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Leonardo da Vinci: para um grande gênio, uma grande exposição

LEONARDO DA VINCI 500 LOUVRE

Quinhentos anos depois da morte de Leonardo da Vinci, o Museu do Louvre inaugura na quinta-feira, 24 de outubro, a maior exposição já organizada sobre a obra do gênio renascentista.

São 162 pinturas, desenhos, manuscritos, esculturas e outros objetos, reunidos após um grande trabalho de pesquisa que durou dez anos.

“Ele não publicou nada, pintou pouco e seus quadros ficaram inacabados. Mas as pessoas ficam fascinadas. Sua obra é um reflexo de sua vida”, resumiu Vincent Delieuvin, do departamento de pinturas do Louvre de Paris e um dos curadores da mostra.

Até o momento foram reservados 180.000 ingressos para a exposição. Ao lado da mostra sobre Tutankamon, que recebeu 1,42 milhões de visitantes, a exposição Da Vinci será sem dúvida o grande evento cultural do ano na França.

A Mona Lisa, sua obra mais famosa e símbolo do Louvre, não faz parte da mostra, mas poderá ser observada na Sala dos Estados, a poucos metros do espaço reservado para a exposição.

O visitante, com a ajuda de um capacete, poderá admirar o sorriso enigmático da obra em uma breve montagem de realidade virtual que restaura sua luminosidade inicial, sem o tom amarelado que adquiriu com o passar do tempo.

A retrospectiva foi construída de forma didática e pretende ser uma espécie de viagem à rica personalidade do pintor italiano protegido pelos príncipes.

Graças a uma reflectografia de infravermelho é possível examinar as diferentes etapas da concepção e elaboração dos quadros. Leonardo trabalhava suas obras, às vezes, durante 15 anos e as deixava inacabadas. Cada pintura é uma história, geralmente com vários significados, símbolos, dúvidas e segredos. Cada gesto, cada dedo significa algo. A expressão dos sorrisos tem mil interpretações.

Na obra “São João Batista”, por exemplo, o “sfumato” (técnica que atenua os contornos e os detalhes) faz com que o profeta que anuncia a vinda de Jesus Cristo “saia da escuridão e retorne ao mesmo tempo à sombra” uma vez que sua mensagem foi proclamada, destaca Vincent Delieuvin.

“Um significado poderoso e uma técnica deslumbrante”, elogia.

Muito exigente, Leonardo queria colocar a ciência a serviço da pintura para oferecer a visão mais precisa e mais profunda possível do homem e da natureza.

O Louvre insiste que a exposição deseja mostrar que a pintura era essencial e não secundária para Leonardo da Vinci. Que era a culminância visual de suas pesquisas científicas e não o contrário. Leonardo foi um sábio e um gênio, mas também um utópico, um homem com curiosidade por tudo, que buscava uma explicação para a essência da vida, para expressá-la depois, o mais fielmente possível, em um quadro ou desenho.

Uma batalha diplomática entre Paris e Roma precedeu a inauguração da mostra. O governo da Itália se mostrou relutante a emprestar obras de Leonardo da Vinci à França e alegou que, apesar de ter morado os últimos três anos de sua vida na França, era um artista italiano.

Finalmente, a justiça italiana autorizou o empréstimo do famoso “Homem Vitruviano”, exibido normalmente em Veneza. Outros empréstimos chegaram de outros museus italianos, de coleções inglesas e até do Metropolitan Museum de Nova York.

A L&PM publica o livro Leonardo da Vinci, de Sophie Chauveau, na Série Biografias e também Roubaram a Mona Lisa! O extraordinário relato do maior roubo de arte da história, de R. A. Scotti.

leonardo dupla de livros

 

O roubo da Mona Lisa em filme e livros

Está em cartaz, em alguns cinemas do centro do país, um filme baseado em fatos reais: “Picasso e o roubo da Mona Lisa”. Nem todo mundo sabe, mas no dia 20 de agosto de 2011, um domingo, a Mona Lisa de Da Vinci foi misteriosamente roubada do Museu do Louvre em Paris. O filme se concentra em dois nomes que foram suspeitos de estarem envolvidos no roubo: o pintor Pablo Picasso e o poeta Guillaume Apollinaire. Veja o trailer:

Achou interessante e não vai conseguir ver o filme? Há duas maneiras de saber mais sobre essa história:

1. Ler Roubaram a Mona Lisa!, de R. A. Scotti, que faz um relato vívido e minucioso deste que foi o maior furto da história da arte. Além de contar como Picasso e Apollinaire viraram suspeitos, se aprofunda nessa incrível e curiosa caçada global envolvendo ladrões audaciosos, falsificadores de arte, trapaceiros astutos, colecionadores milionários – e, sobretudo, a mulher mais linda, enigmática e desejada do mundo: Mona Lisa, a Gioconda.

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2. Ler Paris Boêmia – Os aventureiros da Arte Moderna (1900-1930), o primeiro volume da trilogia de Dan Franck e que tem um capítulo inteiro dedicado ao roubo da Mona Lisa. Além disso, o livro, que tem o jovem Picasso na capa, traz muitas outras histórias que se passam no caldeirão cultural que era a Paris do início do século XX.

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Por trás da dama de Leonardo da Vinci

A Dama com Arminho, famosa pintura de Leonardo da Vinci que retrata a bela e jovem Cecilia Gallerani, nem sempre foi como é. Usando um novo método de análise, o cientista francês Pascal Cotte descobriu que a tela definitiva teve duas versões anteriores que estão escondidas sob camadas de tinta.

Até essa descoberta, os historiadores acreditavam que o animal da família das doninhas sempre tinha estado na pintura feita entre 1488 e 1490.

Após três anos, utilizando o LAM – Layer Amplification Method (Método de Amplificação de Camadas), Cotte descobriu que da Vinci tinha, a princípio, feito apenas um retrato da jovem com as mãos vazias.

Na versão seguinte, ele colocou o animal cinza, fez mudanças no vestido e na posição das mãos de Cecilia. Até que chegou na versão definitiva que faz parte do acervo do Museu Nacional de Cracóvia, na Polônia.

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“A técnica LAM nos permite descascar a pintura como uma cebola, removendo a superfície para ver o que está acontecendo dentro e atrás das diferentes camadas de tinta”, afirmou Cotte à BBC.

Para isso, projetam-se luzes fortes na pintura, enquanto uma câmera mede os reflexos. A partir dessas medidas é possível reconstituir o que estava pintado sob a última camada de tinta.

Leia abaixo um trecho da Biografia de Leonardo da Vinci, de Sophie Chauveau (Coleção L&PM Pocket), que demonstra a importância dessa pintura.

leonardo_da_vinciA Dama com Arminho

Cecilia Gallerani é de fato magnífica. Assim, em vez de ceder aos enfeites ostentatórios, artifícios tradicionais das belas e principalmente das cortesãs, Leonardo privilegia sua beleza natural e decide representá-la sem ornamentos nem joias. Uma jovem na pura beleza de seus dezessete anos, numa postura de reserva e pudor. Surpreendido por algo inesperado mas exterior à cena, seu rosto se ilumina num movimento brusco, voltando-se de lado para um misterioso ponto de fuga fora do quadro. Nos seus braços, um arminho de pelos brancos, que também ouviu algo vindo do mesmo ponto externo e que permanece atento, pronto a reagir a alguma eventualidade.

O mimetismo plástico e a correspondência simbólica entre a dama e o arminho tocam a alma. À expressão terna, virtuosa e alegre de Cecilia corresponde à pureza imaculada do animal, do qual se diz que prefere a captura e a morte a sujar-se na lama. O arminho é também o símbolo da moderação. A respeito dessa obra, falou-se em “retrato escultura”, de tão presente que está a vida. Leonardo pinta essa figura emblemática com tamanha força que a imagem parece real, o arminho mostrando toda a agressividade de uma natureza predadora que não deixa de lembrar a de Ludovico, o Mouro… É o que mostram suas patas providas de garras, crispadas e prontas ao ataque, sobre a roupa vermelha da jovem.

Leonardo certamente o pintou ao vivo. Os comerciantes de peles importam então arminhos que frequentemente servem também de bichos de estimação. Sabe-se que Cecilia possuía dois deles. É o animal da moda. E Cecilia está na moda.

O retrato suscita imediatamente intrigas e curiosidades, espalhadas boca a boca. Ao ligar-se mais aos movimentos de alma do seu modelo do que à sua aparência, o pintor exalta-lhe toda a sedução.

Sobre Leonardo da Vinci, a L&PM também publica Roubaram a Mona Lisa!, o extraordinário relato sobre o maior roubo da história das artes.

Ser vegetariano, eis a questão

1º de outubro é Dia Mundial do Vegetarianismo. Entre os adeptos da salada nossa de cada dia, estão escritores e pensadores como Platão, Leonardo da Vinci, Leon Tolstói, Franz Kafka, Mary Shelley, Charlote Brontë, Isaac Bashevis Singer, Thoreau, H. G. Wells e Mark Twain. Einstein também foi vegetariano a partir de certa idade. E há quem defenda que Shakespeare, em alguns de seus sonetos, deu indícios de que não comia carne.

Tolstói chegou a escrever que “a mudança para o vegetarianismo seria a primeira consequência natural para a iluminação.” 

Tolstói, um dos vegetarianos mais militantes da literatura

Tolstói, um dos vegetarianos mais militantes da literatura

 

Um dos grandes lançamentos do ano

Por Ivan Pinheiro Machado*

“Falem de batalhas, de reis e de elefantes” é um belo livro. E não é nenhum exagero colocar este lançamento entre os grandes acontecimentos literários do ano. O francês Mathias Énard, autor inédito no Brasil, escreveu “Zone”, “La rue des voleurs” (Rua dos ladrões), “Tout será oublier” (Tudo será esquecido) entre outros livros. 

Nasceu em 1972 e acumula em seu país vários prêmios como o “Prix Goncourt des Lycéens” e o “Prix Du livre em Poitou-Charentes” somente para este “Falem de batalhas…”. O tema é fascinante: no dia 13 de maio de 1506, Michelangelo desembarcou em Constantinopla para projetar uma ponte sobre o Corno de Ouro no estreito de Bósforo a pedido do Sultão Bayiazid. O grande pintor, arquiteto e escultor vivia um momento difícil na sua vida de “artista da corte”. E desafiando a cólera do temido Papa Julio II, o papa guerreiro, ele simplesmente desapareceu de Florença, deixando inacabado o projeto da tumba suntuosa do próprio Papa em Roma. Lá em Constantinopla, o poderoso Sultão tinha a esperança de que o legendário Michelangelo poderia dar cabo ao desafio que o já célebre Leonardo da Vinci não conseguira vencer. Bayiazid rtinha recusado o projeto de Da Vinci, por achá-lo simplório demais.

E é partindo desta passagem obscura da biografia de Michelangelo que Mathias Énard constrói esta novela brilhante. Misto de romance histórico e ficção, o autor usa a prerrogativa do escritor. Ou do “fingidor”, como dizia Fernando Pessoa referindo-se ao ofício de escrever poesia. Tudo são verdades? Onde é o limite entre os fatos e a farsa?

Baseado em fragmentos de verdade, Énard solta a imaginação apoiado na atmosfera mítica e mística da Istambul do século XVI. Reconstitui o ambiente de fausto e mistério, os personagens enigmáticos e a perplexidade do mestre italiano diante do mundo muçulmano, da arquitetura inebriante e sedutora com seus minaretes e abóbadas sensuais. E entre ficção e realidade o autor reconstitui o curto período da estada de Michelangelo Buonarroti em Istambul. O resultado é esta novela de leitura arrebatadora, que é contada com o mesmo fascínio das histórias nas quais se fala de batalhas, de reis e de elefantes.

* Editor da L&PM.

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Exposição em Veneza desvenda o mestre Leonardo da Vinci

Está em cartaz na Academia de Veneza uma exposição com 52 desenhos de Leonardo da Vinci, feitos no período entre 1478 e 1516. As imagens foram cedidas por importantes museus italianos e por prestigiosas coleções privadas, entre elas a da família real britânica Windsor, do Ashmolean Museum, do British Museum e do Louvre de Paris.

Pela primeira vez em 30 anos, o público poderá admirar o célebre desenho do “Homem Vitruviano”, com notas anatômicas escritas por Leonardo, que preenchia cadernos com múltiplas observações, escrevia cartas, elaborava croquis e cópias de obras consultadas nas bibliotecas das cidades que visitava. Ao toto, são 25 desenhos que nunca haviam sido expostos desde 1980. A exposição “Leonardo da Vinci: o Homem Universal” é uma ocasião única para admirá-los todos juntos.

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“Os desenhos foram expostos de maneira que possam ser observados dos dois lados, algo muito raro. É como folhear seu diário íntimo, entrever seu pensamento e seu modo de trabalhar”, declarou a curadora da exposição, Annalisa Perissa, em entrevista à AFP.

Para saber mais sobre a vida e a obra de um dos maiores mestres das artes visuais e da ciência, leia Leonardo da Vinci da Série Biografias L&PM.

via Folha de S. Paulo

O genial e misterioso Leonardo da Vinci

Leonardo_da_Vinci_altaPode-se dizer que Leonardo da Vinci teve uma infância feliz? Pelos critérios do século XXI, seguramente não. Uma infância sem pai e com pouquíssima presença da mãe, quase sem autoridade e sem verdadeira escola, sem limites, sem imposições… Sem muito amor, mas, com certeza, uma infância livre, uma infância selvagem, uma infância imensa. Numa paisagem que tece o pano de fundo dos sonhos de todo europeu do Sul, em meio a oliveiras plantadas desde a Bíblia, vagando sob a árvore da civilização, acompanhado do canto das cigarras, do ruído do vento nas folhas de figueira e amendoeiras perfumadas, dos regatos que correm entre uma colina e outra, ele é o filho selvagem do campo da Toscana. Entre Siena, Pisa e Florença, Vinci e Anchiano, entre vinhedos e ciprestes, charnecas e matagais, ele percorre esse lugar como quem respira. Diante dele, a perder de vista, colinas onduladas, casas e esplanadas, os troncos nítidos e negros dos pinheiros recortados sobre arcadas brancas, das oliveiras de folhas descoradas, dos carvalhos de folhagens estranhamente azuladas, dos loureiros, dos ciprestes em forma de lança… (Trecho de Leonardo da Vinci, de Sophie Chauveau, Série Biografias L&PM).

O genial Leonardo da Vinci nasceu em 1452, supõe-se que no dia 15 de abril. “Supõe-se” porque, na verdade, muita coisa ainda é mistério e dúvida na vida do criador da Mona Lisa. Inclusive seu verdadeiro rosto. Em 2009, dentro da programação do TED, o artista plástico e ilustrador Siegfried Woldhek apresentou, em uma palestra de apenas 4 minutos, o verdadeiro rosto de Leonardo da Vinci. Vale a pena assistir e depois ler a biografia escrita por Sophie Chauveau:

O quadro das multidões…

No dia 11 de agosto de 1911, a Mona Lisa foi roubada. Ela já era uma lenda e na época o roubo foi manchete de capa nos jornais do mundo inteiro. O quadro só foi recuoperado 2 anos depois, quando um certo Vincenzo Peruggia, tido como autor do roubo (leia “Roubaram a Mona Lisa!”, L&PM, 2009) tentava vendê-lo  para galeristas italianos que avisaram a polícia. Na época, o ladrão disse que havia cometido o roubo por patriotismo, já que a Mona Lisa era uma obra do italiano Leonardo Da Vinci e, portanto, tinha que estar exposta na Itália. Na verdade, entre lendas, verdades e mentiras ficou um rescaldo de dúvidas. Foram dois anos em que a polícia bateu cabeça atrás de um ladrão que evaporou-se com o quadro. O poeta Guillaume Apollinaire foi preso como suspeito e Pablo Picasso foi ouvido pela polícia, igualmente como suspeito do roubo. E as pessoas faziam fila no Louvre para ver o vazio da parede, onde antes pendia a famosa pintura. Depois que o quadro foi recuperado, surgiram várias versões e muitas dúvidas. Inclusive de que  a obra resgatada seria uma cópia magnificamente bem feita. Até hoje esta tese tem espaço e, como diriam os conterrâneos de Da Vinci “se non è vero, è ben trovato”. O certo é que a celebridade da Mona Lisa aumentou ainda mais, de forma gigantesca, e é, sem dúvida, como se vê abaixo, o carro chefe do Museu do Louvre que, generosamente, permite fotos.

Março de 2013: uma multidão se aglomera em frente à Gioconda. Foto: Ivan Pinheiro Machado

Março de 2013: uma multidão se aglomera em frente à Gioconda. Foto: Ivan Pinheiro Machado

Máquinas de todos os tamanhos e formatos se curvam diante dela. Foto: Ivan Pinheiro Machado

Máquinas de todos os tamanhos e formatos se curvam diante dela. Foto: Ivan Pinheiro Machado

Uma multidão querendo ver e fotografar a pop star Monalisa. Foto: Ivan Pinheiro Machado

Uma multidão querendo ver e fotografar a pop star Mona Lisa. Foto: Ivan Pinheiro Machado

21 de agosto: a Mona Lisa sumiu do Louvre

No final da tarde de 20 de agosto de 1911, um domingo, três homens entraram no Museu do Louvre, em Paris. Disfarçados de funcionários, esconderam-se até o cair da noite. Dezesseis horas depois, o quadro mais famoso do mundo, a Mona Lisa, tinha desaparecido. Como o museu não abria na segunda-feira, passaram-se 24 horas até que alguém percebesse o roubo. Foi somente na terça-feira, 22 de agosto de 1911, que a notícia se espalhou. A polícia apressou-se até a cena do crime, as portas foram trancadas e funcionários e visitantes, detidos. Mas o quadro já não estava lá há muito tempo. A França fechou suas fronteiras. E quando o museu reabriu, uma semana depois do roubo, os parisienses fizeram filas gigantescas para ver o lugar vazio do famoso quadro. Uma caçada mundial estendeu-se de Paris a Nova York, da Argentina à Itália, mas a misteriosa Mona Lisa não foi encontrada em lugar nenhum.

Picasso e Apollinaire foram presos sob suspeita do roubo, mas acabaram soltos por falta de provas. A direção do Louvre, o governo francês e o jornal Le Figaro ofereceram recompensas pela devolução da pintura, mas as pistas esfriaram… até que, dois anos depois, o marchand florentino Alfredo Geri recebeu uma carta que trazia a seguinte assinatura: “Leonardo”. A Mona Lisa estava à venda.

Onde ela estava? Quem a levara? No livro Roubaram a Mona Lisa!, a escritora R.A. Scotti volta no tempo e faz um relato vívido e minucioso deste que foi o maior roubo de arte da História. A autora revisita as origens da obra-prima de Leonardo da Vinci e constrói um romance policial baseado em fatos reais. Scotti conta que, dois anos depois do sumiço, Vicenzo Peruggia confessou a culpa e foi à julgamento em Florença. Mas o mistério não terminou por aí.

 

O verdadeiro rosto da Mona Lisa

A Mona Lisa não é apenas a pintura mais famosa e mais valiosa do mundo. É também a mais misteriosa. Quem foi, afinal, a mulher que posou para Leonardo Da Vinci? Como era seu verdadeiro rosto? Pesquisadores italianos acreditam ter chegado perto de responder a essas questões. Isso porque a ossada de uma mulher que acredita-se ter sido a musa de Da Vinci acaba de ter sido desenterrada em um convento de Florença. O esqueleto, bem conservado, seria de Lisa Gherardini, a mulher que, defendem os pesquisadores, teria posado para Da Vinci aos 24 anos de idade, após seu marido, Francesco del Giocondo, ter encomendado a pintura. A provável modelo passou os últimos dois anos da sua vida no convento de Santa Úrsula. Segundo um documento encontrado há poucos dias, Lisa morreu em 1542, aos 63 anos, e foi enterrada junto com as monjas. A busca pelos seus restos mortais pode revelar o verdadeiro rosto da Mona Lisa, já que o DNA dessa ossada será comparado ao dos restos mortais de dois filhos de Lisa Gherardini. E, caso o resultado for positivo, os cientistas italianos pretendem reconstruir o rosto com a ajuda de tecnologia 3D. Por algum motivo desconhecido, Leonardo da Vinci nunca entregou o quadro a Giocondo, o marido de Lisa. Leonardo levou a Mona Lisa com ele para a França e também para a eternidade. Clique aqui e veja a matéria exibida no Fantástico que conta mais sobre o caso.

Cientista limpa ossada encontrada em Florença. Será que é a Mona Lisa?

Para conhecer mais sobre o mais famoso quadro do mundo, não deixe de ler o excelente Roubaram a Mona Lisa!, de R. A. Scotti, livro que conta a história real de quando a Mona Lisa foi roubada do Louvre.

A Série Biografias L&PM também publica o título Leonardo Da Vinci.