Bukowski e a caixa-preta

Por Paula Taitelbaum

Uma grande amiga minha costumava repetir, nos seus velhos tempos de múltiplas ressacas (sabe aquela época em que você tem vinte e poucos anos? Pois é…), o seguinte bordão: “ontem à noite perdi a caixa-preta!”. De tanto ela falar, acabei adotando a expressão com a certeza de que era praticamente um dito popular, um aforismo de domínio público. Pois eis que acabo de descobrir que, pelo menos aqui na minha sala, ninguém jamais usou a frase “perdi a minha caixa-preta” para designar aqueles momentos etílicos em que todas as suas informações desaparecem, você esquece as mensagens trocadas e seus reflexos entram em pane.

Ok, você deve estar se perguntando porque eu desencavei esta história justo agora (!). E eu respondo: simplesmente porque não pude desassociar a chegada da “Caixa Especial Bukowski” da certeza de que nosso querido escritor devia estar sempre com a sua caixa-preta perdida. E não venha dizer que estou delirando porque a analogia também se deve ao fato de que a “Buk box” é praticamente… preta (verde? que verde?).

A “Caixa Especial Bukowski” reúne Misto Quente, Crônica de um amor louco, Fabulário geral do delírio cotidiano, Factótum e Pulp. Breve, ela estará chegando nas livrarias. Vê se não perde essa caixa-preta, hein?

11 ideias sobre “Bukowski e a caixa-preta

  1. JuniorGros

    Esse termo “perder a caixa-preta” é novo pra mim (provavelmente entrará em uso aqui também…). E a associação dele com o Velho Safado caiu como uma luva. Enfim…
    O lançamento desta caixa é mais uma ótima noticia, já estou ansioso.
    Parabéns.

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  2. Aléxia

    Nunca tinha escutado “perder a caixa-preta” mas adorei o termo!

    Quanto a Bukowski, quase comprei o Fabulário Geral do delírio cotidiano hoje! Ainda bem que foi quase, vou esperar ansiosamente o lançamento da caixa!

    Responder

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