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Tudo pronto para a Bienal do Livro do Rio de Janeiro

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Começa na tarde de quinta-feira, 29 de agosto, e vai até 8 de setembro, a XVI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. O evento, que teve início em 1983, está comemorando seus 30 anos.

 A L&PM Editores vem marcando presença desde a Bienal número 1 e, este ano, novamente preparou um grande estande onde poderão ser encontrados cerca de 23 mil livros.

Sabe aquele título que você anda procurando e está difícil de encontrar? Ou o lançamento que já anunciamos, mas não chegou na livraria? É muito provável que ele esteja na Bienal.

Durante toda a semana, a equipe da L&PM preparou o espaço que, a partir de amanhã, receberá os leitores com uma festa de livros. Ele fica no Pavilhão Verde entre as ruas O 06 e P 06, ao lado do “Acampamento na Bienal”. 

Arrumação do estande da L&PM Editores na Bienal do Rio

Arrumação do estande da L&PM Editores na Bienal do Rio

Vai ter pockets para todos os gostos

Vai ter pockets para todos os gostos

Todas as novidades de Martha Medeiros vão estar nessa Bienal

Todas as novidades de Martha Medeiros vão estar nessa Bienal

SERVIÇO

De 29 de agosto a 08 de setembro de 2013

Horário
Dia 29 de Agosto: 13h às 22h
Dias de semana: 9h às 22h
Fins de semana: 10h às 22h

Local do Evento
Riocentro – Av. Salvador Allende, 6555 – Barra da Tijuca�
22780-160 – Rio de Janeiro – RJ

Valor do Ingresso
Inteira R$ 14,00
Meia-Entrada R$ 7,00

Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente ou durante o evento, nas bilheterias do Riocentro. Os pontos de venda indicados abaixo ficam localizados em lojas, postos de gasolina e agências de turismo. Cada pessoa (um único CPF) pode comprar no máximo 5 (cinco) ingressos. Agências de viagens podem adquirir até 30 ingressos. Também é possível realizar a compra pela internet, por meio do site www.ingressomais.com.br, onde é necessário efetuar um cadastro.

Venda antecipada de ingressos já está disponível para o público através do site www.ingressomais.com.br.

1. O começo: da cozinha para o porão

Por Ivan Pinheiro Machado*

Uma editora publica histórias – e vive muitas delas. Principalmente quando tem mais de três décadas como nós. Quantas e quantas histórias para contar… O pessoal que “é jovem a menos tempo do que nós”, aqui mesmo na L&PM, sempre quer saber curiosidades, “causos” passados, fatos hilários, outros nem tanto. Enfim, há uma vontade natural de conhecer mais desta convivência entre editores e autores. E também de descobrir um pouco sobre como uma editora atravessou dezenas de crises econômicas, quatro moedas diferentes e uma ditadura brutal. Eu vou tentar, semanalmente, no espaço deste blog, resgatar um pouco desta história.

Foi assim:

Fundamos a editora em agosto de 1974 e a primeira sede foi na cozinha do escritório de advocacia do meu pai, o Dr. Antonio Pinheiro Machado Netto. Ah! Ía me esquecendo de esclarecer; pra quem não sabe, L&PM quer dizer Lima e Pinheiro Machado. Escolhemos este nome por acaso, quase como uma brincadeira, porque nunca imaginávamos chegar onde chegamos… Mas eu falava na primeira sede da L&PM. Mandamos acarpetar a cozinha do escritório de advocacia do “velho” Pinheiro que era num imponente sobrado na Avenida Venâncio Aires em Porto Alegre. Ficamos lá quase um ano, até que faltou espaço. Fomos então para o porão do escritório do pai do Lima, o Mario de Almeida Lima, mais conhecido como “velho” Lima, combativo jornalista, diretor da sucursal de O Estado de S. Paulo em Porto Alegre e dono de uma das principais livrarias de Porto Alegre, a Livraria Lima. Assim, os nosso pais, ambos já falecidos e de saudosa memória, contribuíram decisivamente, aos nos albergar gratuitamente, para o começo desta aventura. Só fomos pagar o primeiro aluguel em 1976. Já tínhamos 25 anos de idade e quase três como editores. Nosso livro de estreia havia sido a coletânea de tiras de quadrinhos do Rango, personagem de Edgar Vasques de grande sucesso na época e que acabou sendo o livro o mais vendido da Feira do Livro de Porto Alegre em 1974. Havíamos publicado ainda a “Antologia Brasileira de Humor” em dois volumes, o livro “Oposição” de Paulo Brossard, “Só dói quando eu respiro” de Caulos –  o primeiro livro brasileiro inteiramente de cartuns sobre ecologia –e estávamos em vias de publicar Millôr Fernandes e Josué Guimarães. Voltando ao começo do começo, vivíamos uma truculenta ditadura que perseguia os intelectuais, artistas e todos aqueles que criticavam o governo. Havia uma severa censura à imprensa e todos os editores independentes eram sistematicamente vigiados e perseguidos. Logo, logo teríamos nosso encontro com esta sombria realidade. Nosso “batismo de fogo” ocorreu exatamente no primeiro livro. A Polícia Federal nos convocou para “prestar esclarecimentos” sobre o conteúdo do livro “Rango 1”. Foi uma tarde inesquecível, pelo desprezo com que o gorila que examinava o livro do Vasques me tratava e o medo que eu sentia lá naquele lugar sinistro de onde alguns conhecidos nossos jamais saíram.  Eles achavam o “Rango” de “subversivo” porque tinha como tema a miséria brasileira.

Para falar bem a verdade, não era a melhor época para fazer uma editora. No auge da ditadura, o livro não tinha nenhum prestígio. Era o tipo do negócio que, como diria o Paulo Francis, “não fazia bem à saúde”. Foi naquele tempo que eu encontrei o grande antropólogo, romancista, ensaísta e educador Darcy Ribeiro, de quem publicamos um belo livro,“Ensaios Insólitos”. Num dado momento da conversa, ele me perguntou “Vocês não tinham um negócio melhor pra fazer?”. Eu não lembro da minha resposta, mas recordo muito bem quando ele falou que o mundo se movia baseado na “inciência (sic) da juventude”. Ou seja, sem sombra de dúvida, era uma maluquice fazer uma editora em plena ditadura.

Para ler o próximo post da série “Era uma vez uma editora…” clique aqui.

O lançamento de Jô na estrada em time-lapse

Este post é pra quem não conhece a Feira do Livro de Porto Alegre. O evento já faz parte da agenda cultural da cidade e movimenta do Centro histórico portoalegrense. O fotógrafo Ricardo Duarte,  do jornal Zero Hora, capturou momentos do entorno da Feira e um evento especial para a L&PM. No dia 03 de novembro, Duarte registrou a sessão de autógrafos de Jô na estrada com David Coimbra e Gilmar Fraga. Na edição das imagens, o fotógrafo optou por uma técnica muito usada no cinema, o efeito time-lapse. Vale a pena clicar no play.

A biblioteca de Fernando Pessoa também pode ser sua

Além de ler o livros de  Fernando Pessoa, publicados pela L&PM, você também pode, a partir de agora, ter acesso aos volumes que o escritor português possuia em sua biblioteca. Os 1.142 volumes do acervo da Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, foram digitalizados na íntegra e estão disponíveis na internet. Incluindo manustritos do próprio  Pessoa, além de poemas e traduções escritas nas páginas iniciais de alguns livros. No site da biblioteca virtual, estão ainda anotações, assinaturas, dedicatórias e selos adesivos. Isso mesmo: selos! Em seu diário, Fernando Pessoa colava os selos das lojas  em que costumava adquirir seus livros. Pelas entradas no caderno de anotações, presume-se que o escritor encomendava suas edições a partir de um catálogo de livraria ou de uma editora estrangeira. No espólio pessoano existem ainda muitas listas com as datas de encomenda de livros, como, por exemplo, uma de 7 de Abril de 1916, na qual figuram The MagnetThe Magic Seven, ambos de Lida Abbie Churchillque e que ainda hoje constam da biblioteca particular.

Para conhecer o acervo completo acesse http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt

"Não tinha a túnica vermelha / Vermelho é o sangue e o vinho / A pobre morte a quem amou" traduziu Pessoa na página inicial de "The Ballad of Reading Gaol" de Oscar Wilde

Blog, WebTV e um novo site comemoram 36 anos de L&PM e 15 anos na internet

Por Ivan Pinheiro Machado

A internet ainda engatinhava no Brasil de 1995. Em Porto Alegre, eram apenas dois provedores: a Nutec (que mais tarde seria o ZAZ e, na bolha das grandes aquisições, acabaria sendo absorvida pelo Terra) e a estatal PROCERGS, que cuidava de toda a parte técnica dos sistemas de informática do Governo do Estado. Eram essas duas empresas que abrigavam os 450 internautas até então registrados no Rio Grande do Sul. A “operação internet” começava muito mais como uma excentricidade, um investimento no futuro. Nem Bill Gates tinha entrado na jogada, e a única ferramenta de acesso à internet era o velho “Netscape”. Atenta à novidade, a L&PM entrou em contato com diretora da PROCERGS, Marli Nunes Vieira, e propôs uma parceria com a estatal – imediatamente aceita – para colocar no ar o site inaugural da editora. Depois de seis meses de trabalho, em setembro de 1995, a página virtual da L&PM foi lançada. Era o primeiro site comercial do Rio Grande e o primeiro site de uma editora no Brasil, com todos os livros cadastrados, capas, sinopses e biobibliografias do autores. E lá se foram 15 anos.

Em 2010 já não são 450 internautas. São milhões de pessoas conectadas, dependentes, interligadas, transformando a internet no mais corriqueiro meio de comunicação e informação. De lá para cá, assim como a web mudou, a L&PM cresceu. E tornou-se protagonista da única grande revolução que aconteceu no mercado editorial brasileiros nos últimos 20 anos: a implantação do livro de bolso como um hábito do brasileiro. Portanto, não é soberba dizer que está no DNA da editora abrir caminhos e perseguir o novo, o inusitado.

No distante ano de 1974, dois jovens de 21 anos juntaram seus nomes e seus sonhos para criar uma microeditora que, em princípio, deveria ser uma experiência undergournd, bem ao gosto dos anos 70. Hoje, a L&PM se posiciona entre as grandes editoras brasileiras, e é líder de mercado no segmento de livro de bolso. O que faz com que tenhamos muito para comemorar.

Pois é na esteira dessa comemoração, para registrar essa vontade de lançar o novo, que estamos inovando mais uma vez. A partir dessa segunda-feira, 15 de março, o site pioneiro da L&PM estará novo – de novo. Além da mudança no design, de notícias, sinopses de livros e biografias, vamos inaugurar o Blog da L&PM e a primeira WebTV de uma editora no Brasil. O Blog será um espaço em que pretendemos expor o cotidiano do nosso trabalho e publicar idéias, comentários e mensagens de nossos amigos, autores e leitores. A Web TV, que entra no ar já na segunda-feira, é um projeto piloto que deverá se consolidar e ganhar novos programas a partir do início de abril. Lá, você encontrará os autores da editora falando sobre sua vida e obra, além de vídeos relacionados com o nosso trabalho, entrevistas, curiosidades e tudo o que tem a ver com cultura em geral. Mais uma vez – a exemplo dos livros de bolso – os nossos colegas vão ter que correr atrás. E o beneficiado será sempre o leitor. A idéia é essa.