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Rousseau pelo mundo

Jean-Jacques Rousseau morreu em 2 de julho de 1778. Em seus dois últimos anos de vida, ele realizou longas caminhadas por Paris e seus arredores, observando os passantes, a flora e as construções e refletindo, amargurado, sobre a sociedade. O resultado foi o livro Os devaneios do caminhante solitário, uma de suas obras mais líricas e tocantes.

A partir desse livro, muitos foram os pensadores que se inspiraram em sua obra para tecerem seus próprios tratados sobre a natureza e o homem. As ideias de Rousseau ganharam mundo. Suas ideias viajaram. Sua imagem percorreu todos os continentes. Aliás, não apenas através dos livros, como também em selos:

Rousseau em estampa de selo francês

Rousseau estampa um selo francês

Mais um selo francês. Mas dessa vez, Rousseau está acompanhado de Voltaire

Selo francês de 1978. Mas dessa vez, Rousseau está acompanhado de Voltaire, pois os dois morreram em 1778

Rousseau em selo da antiga União das Repúblicas Soviéticas (CCCP)

Rousseau em selo da antiga União das Repúblicas Soviéticas (CCCP)

Rousseau em selo suíço

Rousseau em selo suíço

Rousseau em versão selo espanhol

Rousseau em versão selo espanhol

Até a Moldávia teve seu selo "rousseauniano"

Até a Moldávia teve seu selo “rousseauniano”

Rousseau também esteve nas cartas que partiram da Romênia

Rousseau também estampou os selos que partiram da Romênia

Rousseau descansa no Panthéon

No dia 2 de julho de 1778, Jean-Jacques Rousseau acordou indisposto. E o que parecia ser apenas um mal estar, acabou o levando à morte às 11 horas da manhã daquele dia. Sepultado dois dias depois na Ile des Peupliers, no coração do parque de Ermenonville. Em 1794, suas cinzas foram transferidas para o Panthéon, onde estão até hoje. Um dos mais profundos pensadores da história moderna, Rousseau foi a figura central do iluminismo. Ao morrer, deixou o que é considerado um “grande testamento inacabado” de suas ideias, publicado postumamente em 1782: Os devaneios do caminhante solitário (Coleção L&PM Pocket).

Rousseau pintado por Allan Ramsay

 A imagem acima é uma das que estão no livro Rousseau, Série Encyclopaedia, livro em que Robert Wokler mostra como sua  filosofia, suas teorias sobre música e política, sua ficção, seus escritos sobre religião, educação e botânica foram todos inspirados por ideais revolucionários, sob uma premissa de irrestrita liberdade pessoal.

O tricentenário de Rousseau

Filósofo, pedagogo, músico e viajante, Jean-Jacques Rousseau nasceu em 28 de junho de 1712 em Genebra, na Suíça. Litaralmente genial, entre outra coisas, inventou um sistema de notação musical e compôs óperas como As musas galantes e, em 1750, foi premiado pela Academia de Dijon pelo Discurso sobre as ciências e as artes. Apaixonado pelo saber e pelos ideiais de liberdade, Rousseau elaborou uma doutrina segundo a qual o homem é um ser naturalmente bom, cuja bondade foi corrompida pela sociedade. Figura central do iluminismo, influenciou os líderes da Revolução Francesa e, nos últimos anos de vida, amargurado, refletiu sobre a natureza e o homem em Os devaneios do caminhante solitário (Coleção L&PM Pocket).

Desde o ano passado, a cidade de Genebra está em festa pelo tricentenário de Rousseau, seu mais ilustre filho. Hoje, na capital suíça, será apresentado, dentro da programação de  “2012 – Rousseau pour tous”, no Parc de la Grange, o show “The Shadow of Light”, uma ficção histórica que combina teatro, música e “filme instantâneo”. Outro destaque será a estreia mundial, em setembro, da ópera de Philippe Fénelon “JJR (cidadão de Genebra)” com direção de Ian Burton e encenada por Robert Carsen. O programa do evento é o resultado da participação de uma ampla gama de agentes culturais internacionais.

Abaixo, um vídeo em animação feito pela Univesp sobre a vida e obra de Rousseau.

 

Rousseau é um dos mais recentes títulos da Série Encyclopaedia e, de sua autoria, a Coleção L&PM Pocket publica, além de “Os devaneios do caminhante solitário“, “O Contrato Social” e “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens“.