Arquivo mensais:maio 2014

Esse banco é um livro aberto…

Veja que ótima ideia: em Istambul, na Turquia, como se fossem livros abertos, bancos trazem impressos versos de poetas turcos. Enquanto descansam, as pessoas podem ler os poemas. São 18 bancos diferentes. Pena que ninguém teve essa ideia para divulgar os poetas brasileiros durante a Copa…

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E por falar em poemas, já deu uma olhada em todos os versos que Coleção L&PM Pocket tem? Clique aqui para ver.

Viva as bibliotecas móveis

Se os leitores não podem ir até à biblioteca, então a biblioteca vai até os leitores. Veja aqui alguns exemplos de bibliotecas móveis que vêm espalhando leitura em vários lugares do mundo. E não é de hoje…

Em 1931, a Índia já contava com uma biblioteca móvel.

Em 1931, a Índia já contava com uma biblioteca móvel.

Nos Estados Unidos, há algumas décadas atrás.

Nos Estados Unidos, há algumas décadas atrás.

Na Colômbia, um professor leva leitura em sua Biblioburro.

Na Colômbia, um professor leva leitura em seu Biblioburro.

Na Finlândia, a Biblioteca Móvel é bem colorida.

Na Finlândia, a Biblioteca Móvel é bem colorida.

Na Nicarágua, ó ônibus biblioteca "Bertolt Brecht" percorre o país.

Na Nicarágua, o ônibus biblioteca percorre o país.

No México, uma biblioteca móvel sobre duas rodas.

No México, uma biblioteca móvel sobre duas rodas.

Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a Babmucicloteca percorre os parques sobre uma bicicleta feita de bambu.

Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a Bambucicloteca percorre os parques sobre uma bicicleta feita de bambu.

O SESC possui bibliotecas móveis que percorrem todo o Brasil.

O SESC possui bibliotecas móveis que percorrem todo o Brasil.

A aventura de adaptar “A invenção de Morel” para HQ

O francês JP. Mourey foi o responsável por adaptar a obra-prima de A. Bioy Casares para os quadrinhos. Muito elogiada, sua adaptação de A invenção de Morel possui nuances que ele explica no posfácio do livro. Abaixo, a reprodução do trecho inicial:

Posfácio
(sobre algumas chaves de leitura desta adaptação)

Em um auditório da Universidade de Cornell, o escritor russo radicado nos Estados Unidos Vladimir Nabokov declarou: “Quando lemos, precisamos observar e saborear os detalhes”, acrescentando, a título de apresentação de sua palestra, que faria, “entre outras coisas, uma espécie de investigação policial sobre o mistério das estruturas literárias”.

Adaptar A invenção de Morel é se confrontar com um mecanismo literário admirável sob todos os pontos de vista. Adaptar A invenção de Morel para os quadrinhos é, na verdade, conduzir uma espécie de investigação para decifrar esse mecanismo e recriar um dispositivo narrativo inteiramente novo no qual todos os elementos gráficos, todos os detalhes sejam importantes e se juntem em um eco, implicando a possibilidade de múltiplas releituras. Em suma, uma história em quadrinhos (segundo Jorge Luis Borges no admirável prefácio ao romance) “que não sofre de nenhuma parte injustificada”.

É somente através da construção geométrica de um relato no qual são abundantes as simetrias e as repetições que se pode trazer à tona o tema metafísico da circularidade do tempo (essa eternidade substituta imaginada e adotada por Morel) e narrar a emocionante e fascinante história de amor que está no cerne deste romance inesquecível. Apesar da complexidade, esta narrativa gráfica tem um compromisso constante com a clareza.

(…)

Jean Pierre Mourey

A invenção de Morel 09-04-2013.indd

Cortázar no “Livro dos abraços” de Galeano

Em seu Livro dos abraços, Eduardo Galeano criou um pequeno conto/sonho com Julio Cortázar, escritor e amigo que morreu em 1984.

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De Júlio Cortázar, a L&PM publica A autoestrada do sul e outras histórias.

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Da esquerda para a direita: o nicaraguense Ernesto Cardenal, o uruguaio Eduardo Galeano e o argentino Júlio Cortázar. / Foto: Eduardo Gamondes

Tatuagens literárias

Tem gente que ama tanto os livros que é capaz de gravar seu autor preferido na pele. Conheça aqui algumas tatuagens deste tipo que o pessoal exibe com o maior orgulho na Web:

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Agatha Christie

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De “Hamlet”, de Shakespeare

grande gatsby

De “O grande Gatsby”, de F. Scott Fitzgerald

jack

Jack Kerouac e um trecho de “On the road”

alice 2

Ilustração de “Alice”, de Lewis Carroll

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Trecho de “Uivo”, de Allen Ginsberg

Peter Pan, de J. M. Barrie

Peter Pan, de J. M. Barrie

Essa é fã de "Orgulho e preconceito", de Jane Austen

Essa é fã de “Orgulho e preconceito”, de Jane Austen

Filme que narra um episódio real com Ginsberg e Kerouac estreia em junho no Brasil

12 de junho será um dia intenso. Além de ser o dia em que os enamorados celebram sua paixão e a abertura da Copa do Mundo no Brasil, ainda tem estreia de filme beat. Chega às salas de cinemas nacionais o filme “Versos de um crime” (Kill your darlings) que conta uma história real envolvendo os amigos Allen Ginsberg, Jack Kerouac, William Burroughs e Lucien Carr.

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“Versos de um crime” narra um episódio conturbado da vida de três autores do movimento beat: em 1944, Allen Ginsberg (Daniel Radcliffe), Jack Kerouac (Jack Huston) e Lucien Carr (Dane DeHaan) foram acusados de matar David Kammerer (C. Hall), um professor apaixonado por Carr.

Conheça a Série Beat L&PM com livros de Allen Ginsberg e Jack Kerouac.

Dançar tango no Vestibular

Dançar tango em Porto Alegre, livro de crônicas de Sergio Faraco publicado pela L&PM, é uma das novas leituras obrigatórias do vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Para marcar essa escolha, o jornal Zero Hora preparou uma matéria sobre o livro, publicada no Caderno Vestibular do dia 22 de maio. Para ler, clique sobre as imagens:

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Coluna de Antonio Bivar na Revista Joyce Pascowitch traz haicais de Jack Kerouac

Este mês, a coluna “De conversa em conversa” de Antonio Bivar na glamurosa revista Joyce Pascowitch, é sobre Haicais. O destaque fica por conta dos poemas produzidos por Jack Kerouac que chegaram ao Brasil pela L&PM com tradução de Claudio Willer. Escritor, tradutor e um verdadeiro beat brasileiro, Bivar declara seu gosto pela poesia japonesa e convida os leitores a mergulharem neste maravilhoso mundo de três versos. Clique sobre as páginas para ler.

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Uma das histórias de “As senhoritas de Amsterdã”

Martine e Louise Fokkens são irmãs gêmeas holandesas que trabalharam durante 50 anos como prostitutas no bairro da Luz Vermelha. No livro As senhoritas de Amsterdã, elas contam várias passagens divertidas de seu trabalho. Como a história do manco…

O MANCO
Louise, 1964

Vi passar Frits, o Manco. Ele só tinha uma perna. A outra, perdera durante a guerra. Certo dia, eu perguntei para ele:

– Como foi que você perdeu a perna? Conta a verdade.

Mas ele  não queria mesmo falar. Então não toquei mais no assunto. Não valia a pena.
Ele entrou, me pagou e tudo rolava sem problema. Frits tirou a perna que estava amarrada a sua coxa com correias. Por sorte, ainda lhe restava um coto. Era uma perna inteira com um calçado. Frits achava aquilo prático. Dizia: “Não preciso colocar calçado”.

Ele deixou sua perna artificial encostada na parede, perto da cama.

Tudo corria às mil maravilhas e eu quase havia esquecido que ele só tinha uma perna. Depois de um momento, Frits ficou com vontande de novo e queria mais tempo.

– Tudo bem, mas é mais caro.

– Combinado – respondeu Frits.

– Vamos dar um jeito nisso agora mesmo, continue deitado.

Frits ficou satisfeito, mas, de repente, começou a regatear o preço, não queria mais pagar o extra.

– Tá, Frits, já chega dessa ceninha.

Estava fula com ele. Saltei da cama:

– Filho da mãe!

Peguei sua perna de madeira e joguei no armário. Tranquei a porta e escondi a chave.

– Pronto, Frits, foi você quem pediu. Se quiser a perna de volta, tem que pagar. Vou dar um tempo pra você penar. Enquanto isso, vou tomar um café.

Frits continuou resmungando e depois me chamou.

– Que foi, Frits? O que você quer?

– Vou pôr mais grana.

– Tem certeza? Vê se nunca mais me apronta essa, parasita!

Frits esfriou a cabeça e me pagou.

Peguei sua perna no armário. Ele a recolocou e disse:

– Não volto nunca mais aqui.

– Ah, é? Você disse isso da última vez. Saia, ator!

– Você escondeu minha perna no armário.

Respondi:

– Da próxima vez, vou colocar na vitrine. Tchauzinho, Frits, Tchauzinho, Manco.
Ele saiu arrastando a perna, morrendo de rir.

Martine e Louise (de preto) em 1981

Martine e Louise (de preto) em 1981

 

 

 

 

 

Quando Sun Tzu participou da Copa

Na Copa de 2002, quando Luiz Felipe Scolari comandou a seleção brasileira, ele distribuiu a edição em pocket da L&PM de A arte da guerra, de Sun Tzu, para todos os jogadores. Na época, ele falou sobre essa estratégia tática para a Folha de S. Paulo. Leia abaixo um trecho da reportagem.

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“A ARTE DA GUERRA” SERÁ O MANUAL DA COPA

FÁBIO VICTOR – DA REPORTAGEM LOCAL / FERNANDO MELLO E JOSÉ ALBERTO BOMBIG  – DO PAINEL FC

Um pequeno livro, com 111 páginas numa edição de tamanho normal e 141 no formato de bolso, escrito há cerca de 2.500 anos, no século 6º antes de Cristo, é o principal guia da seleção brasileira para enfrentar a Copa do Mundo. Trechos de “A Arte da Guerra”, do chinês Sun Tzu, um filósofo que se tornou general no reino Wu, estarão espalhados pelos quartos dos jogadores nas concentrações do time nacional na preparação para o Mundial. O mentor da estratégia é Luiz Felipe Scolari, entusiasta de técnicas de motivação e psicologia esportiva, supersticioso notório e admirador confesso do ex-ditador chileno Augusto Pinochet. A revelação foi feita por Scolari em entrevista exclusiva à Folha, na última quinta-feira, em dois momentos distintos: no início de uma visita à Redação do jornal e dentro de um carro rumo ao aeroporto de Congonhas, onde tomou um vôo para Porto Alegre. “A Arte da Guerra” prega basicamente que uma vitória militar depende mais de aspectos morais e intelectuais dos oficiais e das circunstâncias da batalha do que do poderio dos Exércitos. Um dos maiores clássicos da literatura de guerra, o livro teria servido de inspiração para Napoleão e foi manual para Mao Tsé-tung e para os exércitos chinês e russo ao longo da história.

Folha – Você vai estimular a leitura na concentração?
Scolari –
Vou levar alguns livros de motivação…

Folha – Quais livros?
Scolari –
A “Arte da Guerra” é um livro. Vou tentar passar para eles algumas coisas que eu leio ali, através do Rodrigo [Paiva, assessor de imprensa da CBF”, que vai bater no computador, ou do Guilherme [Ribeiro, administrador da CBF”, e fixar nos quartos. Vou levar os meus livros de motivação, um ou dois, que eu não vou ter muito tempo, não. Vou levar minhas revistas normais, porque ali tem umas frases para determinados momentos.

Leia aqui a reportagem completa.