Clássicos da literatura na novela da Globo

A Capa do Caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo de ontem, 13 de maio, traz uma matéria chamada “Gol de letra” que começa contando uma cena da novela “Avenida Brasil”, que vai ao ar às 21h na Globo. Transcrevemos aqui o diálogo citado, uma conversa entre o ex-jogador de futebol Tufão (Murilo Benício) e a mulher Carminha (Adriana Esteves):

“Tá lendo o quê?”
“Um livro que a Nina me emprestou. Madame Bova… de Bovári.”
“Qual é a dessa madame aí?”
“Essa é louca. Sabe que ela trai o marido, mas não gosta do amante? Vai entender!”
“Coisa de intelectual.”

Madame Bovary, de Flaubert, não é o único livro de cabeceira do casal da novela. O personagem de Murilo Benício já leu A interpretação dos sonhos, de Freud (que a Coleção L&PM Pocket lançará este ano) e A metamorfose, de Kafka.

Segundo contam os jornalistas Elisangela Roxo e Marco Rodrigo Almeida em sua matéria da Folha, “A mansão de Tufão tem biblioteca, mas os livros eram apenas decorativos, todos ocos. Os reais chegaram pelas mãos de Nina (Débora Falabella), que busca vingança contra Carminha e, para atingir seu objetivo, trabalha como cozinheira da família. Os livros são usados por ela para abrir os olhos do ex-jogador sobre o mau-caratismo da mulher, que o trai com o próprio cunhado.”

O autor da novela, João Emanuel Carneiro, já adiantou que o próximo exemplar da estante de Tufão será o clássico de Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas.

“Especialistas em literatura acreditam que as citações em ‘Avenida Brasil’ podem atrair a atenção do público para obras canônicas” diz a matéria. Entre os livros indicados pela Folha para que sejam lidos futuramente pelo personagem de Benício estão O Primo Basílio, de Eça de Queirós e Otelo, de Shakespeare, ambos da Coleção L&PM Pocket.

Madame Bovary e A metamorfose também estão na Coleção L&PM Pocket.

Uma ideia sobre “Clássicos da literatura na novela da Globo

  1. Odair R Cezar

    Senhores Redatores
    Acabei de ler o comentário acima, recebido por e mail enviado por minha filha.
    Fiquei deveras feliz, apesar de não possuir conhecimento sobre cultura. O tema despertou minha atenção, exatamente por não ter tido a chance de ser culto, apenas alfabetizado. Acontece que em razão do acima, tenho condições de avaliar a importância da novidade na citada novela. Eis que: se tal procedimento tivesse ocorrido há uns 30 anos, o Brasil hoje poderia ser outro. Mais culto, mais disciplinado e melhor estruturado. Ainda há tempo de corrigir-se os rumos e dar chances aos jovens. Desculpem a intromição.

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