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Monalisa em dose dupla

Uma novidade anunciada pelo Museu do Prado, na Espanha, promete revolucionar o mundo das artes: uma pintura muito semelhante à Monalisa de Leonardo da Vinci foi encontrada no depósito do museu, em Barcelona, e a autoria da obra é atribuída a um dos ajudantes do pintor italiano, que provavelmente fez a cópia ao mesmo tempo em que Da Vinci pintava sua Gioconda.

A tela retrata a mesma mulher pintada por Da Vinci, com a mesma pose e o mesmo sorriso enigmático, só que mais jovem, com o rosto mais claro e roupas em cores mais vivas. Após um cuidadoso processo de restauração, foram removidas várias camadas de tinta escura do fundo do quadro, revelando uma paisagem de colinas e rios quase igual à pintura original.

A descoberta vai ajudar a entender melhor um dos quadros mais famosos do mundo, desde detalhes sobre como ele foi feito até as intervenções que o alteraram de alguma forma ao longo do tempo. Acredita-se, por exemplo, que o aspecto envelhecido da mulher representada no célebre quadro de Da Vinci pode ser resultado da ação do verniz na tela e não da vontade do pintor.

Quer saber mais sobre o quadro mais famoso do mundo? A dica é ler “Roubaram a Mona Lisa!” um livro que relata, de forma envolvente e dinâmica, o maior roubo de arte da história.

Há 100 anos, o Brasil leu a notícia do “desaparecimento da Gioconda”

Em agosto de 1911, numa operação misteriosa cujos detalhes são até hoje desconhecidos, a Mona Lisa de Leonardo da Vinci desapareceu do Museu do Louvre, na França. Se você acompanha este blog, deve ter lido o post em que lembramos o ocorrido e compartilhamos um trecho da história descrita no livro Roubaram a Mona Lisa!, de R.A. Scotti. Em resumo, o que sabe é que, na volta do fim de semana, os guardas do Museu foram surpreendidos por uma parede vazia exatamente onde deveria estar a Gioconda de Da Vinci.

Ontem, o jornal O Estado de S. Paulo compartilhou em seu site o fac-símile da edição de 24 de agosto de 1911 (dois dias depois do ocorrido em Paris) que noticiava o roubo de uma das mais célebres obras de arte do mundo.

(leia a transcrição abaixo da figura)

Fac-símile da edição de O Estado de S. Paulo de 24 de agosto de 1911

O desaparecimento da Gioconda

Como informaram hontem os nossos telegrammas, desappareceu do Museu do Louvre, o célebre quadro “Gioconda” de Leonardo da Vinci.

A notícia de ter sido roubada a “Gioconda” produziu ante-ontem nos “boulevards” de Paris a mais abaladora e alvoroçante impressão.

Aos que dizem as primeiras informações, dignas de crédito, o ladrão conseguiu retirar a maravilhosa obra prima do “salão quadrado”, esconder-se no corredor, separar a tela da moldura, abandonar esta a um canto, junto a uma porta e evadir-se, sem que ninguém possa saber como nem verdadeiramente por onde. Quando os guardas deram pelo roubo, houve por todo o museu um grande alarme. Foram fechadas todas as portas do immenso edifício, dentro do qual se achavam, no momento, cerca de trezentos visitantes, a maior parte dos quais excursionistas estrangeiros.

Até às 10 horas da noite, tinham sido completamente baldadas todas as pesquizas sobre o estranho caso.

Os jornais parizienses mais populares deram edições extraordinárias, annunciando este verdadeiro acontecimento. E, sem exagero, se poderá dizer que os parizienses se não occuparam mais interessadamente do roubo da “Gioconda” que da delicadíssima situação internacional criada pela questão marroquina.