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Estados Unidos de bolso

Para entender melhor um pouco da história dos Estados Unidos da América, que acaba de (re)eleger seu novo presidente, aqui vão quatro sugestões de títulos da Série Encyclopaedia: Lincoln, Guerra da Secessão, A Crise de 1929 e Guerra Fria.

A despeito dos mútiplos ressentimentos contra a dominação econômica e financeira do Norte, os sulinos não estão dispostos a renunciar a essas relações de negócios. Sabem que precisam dos industriais nortistas como fornecedores, dos negociantes da Nova Inglaterra como corretores, dos financistas nova-iorquinos para obter créditos. Por sua vez, os grandes empresário do Norte, que conseguem aprovar em 1857 uma tarifa protecionista bastante moderada, tampouco têm interesse em se separar de seus importantes parceiros comerciais do Sul. Na verdade, para a maioria dos contemporâneos, a data de 6 de novembro de 1860 desperta grandes temores. (Trecho de Guerra da Secessão)

Lincoln e os vampiros

Por Paula Taitelbaum*

Sabe aqueles dias em que você prefere ver um filme passatempo do que um filme “de penso”? Pois sábado eu queria isso. E escolhi “Abraham Lincoln: caçador de vampiros” em 3D já imaginando o que me aguardava. Há tempos, tinha lido sobre o livro que deu origem a essa produção e, como a maioria dos mortais, tinha achado a ideia um tanto quanto bizarra e hilária – aliás, foi a mesma reação que tive com “Orgulho e Preconceito e Zumbis”, livro inspirado no romance de Jane Austen que inclui mortos-vivos na história. E adivinhem? Ambas as obras literárias são do mesmo autor: Seth Grahame-Smith.

Eis que hoje, curiosa para saber o que a trama vampiresca tinha a ver com os fatos reais da vida de um dos mais famosos presidentes dos EUA, peguei o livro Lincoln, da Série Encyclopaedia para dar uma lida. E o segundo parágrafo da página 18 causou-me arrepios de medo (ok, estou exagerando). Mas leiam o que eu li: “O assentamento dos colonos do Kentucky foi organizado originalmente por um grupo de especuladores, a Transylvania Company, que, para começar a vender terra de grande valor de mercado para os ávidos fazendeiros da Virgínia, como os Lincoln, se valeu de uma série de medições feitas sem nenhum critério.”

Transylvania Company! Diretamente da terra de Drácula! Será que foi daí que Grahame-Smith teve a ideia para sua história? No filme, que tem produção de Tim Burton e direção de Timur Bekmambetov, os vampiros são os malvadões escravagistas que mandam no pedaço e se alimentam principalmente dos negros e brancos rebeldes como a mãe de Abe (como era chamado Abraham Lincoln). Também no livro da Série Encyclopaedia, encontrei algo suspeito sobre a morte da matriarca: “Em outubro de 1818, Nancy Janks Lincoln contraiu a ‘doença do leite’, por beber leite de vacas que ingeriram plantas da espécie Eupatarium rugosum, e morreu”.

No filme diz que o pai de Abe morreria pouco tempo depois, o que não aconteceu. Lincoln aparece como filho único, mas ele tinha uma irmã mais velha. Ele trabalha como lenhador e como comerciante, o que foi de fato, mas foi caixeiro-viajante e não atendente de loja. Casa-se com Mary Tood, que realmente foi sua esposa – mas enquanto na trama eles têm apenas um filho, na vida real eles tiveram dois.

É claro que o filme é propositalmente exagerado, mas a produção e a maquiagem são ótimas, bem ao estilo Tim Burton. Eu realmente achei um ótimo passatempo e gostei bastante do amigo de Lincoln, Henry (Dominic Cooper) que é uma espécie de imitação de Robert Downey Jr. em Sherlock Holmes.

No final de “Abraham Lincoln: caçador de vampiros” (não se preocupe, isso não vai estragar as surpresas), o herói aparece saindo para ir ao teatro. E se você não sabe o que aconteceu com Lincoln no teatro na noite de 14 de abril de 1865, é mais um motivo para não deixar de ler Lincoln da Série Encyclopaedia

Coincidência ou não: estava terminando de escrever este texto quando me disseram que 17 de setembro de 1862 foi o dia em que aconteceu a Batalha de Atietam, considerada a mais sangrenta da Guerra da Secessão (que durou durante todo o mandato de Lincoln), quando cerca de 23 mil americanos morreram. E por falar no assunto, a Série Encyclopaedia L&PM também publica o livro Guerra da Secessão.

*Paula Taitelbaum é escritora e coordenadora do Núcleo de Comunicação L&PM.

A história de uma guerra que permanece viva

“Decorridos 140 anos, a Guerra da Secessão continua a marcar os corações e os espíritos”. A conclusão está em Guerra da Secessão, de Farid Ameur, que a Coleção L&PM POCKET ENCYCLOPAEDIA acaba de lançar. Primeira guerra moderna da história, a Guerra da Secessão, ou Civil War (Guerra Civil) como também é conhecida, durou quatro anos, de 1861 a 1865, mas foi suficiente para marcar profundamente a trajetória do mais poderoso país do mundo moderno. A luta sangrenta entre o Sul escravagista e o Norte industrializado dos Estados Unidos contabilizou a marca de 620 mil soldados americanos mortos, num conflito feroz e desgastante que começou quando o republicano Abraham Lincoln foi eleito – em 1860- e que culminou com seu assassinato em 1865. Nunca um confronto ganhara tão ampla cobertura fotográfica, o que ajudou a mobilizar a opinião pública e – mais do que a Guerra da Independência – foi responsável por conscientizar o povo americano de que um país unido era o primeiro passo para tornar-se uma potência.


O Arquivo Nacional Norte-americano disponibiliza um completo e impressionante acervo de fotos da Guerra da Secessão como esta que mostra o presidente Lincoln visitando o campo de batalha de Antietam. Para ver mais fotos, clique aqui.