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Nos contos de Sergio Faraco, uma viagem emocionante ao mundo da leitura

Sergio Faraco é um dos maiores escritores deste país. Acrescente-se a ele Rubem Fonseca, Dalton Trevisan, João Antonio, J. J. Veiga e está formado o timaço dos grandes contistas brasileiros.

Estamos relançando nesta semana uma nova edição dos Contos Completos de Sergio Faraco. Esta 3ª edição traz como novidade quatro contos absolutamente inéditos: “O segundo homem”, “Tributo”, “Um mundo melhor” e “Epifania na cidade sagrada”.

"Contos completos" com 4 textos inéditos e nova capa

Este livro é um verdadeiro banquete para quem gosta de ler. O conto é um gênero que talvez não tenha, no Brasil, o prestígio que merece. Vale lembrar que autores como Guy de Maupassant, Nicolai Gogol, Tchékhov, Chesterton, Edgar Allan Poe, gênios da literatura mundial, dedicaram-se quase que exclusivamente a este gênero. Escrever um magnífico conto é tão difícil quanto escrever um magnífico romance. Com a dificuldade extra de que, no pequeno espaço de um conto é preciso captar as grandes emoções do leitor. Contos completos de Sergio Faraco comprova esta afirmação ao transformar o ato de ler numa aventura emocionante e inesquecível. (IPM)

O dia de Poirot, Maigret, Padre Brown e Sherlock Holmes

O que seria de um boa história de mistério sem eles? Aquela pista que ninguém viu, aquele personagem que ninguém desconfiou, aquele motivo que ninguém suspeitou… Só eles são capazes de chegar ao verdadeiro veredicto, à resposta elementar, ao assassino frio e calculista. Seguindo não apenas as pistas, mas principalmente suas deduções precisas, os detetives são o grande trunfo dos livros da sessão policial. Tanto é assim que os mais famosos nunca aparecem em uma única história.   

Por que esse papo todo hoje? Porque ontem, 15 de maio, foi o Dia do Detetive. E nada mais justo do que  prestarmos uma homenagem aos nossos velhos conhecidos detetives da literatura: Poirot, Maigret, Padre Brown e Sherlock Holmes. Cada um deles tem a sua própria personalidade, construida com muito esmero por seus “pais”. Ou melhor, pelos escritores que os criaram. 

O ator David Suchet como Hercule Poirot

Hercule Poirot Agatha Christie descreve seu mais célebre personagem: “Altura, um metro e sessenta e dois; a cabeça, do formato de um ovo, ligeiramente inclinada para um lado; olhos de um verde brilhante quando excitado; espesso bigode hirsuto como costumam usar os oficiais do Exército; e uma pose de grande dignidade.” 

Para Poirot, é possível resolver um crime estando “apenas sentado na sua poltrona”, pois, ao contrário dos outros detetives que buscam pistas no local do crime, Poirot utiliza como principal método a psique humana. Não é um detetive de ação, mas de dedução. 

Rupert Davies como Jules Maigret

Jules Maigret O comissário Jules Maigret, criado por Georges Simenon, é, sem dúvida, um dos grandes personagens da literatura moderna. Mas antes de ser um detetive, é um verdadeiro estudioso da natureza humana. Um homem sensível às fraquezas de seus semelhantes. Sua argúcia está ligada, menos à genialidade dedutiva, do que a uma profunda capacidade de compreender a alma de suspeitos e vítimas. 

Maigret nos comove exatamente por isso. Pelo paradoxo que se estabelece quando temos um policial generoso, capaz de sofrer pela sorte de culpados e inocentes. 

Alec Guinness como Padre Brown

Padre Brown Criado pelo escritor britânico G. K. Chesterton, Padre Brown está entre os gandes detetives da literatura. Suas reflexões filosóficas pontuam a ficção de Chesterton e a escolha do método humanístico da intuição em detrimento da dedução garantiram a ele um lugar junto aos grandes. 

“A literatura é uma das formas de felicidade; talvez nenhum outro escritor tenha me proporcionado tantas horas felizes como Chesterton”, disse Jorge Luis Borges. 

Robert Downey Jr. como Sherlock Holmes

Sherlock Holmes – Ele é sem dúvida o maior de todos. Ao lado de seu fiel amigo, o Dr. Watson, Sherlock Holmes não aceita estar errado. Normalmente, porque ele sempre está… certo. Ao contrário do comissário Maigret, Holmes não demonstra muitos traços de sentimentalismo, preferindo o lado racional de ser. Sir Arthur Conan Doyle, seu criador, até tentou matar a criatura em um dos seus livros. Mas foi obrigado a ressucitá-lo devido aos protestos de leitores do mundo inteiro.

Sherlock Holmes domina incrivelmente uma vasta quantidade de assuntos do conhecimento humano, como história, química, geologia, línguas, anatomia e literatura.