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Testamento de Mandela beneficia partido, família e instituições

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O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, morto em dezembro do ano passado, aos 95 anos, deixou uma herança de 4,1 milhões de dólares (cerca de 9,8 milhões de reais) para ser dividida entre os seus familiares, o Congresso Nacional Africano (CNA) e outras instituições, incluindo escolas e universidades. O documento foi lido nesta segunda-feira, dia 3 de fevereiro, em uma entrevista coletiva realizada na fundação que leva o nome de Mandela.

Além disso, cada um de seus filhos e alguns netos receberam 300.000 dólares (731.000 reais) e alguns assistentes mais próximos também foram lembrados no testamento. Para sua secretária pessoal Zelda La Grange, por exemplo, ele deixou cerca de 4.500 dólares. As escolas e instituições de ensino frequentadas por Mandela receberão 8.900 dólares cada uma. Outras instituições de ensino receberão valores equivalentes a serem convertidos em bolsas de estudos.

O partido CNA, onde Mandela iniciou sua carreira política, ficará com uma parte dos royalties da venda de livros e outros produtos com a imagem e o nome do prêmio Nobel da Paz. O dinheiro deverá ser usado para difundir informação sobre os princípios partidários e políticas do CNA, particularmente aquelas direcionadas à reconciliação.

Para saber mais sobre a vida e o legado de Nelson Mandela, leia Mandela: o homem, a história e o mito de Elleke Boehmer.

U2 e sua música para Mandela

Bono Vox era amigo de Nelson Mandela, ativista de suas causas humanitárias e esteve presente em seu funeral. Não foi nenhuma surpresa, portanto, quando foi anunciado que o U2 era o grupo responsável por uma das faixas sonoras do filme “Mandela: A Long Walk to Freedom“, que estreia no Brasil em 2014.

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Feita especialmente para o filme, a canção “Ordinary Love” é a primeira música inédita do U2 em três anos.

“Mandela: Long Walk to Freedom” é uma cinebiografia do líder sul africano e provavelmente terá indicações para o Oscar 2014. Com direção de Justin Chadwick, o filme traz Idris Elba (de “Prometheus”) na pele do homem que desafiou o regime racista do apartheid na África do Sul.

Ouça a música:

Enquanto o filme não chega, você pode ler o elogiado Mandela – O homem, a história e o mito, de Elleke Boehmer que a L&PM Editores lançou recentemente.

Mandela, nosso ídolo

Em sua coluna de sábado, 7 de dezembro, o escritor e jornalista Juremir Machado da Silva cita a biografia Mandela, o Homem, a História e o Mito, de Elleke Boehmer, publicada pela L&PM Editores. Clique na imagem para ler:

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A coluna de Juremir Machado da Silva no jornal Correio do Povo, publicada em 7 de dezembro de 2013 (clique para ampliar)

O legado de Mandela

Continua evidente que devemos procurar o legado permanente da luta de Mandela pela liberdade no campo do ético, e não do econômico, do simbólico, e não do material. Ele representou uma grande causa, a luta contra o apartheid. Respondeu à necessidade extrema de redenção de seu país e à forte tradição dos mitos milenaristas apresentando-se na figura de salvador. Nacional e internacionalmente, ele é visto como um gigante ético sobranceando o século XX. Em termos mais práticos, demonstrou ser, ao longo da vida, um estrategista com visão de longo alcance na defesa da liberdade política e vigoroso intelectual ativista que se distinguia por finas instituições morais. Nunca deixou de avaliar, rever e reformular mais claramente suas reivindicações políticas, sempre mantendo-se consciente da necessidade sul-africana do mito libertador que ele mesmo encarnava.

(Trecho de Mandela: o homem, a história e o mito, de Elleke Boehmer, L&PM, 2013 – Tradução de Denise Bottmann)

No dia 5 de dezembro, aos 95 anos, Nelson Mandela finalmente descansou de uma vida inteira de luta. Mas seu nome e seu legado permanecerão vivos por gerações como um exemplo para a humanidade.

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Mandela: um camaleão versátil de múltiplas facetas

Capa_Mandela_14x21.inddQuem foi e o que representa Nelson Mandela? A biografia escrita por Elleke Boehmer e publicada recentemente pela L&PM tenta responder a essas questões. Madela: o homem, a história e o mito trata dos diversos episódios, histórias, símbolos e valores que estão implícitos quando se emprega o “famoso” nome Nelson Mandela. Como bem captou Zapiro em sua charge, comemorando o 80º aniversário de Mandela, ele desempenhou ao longo da vida um amplo leque de papéis: aluno estudioso, jovem urbano, guerrilheiro audacioso, o preso político com maior tempo de encarceramento do mundo, o salvador milenarista e assim por diante. Mostrou-se um camaleão versátil, até pós-moderno, que, em cada etapa de sua carreira ou na nova forma adotada, conseguia projetar um fascínio de múltiplas facetas. 

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Esta é uma das imagens que está em “Mandela: o homem, a história e o mito”

Em breve, Nelson Mandela na L&PM

No dia 18 de julho de 1918 nascia Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado o mais importante líder da África Negra e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993. Para celebrar a data, compartilhamos a seguir, em primeira mão, um trecho do livro Nelson Mandela, de Elleke Boehmer, com tradução de Denise Bottmann, que a L&PM vai lançar este ano.

mandela1“Na cultura de celebridades que marca o novo milênio, centrada no indivíduo como criador do próprio destino, é frequente considerar que Mandela foi não só o senhor de seu destino pessoal (como diz seu poema favorito), mas também o principal arquiteto da nova África do Sul. Considera-se inegável que ele travou uma luta unilateral pelos direitos dos negros e que, em seu caso, justifica-se a teoria de que os grandes homens fazem a história. No entanto, como ele mesmo frequentemente lembra a todos, a luta de libertação da África do Sul foi efetivamente travada e saiu vitoriosa enquanto ele definhava na prisão. Mandela ressaltou: “Sou apenas um entre um grande exército do povo”.

Seu carisma pessoal é indiscutível. Todos os que o conhecem comentam o fascínio e a magia que dele irradia: uma soma de fama, estatura e boa aparência; uma memória enciclopédica para fisionomias; e mais alguma coisa indefinível, o atraente je ne sais quoi mandeliano. Um elemento central de sua personalidade, como escreve a romancista e sua admiradora Nadine Gordimer, é “um desprendimento do egocentrismo, a capacidade de viver para os outros”. Sua boa liderança e carisma foram fontes de inspiração importantes para a construção da África do Sul após 1994. Mandela é, certamente, um dos maiores símbolos de luta e persistência que jamais se viu, e fez de seu obstinado senso de justiça um exemplo para o mundo.”