Francisco,
lindo, e me encontra nas cafeterias
e me ama. Ah, não pense que estou maluco.
Você está zangado comigo. Pelos meus amantes?
É duro comer merda, sem ter visões;
quando eles me olham, para mim é o Paraíso.
(Allen Ginsberg, do livro Uivo e outros poemas)

* * *

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– Ele gosta de mim. Sei que gosta. É claro que eu o lisonjeio demais, e sinto um prazer estranho em dizer coisas de que estou certo que vou me arrepender. Como norma, ele é delicado comigo, nós nos sentamos no ateliê e conversamos sobre uma porção de coisas. De vez quando, porém, ele é muito descortês, e parece sentir prazer em me causar dor. Nessas horas, Harry, sinto que sou tratado como uma flor de lapela, uma peça de decoração para deleitar-lhe a vaidade, um ornamento de um dia de verão. (Oscar Wilde, do livro O retrato de Dorian Gray)

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Eu queria aquele corpo de homem sambando suado bonito ali na minha frente. Quero você, ele disse. Eu disse quero você também. Mas quero agora já neste ins­tante imediato, ele disse e eu repeti quase ao mesmo tempo também, também eu quero. Sorriu mais largo, uns dentes claros. Passou a mão pela minha barriga. Passei a mão pela barriga dele. Apertou, apertamos. As nossas carnes duras tinham pêlos na superfície e músculos sob as peles morenas de sol. Ai-ai, alguém falou em falsete, olha as loucas, e foi embora. Em volta, olhavam. (Caio Fernando Abreu, do livro Morangos Mofados)

“Carol” é o filme do ano, segundo os críticos de Nova York

Críticos de cinema de Nova York reuniram-se na quarta-feira, 2 de dezembro, para a eleição dos melhores filmes de 2015. De acordo com os membros do New York Film Critics Circle, o grande filme do ano é “Carol”, a versão cinematográfica do romance escrito em 1953 por Patricia Highsmith.

Em NY, “Carol”, venceu em quatro das principais categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor (Todd Haynes), Melhor Direção de Fotografia (Edward Lachman) e Melhor Roteiro (Phyllis Nagy).

No Festival de Cannes, Rooney Mara já tinha recebido o prêmio de Melhor Atriz. E na Feira do Livro de Frankfurt, Todd Haynes levou um troféu pela melhor adaptação cinematográfica de uma obra literária.

O livro de Patricia Highsmith conta a história de amor entre duas mulheres de idades e classes sociais diferentes que, no filme, são vividas por Rooney e Cate Blanchett. Muitos estão apostando que ele será um dos grandes favoritos do Oscar e que irá concorrer em várias categorias.

“Carol” será distribuído no Brasil pela Mares Filmes e estreia nos cinemas nacionais em 14 de janeiro de 2016.

A L&PM publica Carol na Coleção L&PM Pocket e está preparando uma nova edição em formato grande e com a capa do filme que deve chegar às livrarias ainda em dezembro.

A capa da nova edição de "Carol"

A capa da nova edição de “Carol”

Um Pequeno Príncipe chamado Cate Blanchett

Como não gostar de Cate Blanchett? Linda e talentosa, elegante e versátil, ela encarna qualquer tipo de personagem: da Rainha Elizabeth a Bob Dylan, passando por mulheres de todos os tipos. Em 2013, ganhou o Oscar por sua atuação em Blue Jasmine, de Woody Allen. E, breve, a veremos no papel título de Carol, baseado na obra de Patricia Highsmith.

A estreia de Carol nos EUA, aliás, é um dos motivos que levou a atriz a ser capa da edição de dezembro da revista americana WMagazine que tem o título de “Cate Blanchett: uma rosa sem espinhos” e o subtítulo “Cate Blanchett insiste que ela não é a personificação da perfeição. Nós discordamos.”

No site da revista já é possível ler parte do texto e ver algumas das imagens do editorial de moda com Cate com a temática de “O Pequeno Príncipe” e sua rosa. As fotos são de Tim Walker.

Uau!

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Cate Blanchet Planeta

A L&PM publica Carolde Patricia Highsmith e O Pequeno Príncipe, de Saint-Éxupery, em dois formatos.

Algumas pessoas mudam a sua vida para sempre

A frase título deste post está estampada no novo cartaz do filme Carol que foi divulgado há algumas horas, durante o London Film Festival 2015. Baseado no livro de Patricia Highsmith, que é publicado no Brasil pela L&PM, ele está sendo exibido no festival de Londres exatamente enquanto escrevemos esta notícia (Começou às 19:15 por lá).

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Dirigido por Todd Haynes, o filme tem Cate Blanchett e Rooney Mara nos papéis principais. Por sua atuação como Therese, Rooney foi premiada no Festival de Cannes deste ano como melhor atriz. O filme promete ser um dos destaques do próximo Oscar e está previsto para estrear no Brasil em dezembro. Pela foto abaixo, a direção de arte também merece uma estatueta:

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Cenas do filme “Carol”, baseado no livro de Patricia Highsmith

Vale a pena assistir a estes dois “Movie Clips” do filme Carol, dirigido por Todd Haynes, e baseado no livro de Patricia Highsmith que tem como foco central a história de amor entre duas mulheres de classes sociais bem diferentes. Cate Blanchett e Rooney Mara são as protagonistas e Rooney inclusive já recebeu um prêmio pelo filme: melhor atriz no Festival de Cannes deste ano.

Rooney Mara é Therese Belivet, aspirante a cenógrafa que trabalha como vendedora na seção de bonecas de uma loja de departamentos e Cate Blanchet é Carol, uma bela e elegante mulher recém separada e mãe de uma filha que, na época do Natal, em meio à loja lotada, chama atenção de Therese. A vendedora fica hipnotizada por ela: “Alta e clara, com um longo corpo elegante dentro de um casaco de pele folgado (…), seus olhos eram cinzentos, claros e, no entanto, dominadores, como luz ou fogo” – assim começa o livro.

O filme tem estreia mundial prevista para dezembro.

A L&PM publica Carol na Coleção L&PM Pocket e, ainda este ano, vai lançar uma nova edição em formato maior.

Rooney Mara premiada como melhor atriz em Cannes pelo no filme “Carol”

A história de amor entre duas mulheres de idades e classes sociais diferentes. Este é o storyline de “Carol”, filme baseado no livro de Patricia Highsmith escrito em 1953 e cujo título original é The Price of Salt. “Carol” tem direção de Todd Haynes como personagens principais estão Cate Blanchett e Rooney Mara. O filme está previsto para chegar aos cinemas em dezembro, mas, exibido no Festival de Cannes no final de semana passado, ele já levou dois prêmios: melhor atriz para Rooney Mara e o “Queer Palm 2015” que destaca, a cada ano, um filme de temática homossexual, bissexual ou transex. Enquanto dezembro não chega, você pode assistir algumas cenas do filme na entrevista com a equipe em Cannes:

Rooney Mara é Therese Belivet, aspirante a cenógrafa que trabalha como vendedora na seção de bonecas de uma loja de departamentos e Cate Blanchet é Carol, uma bela e elegante mulher recém separada e mãe de uma filha que, na época do Natal, em meio à loja lotada, chama atenção de Therese. A vendedora fica hipnotizada por ela: “Alta e clara, com um longo corpo elegante dentro de um casaco de pele folgado (…), seus olhos eram cinzentos, claros e, no entanto, dominadores, como luz ou fogo” – assim começa o livro.

A L&PM publica Carol na Coleção L&PM Pocket e está prevendo também uma nova edição em formato maior..

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(Cuidado que a seguir há um Spoiler!!!)

Escrevendo inicialmente sob o pseudônimo de Claire Morgan, Patricia Highsmith criou um romance que aborda uma relação amorosa entre mulheres que, pela primeira vez na literatura, teve um final feliz. Mas não pense que esta é uma simples história de amor: a escritora criou uma trama cheia de aventura, suspense e contornos noir.

Enquanto o poster oficial de “Carol” não chega…

… os fãs mais afoitos do filme, baseado no livro de Patricia Highsmith, usam a criatividade para criar seus próprios cartazes. A página do Facebook, “Carol – The movie“, traz alguns deles que reproduzimos abaixo:

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“Carol” tem direção de Tood Haynes e vai estrear em 2015. Com Cate Blanchett no papel de Carol e Rooney Mara como Therese, o filme vai contar a história de amor entre estas duas mulheres. Patricia Highsmith publicou seu livro em 1952 sob o pseudônimo de Claire Morgan e o romance foi um grande sucesso.

A história de obsessão e libertação sexual foi o primeiro livro de prestígio a abordar o lesbianismo com certa naturalidade, sob uma atmosfera de suspense que caracteriza todos os trabalhos da autora, mas também com direito a diálogos francos, um humor emotivo e personagens enternecedores. O título original é “The price of salt”, mas no Brasil ele ganhou o mesmo título do filme: “Carol”. Publicado na Coleção L&PM Pocket:

Carol

 

É Dia Nacional do Leitor

7 de janeiro é o Dia do Leitor em território nacional. Um dia dedicado a todos os que amam os livros. E que, claro, são a nossa razão de ser. Em homenagem todos os amantes das letras, publicamos aqui algumas fotos de escritores debruçados sobre um bom livro. Porque todo mundo sabe que ler é o primeiro passo para escrever.

F. S. Fitzgerald

Jack London ainda criança

Mark Twain

Agatha Christie

William Burroughs

J. D. Salinger

Patricia Highsmith

Cate Blanchett e Mia Wasikowska na adaptação de “Carol” para os cinemas

Em fevereiro de 2013, começa a ser rodada a adaptação de Carol para os cinemas, livro de Patricia Highsmith publicado pela primeira vez no início dos anos 50. O filme terá roteiro adaptado de Phyllis Nagy, direção de John Crowley e terá nos papéis principais Cate Blanchett e Mia Wasikowska.

Cate Blanchett será Carol e Mia Wasikowska fará o papel de Therese

Escrevendo inicialmente sob o pseudônimo de Claire Morgan, Patricia Highsmith criou um romance que aborda uma relação amorosa entre mulheres que, pela primeira vez na literatura, teve um final feliz. Recusado pelo editor norte-americano da escritora, o livro acabou sendo publicado por outra editora com o título de The Price of Salt (só depois ele passaria a ser Carol) e logo se tornou um grande sucesso.

O livro conta a história de Therese Belivet, aspirante a cenógrafa que trabalha como vendedora na seção de bonecas de uma loja de departamentos, e de Carol, uma bela e elegante mulher recém separada e mãe de uma filha que, na época do Natal, em meio à loja lotada, chama atenção de Therese. A vendedora fica hipnotizada por ela: “Alta e clara, com um longo corpo elegante dentro de um casaco de pele folgado (…), seus olhos eram cinzentos, claros e, no entanto, dominadores, como luz ou fogo”.  

Assim começa o romance entre a jovem Therese e Carol. Mas não pense que esta é uma simples história de amor. Patricia Highsmith criou uma trama cheia de aventura, suspense e contornos noir.

Patricia Highsmith teve a ideia de escrever Carol baseada em uma experiência própria: ela se tornou obcecada por uma mulher que viu em uma loja. Anos mais tarde, a escritora contou no prefácio de uma nova edição do livro que costumava receber de dez a quinze cartas por semana endereçadas a Claire Morgan, agradecendo à escritora ou mesmo pedindo conselhos. Para ela, Carol ajudou muitos homossexuais a se libertarem.