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Polícia alemã recupera Picasso, Matisse e Chagall roubados pelos nazistas

1.500 pinturas valiosas, incluindo telas de Picasso, Matisse, Chagall, Otto Diz, Emil Nolde, Franz Marc e outros modernistas, foram recuperadas pela polícia alemã. As obras, roubadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra, estavam no apartamento de Cornelius Gurlitt, 80 anos, herdeiro de um clã de galeristas. Segundo cálculos da revista alemã Focus, o valor estimado dos quadros é de cerca de € 1 bilhão.

Segundo a Focus, a família de Gurlitt possuía uma galeria na Alemanha que serviu de depósito para os quadros entre os anos 1930 e 1940, sob jugo nazista. Seu pai foi um dos principais marchands germânicos no período e teria avaliado pinturas de Hitler na época em que ele era aspirante a artista plástico. As pinturas se alinham ao que os nazistas chamavam de “arte degenerada”, que incluía todo tipo de expressão estética não-germânica ou feita por judeus.

De acordo com os investigadores, as pinturas estavam há cerca de sete décadas amontoadas em quartos sujos na casa de Gurlitt, sem as condições de conservação necessárias. Parte do acervo era negociada ilegalmente por ele — que pode ser processado por crime de evasão fiscal.

Neste momento as obras estão sendo transferidas para uma câmara de segurança do serviço de alfândegas da Baviera e estão sob a avaliação de uma historiadora da arte.

O roubo de quadros por agentes de Hitler é o tema do novo longa dirigido por George Clooney, “Caçadores de obras-primas” (“The monuments men”), já cotado para o Oscar e com estreia no Brasil marcada para 17 de janeiro.

Pra quem gosta de livros sobre o tema pintura, a dica é   Roubaram a Mona Lisa! que aborda o furto da Gioconda no início do século XX.

O edifício em Munique onde as obras foram encontradas

O edifício em Munique onde as obras foram encontradas

Matisse encontrado na casa de Gurlitt

Matisse encontrado na casa de Gurlitt

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Um Chagall roubado pelos nazistas agora foi recuperado

A autobiografia de Alice B. Toklas: Paris, Picasso, Matisse e a “Geração Perdida”

Gertrude Stein voltou com tudo em 2011. Primeiro, no mega sucesso internacional de Woody Allen, o filme “Meia noite em Paris”, onde ela e sua famosa casa na rue Fleurus 27,  em Paris, são protagonistas. E depois pela maravilhosa exposição “Matisse, Cézanne, Picasso: l’aventure des Stein”  no Grand Palais, em Paris, inaugurada dia 5 de outubro e que vai até 15 de janeiro de 2012.

Esta “A autobiografia de Alice B. Toklas” explica tudo. Alice foi a companheira de Gertrude pela vida inteira. E juntas foram testemunhas oculares do nascimento da arte moderna. Ela conta a sua história pela boca de Alice; no tempo em que Paris era uma festa e Picasso, Matisse, Cézanne e toda a arte moderna pintavam, amavam, se divertiam, sofriam e passavam fome na capital de todas as revoluções. Mais tarde nos anos 20, Gertrude trocou os pintores pelos escritores. Inventou a célebre expressão “Geração Perdida” para os jovens autores americanos que ela havia descoberto pelas ruas de Paris; Ernest Hemingway e Francis Scott Fitizgerald.

Enfim. “A autobiografia de Alice B. Toklas” é uma reedição importantíssima (foi lançado pela L&PM pela primeira vez no Brasil em 1984). Um livro imperdível, onde o você, leitor, através do talento de Gertrude Stein conhecerá a intimidade, os fatos, as histórias e as lendas de um período fundamental na história da arte e da literatura. (Ivan Pinheiro Machado)  

Alice e Gertrude, em 1944, no interior da França

Gertrude e Alice foram companheiras até o fim da vida

Gertrude e Alice foram companheiras até o fim da vida

Gertrude ajudou muitos artistas a alçarem vôos maiores

Alice e Gertrude na sua casa em Paris (clique para aumentar)

Os estrangeiros que sustentaram a revolução da arte moderna

No começo do século, todos queriam morar em Paris. Pintores miseráveis, escultores famintos, escritores em busca de espaço para suas inovações, bailarinos, dramaturgos, músicos, enfim, todos que tinham algo para dizer olhavam para Paris como a Meca das artes e do modernismo.

No que diz respeito à pintura, as grandes revoluções do final do século XIX e começo do século XX ocorreram exatamente em Paris. Foi lá que os impressionistas deram um golpe duro na arte acadêmica, assim como foi lá que surgiram o Cubismo, o Fauvismo, o Dadaísmo, o Surrealismo e outros “ismos” que mudariam a cara da arte.

Neste blog nós já falamos da espetacular mega-exposição da coleção dos Stein (Gertrude, Léo, Michael e Sarah) que conseguiram reunir no começo do século XX cerca de 600 obras de arte moderna. Com a absoluta indiferença dos franceses, especialmente dos parisienses, diante da revolução que era gestada na cidade, os estrangeiros assumiram o papel de comprar e difundir esta nova arte. Os quatro Stein conseguiram convencer suas compatriotas, as irmãs Claribel e Etta Cone de Baltimore, Maryland, a ir às compras no Salão de Outono e nas galerias dos históricos marchands Amboise Vollard e Daniel-Henry Kahnweiler. Com isso, elas acumularam 42 telas, 18 esculturas, 200 desenhos e gravuras de Matisse e também 114 telas e desenhos de Picasso.

A casa de Michael e Sarah Stein na Rue Madame, Paris, em 1907. Matisse está sentado no meio.

Na Rússia, destaque para Ivan Morosov, industrial do ramo têxtil e Serguei Chtchoukine (Sergej Sjtsjoekin), plantador de cereais. Ambos montaram fantásticas coleções de arte moderna entre os anos de 1890 e 1914. Juntos possuíam o maior conjunto conhecido de obras de Cézanne e Gauguin. As encomendas de Chtchoukine à Matisse, para decorar seu palacete em Moscou e dezenas de Picassos das fases azul e rosa fizeram a alegria dos museus soviéticos (e hoje dos museus russos) depois da revolução comunista de 1917.

Uma das salas da casa de Sergei Chtchoukine, outubro de 1911 (clique para ampliar)

Da Alemanha veio Karl Ernst, um dos poucos colecionadores que conseguiram se aproximar e frequentar o atelier de Cézanne. Ernst dividia sua paixão artística entre Cézanne e Matisse. Seu legado está reunido no museu de Essen na Alemanha. Uma grande coleção de pós-impressionistas e impressionistas foi reunida também pelo dinamarquês Christian Tetzen-Lund.

Todos estes estrangeiros tinham em comum a compreensão de que uma nova arte estava surgindo e o dinheiro para adquiri-la. Não que não houvesse grandes fortunas na França. Mas os ricos da época preferiam investir em móveis antigos, castelos, terras e quadros do século XVIII.

Por tudo isto é importante celebrar a coragem aventureira dos Stein, e nada mais justo do que esta grande homenagem que se presta em Paris, no Grand Palais, até o dia 15 de janeiro de 2012. Com o desinteresse dos franceses, foram os Stein e os outros estrangeiros que viabilizaram o mercado que sustentou estes jovens e miseráveis pintores. Sabe-se lá se, caso não houvesse russos, americanos, dinamarqueses e alemães estes pintores geniais não teriam mudado de ramo para sobreviver… (Ivan Pinheiro Machado)

A coleção Stein: o maior acontecimento cultural do ano em Paris

Por Ivan Pinheiro Machado*

“Matisse, Cézanne, Picasso: l’aventure des Stein” – Grand Palais, Paris 8º. De sextas às segundas das 9h às 22h; de terças às quintas das 10h às 22h. Entrada: 12 euros. De 5 de outubro à 15 de janeiro

“Uma rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa…” (“a rose is a rose is a rose is a rose”), poema escrito em 1914, tornou célebre a escritora Gertrude Stein (1874-1946). Esta genuína vocação para a vanguarda ela provaria uma década antes. Seu endereço parisiense, na rua Fleuris, 27, onde morava com seu irmão Leo e sua companheira da vida inteira, Alice B. Toklas, mais o grande apartamento  de seu irmão Michael e sua mulher Sarah, também em Paris, na rue Madame, 8, abrigaram nos primeiros 20 anos do século XX a maior coleção privada de arte moderna jamais reunida.

Em torno dos anos 1900 os franceses detestavam a arte moderna. O máximo que toleravam em matéria de modernismo eram os impressionistas, e apenas alguns, justamente os mais conservadores. Cubismos estranhos e sombrios de Picasso e cores feéricas e selvagens de Matisse eram motivos de risos e escândalo. Já os americanos e os russos entenderam que ali tinha alguma coisa. E foi graças a eles que Picasso, Matisse, Juan Gris, Cézanne, Marie Laurencin, Renoir, entre muitos outros conseguiram muitos pratos de comida.

Retrato de Gertrude Stein

Em 1903, Leo Stein comprou seu primeiro Cézanne. Um ano depois, Gertrude começaria a comprar Picassos (compraria 180 no total), enquanto seu outro irmão Michael e sua mulher Sarah comprariam praticamente toda a produção da época de Matisse (em torno de 200). Ao todo, entre desenhos, pinturas e esculturas, teriam sido cerca de 600 obras de arte acumuladas pela família Stein em 15 anos de compras. A coleção só não foi mais além, porque em poucos anos os quadros custariam 1000 vezes mais do que os Stein pagaram, inviabilizando a continuação da coleção. Foi então que eles começaram a vendê-la lentamente.

Sarah e Michel Stein retratados por Matisse

Os recursos que mantinham os irmãos Stein numa vida tão confortável em Paris vinham da venda da Omnibus Railway and Cable Company de San Francisco, empresa da família, e de muitos imóveis alugados na Califórnia. Um dos quadros emblemáticos da arte moderna e – junto com “Demoiselles d’Avignon” – precursor do Cubismo é, não por acaso, “Retrato de Gertrude Stein”, uma homenagem de Pablo Picasso que acabou colocando-a como uma das protagonistas (mesmo sem ser pintora) da grande revolução da arte moderna.

Nos anos 20, na euforia pós-guerra, depois de vender boa parte de sua coleção, Gertrude Stein voltaria a cena, treinando seus dotes de visionária. Desta vez, na literatura. Ainda em Paris, descobriria dois jovens escritores americanos: Ernest Hemingway e Francis Scott Fitzgerald.

Pois toda esta história está exposta agora em Paris nas paredes das Galeries nationales du Grand Palais, um fantástico palácio situado entre a avenida Champs Elisées e o Sena. A megaexposição foi inaugurada em 5 de outubro e deverá prosseguir até 15 de janeiro de 2012. É uma viagem fascinante que reúne o melhor da coleção Stein em cerca de 350 obras.

Uma exposição realizada nos melhores moldes das grandes exibições francesas: tudo muito bem explicado, perfeitamente iluminado, muito bem exposto e com a utilização de todos os recursos áudio-visuais disponíveis. Um trabalho impressionante da equipe do Grand Palais. Principalmente se levarmos em conta que a coleção deixou de existir dentro da família Stein nos anos 50 do século passado e que – pior ainda – desde os anos 20 foi sendo paulatinamente vendida. Foram anos de trabalho tentando localizar quadro por quadro nos lugares mais remotos do planeta. Mas o resultado é extraordinário e faz  de Matisse, Cézanne, Picasso: l’aventure dês Stein o maior acontecimento cultural do ano em Paris. E isso não é pouca coisa.

As imensas filas acabaram sendo turbinadas por uma incrível coincidência. Não bastasse a grande importância do conjunto exposto nas paredes do Grand Palais, a exibição passou a ter um poderoso reforço de marketing: o megasucesso cinematográfico de 2011, “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, tem como centro de suas ações Gertrude Stein, sua casa e sua turma.

*Ivan Pinheiro Machado é editor e visitou a exposição em Paris quando estava a caminho da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha. A L&PM publica A autobiografia de Alice B. Toklas na Coleção L&PM Pocket.

Picasso, Matisse e Cézanne juntos em Paris

No início do século 20, anos antes de estourar a 2ª Guerra Mundial na Europa, circulavam por Paris os artistas da chamada “geração perdida”. Em meio a festas e noitadas em bares, eles produziram romances, quadros e esculturas que seriam reconhecidas mais tarde como verdadeiras obras-primas da história da arte e da literatura mundial.

Uma das festas mais badaladas e “bem frequentadas” da época acontecia na casa da família Stein, que tinha se mudado de São Francisco, nos Estados Unidos, para a capital francesa. O famoso sobrado da Rue de Fleurus ocupado por Gertrude Stein e seus irmãos tinha as paredes “forradas” com mais de 200 quadros de alguns dos maiores gênios da pintura mundial como Picasso, Matisse, CézanneGauguin e Toulouse-Lautrec – só para citar alguns que frequentavam o local e deixavam por lá suas marcas.

É a própria Gertrude Stein quem conta as histórias desta época no livro Autobiografia de Alice B. Toklas (Coleção L&PM Pocket), que certamente serviu de inspiração para Woody Allen no filme Meia-noite em Paris. Aliás, quem assistiu ao filme, sabe bem do que estamos falando! E a boa notícia é que a partir de hoje (5/10), as obras do acervo de Gertrude Stein farão parte de uma exposição na galeria Grand Palais, em Paris.

Visitantes observam pinturas de Picasso e Cezanne, durante pré-estreia de exposição da coleção dos Stein

Quem estiver pela Cidade Luz não pode deixar de conferir! A exposição começa hoje e vai até o dia 16 de janeiro de 2012.

Duas visões sobre “Meia noite em Paris”, de Woody Allen

Assim que o novo filme de Woody Allen estreou no Brasil, na última sexta-feira, dia 17 de junho, corremos para as salas de cinema mais próximas para conferir o que prometia ser mais uma obra-prima de um dos nossos cineastas preferidos. E, mais uma vez, ele não decepcionou!

O editor Ivan Pinheiro Machado e a editora de vídeos da WebTV, Laura Linn, compartilham a seguir suas impressões sobre o filme.

Meia Noite em Paris: Cinema e literatura como metáfora

Por Ivan Pinheiro Machado

Digamos que você não seja um cinéfilo, um especialista em cinema. Mas mesmo assim gosta muito de cinema e procura acompanhar os lançamentos, vez que outra se aventura num filme de arte, mas também não despreza uma comédia romântica. Eu sou mais ou menos assim. Como, aliás, todo mundo. Adoro cinema. Afora os filmes violentos demais, com tiros demais, que eu abandonei definitivamente, eu vejo tudo.

E ontem vi um filme extraordinário: Meia noite em Paris, de Woody Allen. O filme é um tributo a duas coisas que são caras à muita gente: literatura e Paris.

Woody Allen, o velho bruxo, foi para frente do seu caldeirão fumegante e começou a desfiar seus sortilégios. Uma trama simples, descomplicada, vai tomando corpo tendo como pano de fundo uma cidade-espetáculo e a mitologia cultural gerada pelos anos 20.

Se você leu Autobiografia de Alice B. Toklas de Gertrude Stein (L&PM Pocket), então você é um privilegiado. Se também leu Salvador Dali (Coleção Pocket Plus), Jean Cocteau, se viu Belle de Jour, de Buñuel, se leu Grande Gatsby, de Fitzgerald e O Sol também se levanta, de Ernest Hemngway, se leu os poemas de T. S. Elliot e os livros do próprio Woody Allen publicados na coleção L&PM Pocket como Cuca Fundida, Sem Plumas, Adultérios, Que Loucura, se ouviu Cole Porter, se curte Picasso, Maitisse, Modigliani, então melhor ainda.

A maestria de Woody Allen faz com que os delírios de Gil, o escritor americano semi-frustrado de férias em Paris, fiquem absolutamente naturais. Mas eu não vou contar o filme. Vá ao cinema mais próximo e delicie-se com um mergulho nos velhos e bons tempos. Ajude a aquecer a doce lenda de que Paris foi e sempre será uma festa. E veja um Woody Allen puro sangue, daqueles em que ele acerta a mão e que dá vontade de aplaudir quando o filme acaba.

Meia noite em Paris, um hino de amor à Cidade Luz

Por Laura Linn*

Woody Allen revela todo o encanto da Cidade Luz, em seu novo filme, Meia noite em Paris, enfocando a magia, o charme e a beleza da eterna capital do romantismo. Um homem comum, despretencioso, que sonha em ser escritor e morar em uma Paris chuvosa dos anos 20, onde viveram grandes artistas e escritores como Ernest Hemingway, Gertrude Stein e Pablo Picasso. Allen homenageia a cidade utilizando o nonsense e o realismo fantástico que prende a atenção do espectador do começo ao fim. Une-se a fantasia à realidade, o passado ao presente com o desejo que as pessoas possuem de viver uma realidade diferente da sua.

Nos últimos anos, o diretor deixou sua amada Nova York e migrou para a Europa, realizando filmes maravilhosos como Match Point, Scoop, Vicky Cristina Barcelona, entre outros. Com diálogos divertidos, Woody Allen nos leva pelas ruas da cidade, mostrando o charme de Paris ao dia e a tranformação da cidade ao soar da meia noite. O espectador viaja no tempo, junto ao personagem, aos “loucos anos 20″e à “Belle Époque”, duas das mais marcantes décadas da capital francesa. A câmera passeia pela típica noite parisiense da época com seus cafés e bordéis, mulheres belíssimas e sedutoras, ao mesmo tempo em que encontra subitamente os maiores intelectuais da época, passando a conviver com ídolos na cidade de seus sonhos. Assim, vão desfilando a sua frente, Hemingway, Buñuel, Zelda e Scott Fitzgerald, Cole Porter e Salvador Dali. Sente-se uma vontade de viver aquela mesma história, encontrar esses grandes personagens da literatura, da música e das artes, apaixonar-se novamente.

Meia noite em Paris

Allen não é apenas um grande diretor, mas também um grande roteirista. São mais de 40 anos como cineasta e praticamente um filme realizado por ano. O que fascina nos filmes do diretor novaiorquino são os diálogos, a interpretação dos atores e a forma como ele mostra o cotidiano e o comportamento do ser humano na sociedade com romantismo, humor e drama. Meia noite em Paris é perpassado por um olhar crítico sobre a insatisfação das pessoas com a sua realidade. Com as belas paisagens de Paris, como pano de fundo, um humor sutil e atuações incríveis como de Marion Cottilard – que já ganhou um Oscar de Melhor Atriz como Piaf – o filme é um verdadeiro hino de amor à cidade.

*Laura Linn é editora de vídeos da L&PM WebTV e formada em Cinema pela PUC-RS.

Para participar do universo criativo de Picasso

Hoje é aniversário do pintor impressionista Paul Cézanne, que é apontado por Pablo Picasso e Henri Matisse como o precursor do Cubismo. O movimento artístico teve como marco inicial o quadro Les demoiselles d’Avignon, feito por Picasso em 1907, um ano após a morte de Cézanne.

Talvez tenha sido este o maior legado deixado por Cézanne ao mundo das artes. E é por este motivo que resolvemos apresentar aqui a exposição virtual Picasso: Themes and Variations promovida pelo MoMA (Museu de Arte de Nova York), que coloca os quadros e as técnicas do mestre cubista ao alcance de todos, via internet.

No site interativo, desenvolvido especialmente para promover a “visitação” virtual, é possível observar as obras em detalhes, comparar as diversas técnicas utilizadas, conhecer as técnicas de impressão experimentadas por Picasso como a litografia, além de explorar assuntos e temas relacionados a tudo que envolve o universo do pintor espanhol.

Por meio de uma animação interativa, é possível até acompanhar o passo a passo da elaboração de uma tela de Picasso:

O quadro "Jacqueline with headband", do primeiro ao último estágio

Para conhecer mais sobre a vida e a obra destes dois gênios das artes visuais, leia na Série Biografias L&PM: Cézanne, por Bernard Fauconnier, e Picasso, por Gilles Plazy.