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O scroll de “On the road” chega a Londres

Pouco antes da estreia do filme “On the road/Na estrada” na capital inglesa, o “manuscrito original” do livro mais famoso de Jack Kerouac chega às terras da Rainha. A exposição “On the Road: Jack Kerouac’s Manuscript Scroll”, inaugurada nesta quinta, 4 de outubro, oferece ao público, o “scroll” com 36 metros de comprimento e uma série de raras gravações em áudio feitas pelos membros da chamada Geração Beat, entre eles Allen Ginsberg, autor do Uivo, William Burroughs, autor de Almoço nu, e Neal Cassady, em quem Kerouac se inspirou para criar Dean Moriarty, personagem principal de On the road.

Para quem nunca viu o scroll, ele aparece neste vídeo sendo desenrolado para uma exposição em 2007:

Além da versão tradicional e editada de On the road, a L&PM também publica o “manuscrito original” na Coleção L&PM Pocket.

Contardo Calligaris assitiu ao filme “Na estrada”

“Na estrada”

Por Contardo Calligaris*

Assisti a “Na Estrada”, de Walter Salles, na sexta passada, no Rio. E passei o fim de semana pensando na minha vida.

Li “Na Estrada”, de Jack Kerouac, no fim dos anos 1960, provavelmente em Nova York -mas talvez em Houston. O texto que eu li era uma versão expurgada; isso, na época, eu não sabia. Não voltei ao texto em 2007, quando a Viking publicou o manuscrito original (em português pela L&PM). Mas o texto voltou em mim com força, na sexta-feira, quando assisti ao filme.

Nos anos 1960, eu era um hippie lendo um “beat”. Na mesma época, “Almoço Nu”, de William Burroughs, me seduzia, mas me assustava -longe demais de minha experiência (das drogas, do sexo e da vida). Também lia Allen Ginsberg e Gregory Corso, mas, aos dois, preferia Lawrence Ferlinghetti -outra escolha “bem comportada”, dirá alguém.

O fato é que “Na Estrada” foi a parte da herança “beat” da qual eu me apropriei imediatamente. Por quê? As drogas, o álcool ou o sexo “livre” me pareciam secundários -apenas um jeito de dizer: “Não esperem que a gente viva como manda o figurino”.

O essencial, para mim, era a junção da fome de aventura com uma raivosa vontade de escrever. A vida se confundia com um projeto literário que exigia os excessos: era preciso viver intensa e loucamente, de peito aberto, para que valesse a pena contar a história. Por isso, eu e outros podíamos, ao mesmo tempo, venerar Kerouac e Hemingway -os quais, álcool à parte, provavelmente, não se dariam.

Pensando bem, eu fui mais um “beat” atrasado do que um hippie. A procura por iluminações interiores e comunhões cósmicas da idade de Aquário, tudo isso me parecia pacotilha para “Hair”, coisa da Broadway. Fiz minha peregrinação à Índia e ao Nepal, mas considerava com desconfiança o orientalismo que estava na moda: o budismo dos anos finais de Kerouac e Ginsberg não me parecia mais sério do que o hinduísmo dos Beatles.

O problema é que eu era um espécimen bastardo: “mezzo” hippie e “mezzo” maio-68 francês, “mezzo” descendente dos “beats” e “mezzo” filho marxista do pós-guerra europeu.

Kerouac não tinha simpatia pelo marxismo. Ele preferia o individualismo dos que procuram uma fronteira para desbravar -pouco a ver com um projeto de reforma social ou de revolução. Para os “beats”, aliás, transformar a sociedade seria um problema. Certo, Neal Cassady e Gregory Corso passaram tempo na cadeia; e Burroughs, Kerouac e Ginsberg foram censurados. Mas, justamente, num mundo que não lhes resistisse, a vida dos “beats” perderia sua dimensão épica.

Ao longo dos anos 1970 e 1980, fazendo um balanço, eu teria dito que, em mim, a herança marxista europeia prevalecera sobre a herança “beat”. Hoje, penso o contrário -não sei se por decepção política ou por maturidade. Mas não tenho muitas certezas: por exemplo, minha errância pelo mundo foi uma experiência da estrada ou uma versão “chique” do cosmopolitismo forçado dos trabalhadores modernos?

E será que vivi como um fogo de artifício? Ou então durar e continuar vivo se tornou, para mim, mais importante do que me arriscar na intensidade das experiências?

O filme de Salles está sendo a ocasião imperdível de um balanço -ainda não decidi se festivo ou melancólico. Cuidado, o balanço não interessa só minha geração. Cada um de nós pode se perguntar, um dia, como resolveu a eterna e impossível contradição entre segurança e aventura: quanta aventura ele sacrificou à sua segurança?

Essa conta deveria ser feita sem esquecer que 1) a segurança é sempre ilusória (todos acabamos morrendo) e 2) qualquer aventura não passa de uma ficção, um sonho suspenso entre a expectativa e a lembrança.

Que você tenha lido ou não o livro de Kerouac, e seja qual for sua geração, assista ao filme e se interrogue: se uma noite, inesperadamente, Neal Cassady tocar a campainha de sua casa, louco de aventuras para serem vividas e com o olhar fundo de quem dirige há horas e ainda quer se jogar na estrada, você saberia e poderia, sem fazer mala alguma, simplesmente ir embora com ele?

*Este texto foi publicado originalmente na coluna de Contardo Calligaris no caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo no dia 19 de julho de 2012.

Coppola fala sobre o filme “On the road”

Coppola é co-produtor de "On the road"

A revista francesa Trois Couleus publicou em sua página oficial um depoimento do co-produtor de On the road, Francis Ford Coppola, sobre como foi levar a novela mais famosa de Jack Kerouac ao cinema. Para quem não sabe, a história é antiga e começou há mais ou menos 30 anos, quando Coppola comprou os direitos para fazer o filme. Mas o projeto ficou abandonado até que o brasileiro Walter Salles topou e empreitada.

Adapter “Sur la route” au cinéma fut pour moi un vrai casse-tête, du fait de son intrigue insensée, tout en allers-retours. J’y ai renoncé. Jerry Garcia de Grateful Dead, qui a fréquenté Neal Cassady, m’a dit un jour que Woody Harrelson lorsqu’il avait 22 ans aurait été parfait pour le rôle. Mais Garrett Hedlund possède la même folie frénétique. Je trouve Sam Riley convaincant : il n’est pas Américain, et alors ? Ces acteurs ont l’air trop jeunes ? Mais les Beats étaient jeunes à l’époque des faits ! Des gens se plaignent que le film ait été tourné au Canada, mais les films sont une illusion, l’Amérique des années 1940 n’est plus.

Pra quem não está com o francês em dia, aí vai uma tradução livre pra ajudar:

Adaptar “On the road” para o cinema foi para mim uma verdadeira dor de cabeça, por causa do enredo louco, cheio de idas e vindas. Eu desisti. Jerry Garcia do Grateful Dead, que conviveu com Neal Cassady, me disse um dia que Woody Harrelson, quando tinha 22 anos, seria perfeito para o papel. Mas Garrett Hedlund tem a mesma loucura frenética. Acho Sam Riley convincente: ele não é americano, mas e daí? Os atores parecem muito jovens? Mas os Beats eram jovens naquela época! As pessoas reclamam que o filme foi rodado no Canadá, mas os filmes são uma ilusão, a América dos anos 1940 não existe mais.

O filme On the road tem estreia prevista para o dia 23 de maio no Festival de Cannes e 15 de junho no Brasil. Se você não leu o livro, ainda dá tempo! E logo estaremos colocando nas livrarias uma edição em formato convencional com a imagem do poster do filme.

Os cartazes mais esperados de “On the road”

A espera pela estreia do filme “On the road”, que por aqui terá o título de “Na estrada”, tem ficado cada vez mais emocionante. Depois do cartaz oficial e do trailer divulgados em março, a produtora francesa mk2 compartilhou até agora OITO cartazes extras na página oficial do filme no Facebook. A cada cartaz publicado, aumenta a vontade de conferir o resultado do trabalho de Walter Salles na adaptação da história mais famosa de Jack Kerouac para o cinema.

Pra quem não viu lá no Facebook, aí vão os últimos quatro cartazes (os cinco primeiros a gente publicou aqui e aqui).

Kristen Stewart como Marylou

O bonitão Garret Hedlund como Dean Moriarty (aka Neal Cassady)

Sam Riley como Sal Paradise (aka Jack Kerouac)

Kirsten Dunst é Camille (aka Carolyn Cassady)

Ah, e tem mais uma novidade! Saiu hoje a lista de filmes selecionados para concorrer à Palma de Ouro em Cannes e lá está o “On the road” de Walter Salles. O cartaz oficial do filme já ganhou até o charmoso selo que diz “Official Selection – Festival de Cannes”, ali no canto esquerdo:

O trailer de “On the road” promete uma adaptação digna de Kerouac

Por Jerry Cimino, fundador e curador do “The Beat Museum” de San Francisco*

Após a morte de seu pai, o aspirante a escritor Sal Paradise está olhando para a página em branco em sua máquina de escrever, perguntando-se que caminho sua vida vai tomar. Um milésimo de segundo mais tarde, um automóvel verde dá um cavalo de pau, Dean Moriarty aparece em cena e Sal encontra sua musa. A vida de Sal nunca mais será a mesma enquanto Dean nos leva a lugares que nem sabíamos que existiam.

O trailer do filme de Walter Salles, adaptação cinematográfica do romance seminal de Jack Kerouac, On the Road, acaba de ser lançado. Ele anuncia uma experiência extremamente gratificante em um filme que os fãs literários estão esperando ansiosamente por mais de 30 anos.

Sal Paradise, claro, é Jack Kerouac e Dean Moriarty é Neal Cassady, herói icônico de Kerouac da noite americana.

Controvérsias têm sido travadas há décadas entre os fãs da geração beat, sobre se a filmagem deveria ou não ter sido tentada. Eu sou capaz de entender ambos os lados do argumento. On the Road é um romance muito pessoal para muita gente. No The Beat Museum, localizado em San Francisco, vemos pessoas de todos os cantos do mundo, que chegam caminhando e atravessam nossas portas diariamente, e cujas jornadas tiveram seu pontapé inicial quando eles leram o livro de Kerouac. On the Road ocupa um lugar muito especial nos corações de muitas dessas pessoas e eles não querem que sua visão do livro de Kerouac (e as suas próprias viagens pessoais) seja alterada.

O outro lado desse argumento, claro, é que On the Road deveria virar filme. Jack Kerouac enviou uma carta a Marlon Brando em 1959 implorando para ele fazer o filme. Kerouac entendia que um romance não é um filme e ele mesmo disse a Brando que estava disposto a escrever o roteiro, fazendo as mudanças necessárias para a história do livro virar filme.

Em 2012, este argumento ainda não enfraqueceu. Mas com o lançamento do trailer da adaptação de Walter Salles para On the Road, eu acredito que os cineastas têm mostrado, magnificamente, que conhecem suas obrigações para com os verdadeiros fãs e suas próprias vocações artísticas.

O trailer, capturado em 1,45 minutos, é toda a energia, condução, excitação e incerteza do próprio livro. A sexualidade pulsa em Garrett Hedlund como Neal Cassady e em Kristen Stewart como sua noiva de 16 anos de idade, Lu Anne Henderson. Dos salões de dança de Nova York para os quartos de hotel de Denver aos prostíbulos do México, as palavras de Kerouac ganham vida na tela.

Com o lançamento deste trailer, parece que as produtoras, a francesa MK2, a brasileira Videofilmes e a americana Zoetrope, de Francis Ford Coppola, se uniram para oferecer uma interpretação de tirar o fôlego de alguns fãs das histórias de Kerouac que todos conhecemos tão bem.

E para os fãs que ficaram prendendo a respiração por todos estes anos, esperançosos de que o filme fosse satisfazer suas expectativas, cliquem em “play” e vejam se vocês não conseguem respirar um pouco mais facilmente.  

* Jerry Cimino escreveu este texto no blog do jornal Huffpost San Francisco, em 09 de março de 2012. Clique aqui e veja o texto original em inglês.

“Geração Beat” será encenada pela 1ª vez

Talvez poucos saibam disso, mas Jack Kerouac já se aventurou pelos caminhos do teatro e escreveu, em 1957, uma peça em três atos chamada Geração Beat (Coleção L&PM Pocket), a única de sua curta carreira de dramaturgo. Eis que 55 anos depois, a peça será encenada pela primeira vez na cidade natal de Kerouac, Lowell, no estado de Massachusetts, durante o festival “Jack Kerouac Literary”. Serão oito performances que estão sendo preparadas  pelo grupo Merrimack Repertory Theatre em parceria com a University of Massachusetts Lowell.

Se a peça não foi encenada antes, não foi por falta de empenho do próprio Kerouac. Na época, ele enviou cópias do texto para diversos produtores e atores (entre eles Marlon Brando), mas diante das sucessivas negativas, acabou desistindo e o texto ficou engavetado por muito tempo até ser redescoberto em 2005.

Geração Beat mostra um dia na vida do personagem Jack Duluoz, uma espécie de alter ego de Kerouac. Como é de praxe, as histórias são baseadas nas vivências do escritor e os outros personagens fazem referência a Allen Ginsberg, William Burroughs, Neal Cassady, Gregory Corso e outros malditos. A estreia está prevista para outubro.

Neal e Jack e eu

Já divulgamos aqui neste blog algumas canções inspiradas em Jack Kerouac e Neal Cassady. Mas faltou uma das mais conhecidas (e importantes): “Neal and Jack and me”, música da banda inglesa King Crimson que faz parte do álbum Beat, de 1982. Beat tem a marca da banda liderada por Robert Fripp: uma mistura de rock progressivo e new wave. Aqui, Fripp e o guitarrista e vocalista Adrian Belew tocam ao vivo a sua ode aos personagens principais de On the road. Abaixo, a letra para que você possa cantar junto.

I’m wheels, I am moving wheels
Eu sou as rodas, estou movimentando as rodas
I am a 1952 studebaker coupe
Eu sou um cupê Studebaker 1952
I’m wheels, I am moving wheels moving wheels
Eu sou as rodas, estou movimentando as rodas movimentando as rodas
I am a 1952 starlite coupe…
Eu sou um cupê starlite 1952…
En route… les Souterrains
Na rota … dos subterrâneos
Des visions du Cody…Sartori a Paris…
Das visões de Cody … Satori em Paris …
Strange spaghetti in this solemn city…
Estranho espaguete nesta solene cidade…
There’s a postcard we’re all seen before…
Há um cartão postal que todos havíamos visto antes
Past wild-haired teens in dark clothing
Antigos selvagem de cabelos adolescentes em roupas escuras
With hands-full of autographed napkins we
Com as mãos cheias de guardanapos autografados
Eat apples in vans with sandwiches … rush
Comer maçãs em vans com sanduíches … pressa
Into the lobby life of hurry up and wait
Dentro do lobby da vida de apressar e esperar
Hurry up and wait for all the odd-shaped keys
Apresse-se e espere por todas as chaves de formas estranhas
Which lead to new soap and envelopes…
Que levam a novos sabonetes e envelopes…
Hotel room homesickness on a fresh blue bed
Saudades de casa no quarto de hotel com uma fresca cama azul
And the longest-ever phone call home…..no
E o mais-longo telefonema para casa….. não
Sleep no sleep no sleep no sleep and no mad
Durma não durma não durma não durma e não pire
Video machine to eat time… a cityscene
Vídeo cassete para comer o tempo… uma cena da cidade
I can’t explain, the Seine alone at 4am
Eu não posso explicar, o Sena sozinho às 4 da manhã
The Seine alone at 4a.m….Neal and Jack and me
O Sena sozinho às 4 da manhã … Neal e Jack e eu

Com o amor de Neal Cassady e Jack Kerouac

Foram divulgados nesta segunda-feira, dia 5, os filmes selecionados para as mostras competitivas do É Tudo Verdade / It´s all true 2012. Entre os destaques da 17a edição deste festival internacional de documentários está Com amor, Carolyn (Love always, Carolyn) que centra sua narrativa em Carolyn Cassady, mulher de Neal Cassady que também foi amante de Jack Kerouac. Se em On The Road ela é uma das personagens de Kerouac, aqui a história é contada sob a ótica de Carolyn, abordando a convivência íntima com dois dos maiores ícones da geração beat (o cartaz do filme traz a frase “A film about Kerouac, Cassady and me”). Sueco, filmado nos Estados Unidos e na Inglaterra, o filme é dirigido por Maria Ramstrom e Malin Korkeasalo. Veja o trailer abaixo e, se puder, assista ao filme. O É tudo verdade  acontece simultaneamente em São Paulo e no Rio a partir de 22 de março e depois segue em mostras itinerantes para Brasília e Belo Horizonte. A programação deste ano ainda não está disponível do site oficial do festival, mas segundo a assessoria de imprensa do evento, será divulgada a partir do dia 12 de março. 

Na trilha de On the Road

Agora que On the road, de Walter Salles, começa a tomar forma – com cartaz e promessa de estreia no primeiro semestre – ficamos aqui imaginando como será a trilha sonora do filme. Enquanto ela não chega, compartilhamos algumas músicas inspiradas na viagem de Jack Kerouac e Neal Cassady, essa que deu origem ao mais famoso livro da geração beat.

“Neal & Cassady”, canção composta por Tom Waits em 1977:

“The Persecution & Restoration of Dean Moriarty (On the road)”, da banda Aztec two step, de 1972:

“Neal Cassady”, de 1989, do álbum “Fair and Square” da banda Washington Squares:

Além de On the road, a L&PM publica uma série inteira com autores da geração beat.

Al Hinkle, um dos personagens de On the road

Em um post anterior, falamos brevemente de Al Hinkle (Albert C. Hinkle) que, junto com Neal Cassady, comprou o Hudson 49, carro que também virou personagem de Jack Kerouac em On the road. Al e sua mulher, Helen, foram muito amigos de Kerouac, de Ginsberg e também de Neal Cassady e de sua mulher Carolyn. Em On the road, o casal Hinkle foi imortalizado com os nomes de Big Ed Dunkel e Galantea.

Ontem, descobrimos que Al, que hoje tem 85 anos, possui uma página no Facebook, onde postou algumas fotos ao lado de Jack Kerouac e dos atores principais do filme de Walter Salles, Garrett Hedlund (Sal Paradise) e Sam Riley (Dean Moriarty):

Os amigos Jack Kerouac e Al Hinkle nos bons tempos de estrada

Al escreveu na legenda desta foto: "Aqui está o Garrett e eu, em minha casa, na frente do meu retrato e do de minha esposa Helen que Carolyn Cassady pintou. Eu estarei postando mais fotos em breve."

Nessa ele colocou a legenda: "Aqui estou eu com Sam Riley, o ator que interpreta Sal Paradise (Jack Kerouac) no filme On The Road. Minha filha Dawn tem uma foto com Garrett Hedlund, que interpreta Dean Moriarty (Neal Cassady), mas ela não me deixou postá-la!"