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Segue exposição em homenagem aos 500 anos de “O Príncipe”, de Maquiavel

A Fundação Biblioteca Nacional informou que a mostra “Os 500 anos de O Príncipe, de Maquiavel” segue em exposição durante o mês de fevereiro – e que, por enquanto, não tem dada para terminar. Nela, poderá ser vista a primeira secular edição italiana das obras de Maquiavel. Organizada por Renato Lessa, presidente da FBN, a mostra faz referência à importância da data de publicação de uma das maiores obras que cons­truíram o pensamento politico moderno. Renato é o autor de cinco páginas expostas ao lado do ma­terial, baseadas na complexidade política, cosmo­logia e fortuna e virtude. Temas já trabalhados por Maquiavel em O Príncipe. Em dezembro de 2013 completou cinco séculos desde o lançamento do primeiro volume da obra que segue sendo lida no mundo inteiro.

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SERVIÇO

Os 500 anos de O Príncipe, de Maquiavel

3º andar da Biblioteca Nacional

Av. Rio Branco, 219, Centro do Rio de Janeiro

seg a sex das 10h às 18h | sáb das 9h às 15h

Tradução de Mrs. Dalloway ganha Prêmio Literário

A tradutora Denise Bottmann acaba de ganhar o “Prêmio Paulo Rónai” da Biblioteca Nacional pela tradução de Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf, lançado em 2012 pela L&PM Editores. A escolha foi feita por uma comissão julgadora composta por três profissionais renomados na área: Berilo Vilaça Vargas, Leonardo Fróes da Silva e Tomaz Adour da Camara.

Durante o processo de tradução de Mrs. Dalloway, Denise criou o blog “Traduzindo Mrs. Dalloway“, onde compartilhava os bastidores do seu trabalho. No blog dedicado ao livro de Virginia Woolf, a tradutora dividiu com o público (leitores, colegas tradutores e interessados em geral) as referências utilizadas, notícias e registros sobre a obra na imprensa, rascunhos e capas de outras edições, ilustrações, fotos e toda a sorte de curiosidades que permeiam a obra, ao mesmo tempo em que compartilhava trechos da tradução com comentários sobre os impasses e reflexões a respeito da complexa tarefa de verter uma obra como Mrs Dalloway para o português.

Eis o resultado:

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Os Prêmios Literários da Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC) foram criados com o objetivo de estimular a pesquisa e a criação literária no país e concedem anualmente, desde 1997, uma premiação a autores, tradutores, e designers. A lista completa dos ganhadores foi divulgada esta semana no site da FBN.

Em 2013 foram mais de 700 inscrições, divididas em 9 categorias, todas nomeadas em homenagem a intelectuais destacados na cultura brasileira. Cada vencedor recebe como prêmio um certificado e a quantia simbólica de R$ 12,5 mil (doze mil e quinhentos reais).

Fundação Biblioteca Nacional homenageia Lygia Fagundes Telles

Em comemoração aos 90 anos de Lygia Fagundes Telles, a Fundação Biblioteca Nacional inaugurou uma exposição sobre a trajetória da escritora com documentos do setor de Obras Gerais da BN, seus livros publicados, além de fotos e reproduções de periódicos referentes a sua carreira.

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A mostra fica no segundo andar do prédio da Biblioteca Nacional no Rio até o dia 10 de junho (segunda à sexta-feira das 9h às 20h, sábados das 9h às 17h e domingos e feriados das 12h às 17h) e a entrada é franca.

A L&PM publica 16 contos de Lygia na coletânea Pomba enamorada da Coleção L&PM Pocket.

via cachimbo de bolso

Nova etapa da campanha “Leia Mais, Seja Mais”

A ministra Ana da Hollanda e o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, lançam nesta quinta-feira, 2 de agosto, a segunda etapa da campanha Leia Mais, Seja Mais. O projeto faz parte do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e receberá R$ 373 milhões do MinC este ano.

Em nota, o MinC explica que o objetivo da campanha é “tanto chamar atenção para a leitura como uma atividade prazerosa quanto um caminho para o crescimento pessoal dos leitores. Também busca estimular a prática da leitura nas famílias e entre jovens e adultos, faixa etária em que, segundos os estudos, há uma redução gradativa dos índices de leitura”.

Wallpaper da campanha "Leia Mais, Seja Mais"

Artistas como Mayana Neiva, David Lucas e Elisa Lucinda gravaram mensagens sobre a importância da leitura, que serão veiculadas ainda essa semana na televisão. Além disso, as músicas de esperas telefônicas do ministério da cultura serão substituídas por leituras de obras de autores brasileiros. A campanha contará também com uma ação nas redes sociais, incentivando os internautas a trocarem suas fotos de perfil do Facebook por capas de livros de seu interesse: “[…]tornando assim suas páginas, literalmente, um FACEBOOK, ou em português CARA DE LIVRO” diz a nota.

Sobre a campanha, Galeno Amorim afirmou: “Valorizar a leitura no imaginário coletivo e chamar a atenção também para o seu papel social e no cotidiano das pessoas é um dos pilares fundamentais das políticas públicas do livro e leitura”. Ele sustenta que, além do investimento em infraestrutura de bibliotecas, o governo deve fomentar campanhas permanentes de incentivo à leitura.

Clique aqui e conheça todas as peças da campanha.

Programa da FBN inclui obras suspeitas de plágio

Por Guilherme Freitas
Jornal O Globo – 21/01/2012

Cadastro para compra de livros por bibliotecas públicas tem traduções acusadas de cópia

Criado pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) para ampliar e renovar o acervo das bibliotecas públicas do país, o recém-lançado Cadastro Nacional de Livros de Baixo Preço inclui obras suspeitas de serem traduções plagiadas. A denúncia foi encaminhada à Procuradoria Geral da República nesta semana pela tradutora Denise Bottmann, que enumerou dezenas de casos. A maior parte deles envolve livros da Editora Martin Claret.

Denise publicou em seu blog (naogostodeplagio. blogspot.com) uma lista de obras suspeitas, comparando-as com as versões originais. Entre os livros citados estão “O médico e o monstro”, de Robert Louis Stevenson, “O lobo do mar”, de Jack London, e “A mulher de trinta anos”, de Balzac, todos com traduções atribuídas a Pietro Nassetti e denunciadas há anos como plágios.

No caso de “O lobo do mar”, por exemplo, a versão atribuída a Nassetti reproduz, com pequenas alterações, a tradução de Monteiro Lobato publicada em 1934, pela Companhia Editora Nacional. O romance de London está em domínio público, mas os direitos autorais da tradução pertencem aos herdeiros de Lobato.

O Cadastro Nacional de Livros de Baixo Preço reúne mais de dez mil títulos, cujo preço final para o consumidor não pode ultrapassar R$ 10. Os livros foram inscritos no programa pelas próprias editoras e, desde 13 de janeiro, começaram a ser avaliados por 2.700 bibliotecas e pontos de leitura de todo o país, que escolherão os títulos a serem adquiridos.

Procurada pelo GLOBO, a FBN alega que, para que um livro seja excluído do cadastro, “é preciso que tenha sido objeto de ação judicial, com trânsito em julgado, que tenha determinado o impedimento de circulação das obras”. A FBN argumenta que o edital determina que toda editora, ao participar do programa, reconhece “que os livros que inscreve não violam qualquer princípio legal vigente”. A Martin Claret já foi intimada judicialmente por plágios, como no caso das traduções de Modesto Carone para “A metamorfose” e “Carta ao pai”, de Kafka (não incluídas no cadastro).

Editora substituirá obras

Responsável pelo Departamento Editorial da Martin Claret, Taís Gasparetti afirma que, devido às denúncias dos últimos anos, a editora está substituindo, desde o segundo semestre de 2011, as traduções que confirmou como plágios.

– Nosso Departamento Comercial inscreveu esses títulos no programa da Biblioteca Nacional considerando que eles já teriam novas traduções até o fim da vigência do edital – diz Taís, que pedirá à FBN que remova temporariamente do cadastro os títulos cujas novas traduções ainda não estão prontas.

Segundo ela, a lista de livros que ganharão novas versões inclui, entre outros, “A mulher de trinta anos”, que será traduzido por Herculano Villas-Boas, “O lobo do mar”, por Marcelo Albuquerque, e “O médico e o monstro”, por Cabral do Nascimento. No cadastro da FBN, todos eles aparecem atribuídos a Pietro Nasseti.

Além dos livros da Martin Claret, Denise aponta irregularidades em títulos das editoras Escala (“Assim falou Zaratustra”, de Nietzsche) e Pillares (“A luta pelo direito”, de Rudolf von Ihering) incluídos no cadastro da FBN.

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No dia seguinte à publicação desta matéria, Denise Bottmann publicou novas considerações à FBN em seu blog. Leia aqui.