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Moacyr Scliar na avenida

A escola de samba Bambas da Orgia, de Porto Alegre, vai homenagear Moacyr Scliar no Carnaval 2014. Com o tema “Moacyr Scliar, o menino do Bom Fim” e um samba-enredo cheio de orgulho, a escola exalta o legado literário do escritor nascido no Bom Fim, o bairro mais judeu de Porto Alegre que serviu de cenário e inspiração para várias de suas obras. Os grandes mestres da literatura que o influenciaram, como Monteiro Lobato, Franz Kafka e Machado de Assis, também vão para a avenida, junto com a representação de vários dos personagens criados por Scliar em seus livros.

Ouça o samba-enredo:

A homenagem vem em momento oportuno, no ano em que a L&PM reedita parte da obra de Moacyr Scliar em novo formato e com capa dura: Max e os felinos e A guerra do Bom Fim, (que já estão nas livrarias), O ciclo das águasOs deuses de RaquelA festa no castelo. Além disso, estes títulos serão publicados juntos numa edição especial de luxo na Série Ouro.

Mais um Scliar com sotaque francês

No charmoso Boulevard Saint Germain ainda restam duas grandes livrarias tipo aquelas de antigamente; “La Hune” e, 20 metros depois, “L’Ecume des Pages”, ambas no próprio boulevard, quase esquina com rue Saint Benoit. Entre elas, fica o “Flore”, onde Sartre lia os jornais todos os dias pela manhã e à noite Picasso desfilava com suas incontáveis namoradas. Pois bem. Estas livrarias resistem bravamente ao excesso de glamourização do bairro, tomado por Giorgio Armanis, Louis Vuittons, Ralph Laurens que foram comprando os pequenos negócios e transformando em grandes lojas fashions. É o caso da célebre livraria “Le Divan”, na esquina de Guillaume Apollinaire com Rue Bonaparte, a uma centena de metros do boulevard. Há poucos anos capitulou diante de uma oferta irrecusável de ninguém menos do que a Dior. Mas estou escrevendo tudo isto para dizer que Moacyr Scliar teve seu livro “A Guerra do Bom Fim” (editado no Brasil pela L&PM) publicado na França pela Éditions Folies d’Encre, traduzida por Philippe Poncet. Vocês não imaginam o que é disputado o mercado francês. São centenas de lançamentos semanais e pouco espaço nas livrarias para expor tudo. Só fica na vitrine o que é muito importante. Pois eu estive tanto na “La Hune” como na “L’Ecume des pages”. E “La Guerre de Bom Fim” estava orgulhosamente nas duas vitrines. Ambos merecem esta honraria; o livro, porque é maravilhoso, e o doutor Scliar porque, além de ser um grande escritor é um cara muito legal. (IPM)

A guerra do Bom Fim, de Scliar, é traduzido para o francês

Entre as 22 obras de autores brasileiros que estão sendo traduzidas nesse momento, está A guerra do Bom Fim, de Moacyr Scliar. A obra passará a fazer parte do catálogo da Éditions Folies d’encre, da França.
A guerra…, lançado originalmente em 1972  e publicado em 1981 pela L&PM , em plena ditadura militar, é o primeiro romance de Scliar. Como outros livros de sua geração, testemunha a necessidade dos escritores  contemporâneos de lançar novas luzes sobre o passado e a identidade nacional.