Shakespeare era uma fraude?

Estreia nesta sexta-feira, dia 28 de outubro, nos Estados Unidos o filme Anonymous do diretor Roland Emmerich (o mesmo de “Independence day” e “O dia depois de amanhã”), que questiona o trabalho de William Shakespeare e o retrata como um ator bêbado, analfabeto (!) e incapaz de escrever as peças geniais que lhe atribuem a autoria. O longa reacende a hipótese (que está mais para teoria da conspiração, né?) sustentada por alguns estudiosos da área de que Shakespeare não seria o verdadeiro autor de Romeu e Julieta, Hamlet, Sonho de uma noite de verão e outros 30 clássicos da dramaturgia mundial.

Depois da exibição do filme do Festival de Cinema de Londres na última terça-feira, não se fala em outra coisa nas terras da rainha. Enfurecida, a fundação Shakespeare Birthplace retirou o nome do autor dos cartazes do filme na cidade em protesto contra o que considera “uma manipulação da história e da cultura inglesa”. Vários pubs na cidade inglesa de Warwickshire também aderiram ao protesto e taparam as referências ao dramaturgo em seus estabelecimentos.  Em Stratford-upon-Avon, cidade natal de Shakespeare, um memorial erguido em homenagem ao autor foi coberto com um lençol e ficará assim por tempo indeterminado.

Por outro lado, a crítica especializada que assistiu ao filme no festival resolveu não colocar lenha na fogueira. A polêmica da autoria das peças foi deixada de lado e as atenções se voltaram para os excessos visuais do diretor e a falta de sutileza em cenas violentas. Mas o trabalho dos atores foi elogiado.

Bom, independente da polêmica, fica a nossa recomendação para quem ainda não leu estas verdadeiras obras primas da literatura mundial: 21 das 37 peças escritas por Shakespeare (ou simplesmente atribuídas a ele, vá lá!) estão na Coleção L&PM Pocket.

E enquanto o filme não chega aos cinemas brasileiros, dê uma olhada no trailer:

5 ideias sobre “Shakespeare era uma fraude?

  1. Freitas Júnior

    Alguém tem algum material com os argumentos desses estudiosos que julgam Shakespeare uma farsa?

    Por favor, me indiquem, gostaria muito de ler!

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  2. Neto Cruz

    Emmerich não costuma mesmo ser sutil. E isso é triste, já que o maior dos brilhos de Shakespeare é a sutileza.
    Talvez o filme valha como uma interpretação de uma teoria, como o é por exemplo Código Da Vinci, mas não como um argumento. Se Shakespeare não escreveu os textos geniais que até hoje marcam a dramaturgia, bem, isso não tira a preciosidade de uma única letra de tais peças. Isso só faria com que aqueles que leem Shakespeare por ler Shakespeare perdessem a razão nessa leitura.

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